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Distúrbios hemodinâmicos

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Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária 
Distúrbios hemodinâmicos 
Distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o 
equilíbrio hídrico. 
- Alterações hídricas intersticiais: edema. 
- Alterações no volume sanguíneo: hiperemia, 
hemorragia e choque (última etapa do distúrbio 
fisiológico). 
- Alterações por obstrução intravascular: embolia, 
trombose, isquemia e infarto. 
Edema: 
Acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades do 
organismo. 
Origem: desequilíbrio entre os fatores hidrodinâmicos 
entre interstício e o meio intravascular. 
- Pressão hidrostática sanguínea e intersticial. 
- Pressão oncótica vascular e intersticial 
- Os vasos linfáticos. 
Etiopatogênese: Aumento da P hidrostática 
intravascular; diminuição da P oncótica do plasma; 
Obstrução linfática; Aumento da permeabilidade 
capilar. 
Fatores: 
- Pressão hidrostática sanguínea: quando essa pressão 
aumenta, ocorre a saída excessiva de liquido do vaso, 
situação comum em estados de hipertensão e 
drenagem venosa defeituosa (por exemplo, em casos de 
varizes, insuficiência cardíaca etc). 
- Pressão hidrostática intersticial: se diminuída essa 
força, o liquido não para o meio intravascular, 
acumulando-se intersticialmente. 
- Pressão oncótica sanguínea: a redução da p oncótica 
provoca o não deslocamento do liquido do meio 
intersticial para o interior do vaso. Essa variação da 
pressão oncótica é determinada pela diminuição da 
quantidade de proteínas plasmáticas presentes no 
sangue. 
- Pressão oncótica intersticial: um aumento da 
quantidade de proteínas no interstício provoca o 
aumento de sua pressão oncótica, o que favorece a 
retenção de líquido nesse local. Além disso, o aumento 
dessa força contribui para a dificuldade de drenagem 
linfática na região. 
- Vasos linfáticos: se a função destes de drenagem dos 
líquidos estiver comprometida, pode surgir o edema. 
Esse quadro é observado, por exemplo, em casos de 
obstrução das vias linfáticas (ex.elefantíase). 
- Acúmulo de sódio no interstício: ocorre quando há 
ingestão de sódio maior do que sua excreção pelo rim, o 
sódio em altas concentrações aumenta a pressão 
osmótica do interstício, provocando maior saída de água 
do vaso. 
Classificação: Localizado/sistêmico; transudato/ 
exsudato. 
1- Edema de cavidades = hidro= local (ex. 
hidrotórax) 
2- Anasarca = edema generalizado. 
Obs: tipos de transudato: simples (0-1 mg de proteínas 
totais e baixa celularidade- menos de 1000 cels; com 
predomínio de cels mononucleadas ‘macrófago, 
linfócito, mesoteliais’) e modificado (0-4 mg de 
proteínas totais, até 5000 cels com predomínio de cels 
mononucleadas). 
Edema generalizado: redução da P oncótica 
(desnutrição, lesões gastrintestinais e doenças do fígado 
ou rins); insuficiência cardíaca (direita) – causa mais 
comum; edema renal. 
Edema localizado: edema dos membros inferiores- 
obstrução da veia cava inferior, obstrução linfática, 
insuficiência valvular venosa.; edema pulmonar – 
insuficiência cardíaca esquerda; edema cerebral. 
Principais causas do edema: 
- Edema da glomerulonefrite aguda: 
♣ Queda da filtração glomerular; 
♣ Retenção de sódio e água; 
♣ Hipervolemia; 
♣ Hipertensão arterial sistêmica 
♣ Aumento da pressão hidrostática capilar 
♣ Edema. 
♣ A lesão primaria nos glomérulos 
♣ Perda proteica 
♣ Hipoproteinemia (albumina) 
♣ Diminuição da Poncótica intravascular 
Edema de origem nutricional: 
- Baixa produção de proteínas plasmáticas; 
- Diminuição da pressão oncótica intravascular; 
- Edema. 
 
Hiperemia: 
Aumento do volume sanguíneo localizado em um órgão 
ou parte dele por intensificação do aporte sanguíneo ou 
diminuição do escoamento venoso, com consequente 
dilatação vascular. 
Ocorre por alteração no sistema: 
- Pressão arterial X Resistência Pré e Pós capilar 
Classificação: 
Hiperemia Ativa ou Arterial 
Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária 
- Dilatação arteriolar com aumento do afluxo sanguíneo 
arterial local por aumento da Pressão Arterial e/ou 
diminuição da Resistência Pré capilar 
 -Hiperemia Ativa Fisiológica 
 - Hiperemia Ativa Patológica 
1-Hiperemia ativa fisiológica: 
- Aumento do suprimento de O2 e nutrientes 
- demanda de maior trabalho. 
- expansão do leito vascular 
Exemplos: Tubo gastrointestinal durante a digestão; 
Musculatura esquelética durante exercícios físicos; 
Cérebro durante estudo; Glândula mamária durante 
lactação; Rubor facial após hiper estimulação psíquica. 
2-Hiperemia ativa patológica: 
- Aumento do fluxo sanguíneo 
♣ à liberação local de mediadores inflamatórios 
♣ relaxamento de esfíncteres pré-capilares e 
diminuição da Resistência pré-capilar. 
Do mesmo modo que na hiperemia fisiológica, ocorre 
expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se 
tornando funcionais. 
Exemplos: Injúria térmica (queimaduras ou 
congelamento)/Irradiações intensas/Traumatismos; 
Infecções/Inflamação aguda. 
Hiperemia passiva: 
Diminuição da drenagem venosa por aumento da 
Resistência Pós Capilar. 
1- Hiperemia Passiva local 
- Obstrução ou compressão vascular 
- Torção de vísceras (H. Passiva aguda) 
- Trombos venosos 
- Compressão vascular por neoplasias, abscessos 
2- Hiperemia passiva sistêmica: 
- Insuficiência Cardíaca Congestiva 
- Trombose e embolia pulmonar 
- Lesões pulmonares extensas 
Consequências da hiperemia: 
-Edema - O aumento da Pressão Hidrostática eleva a 
filtração e reduz a reabsorção capilar. 
- Hemorragias -Por diapedese ou por ruptura de 
capilares e pequenas vênulas. 
- Degenerações, Necrose e Fibrose ("Induração de 
estase") -Por redução do fluxo de O2 e nutrientes. 
- Trombose -Por diminuição da velocidade do fluxo. 
Hemorragia: 
Saída do sangue do espaço vascular para o 
compartimento extravascular (cavidades ou interstício) 
ou para fora do organismo. 
Classificação: 
- Quanto ao local 
♣ Hemorragia interna 
♣ Hemorragia externa 
- Quanto ao meio 
♣ Hemorragia arterial 
♣ Hemorragia venosa 
 
1-Hemorragia interna: 
Na hemorragia interna o sangue perdido não é visível e 
pode ser devido a lesões traumáticas de vísceras 
internas ou grandes vasos. 
São mais difíceis de reconhecer porque o sangue se 
acumula nas cavidades do corpo, tais como: cavidades 
craniana, torácica, abdominal e etc. 
SINTOMAS: • fraqueza • sede • frio • ansiedade ou 
indiferença. 
SINAIS: • Alteração do nível de consciência ou 
inconsciência; • agressividade ou passividade; • 
tremores e arrepios do corpo; • pulso rápido e fraco; • 
respiração rápida e artificial; • pele pálida, fria e úmida; 
• sudorese; e • pupilas dilatadas. 
Identificação: 
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja 
hemorragia interna quando houver: 
• acidente por desaceleração (acidente automobilístico) 
• ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou 
estilete, principalmente no tórax ou abdome 
• acidente em que o corpo suportou grande pressão 
(soterramento, queda). 
• Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, 
existe suspeita de uma hemorragia no cérebro 
• Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, 
provavelmente a hemorragia será no pulmão 
• Se vomitar sangue será no estômago 
• Se evacuar sangue, será nos intestinos 
2-Hemorragia externa: 
São aquelas que ocorrem derramamento de sangue 
para fora do corpo; é o caso dos cortes ou 
esmagamentos 
As hemorragias externas dividem-se em: arterial, 
venosa e capilar. 
Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, 
rico em oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às 
contrações sistólicas do coração. Esse tipo de 
hemorragia é particularmente grave pela rapidez com 
que a perda de sangue se processa. 
As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue 
vermelho escuro, pobre em oxigênio, e a perda é de 
forma contínua e com pouca pressão. São menos graves 
Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária 
que as hemorragiasarteriais, porém, a demora no 
tratamento pode ocasionar sérias complicações. 
 As hemorragias capilares são pequenas perdas de 
sangue, em vasos de pequeno calibre que recobrem a 
superfície do corpo. 
Tipos especiais de hemorragia: 
Epistaxe: é o sangramento provocado por rompimento 
de vasos do nariz. 
Hematêmese: é o extravasamento de sangue 
proveniente do estômago, utilizando-se o esôfago e em 
forma de vômitos. Pode vir acompanhado de alimentos 
e o sangue apresenta cor escura. 
Hemoptise: é a saída de sangue pelas vias respiratórias, 
o sangue pode vir em golfadas, apresentando-se em cor 
vermelho vivo. 
Quanto à morfologia: 
- Petéquias: hemorragia puntiforme (1 a 2 mm de 
diâmetro) esparsas. 
- Púrpuras: até aproximadamente 1cm de diâmetro ou 
reunião de petéquias. Usado para quadro hemorrágico 
generalizado. 
- Sufusões: também chamadas de “mácula 
hemorrágica”. Refletem manchas difusas, planas e 
irregulares (“equimose”). 
- Hematoma: sangramento circunscrito formando 
coleção volumosa. 
- Apoplexia: Hemorragia maciça, grave, intensa com 
destruição orgânica e manifestações gerais graves. 
Consequências e complicações: 
- Choque hipovolêmico; anemia; asfixia; tamponamento 
cardíaco; hemorragia intracraniana. 
Hemostasia: 
Processos fisiológico envolvido com a fluidez do sangue 
e com o controle do sangramento quando ocorre lesão 
vascular. 
Diátese hemorrágica: Tendência para o sangramento 
sem causa aparente (hemorragias espontâneas) ou 
hemorragia mais intensa ou prolongada após 
traumatismos. 
Causas: 
- Anormalidades da parede vascular; das plaquetas; do 
sistema de coagulação; do sistema de fibrinólise. 
Choque: 
Falência circulatória associada a grave distúrbio da 
microcirculação e hipoperfusão generalizada de órgãos 
e tecidos

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