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p. 1 Rafael Calvano PATOLOGIA ARTEROSCLEROSE É uma doença inflamatória crônica, subdividida em três outras doenças: arteríolosclerose, aterosclerose e esclerose média de Monckeberg. ARTERIOLOSCLEROSE Acomete arteríolas, pode causar isquemia distal. Hiperplásica: diminuição da luz arteriolar e hipertensão hiperplásica, de modo a aumentar o número de células no endotélio arteriolar. Ela aumenta a pressão diastólica. Hialina: diminuição na luz arteriolar e espessamento do tônus muscular. ESCLEROSE MÉDIA DE MONCKEBERG Calcificação da camada média da artéria. As calcificações não atingem a luz endotelial, de modo que ficam somente na camada média causando a esclerose. ATEROSCLEROSE Doença inflamatória crônica que atinge a íntima e a média. Esclerose causada por lesões na íntima arteriolar chamadas ateromas. Fatores de risco: idade, sexo (M ou F), histórico familiar e tabagismo. Os homens têm maior incidência que as mulheres antes da menopausa, visto que os níveis de estrogênio só caem após a menopausa. Mecanismos aterogênicos: Lipídeo: lipoproteína carreia o colesterol LDL, o qual incita o processo inflamatório. No momento que o LDL entra na íntima arteriolar, passa a ser LDL modificado, que é quimiotático para monócitos. Esse LDL modificado atrai os monócitos para se aderirem no endotélio, inibindo a motilidade dos macrófagos na lesão. Estimula a liberação dos fatores de crescimento e citocinas citotóxicas para células endoteliais e musculares lisas. Hipertensão: induz a produção de células musculares lisas, de modo a favorecer a entrada dos lipídeos na íntima. Células musculares lisas sintetizam colágeno e fazem fagocitose. ETAPAS DA FORMAÇÃO DA PLACA DE ATEROMA p. 2 Rafael Calvano ▪ Aumento de tamanho da túnica íntima por conta da presença de lipídeos. ▪ Disjunção endotelial e aumento da permeabilidade, de forma a dar passagem para os monócitos fazerem a emigração. ▪ Os monócitos se diferenciam em macrófagos e englobam as lipoproteínas. Recrutamento de células musculares lisas e linfócitos T. ▪ Linfócitos T chegam na íntima e atuam interagindo com os macrófagos, contribuindo para o estágio de inflamação crônica. Células T ativadas produzem citocinas inflamatórias que podem estimular macrófagos, células musculares lisas e células endoteliais. ▪ Conversão das estrias gordurosas em ateroma maduro por conta da proliferação das células do M. liso. ▪ As células musculares lisas sintetizam matriz extracelular (principalmente colágeno) de modo a estabilizar as placas ateroscleróticas. ▪ No entanto, as células inflamatórias ativadas nos ateromas podem causar a apoptose das células musculares lisas da íntima e desintegrar a matriz, fazendo a formação das placas ateroscleróticas instáveis. ▪ Essa matriz é chamada de capa fibrosa. ROMPIMENTO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA Uma ruptura/fissura da placa aterosclerótica vai expor os constituindo da placa, que são altamente trombogênicos. Isso irá gerar um trombo na luz arteriolar que irá diminuir ainda mais a luz e assim aumentar a estenose. Esse trombo pode ser um trombo mural, que tem obstrução variável mas que vai causar angina instável ou até mesmo um infarto agudo do miocárdio. Só que esse trombo pode ser um trombo oclusivo que oclui completamente a luz arteriolar, de modo a causar direto um infarto agudo do miocárdio ou até mesmo uma morte súbita. A ruptura dessa placa é facilitada quando há a famigerada placa instável, que é basicamente uma placa aterosclerótica na túnica íntima da artéria que contém maior número de células inflamatórias, consequentemente maior apoptose de células musculares lisas – que produzem a matriz/capa fibrosa – e assim faz com que a capa fibrosa seja bem mais fina do que uma placa estável.
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