Buscar

Aula 8 - perturbações circulatórias - parte I

Prévia do material em texto

21/11/16
1
Perturbações 
Circulatórias
Prof. Dr. Darklilson Santos
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CAMPUS PARNAÍBA
CURSO DE NUTRIÇÃO
PERTURBAÇÕES CIRCULATÓRIAS
Ø Distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o
equilíbrio hídrico
v Alterações hídricas intersticiais:
- Edema
v Alterações no volume sanguíneo:
- Hiperemia, hemorragia e choque
v Alterações por obstrução intravascular:
- Embolia, trombose, isquemia e infarto
21/11/16
2
EDEMA
EDEMA/CONCEITO
Ø É o aumento da quantidade de líquido no meio
extracelular, sendo externo ao meio intravascular.
v O desequilíbrio entre os fatores hidrodinâmicos entre
interstício e o meio intravascular é que origina o edema.
ü Esses fatores compreendem a pressão hidrostática sanguínea e
intersticial, a pressão oncótica vascular e intersticial e os vasos
linfáticos
21/11/16
3
EDEMA/FATORES 
o Pressão hidrostática sanguínea: quando essa 
pressão aumenta, ocorre saída excessiva de líquido 
do vaso, situação comum em estados de 
hipertensão e drenagem venosa defeituosa (por 
exemplo, em casos de varizes, insuficiência cardíaca 
etc).
EDEMA/FATORES
o Pressão hidrostática intersticial: se diminuída essa 
força, o líquido não retorna para o meio 
intravascular, acumulando-se intersticialmente.
21/11/16
4
EDEMA/FATORES
o Vasos linfáticos: se a função destes de drenagem 
dos líquidos estiver comprometida, pode surgir o 
edema. Esse quadro é observado, por exemplo, em 
casos de obstrução das vias linfáticas 
(ex.elefantíase).
o Acúmulo de sódio no interstício: ocorre quando há 
ingestão de sódio maior do que sua excreção pelo 
rim; o sódio em altas concentrações aumenta a 
pressão osmótica do interstício, provocando maior 
saída de água do vaso.
EDEMA
v Os edemas podem aparecer sob duas formas: 
localizado e sistêmico
ü O exemplo clássico de edema localizado é o edema inflamatório, cuja 
constituição é rica em proteínas. Daí o líquido desse tipo de edema ser 
denominado de "exsudato". 
ü O edema sistêmico é formado por líquido com constituição pobre em 
proteínas. Esse líquido é denominado de "transudato", estando presente, 
por exemplo, no edema pulmonar. O significado clínico dos edemas 
sistêmicos reside no fato de que a presença desses líquidos pode originar 
infecções, trazendo complicações maiores para o local afetado. Assim, os 
edemas pulmonares podem originar pneumonias e insuficiência 
respiratória; o edema cerebral, por sua vez, pode ser mortal. 
21/11/16
5
PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA
v Edema da glomerulonefrite aguda
ü o evento primário é a queda da filtração glomerular
decorrente do processo inflamatório local, gerando ao nível
de túbulos uma retenção de sódio e de água. Como há uma
abrupta diminuição da excreção do excesso de líquidos,
ocorre uma hipervolemia e uma hipertensão arterial sistêmica,
juntamente com o aumento da pressão hidrostática capilar e,
conseqüentemente, o edema.
PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA
v Edema da Síndrome Nefrótica
ü A lesão primária também se dá ao nível de glomérulos renais,
mas, diferentemente do caso anterior, há uma perda protéica
pelo rim gerando uma hipoproteinemia (principalmente
albumina). Conseqüentemente, há uma diminuição da pressão
coloido-osmótica intravascular gerando, portanto, um
extravasamento de líquido para o interstício.
21/11/16
6
PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA
v Edema de ICC
ü Há um aumento da pressão venosa central com liberação de
fator natriurético, mas como a resposta preponderante é a de
aumento da volemia pela queda do débito cardíaco e
hipoperfusão renal, há retenção de sódio e água, gerando o
edema.
PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA
v Edema da cirrose hepática
ü A hepatopatia se destaca pelo fato de possuir inúmeras 
causas explicando esse edema
hipertensão portal - acarreta uma hipertensão capilar (mesentérica) em todo abdome, 
elevando a pressão hidrostática, desencadeando então um extravasamento plasmático no 
abdome, dando edema e ascite;
hipoalbuminemia - a queda da produção de albumina pela insuficiência hepática gera 
diminuição da pressão oncótica intravascular e, conseqüentemente, o edema e também ascite;
compressão venosa - a ascite formada pelos mecanismos acima provoca compressão da veia 
cava inferior e dos vasos linfáticos abdominais. Isso gera um aumento da pressão hidrostática 
local com hipertensão vascular (venosa/linfática) e, conseqüentemente, o edema;
a diminuição do metabolismo de hormônios (aldosterona/vasoconstritores) pela lesão hepática 
leva a uma maior tendência a reter sódio e água e vasodilatação generalizada/sistêmica.
21/11/16
7
PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA
v Edema inflamatório
ü Inicialmente ocorrem eventos a nível vascular, com dilatação,
aumento de permeabilidade vascular (histamina, serotonina e
bradicinina), reforçado pela liberação de substâncias geradas pela
ativação da resposta inflamatória celular, como produtos do
metabolismo do ácido aracdônico – prostaglandinas
ü O aumento da permeabilidade vascular e a vasodilatação geram
um influxo de volume para o espaço intersticial gerando o edema.
EDEMA
21/11/16
8
HIPEREMIA
HIPEREMIA/CONCEITO
v Aumento do volume sangüíneo localizado em um
órgão ou parte dele por intensificação do aporte
sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso,
com conseqüente dilatação vascular.
ü Ocorre por alteração no sistema:
Ø Pressão arterial X Resistência Pré e Pós capilar
21/11/16
9
CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA
v Hiperemia Ativa ou Arterial
ü Aumento do afluxo sangüíneo arterial por aumento da Pressão
Arterial e/ou diminuição da Resistência Pré capilar
Ø Hiperemia Ativa Fisiológica
Ø Hiperemia Ativa Patológica
HIPEREMIA ATIVA FISIOLÓGICA
Ø Aumento do suprimento de O2 e nutrientes,
paralelamente há demanda de maior trabalho.
Ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de
reserva se tornando funcionais.
Ø Exemplos:
ü Tubo gastrointestinal durante a digestão
ü Musculatura esquelética durante exercícios físicos
ü Cérebro durante estudo
ü Glândula mamária durante lactação
ü Rubor facial após hiperestimulação psíquica
21/11/16
10
HIPEREMIA ATIVA PATOLÓGICA
Ø Aumento do fluxo sangüíneo devido à liberação local de 
mediadores inflamatórios (devido a agressão ao tecido), com 
relaxamento de esfíncteres pré-capilares e diminuição da 
Resistência pré-capilar.
Do mesmo modo que na hiperemia fisiológica, ocorre 
expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se 
tornando funcionais.
Exemplos:
ü Injúria térmica (queimaduras ou congelamento)/Irradiações intensas/Traumatismos
ü Infecções/Inflamação aguda
CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA
v Hiperemia Passiva(ou venosa: ou estase ou ainda 
congestão)
ü Diminuição da drenagem venosa por aumento da 
Resistência Pós Capilar.
o Hiperemia Passiva local
• Obstrução ou compressão vascular
• Trombos venosos
• Compressão vascular por neoplasias, abscessos
21/11/16
11
CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA
o Hiperemia Passiva sistêmica
• Insuficiência Cardíaca Congestiva
• Trombose e embolia pulmonar
• Lesões pulmonares extensas
CONSEQÜÊNCIAS DA HIPEREMIA
ü Edema - O aumento da Pressão Hidrostática eleva
a filtração e reduz a reabsorção capilar.
ü Hemorragias -Por diapedese ou por ruptura de
capilares e pequenas vênulas.
ü Degenerações, Necrose e Fibrose ("Induração de
estase") -Por redução do fluxo de O2 e nutrientes.
ü Trombose -Por diminuição da velocidade do fluxo.
21/11/16
12
HIPEREMIA
HIPEREMIA
21/11/16
13
HIPEREMIA
HEMORRAGIA
21/11/16
14
HEMORRAGIA/CONCEITO
v A hemorragia é definida como uma perda aguda
de sangue circulante.
ü Perda de sangue por rompimento de um vaso sangüíneo,alterando o fluxo
normal da circulação. Se não controlada pode ocasionar estado de choque
ou levar a morte em poucos minutos. Quando ocorre hemorragia, o corpo
não só perde as células do sangue e os elementos de coagulação, como
também perde plasma e o volume de sangue total.
ü Normalmente o volume de sangue corresponde a 7% do peso corporal no
adulto. Por exemplo, um homem de 70 Kg tem aproximadamente 5 litros
de sangue. Na criançao volume é 8 a 9% do peso corporal.
HEMORRAGIA
Ø O grande risco de uma hemorragia, é a
possibilidade da ocorrência de um choque. O risco
seguinte, é a possibilidade de uma infecção. Portanto,
a primeira prioridade será a prevenção da
ocorrência de um choque, e em segundo lugar
prevenir e combater uma possível infecção.
Ø A maior parte dos casos de hemorragias, resultam de
uma combinação de estragos arteriais, venosos e
capilares. A quantidade de sangue depende da
extensão e localização do ferimento.
21/11/16
15
HEMORRAGIA/CLASSIFICAÇÃO
Ø Quanto ao local
. Hemorragia interna
. Hemorragia externa
Ø Quanto ao meio
. Hemorragia arterial
. Hemorragia venosa
HEMORRAGIA INTERNA
o Na hemorragia interna o sangue perdido não é
visível e pode ser devido a lesões traumáticas de
vísceras internas ou grandes vasos.
ü São mais difíceis de reconhecer porque o sangue se
acumula nas cavidades do corpo, tais como:
cavidades craniana, torácica, abdominal e etc.
21/11/16
16
HEMORRAGIA INTERNA
v SINTOMAS:
• fraqueza 
• sede
• frio 
• ansiedade ou indiferença
HEMORRAGIA INTERNA
v SINAIS:
• Alteração do nível de consciência ou inconsciência; 
• agressividade ou passividade; 
• tremores e arrepios do corpo; 
• pulso rápido e fraco; 
• respiração rápida e artificial; 
• pele pálida, fria e úmida; 
• sudorese; e 
• pupilas dilatadas. 
21/11/16
17
HEMORRAGIA 
INTERNA/IDENTIFICAÇÃO
o Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que 
haja hemorragia interna quando houver:
• acidente por desaceleração (acidente automobilístico)
• ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, 
principalmente no tórax ou abdome
• acidente em que o corpo suportou grande pressão 
(soterramento, queda). 
HEMORRAGIA 
INTERNA/IDENTIFICAÇÃO
• Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe
suspeita de uma hemorragia no cérebro
• Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente
a hemorragia será no pulmão
• Se vomitar sangue será no estômago
• Se evacuar sangue, será nos intestinos
21/11/16
18
HEMORRAGIA EXTERNA
Ø São aquelas que ocorrem derramamento de sangue para fora 
do corpo; é o caso dos cortes ou esmagamentos
Ø As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e 
capilar.
HEMORRAGIA EXTERNA
Ø Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, rico em
oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas
do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente grave pela
rapidez com que a perda de sangue se processa.
Ø As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho
escuro, pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com
pouca pressão. São menos graves que as hemorragias arteriais,
porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias
complicações.
Ø As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em
vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.
21/11/16
19
MÉTODOS PARA DETENÇÃO DE 
HEMORRAGIAS
§ Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias nos
membros e outras partes do corpo podem ser diminuídas, ou mesmo
estancadas, elevando-se a parte atingida e, conseqüentemente,
dificultando a chegada do fluxo sanguíneo.
§ Tamponamento: pequenas, médias e grandes hemorragias podem
ser detidas pela obstrução do fluxo sanguíneo, com as mãos ou,
preferencialmente, com um pano limpo ou gaze esterilizada,
fazendo um curativo compressivo. É o melhor método de estancar
uma hemorragia.
§ Compressão arterial: se os métodos anteriores não forem suficientes
para estancar a hemorragia, ou se não for possível comprimir
diretamente o ferimento, deve-se comprimir as grandes artérias
para diminuir o fluxo sanguíneo.
ALGUNS TIPOS ESPECIAIS DE 
HEMORRAGIA
¨ Epistaxe: é o sangramento provocado por rompimento de vasos do 
nariz. 
¨ Hematêmese: é o extravasamento de sangue proveniente do 
estômago, utilizando-se o esôfago e em forma de vômitos. Pode vir 
acompanhado de alimentos e o sangue apresenta cor escura. 
¨ Hemoptise: é a saída de sangue pelas vias respiratórias, o sangue 
pode vir em golfadas, apresentando-se em cor vermelho vivo. 
21/11/16
20
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA/INTERNA
21/11/16
21
Home	Page:	www.darklilsonsantos.com.br
E-mail:	contato@darklilsonsantos.com.br

Continue navegando