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Aula 7- Raízes do desenvolvimento moral: socialização e internalização.
*A Sociabilidade com outras crianças.
*Efeitos do trabalho da mãe.
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Orientações 
	Para você fazer, esta semana:
	Ler o material de estudo.
Em caso de dúvida entre em contato com o tutor pela Sala de Tutoria.
Bons Estudos!
	 
 
 
Material de estudo
	Chama-se socialização ou sociabilização ao processo através do qual os indivíduos aprendem e interiorizam as normas e os valores de uma determinada sociedade e de uma cultura específica. Esta aprendizagem permite-lhes obter as capacidades necessárias para desempenharem com êxito o seu papel de interação social.
Por outras palavras, a socialização é a tomada de consciência (ou consciencialização) da estrutura social que envolve uma pessoa. O processo é possível  graças à ação dos chamados agentes sociais, que são as instituições e os sujeitos representativos com capacidade para transmitir os elementos culturais apropriados. Os agentes sociais de maior relevância são a escola e a família, embora não sejam os únicos.
Os especialistas falam de dois tipos de socialização:
- A primária, que é o processo durante o qual a criança adquire as primeiras capacidades intelectuais e sociais, portanto cabe à família, e quaisquer pessoas que convivam com a criança, ensinar os fatores fundamentais de comportamento, cultural e a firmar o seu papel naquele contexto, seja de filho, irmão, neto, enfim. A identificação da criança com as pessoas ao seu redor permitirá a formação de sua identidade. O ser humano aprende a viver em sociedade através da transmissão de regras, normas, linguagens e comportamentos. O processo de socialização começa com a interiorização do mundo exterior, ou seja, quando a criança passa a captar o comportamento de outras pessoas e estabelece sentido para o mundo em que vive. A partir da interiorização surge a identificação, o indivíduo vive e compartilha da realidade de outros sujeitos, principalmente aqueles com quem forma vínculos afetivos. A socialização primária é a fase mais importante do desenvolvimento social, pois define para a criança qual o seu papel na sociedade, um importante fundamento que formará sua identidade.
E a secundária, ocorre na adolescência, onde o indivíduo ainda não é totalmente um adulto mas já não é mais criança, dispondo de um mínimo de experiência de vida suficiente para, ao menos, tentar avaliar se o que lhe é ensinado.  É todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores, do mundo objetivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos e amigas, no trabalho, na igreja, nas atividades dos países para os quais visita ou emigra, etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo.
Na fase primária da socilalização, a criança, por não ter um mínimo de experiência de vida, ainda não tem condições de avaliar se o que lhe ensinam é verdadeiro ou não, sendo induzida a acreditar em tudo e em todos a sua volta sem fazer muitos questionamentos: é a chamada aprendizagem incondicional ou aprendizagem por imitação. Os adultos são os fortes influenciadores.  A escola como muita das vezes é a segunda casa da criança.
BRINCADEIRA, INTERAÇÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
 Há evidências de que as brincadeiras, antes de servirem de simples distração, constituem-se em um campo laboratorial de experiências de vida para a criança. O estudo de sua influência para o desenvolvimento infantil tem sido objeto de investigação de pesquisadores ligados a várias linhas de pensamento, tendo-se como ponto de partida o pressuposto de que são atividades imprescindíveis para o desenvolvimento social, afetivo, motor e cognitivo das crianças.
 Havighurst (1953) inclui as brincadeiras nas chamadas "tarefas de desenvolvimento". Uma das características das tarefas de desenvolvimento é que elas têm uma época específica na vida para a sua aquisição - momentos próprios para a introdução de sua aprendizagem e para a sua força potencial na aceitação social da pessoa. Mas isso não ocorre com certas tarefas. Há algumas que nunca terminam; elas acontecem durante um longo período de tempo, variando em aspectos específicos. São as chamadas tarefas recorrentes. Aprender a fazer amizades e a conviver com outras pessoas é um exemplo dessa modalidade. Elas têm início muito cedo, para a maioria das pessoas ao entrar na escola. Mas na puberdade elas começam a mudar sua natureza e a entrar em uma nova fase, de aprender a contatar com pares do sexo oposto. Mais tarde - uma outra fase -a de aprender a conviver com pessoas de ambos os sexos de uma forma socialmente madura, onde uns cooperam com os outros, não só por causa da amizade, mas por alguma proposta impessoal. A pessoa idosa novamente se vê face a uma nova etapa, onde tem que aceitar os desafios impostos pelo tempo e se associar aos outros idosos da sociedade, aprender a conviver com a perda do companheiro, a relacionar-se com os mais jovens, etc.
 Com as atividades de lazer ocorre a mesma coisa. As necessidades dessas atividades, embora sejam valorizadas basicamente na infância, podem se estender por toda a vida. É evidente que de acordo com a etapa da vida, as necessidades e as formas de brincar vão ser diferentes. No entanto, estas se constituem em tarefas importantes para o desenvolvimento e a manutenção de vida e estão classificadas dentro das chamadas Tarefas Recorrentes.
 Nas brincadeiras, desde que desempenhadas em grupos, pode-se observar o estabelecimento de uma rede de relações. Vale lembrar que a estrutura interacional é essa rede de relações que se depreende dos comportamentos das crianças em uma situação de grupo, com movimentos que se traduzem em aproximações e afastamentos entre as crianças, ou de adultos que eventualmente estejam presentes.
 Na fase entre os 7 e os 10 anos, as atividades grupais são determinantes de interações sociais positivas. É através delas que a competência social das crianças é desenvolvida e aprimorada (Emmel, 1990). Em um estudo conduzido por Branco (1989), as atividades livres foram as que mais propiciaram o estabelecimento de interações sintônicas entre crianças, caracterizadas pela compatibilidade de interesses ou disposições afiliativas, favorecendo interações mais longas e mais frequentes.
 Jones (1981) observou diferenças sexuais na performance social de crianças pequenas, como por exemplo o fato das meninas passarem mais tempo perto de outras crianças sem interagir, enquanto os meninos passam mais tempo observando outras crianças de longe. Um outro aspecto apontado por esse autor é o da variabilidade da qualidade das interações sociais proporcionalmente a passagem do tempo. Ele observou que a sociabilidade aumenta com a idade. O estudo de Emmel (1990) demonstrou diferenças qualitativas nas interações mantidas entre crianças mais novas e mais velhas (7-8 e 9-10 anos). No grupo de crianças mais velhas, a sequenciação e complexidade dos diálogos, bem como a combinação de várias modalidades interativas em cada surto ocorrido (linguagem, somada a trocas de olhares, sorrisos, gesticulações), foi superior ao grupo de crianças mais novas, mostrando um nível de elaboração bem mais aprimorado. Neste mesmo estudo, observou-se nas crianças mais novas, a predominância de diálogos curtos e interrompidos e de brincadeiras turbulentas, como lutas corporais, o que gerou um maior número de interrupções nas atividades que estavam sendo executadas, comparadas às crianças mais velhas.
 Piaget (1973) utiliza o termo "jogo" para designar o brinquedo. O jogo é considerado como parte dos processos de assimilação e acomodação, que desencadeiam a relação e incorporação da criança no mundo. Os jogos com regras, que aparecem em torno dos 7 anos e se desenvolvem durante toda a vida, permitem que a criança domine o raciocínio operatório a partir de situações concretas e realize processos mentais reversíveis.
 Os estudos dos autores citados acima, foram sendo complementados com pesquisas interdisciplinares,demonstrando que o ato de brincar sofre intensa influência da cultura na qual a criança está inserida. Na literatura brasileira, os trabalhos de Kishimoto (1992), Biasoli-Alves (1992), Martinez (1992), Pierre e Kubo (1990), dentre outros, além de compor um campo de informações de naturezas distintas, com estudos descritivos, experimentais e correlacionados, demontram a importância das relações entre o brincar, o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
 
 O BRINCAR NA ESCOLA
 A entrada da criança na escola, aqui representada pelo primeiro grau formal, significa também uma grande redução nas brincadeiras. As tarefas escolares e o estudo ganham uma importância muito acentuada; a criança passa a maior parte do seu dia na posição sentada, sem direito a movimentos mais livres e amplos, numa atitude que se opõe à sua condição natural de desenvolvimento, que solicita, justamente, a atividade motora. Bruscamente, ela é submetida a uma mudança radical, passando de hábitos de movimentação ampla para posições fixas; de atividades e ações concretas para um mundo novo e abstrato.
 A hora do recreio, que seria de se esperar como o momento de liberação da energia acumulada, da atividade lúdica, é um período que também tem suas limitações. Em algumas escolas as crianças sequer saem de suas carteiras: apenas recebem o lanche, comem e continuam a atividade de classe. Quando há um recreio, no pátio as brincadeiras que envolvem movimentação global, como o pega-pega, os jogos de bola, etc, são em geral reprimidas com veemência. As áreas disponíveis para o recreio, por sua vez, não oferecem opções para atividades lúdicas mais tranquilas. Na maioria das escolas o que se vê são pátios, ou pequenos, ou sem planejamento algum para quaisquer brincadeiras, reservando à criança pouquíssimas opções de uma expansão maior de seu corpo em conjunto com sua mente, restando muitas vezes as possibilidades únicas de alimentar-se e conversar com colegas. Nesta conjuntura, em nome da aprendizagem, da criança é retirado o direito de ser criança. As brincadeiras passam a ser atividades indesejadas e até mesmo proibidas, relegando-se a um plano ínfimo todo o seu importante papel no desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional da criança.
 Assim, a entrada na escola muitas vezes se constitui num período crítico do desenvolvimento, em virtude das mudanças que acarreta na rotina e no ambiente. O primeiro afastamento prolongado do núcleo familiar, associado à primeira introdução a um grupo formal pré estabelecido, com normas e sistemas de comunicação próprios, são alguns dos aspectos críticos dessas mudanças (Marturano,1977). Assim, não é de se estranhar a ocorrência ou o detectar de desvios no desenvolvimento nesta fase, como bem ressalta Betetto (1987), levando à alta incidência de reprovação e de outros problemas. Estes, entretanto, têm sido estudados mais no que tange a aprendizagem acadêmica, ficando outras áreas em descoberto.
		“terceirizar os filhos”
As crianças terceirizadas são aquelas cujo os pais transferem para terceiros a tarefa de cuidar, se preocupar e se responsabilizar por elas. Realmente o termo é um pouco forte, mas, atualmente, os pais estão deixando os filhos sob a responsabilidade de terceiros cada vez mais para fazer suas coisas, mesmo que não seja ir trabalhar.
O pediatra Dr. José Martins Filho, professor da Unicamp e autor de livros conceituados sobre este mesmo assunto, explica que esse “abandono” traz consequências e faz surgir a figura da “criança terceirizada”. Segue uma lista das consequências que a terceirização pode causar na criança.
1) Quebra de vínculos - Por mais que a mãe precise trabalhar, é muito importante que ela se planeje e que consiga ficar o maior tempo possível com seu filho. Substituir os cuidados da criança com algum outro adulto (babá, avó, avô etc.) não é a mesma coisa. O vínculo, principalmente no primeiro ano de vida do bebê, é fundamental e é maior com a pessoa que cuida, que fica junto. Portanto, se o bebê passa 90% do tempo com algum outro cuidador, o vínculo será maior com ele. Martins não critica as mães que precisam realmente trabalhar e ajudar a família, mas pede que priorizem os filhos. “Trabalhem, mas não esqueçam as crianças. Sempre que possível, fiquem com elas. Deem atenção e mostrem carinho”.
 2) Educação que os pais não aprovam - Muitos pais exigem que as escolas eduquem seus filhos. Porém, o papel da escola é alfabetizar, ensinar conhecimentos gerais, dentre outras coisas. Mas a educação vem de casa. Quem deve ensinar a andar, tirar a fralda, chupeta, falar “obrigado”, “por favor”, portar-se à mesa, ter afeto, modo de conversar etc., é a família! Portanto, não exija uma educação exemplar se você não tem paciência para mostrar ao seu filho o que é certo.
 3) Falta de limites - Assim como na educação, os pais é que devem saber impor limites às crianças. As crianças terceirizadas, na grande maioria das vezes, não têm limites. Isso porque os pais chegam em casa tarde da noite e não querem brigar com os filhos, não querem que as crianças chorem ou gritem por algum motivo, então eles acabam cedendo a tudo o que os filhos exigem. E esse tipo de atitude é crucial na educação.
 4) Prioridade invertida - O que acontece atualmente é que os pais têm grande limitação em abrir mão do conforto da vida que tinham antes dos filhos. Ou seja, querem o prazer de ter filhos, mas ignoram o desprazer, como se o ônus e o bônus não fizessem parte do mesmo pacote. O que é realmente prioridade na vida dos pais? A presença do pai ou da mãe é fundamental nos momentos de troca de fralda, quando a criança está adoecida, quando está num momento de birra… Não apenas quando está sorrindo e brincando.
 5) A não valorização do outro - Diversos casos de delinquência juvenil, quando observados de perto, mostram crianças que foram totalmente solitárias, criadas sem vínculos razoáveis e, por viverem sob um abandono dilacerante, não aprenderam a valorizar “o outro” e não pensam que as pessoas devam ser respeitadas.
6) Problemas com figuras de autoridade - As crianças verdadeiramente terceirizadas, ou seja, as que possuem vínculos enfraquecidos com seus pais, provavelmente terão uma relação complicada com figuras de autoridade, pois, ao longo de suas vidas, exerceram autoridade sobre ela, pessoas com quem ela não possuía vínculos afetivos suficientes.
 7) Baixa autoestima - A forte ausência dos pais pode também causar baixa autoestima nas crianças. É muito importante que os pais estejam presentes nos eventos escolares, nas entrevistas com os professores, nos jogos de futebol do colégio e qualquer outro compromisso em que elas solicitem sua presença. A “falta” dos pais nessas ocasiões, mexe muito mais com os filhos do que você imagina. Principalmente, no momento de ir aos consultórios médicos (hoje em dia muitos pais delegam essa “função” para as babás). As crianças já se sentem acuadas nesses ambientes, e a presença de um dos pais é fundamental para transmitir confiança, segurança e conforto.
 8) Problemas comportamentais - Estes problemas são muitas vezes um escudo que as crianças usam para proteger suas questões profundas de abandono e medo. Por exemplo, uma criança que vive em um lar com pais totalmente ausentes, tem mais chances de desenvolver uma atitude negligente com um ar de superioridade arrogante para esconder o fato de que ela realmente os quer em sua vida.
 9) Sensação de falta de afeto - Muitos pais podem estar fisicamente próximos de seus filhos durante a maior parte do dia, mas podem não estar afetivamente disponíveis a eles. Não conversam intimamente, não brincam, brigam e gritam a maior parte das vezes que se dirigem à criança. Crianças precisam se sentir amadas, precisam saber que são prioridade! Não consigo imaginar meus filhos sentindo falta de afeto, isso aperta meu coração. Tudo o que mais queremos na vida é que nossos filhos saibam que são as pessoas mais importantes das nossas vidas e que são MUITO amados! Isso faz toda diferença no desenvolvimento deles
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