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0 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA CONSCIENTIZAÇÃO DA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA: RELATO DE EXPERIÊNCIA REESUMO O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve no tecido da mama. Essa neoplasia é um problema que está despertando maior atenção na saúde pública mundial, nesse contexto, no ano de 2012 foram registrados cerca de 1,67 milhões de novos casos em todo o mundo. OBJETIVO: Relatar a experiência dos discentes do curso de fisioterapia do 9º semestre da UNIATENEU, unidade básica de saúde (UBS). METODOLOGIA: Estudo do tipo Relato de Experiência, realizado no Posto de Saúde Manoel Carlos Gouveia, Bairro: Jardim das Oliveiras, no município de Fortaleza-CE, no mês de outubro de 2019, desenvolvido através de palestras realizadas informativos impressos pelos acadêmicos de fisioterapia do 9º semestre da UniAteneu, onde foi abordado o tema câncer de mama como foco principal a prevenção o mais precoce possível. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A promoção da saúde foi realizada através de palestras, em um espaço de espera, onde os pacientes aguardavam atendimento de suas consultas. O público alvo eram mulheres, porém todos puderam participar o que tornou a experiência bastante enriquecedora, pois através da interação dos homens podemos saber qual o nível de conhecimento deles acerca do assunto. CONCLUSÃO: Pode-se concluir mediante este estudo que a promoção de saúde nas UBS se faz bastante necessária, para ampliar o conhecimento da população sobre a importância da prevenção e o autoexame, pois o empoderamento da população revela um elemento transformador para mudar o atual cenário do Câncer de mama no Brasil e no mundo. Neste contexto, campanhas de conscientização como o outubro rosa possuem grande relevância, principalmente para população socioeconômica menos favorecida. Palavras – chave: Neoplasias da mama. Prevenção primária. Saúde da mulher. Promoção de saúde. INTRODUÇÃO O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve no tecido da mama. Essa neoplasia é um problema que está despertando maior atenção na saúde pública mundial, nesse contexto, no ano de 2012 foram registrados cerca de 1,67 milhões de novos casos em todo o mundo. No Brasil não é diferente, esse tipo de câncer é o mais comum entre as mulheres e o segundo mais frequente. Nesse contexto, é fundamental alertar e orientar a população feminina sobre a importância da prevenção, pois os tumores mamários malignos estão entre as principais causas de óbito no Brasil (RODRIGUES; CRUZ; PAIXAO, 2015). Nos últimos tempos, a saúde da mulher vem ganhando destaque devido ao crescente papel que a mulher tem desempenhado na sociedade. Ao atuar e acumular funções seja na maternidade, no mundo do trabalho e na sociedade como formadora de opiniões, essa 1 população tem conquistado reconhecimento como cidadã, portadora de deveres e, especialmente, de direitos. Dessa forma, com o avanço do conhecimento e do reconhecimento da igualdade de direitos entre os gêneros, observa-se a criação de uma ampla variedade de cuidados à saúde da mulher, como, por exemplo, os programas de prevenção do câncer de mama (COUTO et al., 2017). O câncer de mama pode ser considerado, atualmente, um problema de saúde pública devido a sua crescente incidência e índices de letalidade. No que concerne à população feminina, essa doença é temida por gerar diversas consequências temporárias ou permanentes na vida da mulher, já que os tratamentos, na maior parte das vezes, são agressivos, com graves sequelas físicas que afetam a sexualidade, os relacionamentos, a autoimagem corporal e muitas outras crenças e valores (COUTO et al., 2017). O diagnóstico em estágios avançados da doença reduz as chances de cura e é um dos fatores responsáveis pela alta taxa de mortalidade. Isto posto, o acesso limitado da população ao tratamento, seja devido à distribuição desigual da renda ou escassez de atendimento do serviço público, leva ao aumento do número de óbitos registrados. As ações de prevenção ajudam a minimizar o custo de cuidado com saúde, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas. As consequências de uma doença crônica podem atingir os aspectos sociais e econômicos do país, dificultando seu desenvolvimento. O tratamento com a doença, a perda de produtividade e os custos com a saúde são despesas sociais e econômicas para os indivíduos (RODRIGUES; CRUZ; PAIXAO, 2015). A detecção precoce é uma forma de prevenção secundária e visa a identificar o câncer de mama em estágios iniciais. O objetivo do diagnóstico precoce é identificar pessoas com sinais e sintomas iniciais da doença, primando pela qualidade e pela garantia da assistência em todas as etapas da linha de cuidado da doença. O diagnóstico precoce, portanto, é uma estratégia que possibilita terapias mais simples e efetivas, ao contribuir para a redução do estágio de apresentação do câncer. Assim, é importante que a população em geral e os profissionais de saúde reconheçam os sinais de alerta dos cânceres mais comuns, passíveis de melhor prognóstico se descobertos no início. A maioria dos cânceres é passível de diagnóstico precoce mediante avaliação e encaminhamento após os primeiros sinais e sintomas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). De acordo com Couto et al. (2017), para que ocorra essa detecção precoce, utilizam-se como métodos de rastreamento da neoplasia mamária o autoexame das mamas realizado pela paciente, o exame clínico das mamas (ECM) realizado por profissionais e os exames de imagem, como mamografia e ultrassonografia, na rotina de atenção à saúde da mulher. A lei nº 12.732, de 2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso. É importante reforçar que, para que o prazo da lei seja garantido a todo usuário do SUS, é necessária uma parceria direta dos gestores locais, responsáveis pela organização dos fluxos de atenção. Estados e municípios possuem autonomia para organizar a rede de atenção oncológica e o tempo para realizar diagnóstico depende da organização e regulação desses serviços (BRASIL, 2012). O Ministério da Saúde (2013), preconiza diferentes periodicidades dos exames de rastreamento conforme as especificidades de cada população-alvo. Mulheres que estejam na faixa etária entre 40 e 49 anos devem realizar ECM anual e, caso esse esteja alterado, mamografia. Pacientes na faixa etária entre 50 e 59 anos realizarão ECM anual e mamografia a cada dois anos. Destaque especial para as mulheres a partir de 35 anos que apresentem risco elevado para câncer de mama, pois se preconiza que elas realizem ECM e mamografia anualmente. 2 Em conjunto com os métodos de rastreamento, práticas de educação acerca de comportamentos de risco e detecção precoce do tumor também são de grande importância para a promoção da saúde individual e coletiva da comunidade (COUTO et al., 2017). Dessa forma, o presente artigo objetiva relatar a experiência dos discentes do curso de fisioterapia do 9º semestre da UNIATENEU, na UBS ao participarem da realização de atividades de promoção de saúde acerca do tema importância da prevenção ao câncer de mama. OBJETIVO GERAL Relatar a experiência dos discentes do curso de fisioterapia da UNIATENEU na prevenção do câncer de mama em uma Unidade Básica de Saúde – UBS. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Relatar o conhecimento dos participantes a respeito do tema supracitado; ● Descrever a importância do autoexame como forma de prevenção ao CA de mama; ● Observar a relevância da ação para os usuários da UBS e para os acadêmicos de fisioterapia da UniAteneu. METODOLOGIA Estudo do tipo Relato de Experiência, realizado no Posto de Saúde Manoel Carlos Gouveia, Bairro: Jardim das Oliveiras – Fortaleza-CE, no mês de Outubro de 2019, desenvolvido através de palestras e informativos impressos, realizadas pelos acadêmicos de fisioterapia do 9º da UniAteneu, onde foi abordado o tema câncer de mama, prevençãoao câncer de mama, dando foco a importância do diagnóstico precoce, do autoexame e da mamografia que deve ser realizada anualmente. DESCRIÇÃO DE EXPERIÊNCIA A promoção da saúde foi realizada através de palestras com informativos impressos, em um espaço de espera dos usuários, com as pessoas presentes no local, o público alvo eram mulheres, porém todos poderão participar o que tornou a experiência bastante enriquecedora, pois através da interação dos homens podemos saber qual o nível de conhecimento deles acerca do assunto. Foram um total de 3 palestras, onde na primeira abordamos sobre definições do câncer de mama, dados epidemiológicos e incidência do CA de mama no Brasil. Na segunda palestra discorremos a respeito da importância do diagnóstico precoce do Câncer de mama e como as chances de cura são maiores, no terceiro encontro abordamos a importância do autoexame e demonstramos como ele deve ser feito. Os usuários da UBS que participaram das palestras demonstraram bastante interesse sobre o assunto exposto, participando ativamente, interagindo e fazendo perguntas pertinentes ao tema abordado. Eles fizeram alguns relatos sobre casos que ocorreram na sua família, o impacto que ocasionou e demonstraram ter gostado bastante da ação e também ter conhecimento sobre a importância do tema. 3 CONCLUSÃO Pode-se concluir mediante este estudo que a promoção e educação em saúde nas UBS se faz bastante necessária, para contribuir e ampliar o conhecimento da população sobre o assunto, pois o empoderamento da população revela um elemento transformador para mudar o atual cenário do Câncer de mama no Brasil e no mundo. Neste contexto, campanhas de conscientização como o outubro rosa possuem grande relevância, pois visam conscientizar e educar a população para prevenção anual e autoexame. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf>Acesso em 13 de nov. 2019. COUTO, V. B. M. et al . “Além da Mama”: o Cenário do Outubro Rosa no Aprendizado da Formação Médica. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro , v. 41, n. 1, p. 30-37, jan. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010055022017000100030&lng=pt &nrm=iso>. Acesso em 06 nov. 2019. RODRIGUES, J. D; CRUZ, M. S.; PAIXAO, A. N. Uma análise da prevenção do câncer de mama no Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 20, n. 10, p. 3163-3176, Outubro. 2015 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015001003163&lng=e n&nrm=iso>. Acesso em 12 Nov. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320152010.20822014. BRASIL. Constituição da República Federativa 2012, Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, Artigos 1 e 2. Portaria 876, de 16 de maio de 2013. Disponível em <https://www.unasus.gov.br/noticia/pessoas-com-cancer-tem-direitos-especiais-nalegislacao> Acesso em 13 de novembro de 2019. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf
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