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25.05.2020, segunda-feira £ § £ § ANATOMIA DO JOELHO por Carlos Eduardo Campos Mendes Fêmur e patela Tíbia e fíbula ANATOMIA DO JOELHO £ U § U § • É a maior articulação e a mais superficial; • É basicamente uma articulação sinovial do tipo gínglimo, que permite flexão e extensão; entretanto, os movimentos de dobradiça são associados ao deslizamento e rolamento e à rotação em torno de um eixo vertical; • Embora a articulação seja bem construída, é comum o comprometimento de sua função quando é hiperestendida; • A articulação do joelho é formada por três articulações: o Duas articulações femorotibiais (lateral e medial) entre os côndilos laterais e mediais do fêmur e da tíbia; o Uma articulação femoropatelar intermediária entre a patela e o fêmur. • É uma articulação relativamente fraca, e depende dos tendões dos músculos da coxa (especialmente o quadríceps femoral) para manter-se estável. o Portanto, a maior parte das lesões dessa articulação podem ser prevenidas com bom condicionamento físico. Articulação do joelho £ U § £ § U • Os epicôndilos do fêmur e os côndilos da tíbia não possuem um encaixe perfeito; • O que proporciona esse encaixe são os meniscos; • A capsula articular do joelho é envolvida pelo tendão dos músculos extensores e flexores do joelho, mais alguns ligamentos que conectam o fêmur aos outros ossos que formam a articulação e a fíbula; • Os elementos que envolvem a cápsula são: o Anteriormente: ▪ Tendão do m. quadríceps femoral, ligamento patelar e ligg. colaterais fibular (lateral) e tibial (medial); o Posteriormente: ▪ Tendão do m. semimembranáceo, ligg. poplíteo oblíquo e poplíteo arqueado, assim como uma camada fibrosa que se estende através da fossa intercondilar; Superfícies articulares Cápsula articular U § £ U o A parte anterior da articulação mais distal, abaixo da patela é preenchida pelo coxim adiposo infrapatelar; o Já a região mais proximal, acima da patela, é preenchida pelo coxim adiposo suprapatelar, que é menos volumoso. • São os ligamentos que formam a própria cápsula articular: o Lig. patelar: a parte distal do tendão do quadríceps femoral, é uma faixa fibrosa espessa e forte que segue do ápice e das margens adjacentes da patela até a tuberosidade da tíbia; o Lig. colateral fibular (LCF): ▪ É um ligamento extracapsular semelhante a um cordão, é forte; ▪ Estende-se inferiormente a partir do epicôndilo lateral do fêmur até a face lateral da cabeça da fíbula; ▪ O tendão do poplíteo passa profundamente ao LCF, separando-o do menisco lateral; ▪ O tendão do bíceps femoral é dividido em duas partes pelo LCF. o Lig. colateral tibial (LCT): ▪ é uma faixa forte, plana, intrínseca (capsular) que se estende do epicôndilo medial do fêmur ao epicôndilo medial e parte superior da face medial da tíbia; ▪ Em seu ponto médio, as fibras profundas do LCT estão firmemente fixadas no menisco medial. ▪ A lesão do LCT, que é mais fraco do que o LCF, é mais comum. o Lig. poplíteo oblíquo: ▪ É uma expansão recorrente do tendão do semimembranáceo que reforça a cápsula articular posteriormente quando transpõe a fossa intercondilar; ▪ Ele origina-se posteriormente ao côndilo medial da tíbia e segue em sentido superolateral em direção ao côndilo lateral do fêmur, fundindo-se com a parte central da face posterior da cápsula articular. o Lig. poplíteo arqueado: ▪ Também fortalece a parte posterolateral da cápsula articular. ▪ Origina-se da face posterior da cabeça da fíbula, segue em sentido superomedial sobre o tendão do poplíteo, e estende-se sobre a face posterior da art. do joelho. Ligamentos extracapsulares £ U § • Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula articular, mas fora da cavidade sinovial). • Eles estão localizados no centro da articulação e cruzam-se obliquamente, como a letra X. • Durante a rotação medial da tíbia sobre o fêmur, os ligamentos cruzados espiralam-se ao redor um do outro; assim, o grau de rotação medial possível é limitado a cerca de 10°. • Os ligamentos cruzados são os seguintes: o Ligamento cruzado anterior (LCA): ▪ é o mais fraco dos dois ligamentos cruzados; ▪ Origina-se na área intercondilar anterior da tíbia, imediatamente posterior à fixação do menisco medial; ▪ O LCA tem vascularização relativamente pequena, estende-se em sentido superior, posterior e lateral e se fixa na parte posterior da face medial do côndilo lateral do fêmur; ▪ Limita a rolagem posterior dos côndilos do fêmur sobre o platô tibial durante a flexão, convertendo-o em rotação (sem sair do lugar); ▪ Também impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da articulação do joelho; ▪ Quando a articulação é fletida em ângulo reto, a tração anterior da tíbia não é possível (como ao puxar uma gaveta) porque é segura pelo LCA. o Ligamento cruzado posterior (LCP) ▪ É o mais forte dos dois ligamentos cruzados; ▪ Origina-se da área intercondilar posterior da tíbia; ▪ O LCP segue em sentido superior e anterior na face medial do LCA para se fixar à parte anterior da face lateral do côndilo medial do fêmur; ▪ O LCP limita a rolagem anterior do fêmur sobre o platô tibial durante a extensão, convertendo-a em rotação; ▪ Ele também impede o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia ou o deslocamento posterior da tíbia sobre o fêmur e ajuda a evitar a hiperflexão da articulação do joelho; ▪ No joelho fletido com sustentação de peso, o LCP é o principal fator estabilizador do fêmur (p. ex., ao caminhar em um declive). Ligamentos intrarticulares U £ U § U £ U • Os ligamentos coronários são partes da cápsula articular que se estendem entre as margens dos meniscos e a maior parte da periferia dos côndilos da tíbia; • Ligamento transverso do joelho: une-se às margens anteriores dos meniscos, cruzando a área intercondilar anterior e fixando os meniscos um ao outro durante movimentos do joelho. • Em aproximadamente metade das lesões do ligamento cruzado anterior há lesões associadas, como: danos à cartilagem articular, aos meniscos ou a outros ligamentos; • O LCA pode ser lesionado de várias maneiras: o Mudança rápida de direção; o Parar de uma vez; o Reduzir a velocidade durante uma corrida; o Apoiar os pés incorretamente depois de um salto; o Contato direto ou colisão, como um desarme no futebol. • Quando o LCA é lesionado, geralmente é possível ouvir um estalido e sentir o joelho deslocar-se; • Pode ser diagnosticada tanto pela anamnese e, se necessário, por RM; • Para reparar cirurgicamente o LCA e recuperar a estabilidade do joelho, o ligamento precisa ser substituído por um enxerto de tecido; • Esse enxerto age como uma plataforma para o crescimento de um novo ligamento. • Fazem o encaixe entre os epicôndilos do fêmur e os côndilos da tíbia; • São o: o Menisco medial: ▪ Tem formato de C, é mais largo na parte posterior do que na anterior; ▪ Sua extremidade(corno) anterior está fixada à área intercondilar anterior da tíbia, anteriormente à fixação do LCA; ▪ A extremidade posterior está fixada à área intercondilar posterior, anteriormente à fixação do LCP. O menisco medial adere firmemente à face profunda do LCT; ▪ Em razão de suas fixações amplas laterais na área ▪ intercondilar tibial e mediais no LCT, o menisco medial é menos móvel sobre o platô tibial do que o menisco lateral. lesão do LCA Meniscos do joelho U § £ U § o Menisco medial: ▪ É quase circular, menor e tem mais mobilidade do que o menisco medial; ▪ O tendão do músculo poplíteo tem duas partes na região proximal. Uma parte fixa-se no epicôndilo lateral do fêmur e segue entre o menisco lateral e a parte inferior da face epicondilar lateral do fêmur (sobre a face medial do tendão) e o LCF que se situa na sua face lateral; ▪ A outra parte mais medial do tendão do músculo poplíteo fixa-se no ramo posterior do menisco lateral. Uma alça tendínea forte, o ligamento meniscofemoral posterior, une o menisco lateral ao LCP e ao côndilo medial do fêmur • A flexão e a extensão são os principais movimentos do joelho; há alguma rotação quando o joelho está fletido; • Quando está completamente estendido com o pé apoiado no solo, o joelho “trava” passivamente por causa da rotação medial dos côndilos do fêmur sobre o platô tibial; movimenos do joelho
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