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AULA 5. COMPETÊNCIA EM MATÉRIA AMBIENTAL A CF/88 adotou o federalismo de cooperação, atribuição de competências entre união, Estados, DF e municípios. A vantagem é que todos os entes federativos atuem no mesmo objetivo e a desvantagem são os conflitos. Para solução de conflitos aplica-se o chamado princípio da predominância do interesse: UNIÃO = matérias de predominante interesse nacional (geral) ESTADOS = matérias de predominante interesse regional MUNICIPIOS = matérias de predominante interesse local DF = matérias de predominante interesse regional + local COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA É passível de delegação art. 22. Compete à união legislar sobre: a) Desapropriação b) Aguas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão c) Regime de portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, área e aeroespacial; d) Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; e) Populações indígenas f) Sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologias nacionais g) Atividades nucleares de qualquer natureza EXCLUSIVA Não é passível de delegação art. 25. Competência dos Estados a) Explorar diretamente ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado na forma da lei vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação b) Mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções pública de interesse comum. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE – art. 24 É explicita em matéria de proteção ambiental. União estados, Distrito Federal e tem competência para legislar sobre os mesmos temas: a) Direito urbanístico; b) Produção e consumo c) Floresta, caça, pesca, fauna, conservação de natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle de poluição d) Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico e) Responsabilidade por dano ao meio ambiente, consumidor, a bens e direito de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, (A União tem competência privativa em matéria civil) Os Estados e o DF na sua competência devem observar: a) Tais normas devem estar em conformidade com a norma geral (federal) b) Elas devem estabelecer padrões mais protetivos ao meio ambiente (critério da preponderância da norma mais restritiva) STF = a complementação da legislação federal para o atendimento regional não permite que o Estado dispense a exigência de licenciamento para atividades potencialmente poluidoras Os Estados podem legislar proibindo o uso de produtos materiais ou artefatos que contenham quaisquer tipos de amianto, pois a Lei 9.055/95 não proibia totalmente. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE SUPLETIVA Pertence aos Estados e ao Distrito Federal e surge quando a omissão da união para editar normas gerais. Art. 24. §3 Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS a) Ordenamento do solo urbano b) Assuntos de interesse local c) Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber STF (RE 586.224) o município é competente para legislar sobre o meio ambiente desde que: a) no limite do seu interesse local; b) o faça fundamentalmente; c) esse regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados. “Interesse local” = STF não significa interesse exclusivo do Município, mas preponderante. COMPETÊNCIA MATERIAL COMUM (art.23) No âmbito do exercício de poder de polícia, atribui igualmente a todos os entes federativos o poder-dever de: a) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; b) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural c) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; d) preservar as florestas, a fauna e a flora; e) promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; f) registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; Lei complementar 140/11 define competências e descentraliza muitas delas para os Estados e municípios COMPETÊNCIA MATERIAL EXCLUSIVA (art.21) São de interesse geral: a) elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; b) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; d) instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; e) explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: f) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; g) estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
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