Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
R: O alpendre é um elemento típico da arquitetura de regiões muito quentes, em ge- ral tropicais. Possui papel de destaque na arquitetura bandeirista, verificada no estado de São Paulo durante o período da colonização portuguesa, como forma de adaptação ao clima e à terra. Nesse tipo de arquitetura, o alpendre assume um forte significado social de marcação de território. No caso da casa bandeirista, normalmente o quarto de hóspedes comunicava-se apenas com o alpendre, nunca com o interior da casa, isto é, o domínio da família. No período colonial, o alpendre frontal é constante na arquitetura rural, enquanto que, nas cidades, o alpendre fica voltado para o fundo da casa, visando a privacidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_vernacular https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_tropical https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_bandeirista https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado) https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Col%C3%B4nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima R: Podemos notar na figura que possui eira e beira que distinguia as construções mais sofisticadas e as telhas são do tipo capa canal com beiral. R: A origem das Capitanias Hereditárias no Brasil deu-se na península Ibérica no final do sé- culo XV, ocorreu a chamada "reconquista" das terras que até então encontravam-se sob o domínio dos árabes-muçulmanos. A partir da tomada da ultima fortaleza árabe em Alham- bra-Granada, no sul da Espanha, inicia o sistema de semarias. Em Portugal eram terras de- volutas, cedidas pela coroa para um aristocrata para cultivo. Sérgio Buarque de Hollanda considera o colonizador português diferente do espanhol, no que diz respeito a divisão e ocupação da terra. Para este historiador, Portugal ocupa o terri- tório de forma orgânica, seguindo a geografia existente, com herança da ocupação medie- val, chamando-o de "semeador", devido ao seu caráter rural. Em contrapartida, o coloniza- dor espanhol ocupa o território de forma racionalista, com desenho reticulado, seguindo tratados renascentistas, sendo comparado ao "ladrilhador". No Brasil, no século XV, o capitão hereditário recebia a concessão de uso das terras e não a posse, tendo os poderes de povoar através do domínio e do sistema de sesmaria. Tinha co- mo obrigação dar o dízimo, 1/10 da produção, para a Coroa, destinar terras para uma insti- tuição religiosa e promover sua manutenção através de doação de sal, óleo santo, gado, ce- ra, paramentos religiosos, etc... Se as regras não fossem cumpridas, as terras deveriam vol- tar para a Coroa portuguesa. R: As primeiras fortificações foram construídas em taipa-de-pilão, porém, devido a precariedade deste material construtivo logo foram recobertas de pedra aparelhada. Os inimigos que vinham pelo mar eram providos de matéria de armamento com ba- se na pólvora, porém, os índios usavam métodos primitivos mas eficazes devido a diferença numérica com seus opositores. Por esta razão os fortes apresentavam na sua arquitetura as defesas para as flechas chamadas de seteiras. A Fortaleza dos Reis Magos, em Natal, foi construída dentro desta primeira fase sendo um dos me- lhores exemplares do Brasil. R: Neste período a arquitetura era símbolo de poder econômico, como a eira e a beira. A expressão “sem eira nem beira”, que significa sem recursos, na miséria, vem de elementos de edificações coloniais, as casas das pessoas mais importan- tes e ricas tinham as duas estruturas – eira e beira – no arremate do telhado. Já as casas mais simples não tinham nem a eira e nem a beira, eram taperas, assim en- tão surgindo a designação. O Cunhal é uma faixa Vertical saliente nas extremidades de paredes e muros nos extremos das edificações. O ângulo externo e saliente formado pelo encontro de duas paredes externas servem de proteção à quina do edifício ou de ornamenta- ção. Eles variam conforme o sistema construtivo adotado: • Estrutura de madeira: esteios são aflorados e revestidos de tábuas; • Estrutura de pedra: esteio de alvenaria e massa ou de cantaria, ressaltados da parede à feição pilares. R: O engenho de açúcar das imagens possui a casa grande acoplada à fábrica, o que caracteriza o mesmo como situado na região sudeste. O engenho de açúcar das imagens foi construído no século XVIII, uma vez que possui vidros e também vergas recurvadas do tipo “pombalina”. Além disso, devido a existência do alpendre, o mesmo encontra-se no litoral norte do Estado de São Paulo. R: O engenho de açúcar da imagem não possui alpendre, o que carac- teriza que o mesmo poderia ter sido construído ou no litoral da Bahia, região nordeste, ou no interior de São Paulo. Foi construído no século XVIII, uma vez que possui vidros e também vergas recurvadas do tipo “pombalina”. Além disso possui a casa grande acoplada à capela, para facilitar as cerimônias religiosas, o que comprova que foi construído no nordeste. R: No século XVIII, as casas grandes dos engenhos de açúcar no nordeste encontram-se interligadas com as capelas, e nas casas grandes dos engenhos de açúcar no sudeste encontram-se acopladas às fábricas. Diferenciam-se do século XVII cuja implantação dos edifícios é independente entre todos os prédios. No século XVIII, a casa-grande de Per- nambuco e do litoral paulista possui alpendre, já na Bahia e no interior de São Paulo veri- fica-se a ausência do mesmo. R: As principais características da Arquitetura Urbana é a utilização da pedra no lugar da taipa- de-pilão, para residências urbanas, devido a necessidade de construções em declive, ao mes- mo tempo que sua utilização em elementos ornamentais característicos do barroco mineiro. R: Para criar um espaço de terreiro com acesso à casa-grande a implantação era sempre feita a partir da meia encosta. As principais características arquitetônicas dos edifícios de casa-grande eram: Verga pombalina, cornija de beira e janela de folhas com vidros, devido a influência urbana mineira, a proximidade com o litoral e as modernizações do marques de Pombal no século XVIII. R: A igreja do Rosário possui características arquitetônicas eruditas do barroco, como por exemplo os elementos côncavos e convexos existentes no frontão principal, com influência do arquiteto Francesco Borromini, que construiu várias igrejas em Roma. No seu sistema construtivo foi utilizada a "pedra-sabão" minei- ra, o que possibilitou realizar a planta-baixa e a galilé em forma elíptica, confor- me figura 2. R: Analisando o texto, não pode ser considerada pela terminologia “neoclássico”, sendo proposto o termo classicismo do 2° império. R: No interior paulista, no início do século XIX, ainda na economia baseada na exportação do açúcar, as construções eram feitas de taipa-de-pilão dentro da técnica tradicional do sé- culo XVIII. Em alguns casos, mantinham ainda a janela pombalina e para “modernizar” as fachadas inseriam elementos classicizantes, como a cornija de beira e as pilastras seguin- do alguns dos princípios de ordem clássica. A partir da segunda metade do século XIX, a arquitetura do interior paulista começa a se transformar, devido a grande riqueza produzida pelo café. Para se aproximar da arquitetura neoclássica da Corte, são feitas inserções de tijolos nas fachadas dos edifícios construídos de taipa-de-pilão, chamadas de “encamisamento”, e que tinham como objetivo possibilitar a construção de modenaturas clássicas. R: A taipa de pilão é uma técnica de construção muito antiga e bastante utilizada no período colonial do Brasil. Foi modernizada agregando um “encamisamento” de tijo- los. Sua utilização era principalmente para estruturação das paredes externas de um edifício. A técnica construtiva da taipa-de-pilão, da figura abaixo, foi utilizada em di- versas tipologias arquitetônicas, como igrejas, casas bandeiristas, residências. Con- sistia basicamente em socar a terra e outros aglomerados em um caixote de madeirachamado “taipal”. R: A arquitetura neo-mourisca, no Brasil, foi utilizada em prédios institucionais, em resi- dências e em mercados públicos, e caracterizava-se pelo uso de listras, merlões, arco ferradura e arabescos. A arquitetura neo-manuelina, no Brasil, era baseada na arquite- tura gótica tardia portuguesa, tendo motivos ligados ao descobrimento marítimo como suas principais características arquitetônicas. A arquitetura neogótica brasileira podia ser baseada no gótico tardio inglês, o qual chamava-se Tudor, e foi utilizada em vários Estados do Brasil principalmente em estações ferroviárias. R: Por ter sido construído em Portugal, no século XIX, possui o estilo néo-manuelino, com elementos decorativos de cordas e nós, lembrando a época dos grandes descobri- mentos português, além da existência de arcos polilobados típicos da arquitetura néo- mourisca também usual em Portugal no século XIX. Possui arcos ogivais ligados à ar- quitetura neogótica francesa clássica, utilizada em estruturas de ferro principalmente na construção da gare de prédios ferroviários R: O Ecletismo foi um estilo arquitetônico que teve inicio no Brasil ao final do século XIX e perdurou até as primeiras décadas do século XX. É basicamente a mistura de estilos arquitetônicos que exibiam elementos da arquitetura clássica, gótica, barroca e R: Trata-se de um período de grande influência da ferrovia, no final do século XIX, portanto, os chalés só podiam ser construídos devido ao transporte de materiais importados. Trata-se de um chalé eclético, que assim como os quiosques no Rio de Janeiro, possuíam elementos de lambrequins para esconder o "oitão" do telha- do. Sua implantação era diferenciada das residências anteriores, sendo as aguas da cobertura paralelas à fachada principal e por isso deu-se prioridade para im- plantação destes edifícios em chácaras afastadas do centro da cidade. R: As estações ferroviárias eram construídas dentro dos cânones da arquite- tura da “belas artes” como por exemplo, nos estilos neogótico e neorrenas- centista, e as gares em estrutura metálica, nos moldes da arquitetura raciona- lista. A arquitetura ferroviária do século XIX, caracterizou-se pelo uso de ma- teriais importados da principalmente da Inglaterra e da França, facilitado pelo novo tipo de transporte. R: R: A utilização de tímpanos alternados, assim como as guirlandas foram inspirados em composições renascentistas de Michelângelo. A bossagem, também chamada de rustica- ção ou sexta ordem está corretamente utilizada neste edifício, caracterizando-se como um elemento de néo-renascimento do século XIX.
Compartilhar