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PSICOLOGIA HUMANISTA

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A teoria psicanalítica freudiana não permaneceu por muito tempo como a única abordagem para 
explicar a personalidade humana. No início da década de 1960, a terceira força se desenvolvia 
dentro da psicologia norte-americana. Essa Psicologia Humanista não tinha como objetivo a 
revisão nem a adaptação de nenhuma escola já existente, mas sim, desejavam superar o 
Behaviorismo e a Psicanálise. 
A Psicologia Humanista enfatizava o poder do homem, bem como os seus anseios positivos, 
as experiências conscientes, o livre-arbítrio (não o determinismo), a plena utilização do 
potencial humano e a crença da integridade da natureza humana. 
Na visão dos psicólogos humanistas, a psicologia comportamental consistia em uma 
abordagem limitada. Eles consideravam que o foco no comportamento manifesto era 
desumanizador e que essa visão reduzia o ser humano ao status de simples animal ou máquina. 
Discordavam da visão do comportamento humano como forma predeterminada em resposta a 
estímulos, pois diziam que os homens eram mais complexos que experimentos 
laboratoriais. Por esse motivo, não deveria ser analisado de forma objetiva e reduzido a 
unidades de estímulo-resposta. 
Além disso, também se opunham às tendências deterministas da Psicanálise e à forma como 
se minimizava o papel da consciência. Ademais, criticavam Freud por estudar apenas 
indivíduos neuróticos e psicóticos, pois na visão dos psicólogos humanistas, é necessário 
compreender a natureza da saúde emocional e outras qualidades positivas do homem, 
além das disfunções mentais. 
Os maiores nomes de referência da Psicologia Humanista são Abraham Maslow e Carl Rogers. 
A primeira experiência de Maslow com a psicologia o alienou quase completamente. O curso 
para o qual se matriculou era “horrível e desanimador e não tinha nada a ver com pessoas”. 
Assim, ele trancou o curso e mudou de universidade, onde conheceu o Behaviorismo, 
achando que a abordagem científica natural trazia respostas para os problemas do mundo. 
Entretanto, após experiências pessoais, ele percebeu que o Behaviorismo era limitado 
demais para lidar com os persistentes problemas do homem. Assim, ele foi motivado a 
realizar o primeiro trabalho sobre características das pessoas autorrealizadoras e 
psicologicamente saudáveis. 
Após presenciar o ataque surpresa do Japão à Pearl Harbor (Segunda Guerra Mundial), decidiu 
que trabalharia para melhorar a personalidade humana e mostrar que as pessoas eram 
capazes de comportamentos mais nobres que o ódio, o preconceito e a guerra. Inicialmente 
seu trabalho não foi aceito, visto que o Behaviorismo predominava. Mas logo aprimorou sua 
teoria e lançou diversos livros populares. 
 na visão de Maslow, cada indivíduo é propenso à autorrealização, sendo 
esse estado, o mais elevado das necessidades humanas, o qual envolve o uso ativo de todas 
as qualidades e habilidades, além do desenvolvimento e da aplicação plena do potencial 
individual. Para o indivíduo sentir-se autorrealizado, primeiro é preciso satisfazer as 
necessidades mais inferiores da hierarquia (necessidades fisiológicas, de segurança, de 
pertinência e amor, de estima e de autorrealização). 
Para Maslow, os pré-requisitos para a autorrealização eram o amor suficiente na infância 
e a satisfação das necessidades fisiológicas nos primeiros anos de vida. Se a criança for 
segura e confiante nesse período, assim o será na vida adulta. Sem o amor e o respeito dos 
pais, será difícil o indivíduo quando adulto atingir a autorrealização. 
No seu tempo, o trabalho de Maslow foi considerado importante, mas falho, porque em suas 
pesquisas a amostragem de indivíduos analisada foi considerada pequena demais para permitir 
o tipo de generalização feita. Além disso, esses indivíduos foram selecionados de acordo com 
critérios subjetivos, com base em seus conceitos ambíguos e inconsistentes. Porém, estudos 
posteriores de fato confirmaram algumas características das pessoas com sentimento de 
autorrealização, e os estudos de Maslow são utilizados até os dias de hoje. 
Rogers é mais conhecido por sua abordagem popular da psicoterapia, chamada terapia 
centrada na pessoa. Ao colocar a responsabilidade pela melhora na pessoa/paciente, e não no 
terapeuta, ele assumia que as pessoas seriam capazes, consciente e racionalmente, de 
mudar seus próprios pensamentos e comportamentos do indesejável para o desejável. 
 
Dizia que a personalidade é moldada pelo presente e pela maneira como o indivíduo percebe 
a circunstância, e não acreditava no indivíduo permanentemente reprimido. 
Carl Rogers foi criado por pais conservadores que o mantiveram reprimido por toda infância e 
adolescência. Assim, as restrições pelas quais passou lhe deram motivos para revoltar-se. Ele 
também vivia numa constante disputa com o irmão, pois acreditava que este era o preferido dos 
seus pais. A solidão o levou a confiar em suas próprias experiências e em sua própria 
opinião ao respeito do mundo, característica usada na sua abordagem para a 
compreensão da personalidade humana. 
Aos 22 anos, Rogers se libertou do conservadorismo dos pais e adotou uma filosofia de vida 
mais liberal. Convencera-se de que as próprias pessoas deveriam dar rumo às suas vidas 
com base na própria interpretação dos acontecimentos e não dependerem da visão dos 
outros. Assegurou-se também de que cada um deve desempenhar esforços para tornar-
se uma pessoa melhor. 
ele acreditava que a maior força motivadora da personalidade é o impulso 
para realização do self. Embora essa ânsia pela autorrealização seja inata, pode ser 
incentivada ou reprimida por experiências da infância e por aprendizagem. Rogers diz que 
se a mãe satisfaz a necessidade de amor do bebê (atenção positiva), ele, provavelmente, 
terá uma personalidade saudável. No entanto, se a mãe condiciona o amor pelo filho a um 
comportamento adequado, ele internalizará essa atitude e se sentirá valorizada apenas em 
determinadas condições (ex.: a mãe falar que ficará triste se a filha não comer batatas – é 
possível que essa filha cresça com isso na cabeça e coma batata não porque gosta, mas para 
não deixar a mãe triste). A criança não será capaz de expressar todos os aspectos de si própria, 
porque aprendeu que alguns desses comportamentos produzem rejeição. 
A Psicologia Humanista fortaleceu a ideia da capacidade que as pessoas têm de, 
consciente e livremente, moldar a própria vida. 
 
As bases da Psicologia Humanista são a fenomenologia e o existencialismo. A fenomenologia é 
herdeira da disposição iluminista de abolir os preconceitos e as crenças mal fundamentadas e é 
contrária ao naturalismo. 
• Naturalismo: relação de causa e efeito. Utiliza o método das ciências naturais para 
compreender o comportamento humano. 
 
A fenomenologia, que considera o sujeito e a sua relação com o ambiente em que vive, vai de 
encontro com o naturalismo, pois esse último não considera a subjetividade humana. 
A fenomenologia nos convida a deixarmos de lado os nossos valores e julgamentos e a 
percebermos o sujeito em si. Ela estuda a raiz de um determinado problema, e não apenas a 
causa e o efeito, focando na experiência de cada indivíduo. Ex.: Maria mora em Salvador e Pedro 
em Recife – ambas cidades litorâneas –, mas Maria ama o mar, enquanto Pedro tem medo, pois 
no mar de Recife tem tubarão. Porém, a relação mar-tubarão não é suficiente para entender o 
medo de Pedro. Esse receio pode ser advindo de uma experiência, como ter assistido um 
noticiário triste que envolvia tubarões na infância, ou ter presenciado um dos acidentes em uma 
ida à praia. Desse modo, a fenomenologia traz uma perspectiva compreensiva, e não apenas 
interpretativa. 
O existencialismo (Sartre) diz que os seres são livres para a realização de suas escolhas, mas 
que tais escolhas trazem consigo uma responsabilidade. 
A Psicologia Humanista é centrada na pessoa e não no comportamento, visando a compreensãoe o bem-estar dos indivíduos. Assim, ela dá ênfase às qualidades humanas, como escolha, 
criatividade, avaliação e autorrealização – desenvolvimento do potencial de cada pessoa. 
Como pessoa, o ser humano tem a prioridade de ter consciência de quem é ou do que é nas 
relações que se envolve, quer consigo mesmo ou com os outros, visto que os seres humanos 
são complexos, tendo natureza psicológica e biológica. 
O ser humano não é só fruto do meio, mas também seu produtor, colocando ali a sua identidade 
(humanista) – homem arquiteto de sua própria história, contanto que esse meio facilite (o que 
não ocorre sempre). 
Rogers utiliza o termo “cliente” invés de “paciente”, sendo um cliente alguém que deseja um 
serviço e que pensa não poder realizá-lo sozinho, mas que embora tenha muitos problemas, é 
ainda visto como uma pessoa inerentemente capaz de entender sua própria situação. 
É papel do terapeuta prover uma atmosfera de compreensão e aceitação, onde o cliente pode 
expressar-se abertamente. A tarefa do psicólogo não é curar, mas prover aceitação, 
compreensão e observações ocasionais. 
O cliente precisa saber que o terapeuta é autêntico, preocupa-se, 
ouve e o compreende de fato. 
Vale destacar que todas 
essas anotações são de 
cunho Humanista! 
 
conjunto de percepções que o sujeito tem de si. A personalidade é composta por um self, 
o qual não é uma condição estável, estática e imutável, pois estamos em constante mudança. 
Entretanto, as vezes pare estável, pois selecionamos uma seção da experiência a fim de 
observá-la. Existem dois tipos: o self ideal (aquilo que você gostaria de ser, como você se imagina 
ser) e o self real (aquilo que você realmente é, e é onde contém a tendência para a realização). 
O self real costuma não ser amado, pois tendemos a realizar os anseios dos outros. 
 é outra ideia falada por Rogers, definida como o grau de exatidão entre a 
experiência da comunicação e a tomada da consciência. É fazer o que se gosta (equilíbrio entre 
fazer, pensar e sentir). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
SHULTZ, Duane P. & SCHULTZ, Sydney E. História da Psicologia Moderna. 10ed. São Paulo: 
Cengage Learning. 2015. (Capítulo 14). 
Aula da professora Tiara Melo da Universidade Salvador (UNIFACS).

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