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RESUMO - ECA - 03 - GUARDA, TUTELA E ADOÇÃO NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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Classificação Trinária de Família: 
 
- Natural – pais ou qualquer um deles e seus 
descendentes 
- Extensa ou ampliada: Formada também por 
parentes próximos, com os quais convive e mantém 
vínculo de afetividade e afinidade. 
- Substituta: Formada em razão de guarda, tutela 
e adoção. Pode ser concedida à família extensa bem 
como a terceiros não parentes. 
 
Classificação doutrinária: 
• Socioafetividade: características não 
formais, como afinidade e afetividade - 
relações sociais baseadas no afeto 
• Família tradicional - formada a partir da 
realização do casamento; 
• Família informal - formada a partir da união 
estável 
• Família monoparental - configurada pela 
presença de apenas um dos pais. 
• Família homoafetiva - decorrente da união 
afetiva de entre pessoas do mesmo sexo; 
• Família anaparental (ana= sem, parentes= 
pais) - formada a partir de um grupo sem a 
presença de ascendentes. 
 
 
* Indígenas e quilombolas – preferencialmente em 
sua comunidade ou adotante de mesma etnia; 
participação do órgão federal (IBAMA) e 
antropólogo. 
 
 
GUARDA, TUTELA E ADOÇÃO 
 
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR 
 
Preferencialmente - Família natural – mesmo pais 
privados de liberdade, direito de visitação sem 
necessidade de autorização judicial *não perde o 
poder familiar* salvo crime doloso contra filho ou 
detentor do mesmo poder 
 
Exceção – Família substituta 
 
Programa de Acolhimento institucional ou familiar 
- Medida excepcional e pelo tempo mínimo 
necessário 
* Reavaliação a cada 3 meses, período máximo de 18 
meses – excepcionalmente poderá ser prorrogado -
decisão fundamentada 
 
 
ART. 28 – FAMÍLIA SUBSTITUTA: 
 
“ entidade familiar que aceita proteger a criança ou 
o adolescente que, por diversas questões, não pode 
ser criado ou educado por sua família natural” 
 
Formas: guarda, tutela ou adoção 
 
• Será ouvido por equipe interprofissional, 
sempre que possível (estágio de 
desenvolvimento e grau de compreensão da 
medida – opinião devidamente considerada 
• Maior de 12 anos – necessário consentimento 
em audiência 
• Análise do grau de parentesco e afinidade 
• Grupo de irmãos – mesma família substituta 
*salvo situações justificáveis 
• Preparação gradativa e acompanhamento 
posterior 
• Se indígena ou quilombola: 
• Respeito à sua identidade social e cultural 
• Prioritariamente junto à sua etnia 
• Intervenção do órgão federal responsável 
 
Art. 29 – não haverá colocação em família 
substituta se houver incompatibilidade ou não 
oferecer ambiente familiar adequado 
 
Art. 30 – não admite transferência a terceiros ou 
entidades, sem autorização judicial 
 
Art. 31 – família substituta estrangeria 
• medida excepcional 
• só por adoção 
 
Art. 32 – guarda ou tutela 
• assunção dos encargos de sustento, guarda e 
educação 
 
- Guarda: regularização jurídica; pode opor-se, 
inclusive aos pais – não retira o direito de visita bem 
como o deve de prestar alimentos; 
 
-Tutela: substitutivo do poder familiar; dever de 
assistência e representação; 
 
- Adoção: forma novo vínculo. 
 
 
 
 
 
 
GUARDA – ARTS. 33 A 35, ECA 
• assistência material, moral e educacional 
• Direito opor-se a terceiros, inclusive aos pais 
• Visa regularizar a posse de fato 
• Pode ser deferida nos procedimentos de tutela 
ou adoção *mas não é etapa destes 
• Condição de dependente para todos os fins 
*inclusive previdenciários 
• Não impede o direito de visita, nem o dever de 
prestar alimentos *salvo fundamentada decisão 
em contrário ou processo de adoção 
• Estímulo pelo Poder Público, através de 
assistência jurídica, incentivos fiscais e 
subsídios 
• Preferência do acolhimento familiar ao 
acolhimento institucional 
• Implementação de políticas públicas para os 
programas de família acolhedora 
• Recursos federais, estaduais, distritais e 
municipais 
• Pode ser revogada a qualquer tempo *mediante 
ato judicial fundamentado 
 
TUTELA – ARTS. 36 A 38 DO ECA E ARTS. 
1728 A 1.765 DO CÓDIGO CIVIL 
 
• Concedida apenas até os 18 anos de idade 
• Falecidos ou ausentes os pais 
• Pressupõe prévia decretação da perda ou 
suspensão do poder familiar 
• Implica necessariamente os deveres de 
guarda e representação 
• Cessa com a maioridade, novo poder familiar ou 
reestabelecimento de poder familiar suspenso 
• Se por testamento 
• Compete aos pais em conjunto 
• Não é admitida se não detinham o poder 
familiar 
• Prazo de 30 dias para ingressar com o 
pedido 
 
• Na falta de tutor nomeado pelos pais (legítimos) 
- consanguíneos - ordem: 
I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais 
próximo ao mais remoto; 
II - aos colaterais até o terceiro grau, 
preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no 
mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em 
qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais 
apto a exercer a tutela em benefício do menor. 
 
- O juiz nomeará tutor idôneo e residente no 
domicílio do menor: 
I - na falta de tutor testamentário ou 
legítimo; 
II - quando estes forem excluídos ou 
escusados da tutela; 
III - quando removidos por não idôneos o 
tutor legítimo e o testamentário. 
 
- Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor. 
 
- Mais de um tutor por disposição testamentária 
sem indicação de precedência: cometida ao 
primeiro, e que os outros lhe sucederão pela ordem 
de nomeação, se ocorrer morte, incapacidade, 
escusa ou qualquer outro impedimento. 
DOS INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA 
 
Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão 
exonerados da tutela, caso a exerçam: 
I - aqueles que não tiverem a livre administração 
de seus bens; 
II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a 
tutela, se acharem constituídos em obrigação para 
com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos 
contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou 
cônjuges tiverem demanda contra o menor; 
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que 
tiverem sido por estes expressamente excluídos da 
tutela; 
IV - os condenados por crime de furto, roubo, 
estelionato, falsidade, contra a família ou os 
costumes, tenham ou não cumprido pena; 
 
Modalidades de guarda 
Guarda de fato Não há vínculo jurídico 
Guarda Provisória Concedida no início do 
procedimento da tutela ou da 
adoção *não é etapa 
Guarda definitiva Concedida ao final do processo de 
guarda 
Guarda 
Excepcional 
Situações excepcionais de ausência 
dos pais 
Guarda subsidiária Ligada ao acolhimento familiar – 
incentivos pelo poder público 
Guarda derivada Decorre de concessão de tutela 
Guarda do 
dirigente do 
acolhimento 
institucional 
Decorre da inserção em 
acolhimento institucional 
Guarda como 
medida protetiva 
Caracterização de situação de 
risco/ medida protetiva 
Guarda concedida 
na Vara de Família 
Quando nem o pai nem a mãe estão 
em condições de exercer a guarda 
Guarda de 
estrangeiro 
refugiado 
Pais falecidos ou não conseguiram 
sair do país de origem 
 
 
V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em 
probidade, e as culpadas de abuso em tutorias 
anteriores; 
VI - aqueles que exercerem função pública 
incompatível com a boa administração da tutela. 
 
 
DA ESCUSA DOS TUTORES 
 
Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela: 
I - mulheres casadas; 
II - maiores de sessenta anos; 
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade 
mais de três filhos; 
IV - os impossibilitados por enfermidade; 
V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se 
haja de exercer a tutela; 
VI - aqueles que já exercerem tutela ou 
curatela; 
VII - militares em serviço. 
 
Art. 1.737. Não poderá ser obrigado a aceitar a 
tutela, se houver no lugar parente idôneo, 
consanguíneo ou afim, em condições de exercê-la. 
 
Art. 1.738. Prazo de 10 dias para apresentar a 
escusa, a contar da designação 
 
Art. 1.739. Se o juiz não admitir a escusa, exercerá 
o nomeado a tutela, enquanto o recurso interposto 
não tiver provimento, e responderá desde logo pelas 
perdas e danos que o menor venha a sofrer. 
 
 
 
ADOÇÃO – ARTS. 39 A 52-D, ECA E ART. 
1618 E 1619, CC – LEI N. 12.010/2009• Medida excepcional e irrevogável, aplicada 
apenas quando impossível a manutenção junto 
à família natural 
• Extingue o vínculo com a família natural 
*subsiste quanto aos impedimentos 
matrimonias 
• Ato personalíssimo e afetivo – vedação 
mediante procuração 
• Conflito de interesses prevalecerá sempre o 
interesse do adotando 
 
REQUISITOS PARA A ADOÇÃO: 
 
I- Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, 
independentemente do estado civil. 
II - Não podem adotar os ascendentes e os irmãos 
do adotando. (**STJ - exceção rara – irmãos recém 
nascido) 
III - Para adoção conjunta, é indispensável que os 
adotantes sejam casados civilmente ou mantenham 
união estável, comprovada a estabilidade da família. 
(**se separados e o estágio de convivência se deu 
enquanto estavam juntos, pode haver a adoção 
conjunta) 
IV - O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis 
anos mais velho do que o adotando. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: 
• Medida excepcional e irrevogável; 
• Priorização dos interesses do adotando; 
• Cessa os vínculos com os pais biológicos – exceto 
impedimentos matrimoniais; 
• Idade mínima de 18 anos e ser, no mínimo, 16 
anos mais velho que o adotado; 
• Adotando no máximo 18 anos, salvo se já estiver 
sob guarda ou tutela – se mais de 18 anos: Vara 
de Família; 
• Toda adoção deve ser judicial; 
• Prioridade aos processos que envolvam criança 
ou adolescente portador de deficiência ou 
doença crônica; 
• Prazo de 120 dias para conclusão do processo, 
prorrogado por uma única vez – a conclusão fora 
do prazo não torna nulo 
• Estágio de convivência – 90 dias prorrogável por 
igual período *dispensa excepcional se já 
estiver sob guarda. Nos casos de adoção 
internacional, no mínimo 30 e no máximo 45 
dias, prorrogável por uma única vez, mas 
realizado no Brasil 
• Cadastros – locais, estaduais e nacionais – com 
preferência para adotantes que sejam do mesmo 
município do adotado 
 
VEDAÇÕES: 
 
- adoção por procuração; 
- por ascendentes ou irmãos; 
- por tutor ou curador enquanto não prestar contas 
de sua administração.

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