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ADMINISTRAÇÃO DIREITO EMPRESARIAL Danylo Armelin Regina Aparecida Neumann http://www.unar.edu.br DIREITO EMPRESARIAL Danylo Armelin Regina Aparecida Neumann APRESENTAÇÃO Para se entender o conceito de SOCIEDADE, parte-se do pressuposto de que a atividade econômico-empresarial pode ser exercida pelo empresário solitariamente (que é denominado “empresário individual” ou “empresário em firma individual”) ou através de sociedades empresárias. O conceito de sociedade contrapõe-se ao conceito de associação -que não é apontada pelo código comercial de 1850; já o antigo código civil (de 1916) conceituava genericamente, no seu artigo 1.363, que “celebram contrato de sociedade as pessoas que mutuamente se obrigam a combinar seus esforços ou recursos, para lograr fins comuns”. Importante se destacar que o Código Civil de 1916 não fazia distinção entre sociedade e associação, mesmo porque, a Seção III, do Capítulo II, de seu livro I, é intitulada como “Das Sociedades ou Associações civis”, utilizando esses dois vocábulos como sinônimos. Se de um lado o termo genérico “sociedade” nos remete invariavelmente para a existência de união de esforços de um grupo de pessoas para a realização e um fim comum, de outro lado temos que o termo “sociedade” é utilizado pelo atual código civil com um significado específico, significado esse que deve ser compreendido frente à diferenciação com o instituto da “associação”. Fazer a comparação entre “sociedade” e “associação” no código civil de 2002 é proceder a análise conjunta do constante dos seus artigos 53 e 981, que abaixo se transcreve: “Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.” “Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.” Para que se construam os conceitos sobre a importância da Contabilidade na gestão dos negócios, serão abordadas as peculiaridades dos tipos de sociedades e suas constituições, bem como as perspectivas para o sucesso e a gestão das organizações. Bons estudos! PROGRAMA DA DISCIPLINA Ementa: Sociedade empresária, empresário e estabelecimento. Direito societário. Sociedade limitada. Sociedade por ações. Outros tipos societários. Direito dos contratos. Títulos de crédito. Dissolução da sociedade empresária. Recuperação de empresas. Falência. Objetivos: Desenvolver o senso crítico à luz dos conceitos jurídicos empresariais. Apropriar-se das ferramentas necessárias para a análise de assuntos empresariais, além de desenvolver linguagem jurídica para a compreensão da legislação pertinente ao mundo dos negócios (empresarial). Conteúdos: Sociedade Empresária, Empresário e Estabelecimento; Direito Societário. Sociedade Limitada. Sociedade por Ações. Outros tipos Societários.; Direito dos Contratos; Títulos de Crédito; Dissolução da Sociedade Empresária; Recuperação de Empresas e Falência; Intervenção e Liquidação Extrajudicial das Instituições Financeiras; Direito do Consumidor; Propriedade Industrial. Bibliografia Básica COELHO. Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial e direito de empresa. São Paulo: Saraiva. 2009 MAMEDE. Gladston. Manual de direito empresarial. São Paulo: Atlas. 2008. YOUNG. Lúcia Helena Briski Manual básico de direito empresarial com ênfase no direito tributário. Curitiba: Juruá. 2008. Bibliografia Complementar FINKELTEIN. Maria Eugenia. Direito Empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas. 2012. GABRIEL. Sérgio. Direito Empresarial. São Paulo: Atlas. 2010. MAMEDE. Gladston. Direito empresarial brasileiro – falência e recuperação de empresa. 5. ed. São Paulo: Atlas. 2012. OLIVEIRA. Celso Marcelo. Manual de direito empresarial, vol. II. São Paulo: IOB Thomson. 2005 OLIVEIRA FILHO. Paulo Furtado de. Direito Empresarial. São Paulo: Atlas. 2010. SUMÁRIO UNIDADE 01 – SOCIEDADE EMPRESÁRIA, EMPRESÁRIO E ESTABELECIMENTO – PARTE I ............................ 7 UNIDADE 02 – SOCIEDADE EMPRESÁRIA, EMPRESÁRIO E ESTABELECIMENTO – PARTE II ........................ 12 UNIDADE 03 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE I ............................................................................................................. 16 UNIDADE 04 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE II ............................................................................................................ 22 UNIDADE 05 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE III ........................................................................................................... 27 UNIDADE 06 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE IV .......................................................................................................... 32 UNIDADE 07 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE V ........................................................................................................... 39 UNIDADE 08 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE VI .......................................................................................................... 46 UNIDADE 09 - DIREITO DOS CONTRATOS ....................................................................................................... 51 UNIDADE 10 – TÍTULOS DE CRÉDITO – PARTE I ............................................................................................... 55 UNIDADE 11 – TÍTULOS DE CRÉDITO – PARTE II ............................................................................................... 60 UNIDADE 12 – TÍTULOS DE CRÉDITO – PARTE III ............................................................................................. 65 UNIDADE 13 – TÍTULOS DE CRÉDITO – PARTE IV ............................................................................................. 70 UNIDADE 14 – DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA ........................................................................... 75 UNIDADE 15 – RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA ............................................................................ 79 UNIDADE 16 – INTERVENÇÃO E LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ........... 83 UNIDADE 17 – DIREITO DO CONSUMIDOR – PARTE I ..................................................................................... 88 UNIDADE 18 – DIREITO DO CONSUMIDOR – PARTE II .................................................................................... 93 UNIDADE 19 – DIREITO DO CONSUMIDOR – PARTE III ................................................................................... 98 UNIDADE 20 – PROPRIEDADE INDUSTRIAL .................................................................................................... 102 UNIDADE 01 – SOCIEDADE EMPRESÁRIA, EMPRESÁRIO E ESTABELECIMENTO – PARTE I CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Apresentar as características das sociedades empresárias, empresário e o conceito de estabelecimento. Em nossa primeira unidade iremos compreender quanto a definição de empresa, os tipos de sociedade e as atividades empresariais. ESTUDANDO E REFLETINDO O Direito Empresarial trabalha com as regras e normas que envolvem a relação entre comerciantes. Aborda a eficiência e simplicidade necessárias nas operações de negócio. Empresa Atividade executada por um empresário que auxilia na circulação de bens e serviços. Uma empresa pode ser mantida por uma pessoa físicaou jurídica. BUSCANDO CONHECIMENTO Tipos de Sociedade As sociedades previstas no direito civil podem ser qualificadas de acordo com a atividade econômica que desenvolvem, surgindo, a partir daí, 2 (duas) categorias de sociedade: as sociedades simples e as sociedades empresárias. Como “sociedades”, ambas as categorias se enquadram na descrição abstrata do artigo 981 do Código Civil, isto é, ambas são reuniões de pessoas com o objetivo de, contribuindo com bens ou serviços, realizarem uma atividade econômica, isto é, obterem lucro através da realização de uma atividade econômica. O que diferencia essas duas categorias é a atividade econômica que exercem. A seguir, a diferenciação entre sociedades simples e sociedades empresárias. Sociedade Empresária É a espécie de sociedade que explora uma atividade de empresa, isto é, que tem como objeto o exercício de atividade própria de empresário. Lembrando o artigo 966, que considera empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, excluindo, em seu parágrafo único, da condição de empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica ou artística, com ou sem auxiliares ou colaboradores (salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa). Incluem-se como sociedade empresária, independentemente de exercerem ou não atividade empresarial, as sociedades anônimas, por expressa disposição do parágrafo único do artigo 982, do Código Civil (“Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa”). Dessa forma, sociedade empresária é aquela que exerce atividade econômica de produção ou circulação de bens ou de serviços, atividade essa que não seja o exercício de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, que não seja elemento de empresa. Por disposição legal (artigo 982 do Código Civil), toda sociedade anônima, independentemente de seu objeto, são sociedades empresárias. Como exemplo de sociedade empresária, podemos citar 2(duas) pessoas que se unem (com bens ou serviços) para a atividade econômica de produção ou comercialização de roupas. Outro exemplo que podemos citar é a união de um advogado e um contador para a prestação de serviços de assessoria empresarial (nesse caso, apesar de serem a advocacia e a contabilidade profissões intelectuais de natureza científica, estão sendo exercidas como elemento de uma empresa, que é, no caso, a atividade organizada de assessoria jurídico-contábil a empresas. Sociedade Simples Já na categoria de sociedade simples se enquadram todas as sociedades que não exercem atividade econômica típica de empresário, isto é, todas as sociedades que não forem empresárias são, por exclusão, sociedades simples. Incluem-se na categoria de sociedade simples, por disposição expressa do parágrafo único do artigo 982 do CC, as cooperativas, independentemente de seu objeto. O perfil jurídico da sociedade simples se faz por exclusão ou por determinação legal no ritmo do artigo 982 do Código Civil. Como exemplo de sociedade simples, podemos citar 2 (dois) advogados que unem seus esforços para a prestação de serviço de advocacia. Como a advocacia é uma profissão intelectual de natureza científica e não está servindo como elemento de empresa (enquadrando-se no parágrafo único do artigo 966 do CC), a sociedade não é empresária, sendo, portanto, simples. Essa diferenciação entre sociedade empresária e sociedade simples consta do artigo 982 do Código Civil: Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais A forma como o código civil trata as sociedades simples e empresárias é totalmente compatível com a adoção do sistema italiano de direito comercial que, numa tentativa de unificação do direito obrigacional, não faz diferenciação entre atividades comerciais e civis, mas adota a teoria da empresa como forma de reagrupar as sociedades, destinando tratamento diferenciado a algumas atividades de importância econômica marginal (não empresárias), que são aquelas que constituem as sociedades simples. A Personalização das Sociedades As sociedades podem ser personalizadas e, assim, são pessoas distintas dos sócios, titularizando os seus próprios direitos e obrigações: Natureza e Conceito de Pessoa Jurídica Conceito: a pessoa jurídica é o sujeito de direito inanimado e personalizado. A natureza jurídica da “pessoa jurídica” é objeto de várias teorias, destacando-se 2(duas): a teoria orgânica e a teoria da ficção ou realidade objetiva. A “teoria orgânica” defende que a pessoa jurídica tem uma preexistência ao direito. Isto é, para esta teoria, o direito não cria a pessoa jurídica, somente a reconhece. A “teoria da ficção” afirma que a pessoa jurídica é criação do direito, não preexistindo ao direito. A pessoa jurídica não preexiste ao direito, é apenas uma ideia, conhecida dos advogados, juízes e demais membros da comunidade jurídica, que auxilia a composição de interesses ou a solução de conflitos. O sujeito de direito personalizado tem aptidão para a prática de qualquer ato, exceto o expressamente proibido; já o sujeito de direito despersonalizado (do qual são exemplos a massa falida – universalidade formada pelos direitos e obrigações de falido - e o espólio - universalidade formada pelos direitos e obrigações de pessoa falecida) somente pode praticar ato essencial ao cumprimento de sua função ou o expressamente autorizado. A sociedade personificada empresária e a sociedade personificada simples são, assim, sujeitos de direito, tendo aptidão para a prática de qualquer ato, à exceção daqueles expressamente proibidos pelo direito positivo, possuindo autonomia obrigacional, patrimonial e processual, não se confundido com a pessoa dos seus sócios. Quadro Geral das Pessoas Jurídicas As pessoas jurídicas são divididas em 2 (dois) grandes grupos, que são: as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado. O que diferencia esses grupos é o regime jurídico a que se encontram submetidos. Enquanto as pessoas jurídicas de direito público estão submetidas ao regime jurídico de direito público (que tem como fundamental o princípio da supremacia do interesse público; neste regime as normas estabelecem desigualdade nas relações jurídicas, para que o interesse geral prepondere sobre o particular) e, por óbvio, as pessoas jurídicas de direito privado se submetem ao regime jurídico de direito privado (cujos princípios vigentes são os da autonomia da vontade e o da igualdade). Como pessoas jurídicas de direito público, temos as entidades estatais (da administração pública direta e indireta e fundacionais) e as empresas particulares concessionárias de serviços públicos). Como pessoas jurídicas de direito privado, temos as fundações (nas fundações, o instituidor destaca do seu patrimônio um ou mais bens e manifesta a vontade no sentido de que os frutos da administração deles sejam empregados na concretização de determinado fim, normalmente de relevância social ou cultural), as associações (a agregação de pessoas que possuem um objetivo em comum e se reúnem para conseguir com menor dificuldade, objetivando um conteúdo não-econômico) e as sociedades (agregação de pessoas que possuem um objetivo em comum e se reúnem –contribuindo com bens ou serviços - para consegui-lo com menor dificuldade, objetivando um conteúdo econômico). UNIDADE 02 – SOCIEDADE EMPRESÁRIA, EMPRESÁRIO E ESTABELECIMENTO – PARTE II CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Apresentar quanto a personalização da sociedade. Neste momento estudaremos quanto a personalização da sociedade, as teorias sobreo assunto e quanto ao registro e nome empresarial. ESTUDANDO E REFLETINDO Efeitos da Personalização O fato de serem pessoas jurídicas faz com que as sociedades empresária e simples adquiram certas características, quais sejam: • Titularidade obrigacional: é sujeito ativo ou passivo de obrigações e direitos. Isto é, as obrigações e direitos da sociedade não se confundem com as obrigações e direitos dos seus sócios; • Titularidade processual: possui legitimidade para demandar e ser demandada em juízo. Isto é, ser Autora ou Ré em ações judiciais; • Responsabilidade patrimonial: há separação entre o patrimônio da sociedade e os patrimônios de seus sócios. Respondem pelas obrigações da sociedade, em princípio, apenas os bens sociais (bens da sociedade); • Princípio da autonomia patrimonial: esse princípio tem como base a separação patrimonial entre os bens da sociedade e os bens dos sócios; respondem pelas obrigações da sociedade, em princípio, apenas os bens da sociedade. Como exceção ao princípio da autonomia patrimonial, temos o instituto da “desconsideração da personalidade jurídica” que permite que, em casos específicos previstos em lei, os sócios respondam pessoalmente pelas obrigações da sociedade. Início e Término da Personalização das Sociedades • Início: a personalização das sociedades empresarial e simples se inicia com o registro do contrato ou estatuto social no registro público competente do artigo 45 do Código Civil. O registro competente para as sociedades simples é o Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede artigo 998 do Código Civil e artigo 1.150 do Código Civil. O registro competente para as sociedades empresárias é o Registro Público das Empresas Mercantis do local de sua sede artigo 1.150 do Código Civil. • Término: através de procedimento dissolutório, que pode ser extrajudicial (por ato dos sócios) ou Judicial (por decisão judicial). O processo dissolutório tem basicamente 2 (duas) fases: a liquidação (que visa à solução das pendências negociais da sociedade) e a partilha (que visa à distribuição do o acervo patrimonial, se houver, aos sócios Empresá rio: Um empresário é toda pessoa que realiza uma atividade econômica para produzir bens e serviços no intuito de obter lucro. Quanto às atividades econômicas podem ser classificadas em: • Atividades não empresariais: as quais, mesmo sendo econômicas não podem ser classificadas como empresariais, pertencentes a esta categoria temos os profissionais liberais, tais prestam serviços de forma direta e os profissionais intelectuais previstos no artigo 966, parágrafo único do Código Civil de 2002, as cooperativas previstas nos artigos 982, parágrafo único, 1.093 a 1;096 do mesmo código; • Atividades profissionais: abrangem os empresários individuais ou a sociedade empresarial (FERNANDES, 2007). As pessoas que são impedidas de exercer a atividade empresarial são: • Os falidos, durante suas obrigações com a massa falida (artigo 158 da Lei no. 11;101/2005); • Leiloeiros e corretores; • Servidores públicos no exercício da atividade pública; • Deputados e Senadores não podem ser proprietários, controladores ou diretores de empresa ou exercer em empresa função remunerada; • Estrangeiros e sociedade sem sede no Brasil, no caso de algumas atividades (como por exemplo: empresa jornalística e de radiodifusão e exploração e aproveitamento de jazidas e outros recursos minerais, entre outras), • Médico, no exercício simultâneo de farmácia (FERNANDES, 2007). No entanto, as pessoas impedidas podem ser acionistas ou quotistas nas organizações. O empresário deve possuir as seguintes funções: • Registrar-se; • Fazer um balanço anual; • Guardar os livros comerciais. Requisitos para ser Empresário Intermediação: ocorre quando o empresário desempenha o papel entre o produtor e o consumidor final. Ele gera muitos empregos realizando esse trabalho intermediador. Intuito lucrativo: o empresário deve pensar no seu lucro. Habitualidade: o comércio exercido pelo empresário é praticado diariamente em sua vida tornando-se um hábito. Estabelecimento: O estabelecimento empresarial, conforme previsto no art. 1.142, do código civil, fixa-se no conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos de forma organizada, pelo empresário ou por sociedade empresária, para desenvolvimento de sua atividade. Ou seja, no exercício da atividade do empresário. Entre os bens corpóreos, podem ser citadas as mercadorias, os equipamentos, os maquinários, as instalações, entre outros. Entre os bens incorpóreos podemos mencionar o ponto empresarial (local onde se situa o estabelecimento), o título do estabelecimento, os contratos, marcas, patentes, entre outros. Ponto Comercial: O ponto comercial é o local onde se encontra o estabelecimento empresarial, ou seja, o local onde o empresário exerce sua atividade empresarial Ação renovatória: a) proposta de 6 meses a 1 ano, antes do fim do contrato; b) contrato escrito e por prazo determinado; c) prazo ininterrupto de 5 anos no local, exercendo a mesma atividade. Nome Empresarial: O nome empresarial é o nome pelo qual o empresário ou sociedade empresária se apresenta perante terceiros e por meio do qual contrairá obrigações e adquirirá direito. Está definida nos arts. 1155 a 1168, do código civil, em que razão social e denominação social são espécies de nome empresarial. UNIDADE 03 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE I CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: destacar o Direito Societário e as características da sociedade limitada e da sociedade por ações. Fundamental é conhecer quanto aos tipos de sociedades empresarial presentes na legislação brasileira e suas formalidades. ESTUDANDO E REFLETINDO Direito Societário Enquanto as pessoas naturais adquirem personalidade jurídica a partir do nascimento com vida, as sociedades somente podem ser consideradas personificadas depois do arquivamento de seus atos de constituição na Junta Comercial, sendo empresárias, ou no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, no caso de sociedades simples. Adquirida a personalidade jurídica com a inscrição, distingue-se esta da pessoa natural de seus sócios, passando em seu nome, a adquirir direitos e a contrair obrigações, com patrimônio, nacionalidade, capacidade e domicílio próprio. O contrato de sociedade é a convenção celebrada por duas ou mais pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para a consecução de fim comum e partilhar Entre si os seus resultados, obtidos com o exercício de atividade econômica contínua. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. BUSCANDO CONHECIMENTO Sociedade Limitada Abrangida pelo Código Civil em seus artigos. 1.052 a 1.087. a) Conceito: É o tipo de sociedade personificada, caracterizada pela responsabilidade dos sócios, limitada ao valor de suas quotas (ao valor de sua contribuição para o capital social) - art. 1.052 do Código Civil. Todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social - art. 1.052, parte final, do CC - os sócios, no contrato social, subscrevem determinada quantidade de quotas (isto é, comprometem-se a contribuir com determinado valor para o capital social), sendo que a integralização (pagamento da contribuição para o capital social) pode já estar feita quando da elaboração do contrato social ou pode ser postergado para determinada data - assim, em relação aos valores ainda não integralizados, todos os sócios são solidariamente responsáveis Os sócios - podem ser pessoas físicas ou jurídicas. b) Aplicação subsidiária na hipótese de omissão: • REGRA - art. 1.053/CC: a sociedade limitada se rege, nas omissões,pelas normas das sociedades simples. • EXCEÇÃO - art.1.053/CC: o contrato social poderá prever que, na omissão, apliquem-se as regras inerentes às sociedades anônimas. c) Nome empresarial O nome empresarial pode ser representado pela FIRMA ou DENOMINAÇÃO, conforme se conclui da análise dos artigos 1.064 e 1.158 do Código Civil. Tanto a firma quanto a denominação devem ter ao final a palavra “limitada” ou a sua abreviatura “Ltda.”. Se omitida a palavra “Limitada” ou a sua abreviação, os sócios passam a ter responsabilidade solidária e ilimitada - art. 1.158, caput e parágrafo 3o, do Código Civil. Na hipótese de opção pela utilização de firma, somente poderão nela constar nomes de sócios que sejam pessoas físicas - art. 1.158 do Código Civil. Na hipótese de opção pela utilização de denominação, deve constar expressão que designe o objeto da sociedade - art. 1.158, par. 3°, do Código Civil. d) Contrato Quanto a forma e registro deve ser escrito e registrado junto ao Registro Público das Empresas Mercantis (Junta Comercial), por ser uma sociedade empresária - art. 1.150, do Código Civil. Na hipótese da parte final do artigo 983/CC (hipótese da sociedade simples optar pela constituição sob a forma de um dos tipos de sociedade empresária), a competência para registro será do Registro Civil das Pessoas Jurídicas - apesar de haver entendimentos contrários a esse respeito. O Conteúdo deste contrato deve apresentar as indicações que couberem no artigo 997, do Código Civil, sendo que também deve conter a firma social (ou a denominação) - art. 1.054, do Código Civil. e) Contribuição do sócio: O capital social é dividido em quotas, cabendo uma ou diversas a cada sócio - art. 1.055, do Código Civil. É proibida a contribuição que consista em prestação de serviços - art. 1.056, do Código Civil - ao contrário do que acontece com a sociedade simples (art. 997, V, e art. 1.007, ambos do Código Civil). O sócio subscreve determinado número de quotas sociais (isto é, compromete- se a contribuir com determinada quantidade do capital social) e integraliza tais quotas (isto é, procede ao pagamento da contribuição a que se comprometeu). A integralização pode ser feita através de entrega de dinheiro ou de outros bens, conforme artigo 1.055, par. 1°, do Código Civil. E, com base no dispositivo legal citado, pela correta estimação do valor dos bens conferidos ao capital social, respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de 5(cinco) anos contados da data do registro da sociedade. Todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social. Assim, se um sócio subscreveu determinada quantidade de quotas e não integraliza tais quotas integralmente, todos os sócios serão responsáveis solidários pela parte não integralizada. f) Cessão de quota: REGRA: - art. 1.057, do Código Civil. O sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente da concordância dos outros sócios. O sócio pode ceder sua quota a estranho ao quadro societário, total ou parcialmente, desde que não haja oposição dos titulares de mais de ¼ (um quarto) do capital social. EXCEÇÃO: se houver alguma previsão em contrário no contrato social, como consta na parte inicial do artigo 1.057, do Código Civil. Formalidade quanto a cessão somente terá efeitos entre os sócios e em relação a terceiros após a averbação do respectivo instrumento no registro da sociedade, subscrito pelos sócios anuentes - art. 1.057, parágrafo único, do Código Civil. g) Falta de integralização e transferência para terceiros: O artigo 1.058, do Código Civil permite que, sem prejuízo do constante no artigo 1.004, do mesmo Código (a sociedade pode pleitear indenização do sócio remisso – não cumpridor de sua obrigação de integralizar as suas quotas – ou, por vontade da maioria dos demais sócios, preferir expulsar o sócio remisso ou reduzir-lhe a quota ao montante já integralizado), os outros sócios podem tomar as quotas do sócio remisso para si ou transferi-la a terceiro, devolvendo-lhe o que houver pago. h) Administração A administração cabe as pessoas elencadas no- art. 1.061, do Código Civil. REGRA: somente sócios podem administrar a sociedade limitada. EXCEÇÃO: se o contrato social permitir administradores não sócios. Se o contrato social atribuir a administração a todos os sócios, tal direito não se estenderá aos que posteriormente adentrarem na sociedade - art. 1.061, do Código Civil. A designação de administrador pode ser feita no contrato social ou em ato separado. Se o contrato social permitir a designação de administrador não sócio, tal designação dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios se o capital social não estiver integralizado, e de no mínimo 2/3 (dois terços) do capital social se a designação for feita após a integralização - art. 1.062, do Código Civil. O administrador designado em ato separado ao contrato social será investido no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração, sendo que, se o termo de posse não for assinado 30(trinta) dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito - art. 1.062, §. 1o, do CC. Averbação da nomeação: no prazo de 10(dez) dias contados a partir do dia da investidura (posse), deve o administrador requerer que seja averbada a sua nomeação no registro competente - 1.063, do Código Civil. • Responsabilidade do administrador: conforme artigo 1.016, do Código Civil (que se refere ao administrador na sociedade simples e é aplicado na sociedade limitada de forma subsidiária com base no artigo 1.053, do Código Civil, os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e a terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. • Cessação da condição de administrador: pode ocorrer pela destituição, pelo término do prazo da nomeação (se fixado no contrato social ou no ato em separado), se não houver recondução, ou pela renúncia - art. 1.063, do Código Civil. • Pela destituição, a sociedade decide pela cessação da condição de administrador. Se o administrador é sócio e foi nomeado no contrato social, a sua destituição somente pode ocorrer pela aprovação de 2/3 do capital social, salvo disposição diversa no contrato social. Se o administrador não é sócio, sua destituição se opera com votos de mais da metade do capital social - artigos 1.063, 1.071 e inciso II do artigo 1.076, do Código Civil. • Pelo término do prazo da nomeação: a nomeação feita no contrato social ou em ato separado pode ser por prazo determinado ou indeterminado. Se for por prazo determinado e uma vez alçado o fim do referido prazo, a cessação da condição de administrador acontece, a não ser que o administrador seja reconduzido ao seu cargo. • Pela renúncia: a renúncia do administrador (ato através do qual ele próprio decide afastar-se do cargo para o qual foi nomeado) gera efeitos em relação à sociedade desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante; em relação a terceiros, os efeitos somente se iniciam após a averbação e a publicação. Os administradores podem ser remunerados, conforme disciplina o artigo 1.071, inciso IV, do Código Civil, sendo que o modo de remuneração pode ser fixado no contrato social ou então decidido por deliberação dos sócios, exigindo-se para tanto aprovação através dos votos de mais da metade do capital social (art. 1.071, IV, e art. 1.076, II, ambos do Código Civil). UNIDADE 04 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE II CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Continuar nossos estudos sobre o Direito Societário e as características da sociedade limitada e da sociedade por ações. Fundamental é conhecer quanto aos tipos de sociedades empresarial presentes na legislação brasileira e suas formalidades. ESTUDANDOE REFLETINDO Dando continuidade aos nossos estudos sobre a Sociedade Limitada iremos analisar o Conselho Fiscal. i) Conselho Fiscal Presentes no art. 1.066, do Código Civil - sem prejuízo dos poderes da Assembleia dos sócios, pode o contrato instituir Conselho Fiscal de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não. Os membros do Conselho Fiscal: - podem ser ou não sócios - são em número mínimo de 03; devem ser residentes no Brasil; eleitos pela Assembleia anual. Não podem fazer parte do Conselho Fiscal, além dos inelegíveis previstos no parágrafo 1° do artigo 1.011, os membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente até 3° grau dos administradores - art. 1.066, parágrafo 1°, do Código Civil; É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos 1/5 do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e seu respectivo suplente - art. 1.066, par. 2°, do Código Civil. Deveres dos membros do Conselho Fiscal - art. 1.069, do Código Civil: • Examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da sociedade; • Lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames; • Exarar no livro de atas e pareceres e apresentar à assembleia anual dos sócios parecer sobre os negócios e as operações sociais do exercício, tomando por base o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado do exercício; • Denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem; • Convocar a assembleia dos sócios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram motivos graves e urgentes. Os membros do Conselho Fiscal, na forma do artigo 1.068, do Código Civil, são remunerados, sendo que tal remuneração será fixada, anualmente, pela assembleia dos sócios que os eleger. A investidura de membro do Conselho Fiscal tem duração até a próxima assembleia anual, salvo se houver cessação anterior - art. 1.067, caput, do Código Civil. O Conselho Fiscal poderá escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanços e das contas, contabilista legalmente habilitado, mediante remuneração aprovada pela assembleia dos sócios - art. 1.070, par. único, do CC j) Deliberação dos sócios Conceito de deliberação: pode ser compreendido como ato através do qual os sócios debatem determinado assunto de interesse da sociedade e tomam uma decisão a respeito. Os casos de deliberação são: • Art. 1.071, do Código Civil - dependem da deliberação dos sócios: • A aprovação das contas da administração; • A designação dos administradores, quando feita em ato separado; • A destituição dos administradores; • O modo de remuneração dos administradores, se não previsto no contrato social; • Modificação do contrato social; • - A incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; • Nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; • O pedido de concordata (recuperação de empresa*). • O rol do artigo 1.071, do Código Civil não é taxativo (numerus clausus), mas exemplificativo, podendo o contrato social fixar outras matérias que somente podem ser decididas através de deliberação. As formas de deliberação são: • As deliberações podem ser tomadas em reuniões ou em Assembleia, conforme previsto no contrato social - art. 1.072, do Código Civil. • -As reuniões exigem procedimentos menos solenes e formais que as assembleias. Na hipótese de omissão no contrato social, aplicam-se às reuniões o disposto para as assembleias nos artigos 1.071 a 1.080, do Código Civil - art. 1.072, par. 6°, do Código Civil. • A deliberação em Assembleia é obrigatória se o número de sócios for superior a 10 (dez) - art. 1.072, par. 1°, do Código Civil. • A reunião ou a assembleia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas - art. 1.072, par. 3°, do Código Civil. Quanto a formalidade para convocação de assembleia de sócios, temos: • O anúncio da convocação da assembleia de sócios será publicado por pelo menos 3(três) vezes, devendo mediar, entre a data da primeira publicação e a data da realização da assembleia, o prazo mínimo de 8(oito) dias para a primeira convocação e de 5(cinco) dias para as demais convocações - art. 1.152, par. 3°, do Código Civil. • A publicação será feita no órgão oficial da União ou do Estado (Diário Oficial da União ou no Diário Oficial do Estado) e em jornal de grande circulação - art. 1.152, par. 1°, do Código Civil. • - Em caso de sociedade estrangeira, as publicações devem ser feitas nos órgãos oficiais da União e do Estado (Diário Oficial da União e Diário Oficial do Estado) - art. 1.152, par. 2°, do Código Civil. • Dispensam-se as formalidades de convocação de assembleia de sócios quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. • Quorum mínimo para instalação das assembleias: • Para a instalação de assembleia em 1ª convocação, exige-se a presença dos titulares de, no mínimo, ¾ do capital social. Em 2ª convocação, a assembleia instala-se com qualquer número de sócios - 1.074, caput, do Código Civil. • Quórum mínimo para aprovação de deliberações - Quórum para deliberações - art. 1.076, do Código Civil. o Votos correspondentes a, no mínimo, ¾ do capital social para: • - Modificação do contrato social; • - Incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação. o Votos correspondentes a mais da 1/2 do capital social para: • A designação dos administradores, quando feita em ato separado; • A destituição dos administradores; • O modo de remuneração dos administradores, se não previsto no contrato social; • Pedido de concordata (recuperação de empresa*). o Notos da maioria dos presentes para os demais casos previstos na lei ou no contrato, se este não exigir maioria mais elevada. Na forma do artigo 1.010 do CC, os votos serão contados segundo o valor das quotas de cada um, sendo que para a formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais da metade do capital social. Se ocorrer empate, a decisão se dará por cabeça, independentemente do valor das quotas detidas por cada sócio. Permanecendo o empate, a decisão dependerá de processo judicial. BUSCANDO CONHECIMENTO Deliberações e seus efeitos: As deliberações tomadas em conformidade com a lei e com o contrato social vinculam todos os sócios, ainda que ausentes (aqueles que não compareceram na reunião ou na assembleia) ou dissidentes (aqueles que, presentes na reunião ou na assembleia, não votaram a favor da deliberação vencedora) - art. 1.070, par. 5°, Código Civil. As deliberações que infringirem o contrato social ou a lei tornam ilimitada a responsabilidade dos sócios que expressamente as aprovaram - art. 1.080, do Código Civil. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, o sócio que dissentiu da respectiva deliberação terá o direito de retirar-se da sociedade, nos 30 (trinta) dias subsequentes à reunião ou à assembleia onde ocorreu a deliberação, liquidando-se as suas quotas na forma do artigo 1.031 do Código Civil, salvo se outra forma for fixada no contrato social - art. 1.077 do Código Civil. Deliberação e ética: Nenhum sócio, por si ou na condição de mandatário, pode votar matéria que lhe diga respeito - art. 1.074, par. 2°, do Código Civil. Periodicidade da Assembleia Anual e matérias de discussão obrigatória A Assembleia deve se realizar pelo menos 1(uma) vez por ano, nos quatro meses seguintes ao término do exercício social - art. 1.078, do Código Civil. As matérias de discussão obrigatória na assembleia anual - art. 1.078, do Código Civil:• Tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial; • Designar administradores, quando for o caso; • Tratar de qualquer assunto constante da ordem do dia. A comprovação da convocação da assembleia de sócios ou reunião cabe à: • - Aos administradores cabe convocar reunião ou assembleia de sócios dentro do prazo imposto no artigo 1.078 do CC - art. 1.072, caput parte final, do Código Civil; • - Ao sócio, quando os administradores retardarem a convocação por mais de 60 (sessenta) dias, nos casos previstos em lei ou no contrato - art. 1.073, I, do Código Civil; • - Aos sócios titulares de mais de 1/5 do capital social, quando não atendido, no prazo de 8 dias, o pedido de convocação fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas- art. 1.073, I, do Código Civil; • - Ao Conselho Fiscal, se houver, se a diretoria retardar por mais de 30 dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram motivos graves ou urgentes - art. 1.069, V, e artigo 1.073, II, do Código Civil; Ata e registro de deliberações - art. 1.075, do Código Civil. • - As assembleias serão presididas por sócios escolhidos entre os presentes. • Dos trabalhos e das deliberações será lavrada, no livro de atas da assembleia, ata assinada pelos membros da mesa e por sócios participantes da reunião, quantos bastem à validade das deliberações, mas sem prejuízo dos que queiram assiná-la. • Cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, será, nos 20 (vinte) dias subsequentes à assembleia ou à reunião, apresentada ao Registro Público das Empresas Mercantis para arquivamento e averbação. UNIDADE 05 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE III CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Continuar nossos estudos sobre o Direito Societário e as características da sociedade limitada e da sociedade por ações. Fundamental é conhecer quanto aos tipos de sociedades empresarial presentes na legislação brasileira e suas formalidades. ESTUDANDO E REFLETINDO k) Demonstrações contábeis O artigo 1.065 do Código Civil impõe 2 (dois) demonstrativos contábeis para as sociedades limitadas: o balanço patrimonial do exercício e a demonstração de resultado de exercício (balanço de resultado econômico). O mesmo artigo 1.065 do Código Civil também obriga que a sociedade proceda a elaboração de inventário físico dos bens do ativo da sociedade. Balanço patrimonial - seu conteúdo é fixado no artigo 178 da Lei 6404/76 A Lei 6.404/76. art. 178. “No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante; b) ativo não circulante; No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo não circulante; c) patrimônio líquido. Resultado do exercício - seu conteúdo é fixado no artigo 187 da Lei 6404/76 Lei 6.404/76. art. 187. “A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; II - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; III - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; IV - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; V - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.” l) Aumento e redução de capital O aumento do capital está presente nos artigos 1.081 a 1.084, do Código Civil. Aumento do capital social: No art. 1.081/CC - após integralizadas as quotas sociais, pode o capital social ser aumentado, com a correspondente modificação do contrato social – conforme artigo 1.076, I, do Código Civil, para a modificação do contrato social é necessária aprovação de, pelo menos, ¾ do capital social. Até 30 dias após a deliberação, terão os sócios preferência para participar do aumento (adquirindo mais quotas), na proporção das quotas de que sejam titulares - art. 1.081, par. 1°, do Código Civil. Para a cessão do direito de preferência acima citado, aplica-se o constante do artigo 1.057 do Código Civil, isto é, não pode haver oposição de titulares de mais de ¼ do capital social - art. 1.081, par. 2°, do Código Civil. Redução do capital social: O artigo 1.082 do Código Civil apresenta as hipóteses em que a sociedade, mediante a competente modificação contratual, pode reduzir o capital social. São as hipóteses previstas no artigo 1.082 do Código Civil: • Se houver perdas irreparáveis, depois de integralizado o capital social; • Se o capital social se tornar excessivo em relação ao objeto da sociedade. • No caso de redução do capital social em decorrência de perdas irreparáveis, a redução será realizada com a diminuição proporcional do valor nominal das quotas - art. 1.083, do Código Civil. • Na hipótese de redução do capital social pelo fato de o mesmo ser excessivo em relação ao objeto da sociedade, a redução do capital será feita restituindo-se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensando-se prestações ainda devidas, com a diminuição, em ambos os casos, do valor nominal das quotas - art. 1.084 do Código Civil. • Na hipótese de redução pelo fato de o capital social ser excessivo em relação ao objeto da sociedade, o credor quirografário por título anterior à data da redução do capital poderá, no prazo de 90 (noventa) dias contado da data da publicação da ata da assembleia que aprovar a redução, opor-se ao deliberado. A redução somente se tornará eficaz se nenhum credor quirografário apresentar oposição à redução, quando, então, proceder-se-á a averbação da ata que tenha aprovado a redução, no Registro Público das Empresas Mercantis - art. 1.084, parágrafos 1° a 3°, do Código Civil. m) Redução do capital em relação a sócios minoritários A redução do capital em relação aos sócios minoritários é tratada no artigos 1.085 a 1.086, do Código Civil. A maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entendendo que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista a exclusão por justa causa – artigo 1.085, do Código Civil. Para que se possa proceder na forma do artigo 1.085 do CC, deve haver previsão no contrato social de possibilidade de exclusão por justa causa, conforme se pode interpretar da parte final do caput do artigo 1.085 do CC. A possibilidade de exclusão prevista no artigo 1.085 do Código Civil não afasta a possibilidade de exclusão com base no artigo 1.030 do mesmo Código (onde consta previsão de exclusão, mediante ação judicial de iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações ou por incapacidade superveniente - devemos nos atentar ao fato de que a redação do artigo 1.085 do Código Civil já se inicia como. “Ressalvado o disposto no artigo 1.030”. Importante ressaltar que a exclusão sob o fundamento do artigo 1.030, do Código Civil, impõe decisão judicial, já em relação ao artigo 1.085 do CC não se exige ação judicial devendo, entretanto, no nosso entendimento, ser interpretado o artigo 1.085, do Código Civil,levando em consideração o princípio constitucional do amplo direito de defesa. A exclusão na forma do artigo 1.085/CC deve ser feita em reunião ou assembleia especialmenteconvocada para o fim de “exclusão”, devendo o sócio “acusado” ser cientificado da reunião/assembleia em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa - art. 1.085, par. único, do Código Civil. Efetuado o registro da alteração contratual (com a exclusão do sócio), aplicar–se-á o disposto nos artigos 1.031 e 1.032, do Código Civil, que se referem à forma de liquidação das quotas com as seguintes regras: • Será levado em consideração o valor da quota no momento da retirada do sócio, tendo por base o montante efetivamente integralizado pelo sócio, e levando em consideração a situação patrimonial da sociedade verificada através de balanço especialmente levantado (salvo se houver disposição diferente no contrato social). • A quota liquidada será paga em dinheiro no prazo de 90(noventa) dias a partir da liquidação (salvo acordo ou estipulação contratual em contrário). • Responsabilidade do sócio retirante/excluído: a retirada, a exclusão ou a morte do sócio não afasta a sua responsabilidade (ou a de seus herdeiros) pelas obrigações sociais anteriores, até 2 (dois) anos após averbada a resolução na sociedade - art. 1.032, do Código Civil. n) Dissolução A dissolução da sociedade limitada ocorre pelos mesmos fundamentos em que ocorre a dissolução da sociedade em nome coletivo (art. 1.044, do Código Civil), isto é, em razão de uma das hipóteses previstas no artigo 1.033, do Código Civil (que trata da dissolução da sociedade simples) ou da decretação de falência. UNIDADE 06 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE IV CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Continuar nossos estudos sobre o Direito Societário e as características da sociedade limitada e da sociedade por ações. Fundamental é conhecer quanto aos tipos de sociedades empresarial presentes na legislação brasileira e suas formalidades. ESTUDANDO E REFLETINDO Sociedades por Ações a) Introdução É uma sociedade por ações (categoria que envolve a “sociedade anônima” e a “sociedade em comandita por ações”). Além de “sociedade anônima”, também tem a denominação de “companhia” e as abreviaturas “S/A” e “Cia” .Os sócios da sociedade anônima são denominados “acionistas”. É a forma de sociedade mais apropriada aos grandes investimentos em razão da limitação da responsabilidade dos acionistas, a negociabilidade da participação societária e a possibilidade de emissão de títulos que, não conferindo necessariamente participação societária, contribuem para o financiamento dos recursos necessários ao exercício da atividade da sociedade. b) Histórico e modelos de normatização As sociedades por ações dedicaram-se, desde a origem, à exploração de empreendimentos de expressiva importância para a economia e para o Estado. A normatização dessas sociedades passou por 03 (três) fases ou períodos históricos, que podem ser analisados como verdadeiros modelos de normatização das sociedades anônimas: da outorga (quando a personalização e a limitação de responsabilidade eram privilégio concedidos pelo monarca, e em geral ligavam-se a monopólios colonialistas”); de autorização (quando a personalização e a limitação de responsabilidade decorriam de autorização governamental) e de regulamentação (quando a personalização e a limitação de responsabilidade decorrem da observância do regime legal específico). No Brasil, a normatização das sociedades anônimas é feita com o convívio entre o sistema de regulamentação (aplicado às sociedades anônimas que praticam emissão particular de valores mobiliários) e de autorização (aplicado às sociedades anônimas que procedem à captação pública de recursos (emissão pública de valores mobiliários). c) Normatização O Código Civil, no seu artigo 1.088, conceitua “sociedade anônima” e, no seu artigo 1.089, determina que as sociedades anônimas são regidas por lei especial. É regida por lei especial – Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 -, também chamada de “lei das sociedades anônimas. A normatização das sociedades anônimas também, entre outros, é feita pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976 (que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a “Comissão de Valores Mobiliários – CVM”), por resoluções do Banco Central do Brasil (como a resolução 2.690, que consolida as normas que disciplinam a constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores) e por instruções da CVM. Na hipótese de omissão da legislação específica das sociedades anônimas, aplicando-se o Código Civil, conforme seu art. 1.089. d) Conceito Considera-se como sociedade por ações é toda aquela que tem o seu capital social dividido em “ações”. As sociedades por ações podem ser de 2(duas) espécies: sociedade anônima e sociedade em comandita por ações. O que diferencia a sociedade anônima da sociedade em comandita por ações é a forma de responsabilidade dos sócios (acionistas): Na sociedade anônima, conforme artigo 1088 do Código Civil, a responsabilidade do sócio (acionista) em relação às obrigações sociais limita-se ao valor de emissão das ações que subscreveu ou adquiriu; Na sociedade em comandita por ações, conforme artigos 1.090 a 1.092 do Código Civil, há 02 (dois) tipos de acionistas: os acionistas administradores (ou diretores), que têm responsabilidade solidária e ilimitada em relação às obrigações sociais e os acionistas não administradores (ou não diretores), que têm responsabilidade limitada às ações subscritas ou adquiridas. Em razão de expressa disposição legal (art. 982, par. único, do Código Civil), toda sociedade por ações (sociedade anônima ou sociedade em comandita por ações) é uma sociedade empresária, independentemente de seu objeto. Em conclusão, podemos conceituar sociedade anônima como: sociedade empresária cujo capital social é dividido em ações e cuja responsabilidade dos acionistas em relação às obrigações sociais limita-se ao valor de emissão das ações que subscreveu ou adquiriu. e) Conceitos acessórios para compreensão do conceito de sociedade anônima: Valores mobiliários: são instrumentos de captação de recursos pelas sociedades anônimas emissoras e representam, para quem os subscreve ou adquire, um investimento. São exemplos de valores mobiliários as ações, as debêntures, os bônus de subscrição, as partes beneficiárias e os commercial papers. O Preço de emissão pode ser compreendido como o valor desembolsado pelo subscritor de determinado valor mobiliário em favor da companhia emitente, para fim de titularizar referido valor mobiliário (que pode ser uma ação ou algum outro tipo de valor mobiliário). f) Mercados primário e secundário de valores mobiliários Mercado primário: É a aquisição de valor mobiliário quando ele é colocado no mercado pela companhia emissora. Quem adquirir esse valor mobiliário será o 1° acionista titular do valor mobiliário adquirido (se for ação) ou o 1° titular do valor mobiliário (se for outro valor mobiliário que não ação). Na aquisição de valores mobiliários no mercado primário, o valor pago por quem adquire o valor mobiliário é destinado à companhia emissora. A operação (negócio) é denominada “subscrição”. Mercado secundário: É a aquisição de valor mobiliário quando ele é colocado à venda por um acionista (quando for ação) ou pelo titular do valor mobiliário (se for outro valor mobiliário que não a ação). A sociedade emissora não faz parte do negócio jurídico (operação) e não recebe nada. O negócio é denominado compra e venda, aquisição ou alienação. Observação: como exceção à regra de que uma companhia não pode negociar no mercado secundário valores mobiliários por ela emitidos, uma companhia pode em casos específicos (manutenção de ações em tesouraria, por exemplo) realizar operação no mercado secundário em relação a valores mobiliários de sua emissão, adquirindo de algumaforma esses valores e os negociando com terceiros. g) Mercado de capitais Mercado de capitais: local onde se desenvolvem operações de compra e venda de valores mobiliários emitidos por companhias abertas. Esse local pode ser: bolsa de valores, mercado de balcão ou mercado de balcão organizado. As bolsas de valores podem ser compreendidas como são pessoas jurídicas de direito privado (associações ou sociedades anônimas) que, mediante autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), prestam serviço público. A consolidação das normas que disciplinam a constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores consta da Resolução 2.690 (de 28/01/2000) do BACEN, sendo que a CVM tem o poder de regulamentar essas normas. Não integram a administração pública direta ou indireta. Tem como objeto social manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos ou valores mobiliários emitidos por companhias abertas. Quanto ao pregão é o encontro diário dos representantes das sociedades filiadas à bolsa (sociedades corretoras). As negociações realizadas na bolsa são todas do “mercado secundário” (o mercado primário, no mercado de capitais, só se realiza no mercado de balcão). As sociedades corretoras atuam no pregão como portadoras do interesse de seus clientes (investidores), materializado em ordens de compra ou venda, no sentido de tentarem a aquisição ou alienação de ações e demais valores mobiliários. Já o Mercado de balcão compreende todas as operações do mercado de capitais realizadas fora da bolsa de valores. É dividido em: mercado de balcão não organizado e mercado de balcão organizado. Mercado de balcão não organizado: São geralmente instituições financeiras e outras entidades participantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, que atuam sob autorização da CVM. Sua operação típica consiste na colocação de novos valores mobiliários emitidos por companhias abertas junto aos investidores por meio de banco. O mercado de balcão envolve tanto operações de mercado primário quanto operações do mercado secundário. São agentes do mercado de balcão (art. 21, par. 3o, Lei 6385/76): • Instituições financeiras e demais sociedades de distribuição de emissão de valores mobiliários, atuantes em conta própria ou na qualidade de agentes da companhia emissora. • Sociedades com objeto voltado para a compra, para a revenda, de valores mobiliários em circulação. • Corretoras de valores mobiliários. Mercado de balcão organizado: Exercido por entidades do mercado de balcão organizado (EMBOs), que são sociedades autorizadas a funcionar mediante registro na CVM (art. 21, par. 5°, da Lei 6385/76), cujo objeto é a prestação de serviços a investidores e outros agentes do mercado de capitais, similar ao que as bolsas prestam aos corretores filiados. A EMBO (entidade do mercado de balcão organizado) deve manter sistema eletrônico que viabilize adequadamente a realização de operações de compra e venda de valores mobiliários. É o segmento do mercado de capitais que compreende as operações realizadas por meio de um sistema mantido e normatizado por uma entidade autorizada a operar pela CVM. h) Normatização do mercado de capitais A competência legislativa para tratar de matéria atinente ao mercado de capitais é da União (art. 22, incisos I, VII e XIX, da CF/88), sendo que a União, através da Lei 6.385/76, delega a competência para normatização de alguns temas ao Conselho Monetário Nacional (CMN) e ao Banco Central (art. 3° da Lei 6.385/76) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM – art. 5° a 9° da Lei 6.385/76). • Normas estruturais (que constituem órgãos, delegam competência e impõem a estrutura básica do mercado de capitais) são de competência de Lei Federal. Exemplo: Lei 6.385/76 que, além de conceituar valores mobiliários (art. 2°), cria a CVM (art. 5°), apresentando a competência (art. 8°) e apresenta a competência do CMN (art. 3°). • Normas conjunturais (definição de política econômica a ser observada na organização e no funcionamento do mercado de valores mobiliários) são de competência do Conselho Monetário Nacional (CMN). Importante ressaltar que as decisões do Conselho Monetário Nacional são formalizadas através de resoluções do Banco Central do Brasil (BACEN). • Normas de fiscalização são de competência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), através de instruções e do BACEN (Banco Central do Brasil). As instruções da CVM são os atos através dos quais a CVM regulamenta, com abrangência da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas pelas leis 6385/76 e 6404/76. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários): tem natureza jurídica de autarquia federal vinculada (subordinada) ou Ministério da Fazenda. Foi criada pela Lei 6.385/76 (art. 3o). É subordinada ao Ministério da Fazenda. É um órgão colegiado formado por 05 (cinco) membros (1 presidente e 4 diretores) nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal, com mandato de 5 anos, sendo vedada a recondução. Tem competência autorizante, regulamentar e fiscalizante: • Normatizar as operações com valores mobiliários, autorizar sua emissão e negociação, bem como fiscalizar as S/As abertas e os agentes que operam no mercado de capitais. • Na regulamentação, cabe regulamentar o funcionamento do mercado de capitais. • Na autorização, por meio de atos de registros, legitima a constituição de S/As abertas, a emissão e negociação de valores mobiliários no mercado de capitais (art. 19 da Lei 6385/76). • Na fiscalização, acompanha, de modo permanente, as S/As abertas e os demais agentes ligados ao mercado de capitais, de modo direto ou indireto. UNIDADE 07 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE V CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Continuar nossos estudos sobre o Direito Societário e as características da sociedade limitada e da sociedade por ações. Fundamental é conhecer quanto aos tipos de sociedades empresarial presentes na legislação brasileira e suas formalidades. ESTUDANDO E REFLETINDO Classificação das sociedades anônimas De acordo com o art. 4° da Lei das S/A (Lei 6.404/76), as sociedades anônimas podem ser abertas ou fechadas. O que diferencia as companhias abertas das companhias fechadas é a negociação ou não de valores mobiliários no mercado de capitais (isto é, na bolsa de valores, no mercado de balcão não organizado ou no mercado de balcão organizado). As sociedades Anônimas abertas: são as sociedades anônimas cujos valores mobiliários são admitidos à negociação nas bolsas de valores ou mercado de balcão (não organizado ou organizado). Pode captar recursos junto aos investidores em geral (emissão pública que é caracterizada por uma das formas previstas no parágrafo 3° do artigo 19 da Lei 6.385/76), de forma pública. Quando uma companhia aberta emite valores mobiliários (como ações, por exemplo) e os negocia no mercado de capitais (bolsa de valores, mercado de balcão organizado ou mercado de balcão não organizado), essa emissão é denominada “emissão pública” e o investidor que subscreve algum desses valores exerce uma “subscrição pública”. Para proceder a essa captação pública de recursos, deve ter prévia autorização do governo federal, o que se materializa com o seu registro e o lançamento de seus valores mobiliários na CVM. Se houver emissão pública sem prévia autorização, configurado está crime previsto no artigo 7° da Lei 7.492/86 (com pena de reclusão de 2 a 8 anos). Já as sociedades anônimas fechadas: não emitem valores mobiliários negociáveis no mercado de capitais (bolsa de valores, mercado de balcão não organizado ou mercado de balcão organizado). A negociação de valores imobiliários emitidos por companhia fechada é denominada “emissão privada”e os investidores que adquirem tais valores mobiliários praticam “subscrição privada”. BUSCANDO CONHECIMENTO Nome empresarial da Sociedade Anônima O nome empresarial da sociedade anônima tem previsão do artigo 3° da LSA (Lei 6.404/76), sendo que será sempre sob a forma de DENOMINAÇÃO (art.3°, caput). A denominação deve estar acompanhada da expressão “Companhia” ou “Sociedade Anônima” ou pelas abreviaturas “S/A” ou “Cia”. Se utilizar a expressão “Companhia” ou a abreviatura “Cia.”, não poderá a expressão estar no final do nome empresarial. Se utilizar a expressão “Sociedade Anônima” ou a abreviatura “S/A”, a expressão pode se localizar em qualquer local do nome empresarial. O nome de fundador, acionista, ou pessoa que, por qualquer modo, tenha concorrido para o êxito da sociedade, poderá figurar na denominação (art. 3°, par.1°). Se a denominação for idêntica ou semelhante à de Companhia já existente, assistirá à prejudicada o direito de requerer a modificação por via administrativa ou em juízo, e demandar as perdas e danos existentes (art. 3°, par. 2°). A Lei 8.934/94, no seu artigo 34, aplica o “Princípio da novidade”, isto é, a Junta Comercial não pode registrar nome idêntico ou semelhante aos que já se encontram registrados, quer coincidam ou não os ramos de atividade a que se dedicam o titular do registro e o pretendente. A Ação a) Conceito A ação é o valor mobiliário representativo de uma parcela do capital social da S/A emissora que atribui ao seu titular a condição sócio (acionista) da S/A. b) Valor das ações O valor da ação varia de acordo com o contexto em que é necessário atribuir valor à participação societária, isto é, depende dos objetivos da avaliação. Existem 5 (cinco) espécies de valores de ação, a saber: valor nominal, valor patrimonial, valor de negociação, valor econômico e valor de emissão. Valor nominal É o primeiro valor da ação. Resulta da divisão do capital social da S/A pelo número de ações por ela emitida, independentemente da espécie ou da classe. Ex: se o capital social é de R$ 3.000.000,00 e há 1.000.000 de ações, o valor nominal de cada uma será de R$ 3,00. O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia - LSA, art. 11, par. 2º. O valor nominal garante, em termos relativos, o acionista contra a diluição de seu patrimônio acionário, na hipótese de aumento de capital com emissão de novas ações - LSA, art. 13 (“É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal”). As ações podem não ter valor nominal – o estatuto é que indicará se as ações terão ou não valor nominal - LSA, art. 11 - se não tiver valor nominal, para todos os fins será levado em consideração o “valor-quociente” (que é o valor do capital social dividido pelo número de ações emitidas. Na hipótese de redução do capital social, será pago ao acionista com base no “valor nominal” ou no “valor quociente”. Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes preferenciais com valor nominal - LSA, art. 11, par. 1º. Valor patrimonial É a parcela do patrimônio líquido da sociedade anônima correspondente a cada ação. Obtido através da divisão do patrimônio líquido pelo número de ações. O patrimônio líquido consiste na soma do patrimônio bruto (ativo) e das obrigações devidas pela sociedade (passivo). Pode ser maior ou menor que o valor nominal. O valor nominal e valor patrimonial se igualam somente no momento da constituição da sociedade. Valor patrimonial contábil x Valor patrimonial real: O Valor Patrimonial Contábil tem por dividendo o patrimônio líquido constante das demonstrações financeiras ordinárias ou especiais da S/A em que os bens são apropriados por seu valor de entrada (custo da aquisição), i.e., com base no balanço patrimonial histórico (no final do exercício) ou atual (calculado com base em balanço especial levantado durante o exercício social). Já o Valor Patrimonial Real tem por dividendo o patrimônio líquido calculado com base em balanço especial (que não tem repercussões tributárias), levando em conta o valor de mercado do patrimônio da sociedade. Na liquidação, é pago com base no valor patrimonial. Já na amortização (operação pela qual se antecipa ao acionista no todo ou em parte o quanto ele deveria receber caso a sociedade fosse dissolvida – LSA, art. 44) também é considerado o valor patrimonial. Valor de negociação É o montante pago pela ação, quando adquirida – ou, o que é o mesmo, o recebido, quando vendida. Não é igual ao valor nominal, nem ao valor patrimonial. Fixado com base na negociação entre comprador e vendedor. É o valor contratado, por livre manifestação de vontade, entre quem aliena a ação e quem a adquire. O principal elemento levado em consideração na fixação do valor é a perspectiva de rentabilidade da empresa. Varia segundo a espécie de ação (ordinária ou preferencial), já que os seus respectivos acionistas têm direitos diferentes). O valor de negociação classifica-se em “valor de mercado” e “valor de negociação privada”: • Valor de mercado: valor da ação na bolsa de valores ou no mercado de balcão (valor de cotação). • Valor de negociação privada: valor transacionado em operação fora do mercado de capitais. Valor econômico É o valor que objetiva mensurar o preço que provavelmente um negociador pagaria pela ação, caso ela fosse vendida. Resulta de uma complexa avaliação, procedida segundo critérios técnicos e realizada por profissionais especializados. Busca encontrar o número que reflete o negócio vantajoso de compra e venda de determinadas ações. Do ponto de vista dos investidores, a definição do valor econômico é importante na preparação das propostas ou na delimitação das transigências interessantes durante as negociações para a aquisição da ação. Há grande divergência quanto aos métodos de apuração desse valor, sendo que um dos métodos mais utilizados é o “método do fluxo descontado”; nele, estimam-se, em valor presente, os fluxos de caixa futuros, correspondentes à participação acionária. Valor de emissão É o valor pago pela ação no ato da subscrição. Também é chamado de “preço de emissão”. b) Preço de emissão • É o valor para a compra da ação no ato da subscrição. • -É o montante gasto pelo investidor (subscritor), à vista ou a prazo, em favor da S/A em troca da ação. Há 2 (duas) formas de alguém se tornar acionista, através da subscrição ou através da compra de ações: • Subscrição: operação do mercado primário. Nesse caso se subscrevem ações recém-emitidas. O valor pago destina-se à Cia. emissora. O valor pago é o “preço de emissão” ou “valor de emissão • Compra: operação do mercado secundário é a aquisição de ação quando ela é colocada à venda por um acionista; a sociedade emissora não faz parte do negócio jurídico (operação) e não recebe nada. Quem define o preço de emissão é unilateralmente a companhia criadora (emissora) da ação (ou outro valor mobiliário), o mesmo acontecendo com a forma de pagamento. - é o valor atribuído pela Cia. emissora à ação, a ser pago, à vista ou a prazo, pelo subscritor. São 2 (duas) as oportunidades em que a S/A fixa o preço de emissão: na Constituição da sociedade (fixado pelos fundadores; se tiver valor nominal, o preço de emissão deve ser igual ou menor ao valor nominal) e no aumento de capital com o lançamento de novas ações (fixado pela Assembléia Geral). Se o preço de emissão for igual ao valor nominal da ação, a totalidade do valor arrecadado será destinada à formação do capital social; se o preço de emissão for maior que o valor nominal da ação, a diferença deverá ser contabilizada em conta especial denominada “reserva de capital” (art. 182, par. 1o, da LSA). Se forem ações sem valor nominal, os fundadores (na hipótese de constituição) ou a Assembleia Geral (na hipótese de aumento de capital) deverão definirse todo o valor arrecadado com a venda das ações será destinado ao Capital Social ou se parte se destinará à “Reserva de Capital”. O preço de emissão deve ser fixado levando em consideração as seguintes regras: • O preço de emissão não pode ser inferior ao valor nominal das ações, se existente (LSA, art. 13). • Não pode ocorrer diluição injustificada da participação dos antigos acionistas (LSA, art. 170, par. 1°). • Deve levar em conta a perspectiva de rentabilidade da companhia; o valor do patrimônio líquido da ação; a cotação das ações na Bolsa de Valores ou no mercado de balcão organizado (art. 170, par.1o, LSA). c) Diluição da participação societária Ocorre sempre que a companhia lança novas ações com preço de emissão inferior ao valor patrimonial das existentes. Se o preço de emissão das novas ações for igual ao valor patrimonial das existentes, este não variará; se for maior, aumentará; se for menor, diminuirá. Se o preço de emissão das novas ações emitidas for superior ao valor patrimonial das já existentes, haverá um gasto patrimonial dos antigos acionistas, em detrimento dos ingressantes (preço de emissão será menor que o valor patrimonial das ações emitidas). O valor nominal representa uma garantia contra a diluição. UNIDADE 08 - DIREITO SOCIETÁRIO. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE POR AÇÕES. OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS – PARTE VI CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Continuar nossos estudos sobre o Direito Societário e as características da sociedade limitada e da sociedade por ações. Fundamental é conhecer quanto aos tipos de sociedades empresarial presentes na legislação brasileira e suas formalidades. ESTUDANDO E REFLETINDO Sociedade em Comandita por Ações As sociedades em comanditas por ações estão previstas no- art. 1.090 a 1.092, do Código Civil a) Conceito È a sociedade cujo capital social se divide em ações, sendo que o acionista, se não participa da administração da sociedade, tem responsabilidade limitada ao preço da emissão das ações que subscreveu ou adquiriu; se o acionista exerce funções de direito ou administrador, responde pelas obrigações sociais de forma subsidiária e ilimitada e solidária com os demais membros da diretoria b) Tipos de Acionistas e suas Responsabilidades Existem 2 (duas) categorias de acionistas: os acionistas administradores (ou diretores) e os acionistas não administradores (ou não diretores). Acionistas administradores: têm responsabilidade solidária e ilimitada. Acionistas não administradores: têm responsabilidade limitada às ações subscritas ou adquiridas. c) Administração A administração só pode ser feita por acionistas de acordo com o- art. 1.091, do Código Civil. d) Aplicação da Lei das S/As Rege-se pelas normas relativas às sociedades por ações de acordo com o art. 1.090, do Código Civil - BUSCANDO CONHECIMENTO Visando possibilitar a legalização de pessoas que estavam na ilegalidade foi criada a Lei Complementar no. 128 em 19 de dezembro de 2008, a qual possibilitou a legalização das pessoas por meio da constituição do MEI – Microempreendedor Individual. O MEI – Microempreendedor Individual pode ser considerado como a pessoa que trabalho por contra própria e que se legaliza como um pequeno empresário. Para se enquadrar nesta categoria o microempreendedor poderá ter um faturamento anual de até R$ 60.000,00 anual, não sendo sócio de nenhuma outra empresa, nem titular. Podendo ter um empregado registrado, que ganhe um salário mínimo ou o piso da categoria. Quanto às vantagens ao Microempreendedor Individual temos: • Registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), • Facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais; • Previdência Social para aposentadoria, auxílio doença e maternidade. É o MEI enquadrado no Simples Nacional e ficando isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Devendo pagar um valor fixo mensal de R$ 40,40 (comércio ou indústria), R$ 44,40 (prestação de serviços) ou R$ 45,40 (comércio e serviços), destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo. Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual No site do Portal do Empreendedor (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/) poderá ser feita a formalização sem muitas complicações e burocracias desnecessárias. Alguns órgãos que auxiliam no processo de formalização são: Fonte: Manual do Processo Eletrônico de Inscrição do Microempreendedor Individual (MEI). No caso dos escritores de contabilidade optantes pelo SIMPLES, devem auxiliar o MEI de forma gratuita quanto a inscrição como Microempreendedor Individual, a entrega da primeira declaração anual e a emissão de carnes de pagamentos BUSCANDO CONHECIMENTO O início da formalização ocorre no portal http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ na aba MEI - Microempreendedor Individual. http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ Logo em seguida na aba Formalização, tendo acesso ao primeiro passa a formalização, apresentada abaixo: Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ Após a inserção dos dados iniciais o sistema solicita a confirmação de algumas informações de quanto a legalidade junto ao Receita Federal, a que consiste no informa do número da declaração entregue no ano anterior. http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ Outro ponto de confirmação quanto a legalidade e o devido cumprimento dos deveres cívicos, consiste na inserção do número do título de eleitor, conforme figura representada abaixo: Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ A ausência de informações apresentada acima impede o prosseguimento quanto ao cadastro inicial ao MEI, e os órgão que devem ser consultados são a Receita Federal e o Cartório Eleitoral no qual o título está registrado. http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ http://www.portaldoempreendedor.gov.br/ UNIDADE 09 - DIREITO DOS CONTRATOS CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Destacar as característica e modelos de contratos inerentes às atividades empresariais. Neste momento é crucial a análise do contrato, seu embasamento diante da legislação brasileira e seu reflexo às partes. ESTUDANDO E REFLETINDO Contratos Empresariais No âmbito dos contratos comerciais, são muitas as espécies. Mas, procurando facilitar a compreensão dos mesmos, os doutrinadores dividiram em dois grandes grupos: os contratos de colaboração e os contratos bancários. O primeiro tipo reúne os contratos que possuem como característica comum a intenção das partes em promover o desenvolvimento de novos mercados para os produtos do fornecedor, enquanto o segundo tipo abrange os contratos dos quais participam uma instituição financeira. BUSCANDO CONHECIMENTO Constituição dos Contratos Os contratos, para serem considerados válidos, devem obedecer aos mesmos requisitos dos atos jurídicos em geral, quais sejam: • Agentes capazes; • Objeto lícito e possível; • Forma prescrita ou não proibida em lei; • Vontade das partes. Na maioria dos contratos bastam essas condições para eles serem concretizados, passando a gerar obrigações entre as partes. Fonte: Criação do autor, 2015. A seguir, descrição dos tipos de CONTRATOS BANCÁRIOS existentes hoje na vida empresarial: • Depósito Bancário: contrato pelo qual uma pessoa entrega certa soma em dinheiro a um banco que se obriga a restituí-la quando solicitado. Espécies: à vista / a prazo / poupanças individuais / conjunto simples / de movimento ordinários / especiais.
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