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KANT E HEGEL - FILOSOFIA DO DIREITO (CLAUDIA ALBAGLI)

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Kant e Hegel 
1 
 
Kant e HegEL 
 
Kant: é um dos filósofos que irá fundar a chamada 
filosofia moderna, ele é um jusnaturalista racionalista, 
pois, trabalha com a ideia de existência de um direito 
natural. Ele funda as bases da filosofia moderna, pois, 
constitui um sistema filosófico baseado na razão – seu 
pensamento tem começo, meio e fim. Kant é 
conhecido como filósofo de Konigsberg e segundo 
análises, a filosofia kantiana é um reflexo de quem era 
Kant – ele era extremamente metódico. 
A filosofia de Kant é formalista: ele procura dar formas 
e um dos principais conceitos da sua teoria é o 
imperativo categórico: conceito formal que serve para 
explicar aquilo que Kant entendia que deveria ser a 
razão. Aquilo que irá ser produzido a partir das obras 
de Kant fica conhecido como criticismo alemão: quando 
a filosofia na Alemanha se volta a construir uma crítica a 
correntes filosóficas existentes. Na crítica Kantiana 
aparecerão dois pontos relevantes 
1- Dogmatismo de Wolf: Wolf constrói um sistema 
filosófico baseado na manutenção de dogmas – a 
filosofia nesse momento do séc XVIII estava toda se 
movimentando para superar as influencias da igreja. 
Wolf por sua vez, fará uma crítica à teologia, mas irá 
reafirmar a ideia do pensamento dogmático (verdades 
indiscutíveis) embora seu pensamento fosse racionalista. 
2- Ceticismo de David Hume: Inglês 
extremamente importante e de grande 
representatividade. Kant chega a dizer que foi Hume 
que mobilizou ele para a filosofia. Hume trará uma 
afirmação de que a filosofia ela dá voltas, ou seja, a 
filosofia tende a fazer eternos retornos. Esse filósofo é 
cético, e não acredita na filosofia como um instrumento 
de mudança da sociedade. 
 Kant ao contrário, acredita que a filosofia é 
essencial para o processo de superação da teologia e 
mudança social. Kant critica esse ceticismo de forma 
 
indireta, a partir do momento que ele forma um 
pensamento diferente do de Hume. 
“Império da Razão”: esse termo é utilizado, pois o 
pensamento de Kant apresenta muita centralidade na 
ideia de que o homem é dotado de razão e tudo o que 
ele desenvolve parte da premissa de que somos seres 
racionais. Em Kant não há nenhum resquício de 
conceitos teológicos. A nossa racionalidade é o que nos 
faz ter escolhas. Conseguimos perceber em Kant essa 
base da filosofia moderna, pois, ele também vai 
abandonar um conjunto de tradições filosóficas 
existentes até então. Ele se afasta da tradição grega e 
teológica. 
Dessa forma, para Kant nos somos dotados de uma 
razão pura prática: razão que antecede as nossas 
experiências. Na perspectiva kantiana, a moral humana 
deve ser pensada para sabermos se o ser humano é 
ou não honesto, por exemplo. ESSA RACIONALIDADE 
É PURA, POIS AINDA NÃO EXPERIMENTOU NADA DO 
MUNDO. 
Ex: estou em um ambiente, uma pessoa se levanta e o 
seu dinheiro cai no chão, obviamente eu pego e 
devolvo – isso seria ser honesto. Quando pegamos o 
retrato desse exemplo e pegamos a filosofia de Kant, 
para ele a moral do indivíduo será medida não pelo ato 
de pegar o dinheiro e devolver. Na verdade, a 
honestidade é medida naquilo que antecede a 
experiência, ou seja, que antecede a ação de devolver 
o dinheiro. Quando você pensa em devolver, você 
determina a sua moralidade. É a razão, que antecede a 
ação, que me torna ético, pois a devolução do dinheiro 
é uma simples consequência de uma moralidade que 
está determinada pela razão pura. 
“A moralidade está no foro íntimo, numa lei 
aprioristicamente definida, inerente à racionalidade 
humana universal”. 
 
Kant e Hegel 
2 
 
Kant e HegEL 
 
Imperativo categórico: todos nós devíamos, no nosso 
comportamento, ter uma espécie de lei própria que é 
o imperativo categórico, ou seja, ele é uma obrigação 
do indivíduo para com ele mesmo, pois, o modo como 
eu irei agir no mundo é uma decorrência prática 
daquilo que eu, com a minha racionalidade já determinei. 
Todavia, nem todos seguem esse imperativo 
categórico. Kant define o imperativo categórico como 
uma lei moral universal, ou seja, uma espécie de 
máxima que valeria para todos os indivíduos. 
Toda pessoa dotada de razão deveria assumir o 
imperativo categórico como sua lei moral interior. Com 
isso, Kant tinha a pretensão de garantir a igualdade dos 
seres racionais, pois, o que nos iguala enquanto ser 
humano é a nossa racionalidade que nos permite fazer 
ou não fazer algo. Todos têm o livre arbítrio em 
escolher viver ou não de acordo com o imperativo 
categórico. Kant trás a ideia de que não deveremos 
fazer com o outro aquilo que não queremos para nós 
mesmos. Kant ainda divide o imperativo entre: 
1- Categórico: a razão pensada para ser, é o 
dever pelo dever, ou seja, o que vai ser consequência 
da minha ação já não é algo que define a minha moral 
(minha moral antecede a minha ação). Nós nos 
tornamos morais quando agimos em conformidade 
com o imperativo categórico. 
2- Hipotético: eu dirijo a minha razão para buscar 
uma consequência, pois, existem mecanismos do uso 
da racionalidade que são necessariamente dirigidos a 
um fim, e a minha razão será apenas um meio para 
isso. Ex: eu estou fazendo um bolo – o bolo é um 
produto da minha razão -, porém, nesse contexto, a 
razão é apenas um meio de escolha entre: colocar dois 
ovos ou não, usar açúcar mascavo ou não (isso são 
meios para alcançar o produto final), diferentemente de 
quando eu faço uma escolha de mim para mim mesma. 
O imperativo categórico se desdobra em três 
interpretações. 
 
 
a) Age como se a máxima da sua ação devesse 
ser erigida em lei universal 
b) Age de forma que trate a humanidade, tanto 
na tua pessoa como na de outrem, sempre como um 
fim e não como um meio: Kant nos trás a ideia de que 
o homem não pode ser um meio para algo, ou seja, 
algo a ser manuseado e utilizado como um mecanismo 
para se alcançar algo. Essa fórmula nos trás a 
c) Centralidade da pessoa humana, pois o homem 
é o fim último da razão – ideia de Antropocentrismo. 
Além disso, essa fórmula será resgatada no contexto 
do pós-guerra, assim, há um resgate da noção de 
humanidade. 
d) Age como se a máxima da tua ação devesse 
servir de lei para todos os seres racionais. 
 
Kant ainda trás o conceito de boa vontade 
compreendida como uma vontade boa na sua essência. 
O que eu vou produzir de solidariedade é apenas 
consequência, pois, minha vontade é boa porque é. Se 
eu ajo de boa vontade, farei bem a alguém. A ideia de 
liberdade em Kant está ligada a noção de autonomia da 
vontade. Para ele, ser livre é escolher autonomamente 
aquilo que se faz. Se não for dessa forma, a liberdade 
não é racional. Para ele, no campo da moral o ser é 
livre quando ele é quem faz as suas escolhas – as 
escolhas são autônomas. Todavia, no campo do direito 
as escolhas são sempre heterônomas, ou seja, eu 
escolho porque existe uma norma que determina que 
eu tenha que fazer aquela escolha. Há uma força 
exterior que atua sobre os comportamentos. A sanção 
gera um receio da consequência da minha conduta, ex: 
se eu não parar no sinal vermelho levarei multa, 
portanto, é mais interessante pra eu parar no sinal do 
que sofrer a consequência. O direito exerce a ordem 
que torna possível coexistirmos em sociedade. 
Obs: nem sempre é possível distinguir se o 
comportamento é resultado de um mecanismo 
 
Kant e Hegel 
3 
 
Kant e HegEL 
 
 
autônomo ou heterônomo, como o próprio exemplo 
do sinal. 
O direito natural é tudo aquilo que é obrigatório 
independente da lei, pois, antecede a existência de uma 
norma. Esses direitos são imanentes à existência 
humana e nos obrigaram até mesmo antes da norma. 
Esses direitos são: liberdade, vida, igualdade, 
propriedade. A compreensão dos jusnaturalistas 
racionalistas é de que antes do direito positivo, isso já 
era o direito natural da pessoa humana. Dessa forma, o 
direito positivoserve para assegurar a coexistência 
desses direitos. 
O direito positivo na concepção kantiana é resultado da 
vontade do legislador, é expressão de um poder que 
se materializa na figura no legislador. Aqui, já vemos 
aparecer em Kant à ideia de existência de um poder 
legislativo. Kant fala da ideia desse poder positivo em 
assegurar a pacificidade do convívio, ou seja, assegurar 
a paz e o bem estar coletivo. - estamos falando de uma 
época em que os conflitos eram muito comuns. Por 
conseguinte, ele trás o papel do Estado que seria a 
realização dos direitos: Kant não é um positivista, mas 
quando ele faz essa afirmação, nos trás uma 
concepção mais próxima do estado moderno e daquilo 
que irá dialogar com o positivismo jurídico. 
Kant também trata do direito internacional. A paz era 
um tema da filosofia do direito e Kant trás a paz como 
algo que deveria servir como imperativo universal: 
tentativa de convivência pacífica entre 
sujeitos/indivíduos. Essa ideia de paz para ele dialoga 
muito com a ideia de paz no continente Europeu, pois, 
enquanto Kant está escrevendo isso, o momento que 
se vivia era esse. 
Ele fala também do cosmopolitismo: imperativo da 
razão para a ordem internacional, ou seja, cada estado 
deveria tomar como seu imperativo categórico, 
 
constituir uma convivência cosmopolita. Esse conceito é 
de interesse até mesmo na contemporaneidade, pois, 
nos trás a noção de convivência de sujeitos de 
realidades totalmente distintas. Ele fala do 
cosmopolitismo nesse contexto da Europa, pois, é um 
momento em que ela está transcendendo suas 
fronteiras ao colonizar povos e expandir rotas. O 
tratado já era um mecanismo jurídico que de 
materializava esse direito entre estados e países, 
contudo, não havia um direito voltado aos povos desses 
diferentes países. 
 Habermas comenta Kant, ao expor que ainda 
não conseguimos conviver pacificamente com outras 
nações e culturas. 
 
Junto com Kant constitui a filosofia moderna. Hegel 
servirá de premissa filosófica para o pensamento de 
Marx e uma das suas principais obras será a 
“fenomenologia do Espírito” e essa obra é fruto das 
aulas que ele dava na universidade. 
Contexto Histórico: Quando Hegel escreve as suas 
obras, estamos falando de uma Alemanha ainda não 
unificada, nesse momento haviam cidades estados e o 
modelo político era totalmente ultrapassado. A filosofia 
foi um vetor para o desenvolvimento da Alemanha. O 
pensamento de Hegel passa da premissa da consciência 
da modernidade – transformação profunda que estava 
se estabelecendo naquele contexto da Europa. Como 
Hegel estará um pouco mais a frente, seu pensamento 
é todo firmado na ideia de que a modernidade chegou, 
ou seja, vivemos um novo tempo. Em virtude dessa 
consciência moderna, Hegel procura romper com toda 
a tradição filosófica que lhe antecede e que viria desde 
a antiguidade clássica: nesse momento a filosofia se 
estabelecia entre a separação do pensar e o existir. 
Para Hegel, isso faz parte do pensamento filosófico 
Kant e Hegel 
4 
 
Kant e HegEL 
 
desde a Grécia, e não é possível, que a gente se 
mantenha a essa mesma referencia filosófica. Hegel 
pretende com o seu pensamento, trazer uma leitura e 
uma visão da existência humana totalmente diferente 
de tudo que já havia tido. 
Para Hegel, não há uma separação entre pensamento 
e existência, entre sujeito e objeto. Ele vai sugerir que 
o objeto é uma consequência do sujeito e vice versa. 
Hegel não se entendia como um jusnaturalista e não 
trabalha o conceito de direito natural como algo 
plausível. Todavia, não se sabe onde encaixa-lo, pois ele 
também não é positivista. Não encontramos no 
pensamento dele, elementos típicos de um positivismo 
como a ideia de monismo jurídico. Ele propõe como 
consciência moderna, essa ruptura com a tradição da 
antiguidade clássica para uma unidade entre o pensar e 
o existir. 
 A partir disso, se desenvolve o chamado 
racionalismo hegeliano que é dialético, portanto, o modo 
como Hegel nos propõe essa unidade entre 
pensamento e existência é porque ele entende que 
entre esses dois eixos há um movimento contínuo de 
troca. Dialética é = tese, antítese e síntese. A dialética é 
o movimento entre contrários onde à existência gera a 
síntese. 
 Para Hegel, o conhecimento é processual, 
constituído ao longo desse movimento entre 
pensamento e existência. Essa unidade entre 
pensamento e existência, é traduzida pelo movimento 
entre consciência e experiência. Ele parte da ideia de 
que somos dotados de uma racionalidade que está 
permanentemente suscetível a transformações à 
medida que nós vamos experimentando o mundo. 
 “Tudo que é real, é racional; tudo que é 
racional é real” = Tudo que existe é passível de ser 
racionalizado e de ser experimentado pela nossa 
consciência, e tudo que é racionalizado detém uma 
realidade e adquire uma materialidade mesmo podendo 
 
 
não existir concretamente. Ex: música é uma realidade, 
mas não tem existência concreta. 
 
 Esse movimento entre consciência é 
experiência para Hegel pode chegar a pontos finitos 
para determinadas coisas. Esse movimento dialético 
nunca deixa de existir, mas, no processo de formação 
do conhecimento pode chegar o momento onde 
alcancemos a ideia essencial de cada coisa. Ele 
denomina isso de estudo dos espíritos: ao final desse 
movimento estaria o espírito que se traduz como ideia 
essencial. Ele distingue esses espíritos entre 
 
1- Subjetivo: aquilo que pertence única e 
exclusivamente ao sujeito (alma, razão e consciência). 
2- Objetivo: formas de expressão de liberdade 
que se traduzem no direito, na moral e nos costumes. 
3- Absoluto: espíritos conscientes e conhecedores 
de si: arte – Hegel escreve sobre a ideia de belo e da 
estética -, religião e filosofia (formas de expressão de si 
mesmos). 
 
Hegel coloca o direito como expressão máxima da 
liberdade; a moral como liberdade do sujeito para com 
ele – quem desenha a nossa moral, somos nós; os 
costumes como uma liberdade social construída a partir 
da moral. Para ele, todos os três são formas da 
expressão de liberdade. O que produz o costume é a 
existência de um comportamento relativizado e 
repetitivo – o fato de geração para geração repetir 
um hábito. Hegel associa o comportamento individual 
com o coletivo. 
O direito para ele, o direito é a expressão máxima da 
liberdade, pois, cabe a ele limitar as liberdades, e ao 
fazer isso, ele garante a possibilidade de convivência em 
sociedade. O direito garante a liberdade de expressão, 
mas subentende que essa liberdade tem um limite que 
é a coexistência entre outras liberdades. Se a partir do 
meu exercício de liberdade de expressão eu atinjo a 
Kant e Hegel 
5 
 
Kant e HegEL 
 
liberdade ou a dignidade do outro, por exemplo, eu 
estou automaticamente limitado por esse direito: por 
isso ele é a expressão máxima da liberdade. 
 
Em Kant, vimos que a liberdade é formalista, a liberdade 
é igual à autonomia da vontade e esta significa agir ou 
não de acordo com o imperativo categórico – o sujeito 
moral é aquele que autonomamente opta por agir 
conforme o imperativo, dessa forma, ele está 
exercendo a liberdade. 
Para Hegel o direito garante a liberdade e ao mesmo 
tempo limita o exercício dessa liberdade – que é o 
exercício da vontade, para que não se caia na 
arbitrariedade. Aqui a liberdade numa perspectiva 
dialética – se constitui ao longo da história entre 
consciência e experiência. 
 
Hegel se coloca como um crítico tanto do historicismo 
como do jusnaturalismo – ele enxerga nessa corrente 
uma abstração muito grande, então, ele entende que a 
definição do direito natural é abstrata, e também dirige 
a crítica ao formalismo kantiano. Posteriormente, Hegel 
vai criticar o historicismo jurídico – linha teórica que 
sugere que o direito é fruto da convicção comum do 
povo. SE HEGEL DIZ QUEA DIALÉTICA É HISTÓRICA, 
COMO PODE ELE CRITICAR O HISTORICISMO? 
Ele critica o historicismo jurídico, pois, enxerga nele 
uma linha de pensamento que explica a história como 
algo contingencial – o historicismo busca definir o direito 
como convicção comum do povo a partir de fatos 
históricos. Ele critica não porque ele é contrário a 
história, mas porque o historicismo jurídico explica a 
história a partir de fatos pontuais, e Hegel vê o fato 
histórico a partir do seu movimento. 
 
 
Hegel ao tratar do direito e da justiça, ele dirá que 
estes são elementos racionalizados – uma razão 
concreta. A justiça não é dado axiológico, mas aquilo 
que norteia a formação do direito. – a justiça não pode 
ficar no campo da abstração, mas deve se objetivar na 
lei. A LEI É CONCREÇÃO DO DIREITO. 
 
Hegel ainda nos trás o conceito de ordem jurídica – 
algo necessário para o funcionamento do Estado que 
para concretizar os seus objetivos depende da 
existência de uma estrutura jurídica. Hegel esteve 
preocupado em pensar no Estado num plano 
internacional é o resultado da trajetória histórica de seu 
povo e de consciência e experiências da população. – 
é o resultado da dialética de vários indivíduos. O que faz 
o Estado ser ético é a capacidade de compatibilizar 
ordem e liberdade – liberdade tem que ser exercida 
sem que a ordem seja quebrada. O papel do Estado na 
política externa é manter a possibilidade de dialogar 
com diferentes nações e povos – esse diálogo deve 
ser mantido desde que não haja conflito dos interesses 
da nação com os interesses de outra nação. 
Na eventualidade dos interesses internos conflitarem 
com os interesses de outra nação, o Estado deve 
garantir os interesses da sua nação.

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