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RESENHA - TERAPIA DE RISCO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FARMÁCIA
DISCENTE: Alisson Braga
ROTEIRO – TERAPIA DE RISCO
QUESTÃO 1 - Comente sobre o efeito placebo, com referências científicas.
Placebos são substâncias sem propriedades farmacológicas confirmadas que são administradas a pessoas ou grupos como um medicamento com propriedades terapêuticas. O placebo apresenta dois tipos de efeito: positivo ou negativo. O efeito positivo é quando o paciente relata alguma melhora, entretanto, o efeito negativo, conhecido como nocebo (do latim “nocere” que significa fazer mal) se dá quando surge um efeito colateral ou uma piora do estado inicial do paciente. (SOARES, 2002).
Os delineamentos de pesquisa que envolvem placebo têm o objetivo de investigar experimentalmente a eficácia de uma droga ou procedimento, utilizando, como controle, um tratamento simulado como forma de isolar os possíveis efeitos físicos ou bioquímicos de eventuais melhoras ou curas decorrentes da expectativa de mudança, crença ou confiança do paciente (Critelli & Neumann, 1984). Assim, ainda que reconhecendo a influência dos mecanismos psicológicos sobre os biológicos, a noção de placebo traz implícita a idéia de que é possível separar os efeitos de cada um deles (Herbert & Gaudiano, 2005).
Segundo Soares (2002), uma questão fundamental nos estudos clínicos diz respeito à ética da utilização do placebo e, se existe uma justificativa coerente para sua utilização. O código de Nuremberg, documento fundamental na ética de experimentação em seres humanos, concretizado pela Declaração de Helsinki em 1964 e recomendado pela Organização Mundial de Saúde, é bastante claro nas considerações acerca da preservação da saúde e direitos individuais do paciente acima de qualquer interesse da sociedade, de futuros pacientes e da ciência.
Se relacionado com o filme, o efeito placebo pode ser facilmente notado na cena em que Dr Jonathan aplica água com sal em Emily, alegando ser um medicamento que causa sonolência, enquanto isso, Dr. Jonathan filma e faz algumas perguntas, segundos depois, Emily adormece sem ter usado nenhum medicamento com substâncias farmacológica.
QUESTÃO 3 - FAÇA UMA ANÁLISE SUCINTA DA MEDICALIZAÇÃO DA SAÚDE MENTAL EM MULHERES
Desde os primórdios as mulheres são alvo de atitudes e posições incisivas frente a comportamentos não condizentes com o proposto socialmente, mulheres educada, dependentes, submissas, a espera do casamento e da constituição da família como premissa do modelo patriarcal. 
A regulação do comportamento feminino é alvo de diversas intervenções, a priori se fazia uso de força, violência e autoritarismo, com o passar do tempo tais intervenções não deixaram de existir, porém ganharam aliados como a medicalização que se tornou um fenômeno crescente. 
O universo e organismo feminino de fato são muito complexos, a rotina corrida e muitas veze extenuante, jornadas duplas e triplas, trabalho, casa, família, além dos fatores biológicos e fisiológicos intrinsicamente atrelados ao seu cotidiano fazem com que cada vez mais as mulheres recorram a medicamentos como alívio ao sofrimento psíquico que estão submetidas. 
Ansiedade, insegurança, insatisfação, medo, cansaço, falta de identificação com a vida que leva, frustação levam grande partes das mulheres a recorrer aos químicos, como solução ou atenuação dos seus problemas. 
QUESTÃO 4 - COMO É MOSTRADA A RELAÇÃO DO MÉDICO COM A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA? 
Em Terapia de Risco, a relação estabelecida entre o médico a indústria farmacêutica é de interesse. Para testar um medicamento novo lançado pelo laboratório, o médico recebeu a oferta de 50 mil dólares, além de outros incentivos como almoços em restaurantes caros, participações em conferências e ofertas em viagens. Este tipo de influência não aconteceu diretamente entre os médicos e a indústria farmacêutica nos filmes anteriores, em que, de forma geral, os médicos principais atuavam sob uma perspectiva ética relacionada a influencia da indústria e objetivavam valores como o cuidado com paciente, o bom desenvolvimento das pesquisas científicas, etc.
Apenas nos EUA e na Nova Zelândia são permitidas esses tipos de abordagens da indústria farmacêutica com os médicos. Nos demais países, como o Brasil, o órgão de vigilância (ANVISA), teoricamente, realiza a fiscalização desses casos. 
QUESTÃO 5 - O “INSIDE TRADING” PODE ATUAR NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA? JUSTIFIQUE SUCINTAMENTE. 
Conforme a legislação acerca do termo, o insider trading vem a ser: "Utilizar informação relevante ainda não divulgada ao mercado, de que tenha conhecimento e da qual deva manter sigilo, capaz de propiciar, para si ou para outrem, vantagem indevida, mediante negociação, em nome próprio ou de terceiro, com valores mobiliários". Visto o conceito, é possível afirmar que as ocorrências desses eventos podem ser consideradas enquanto ações antiéticas, pois profissionais podem fazer uso de informações valiosas, para conseguir vantagens mediante negociações e no mercado financeiro. Como por exemplo em Terapia de Risco, quando os efeitos adversos do medicamento fictício ABLIXA foram divulgados, gerou-se uma crise entre os usuários, possibilitando uma enorme mobilização de ações financeiras que gerou lucro para um grupo seleto de pessoas. 
QUESTÃO 6 - POR QUE O MÉDICO RECOMENDA PROPRANOLOL PRA SUA ESPOSA?
O psiquiatra Johnatan recomenda propranolol para sua esposa para que ela tenha um melhor desempenho na entrevista de trabalho. Isso acontece já que este medicamento, sendo betabloqueador (bloqueia os receptores beta da noradrenalina), além dos seus efeitos contra a hipertensão, gera uma maior concentração mental em momentos de tensão, podendo inibir tremores e a sudorese, fazendo com que ele ajude na obtenção de um estado mais calmo. É indicado para síndromes de ansiedade, controlando tanto os sintomas somáticos (palpitações, temor, profilaxia da enxaqueca e taquicardia) como os psíquicos. 
QUESTÃO 7 - O AMOBARBITAL CITADO PODE TER O EFEITO QUE O MÉDICO ALEGA?
O amorbabital tem atuação no Sistema Nervoso Central e sua ação parece estar relacionada com a capacidade de aumentar ou mimetizar a ação sináptica inibitória do ácido gama-aminobutírico. Como sedativo-hipnótico, ele deprime o córtex sensorial, diminui a atividade motora, altera a função cerebral e produz sonolência, sedação e hipnose. Porém, não há indicação comprovada dele em relação a hipnose. Tratando-se de uma obra ficcional, esse efeito hipnótico pode ter sido elaborado afim de colaborar com o roteiro do filme. 
Refrencias
SOARES, Carina Pacheco. O efeito placebo. 2002.
Critelli, J. W. & Neumann, K. F. (1984). The placebo: conceptual analysis of a construct in transition. American Psychologist, (39)1, 32-39
Herbert, J. D. & Gaudiano, B. A. (2005). Introduction to the special issue on the placebo concept in psychotherapy. Journal of Clinical Psychology, (61)7, 787-790.

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