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Anatomia e Biomecânica do Complexo Articular do Joelho O Joelho Estrutura intermediária dos MMII. Absorve impacto e auxilia na estabilidade durante a marcha. Formado pelos seguintes ossos: - Patela (Sesamóide). - Tíbia (Longo). - Fêmur (Longo). Articulações do Joelho Uma das mais complexas do corpo humano. Articulações: - Patelofemoral (Sulco intercondilar + Face Posterior articular da patela) - Femorotibial (Côndilos Femorais + Côndilos Tibiais) Alguns autores citam que a articulação tibiofibular proximal também faz parte do complexo articular do joelho. Articulação Patelofemoral A patela aumenta o torque de extensão do joelho pois aumenta o braço de alavanca do quadríceps. Ela é fixada pelos retináculos mediais e laterais e pelo tendão patelar (Quadriciptal – Extensor do joelho). A tróclea femoral lateral é mais proeminente do que a medial. Isso diminui os movimentos de lateralização excessivos, evitando uma possível luxação. - Tendão quadriciptal (Se insere na base e depois se origina no ápice novamente e se insere na tuberosidade tibial). - Retináculos medial e lateral. Movimentos Classificação da articulação: Sinovial plana. Entre 30 a 20 graus de flexão, a patela perde muito seu encaixe mecânico Com o joelho em extensão completa, a patela repousa proximal ao sulco intercondilar e sobre o panículo adiposo suprapatelar. A patela realiza movimentos de lateralização e medialização durante a extensão e flexão de joelho. Articulação Tibiofemoral Resultado da articulação dos côndilos femorais com os côndilos tibiais. Meniscos São estruturas fibrocartilaginosas. Eles são de grande importância pois melhoram o encaixe entre estes ossos, necessário devido à condição plana dos côndilos tibiais. Quando deambulamos, os meniscos absorvem a força de impacto e são comprimidos e distribuem melhor a tensão. O menisco medial tem formato mais oval para poder se encaixar com o côndilo medial do fêmur, que é maior em relação ao lateral. Devido à maior área possibilitando movimento, ocorre também um maior risco de lesões do menisco medial. Os meniscos são sustentados pelos ligamentos meniscofemorais e pelo ligamento transverso, que conecta os dois meniscos anteriormente através de seus cornos anteriores. Essas estruturas não são completamente vascularizadas. A borda dos meniscos, chamada de zona vermelha, é bem vascularizada, a região intermédia do centro com a borda é menos vascularizada e a região central dos meniscos, chamada de zona branca, é incapaz de se regenerar devido à falta de suprimento sanguíneo. Osteocinemática Esta é classificada como uma articulação sinovial gínglimo falsa. Isto porque ela também é capaz de realizar movimentos de rotação axial, além da flexão e extensão. Rotação Medial e Lateral É potencializada juntamente com uma flexão de joelho. Quando o joelho está em extensão completa, a rotação é restrita ao máximo. A capacidade de rotação lateral é duas vezes maior que a medial. A rotação pode ser de acordo com o movimento em CCF (Fêmur se move) ou CCA (Tíbia se move), porém quem sempre irá determinar o sentido da rotação é a tuberosidade da tíbia. Rotação óssea Rotação da articulação Artrocinemática Os côndilos femorais são convexos e os côndilos tibiais são côncavos (devido aos meniscos). Extensão CCA: Tíbia rola e desliza anteriormente sobre os côndilos femorais. CCF: Côndilos femorais rolam anteriormente e deslizam posteriormente sobre os côndilos tibiais. 14 Screw-Home (Rotação conjunta) A face articular do côndilo medial femoral é curvada lateralmente. Durante o movimento de extensão da perna, a face condilar lateral é totalmente usada e, a medial, ainda sobra uma parte a ser utilizada. Por isso, em CCF, o côndilo medial do fêmur precisa ser rodado medialmente para deslizar mais posteriormente e preencher essa região nos 30 graus finais de extensão. Esse mesmo movimento, em CCA, ocorre na tíbia. Ela terá que rodar lateralmente para que este processo ocorra. Flexão Neste movimento o joelho passa por um “destravamento”, que é a rotação contrária do joelho para desfazer o processo de screw-home. Caso a flexão seja em CCA, a tíbia irá rodar medialmente e, em flexão de joelho em CCF, o fêmur roda lateralmente. Destaque para o músculo poplíteo, que auxilia no “destravamento do joelho” rodando a tíbia medialmente e/ou o fêmur lateralmente. Principais Estabilizadores do Joelho Cápsula Anterior Tendão (Ligamento) patelar Retináculo patelar Quadríceps Cápsula Lateral LCL Retináculo patelar lateral Banda iliotibial Bíceps femoral Tendão do poplíteo Gastrocnêmio lateral Ligamento Colateral Lateral Também chamado de Ligamento Colateral Fibular. Proporciona resistência contrária às forças em varo. Origem: Epicôndilo Lateral do Fêmur. Inserção: Cabeça da fíbula. Cápsula Posterior Ligamento poplíteo oblíquo Ligamento poplíteo arqueado Poplíteo Gastrocnêmio Isquiotibiais Cápsula Medial Retináculo Medial LCM Pata de Ganso Ligamento Colateral Medial Origem: Epicôndilo Medial do Fêmur. Inserção: Côndilo Medial da Tíbia. Proporciona resistência contrária às forças em valgo. Este apresenta inserções no menisco medial. Ligamento Cruzado Resistem a todos os movimentos excessivos do joelho. LCA: Delimita a translação anterior da tíbia (Extensão). - Origem: Eminência intercondilar da tíbia. - Inserção: Face medial do côndilo lateral do fêmur. LCP: Delimita a translação posterior da tíbia (Flexão). - Origem: Fossa intercondilar posterior da tíbia e extremidade posterior do menisco lateral. - Inserção: Porção anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. O LCA possui dois feixes: Póstero-lateral e ântero-medial. O feixe ântero-medial fica mais tenso durante a flexão. O feixe póstero-lateral fica mais tenso durante a extensão. O LCP possui dois feixes: Ântero-lateral e Póstero-medial. O feixe ântero-lateral fica mais tenso no meio da flexão. O feixe póstero-medial fica mais tenso durante a extensão completa. Musculatura do Joelho
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