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RELATÓRIO EDWARD SAID · Fala de como o Oriente era considerado uma invenção Europeia · Oriente como lugar de romance, seres exóticos e paisagens, mas que estava desaparecendo · Falta de importância dos próprios orientais nesse trajeto de auge a ruína · Para o visitante europeu a importância estava na reputação europeia daquela ruína oriental · Americanos com o mesmo sentimento sobre o extremo oriente (China, Japão) · Tradição europeia de “orientalismo” Um modo de resolver o Oriente que está baseado no lugar especial ocupado pelo Oriente na experiencia ocidental europeia · Oriente ajudou a definir a própria Europa em sua imagem, cultura, personalidade · Oriente como parte fundamental da civilização e cultura material da Europa · Americanos entendendo o Oriente de maneira bem menos densa que a Europa · Papel dos EUA assumindo parte da economia do Oriente Médio traz outro entendimento sobre o Oriente · Orientalismo com designação acadêmica · Termo vago e arrogante, por lembrar atitudes colonialistas europeia do século XIX e início do século XX · Orientalismo como estilo de pensamento baseado em distinção ontológica e epistemológica feita entre as polaridades do mundo · Orientalismo como instituição que pode negociar com o Oriente · Orientalismo como uma criação ocidental com pretexto de dominar, reestruturar e ter autoridade sobre o Oriente · Falar desse estudo é falar de uma empresa cultural francesa e britânica que abarcam as dimensões de especiarias, exércitos coloniais, etc. · “O Oriente não é um fato inerte da natureza”, ele não existe apenas lá onde está, assim como o Ocidente · Três qualificações 1) Oriente não pode ser reconhecido como uma ideia ou uma criação destituída de realidade 2) As ideias, culturas e história não podem ser estudadas sem consideração da sua força; é agir de má fé achar que o Oriente foi criado A relação existente entre Oriente e Ocidente é uma relação de poder e de dominação, fazendo o Oriente ser orientalizado 3) Não se deve nunca supor que a estrutura do orientalismo não passa de uma estrutura encarregada de mentiras ou mitos · Orientalismo tem seu próprio valor em mostrar o poder estrangeiro sobre o Oriente · Dois temores sobre o orientalismo: distorção e a falta de precisão · Distinção ente conhecimento puro e conhecimento político · Conhecimento produzido no Ocidente contemporâneo: erudito, acadêmico, imparcial, acima de qualquer crença, apolítico · Ninguém descobriu, até agora, um método para separar a ciência do “conhecimento político” · Como um consenso geral decidiu que o conhecimento tido como verdadeiro é apolítico · A sociedade civil reconhece a importância política nos campos de conhecimento · Prioridade política acima da economia ou história literária · Todo conhecimento acadêmico feito por países imperialistas está marcado e violado pelo fato político vulgar · Conhecimento das ciências humanas está marcado pela subjetividade do autor, tal qual um europeu estudando o Oriente está marcado pela sua nacionalidade · Interesse europeu e americano pelo Oriente era político · Orientalismo não é um mero tema político, é uma distribuição geopolítica em textos, obras, economia, etc. · Orientalismo é, e não apenas representa, uma dimensão da moderna cultura político-intelectual e como tal tem menos a ver com Oriente que o “nosso” mundo. · Nenhum autor produz uma obra sozinho Existe uma sombra, presença política, institucional e ideológica que age sobre aquele autor · Impossível ignorar o imperialismo intelectualmente e historicamente · Obras escritas em países imperialistas não podem ser seguidas da mesma forma em outros países · Autor fala da própria vida como um impulso para escrever a obra · Nenhum acadêmico ou orientalista se identificou com os árabes · Nenhuma identificação aceitável · Relação dos Estados Unidos com o sionismo e sobre a invalidação por associação com interesses políticos e econômicos
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