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Doenças benignas e malignas da mama

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Doenças benignas da mama 
Antes de falar sobre as lesões da mama propriamente ditas, ela falou sobre algumas anomalias do desenvolvimento 
da mama que se encontram a seguir: 
 Amastia: Não formação da mama, geralmente está associada com má formações da caixa torácica, como ausência 
de músculos peitorais e costelas. 
 Hipoplasia mamária: Quando há mama, mas ela se torna hipoplásica, pode ser perceptível ao nascimento, mas se 
torna mais bem visto com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. 
 
 Hipertrofia mamária: Aumento do tecido mamário, principalmente do 
estroma (tecido fibroadiposo), pode estar em conjunto com a 
proliferação epitelial, mas geralmente é um desenvolvimento 
exacerbado do estroma mamária do que do parênquima (tecido 
glandular/epitélio). Não confundir essa com ginecomastia, que é o 
desenvolvimento exacerbado da mama masculina, acontece somente 
em homens, e, geralmente, está associada ao estado hiperestrogênico 
masculino (nela há uma proliferação do parênquima e do estroma). 
 Ectopia mamária: Possui 2 padrões, é chamada de ectopia a presença 
de mama acessória axilar e presença de tecido mamário em toda a 
linha mamária, que é bilateral e vai da axila até a região vulvar, se isso 
tiver acompanhado de parênquima mamário e mamilo e aréola, temos 
o quadro que chamamos de polimastia. Forma uma massa firme, bem 
delimitada e dolorosa na axila (principalmente no período pré-
menstrual), o que difere de lipoma, que normalmente não é doloroso e não tão firme. 
 
 Politelia: Quando há mamilo e aréola, mas não está associado a tecido mamário subjacente. 
 Sinmastia: Quando o sulco entre as mamas não existe e há uma fusão 
das mamas, é mais comum que elas sejam adquiras pós prótese 
mamária, mas ela pode ser por conta do não desenvolvimento do 
sulco intermamilar. 
A mama possui vários estágios de desenvolvimento durante a vida, duas 
coisas que precisamos saber é que ao nascer e até a puberdade, as 
mamas femininas e masculinas são idênticas, tem estroma mamário e 
ductos com fundo cego e com ácinos hipodesenvolvidos. Na fase da 
puberdade, a mulher desenvolve os ácinos formando os lóbulos, mas o 
desenvolvimento mamário só se completa quando as mulheres chegam 
no final da gravidez, quando ocorrerá a lactação, aí completa o 
desenvolvimento mamário. Numa fase inicial da vida, as características 
da mama são diferentes para cada etnia. 
É importante entender a progressão das estruturas 
da mama, primeiro temos a aréola e o mamilo, que 
se ligam ao seio lactífero e ductos lactíferos, após 
isso, tem os ductos maiores, ductos menores, cada 
um desses ductos menores formam ductos 
terminais e na ponta deles temos os ácinos, o 
conjunto do ducto terminal com os ácinos que 
forma o que chamamos de lóbulo mamário. Na 
mama masculina, há formação até o ducto terminal, 
não tem desenvolvimento dos ácinos, a não ser que 
tenha estímulo hormonal para isso. Na histologia 
dessas mamas, o parênquima mamário, vemos uma 
glândula exócrina um pouco modificada, a parte 
inicial do ducto coletor, que fica na pontinha do 
mamilo, ainda é revestida por tecido epitelial 
escamoso queratinizado da epiderme, o seio 
lactífero, ducto lactífero, ducto maior, ducto menor, 
ducto segmentas até os ácinos possuem o mesmo 
revestimento epitelial que é uma dupla camada de 
células epiteliais, uma com diferenciação 
mioepitelial (que possui uma forma fusiforme na 
base, ou uma célula arredondada com citoplasma 
claro) e uma com células luminais (revestem e ficam 
voltadas para o lumen), isso recobre todo o sistema 
ductal da mama até os ácinos, sendo que em volta 
desses ductos ainda pode ter alguma célula 
fibroblástica, e, até a parte do ducto menor, o que 
encontramos entre esses ductos é chamado de 
estroma interlobular. Dentro do lóbulo, que é o 
ducto terminal junto com os ácinos, o que temos é 
o estroma intralobular, e a resposta hormonal dele 
é distinta do interlobular. 
A imagem ao lado mostra um lóbulo mamário, com 
o ducto terminal e os ácinos, todos cortados 
transversalmente, fora do lóbulo é o estroma 
interlobular e dentro do lóbulo, entre os ácinos, é 
o estroma intralobular, a densidade celular é 
diferente, a resposta ao estrogênio e progesterona 
entre esses dois é diferente. Nesse caso, vemos o revestimento do ducto terminal com a celulas mioepitelial na 
periferia e célula epitelial luminal revestindo, vemos que há uma rica proliferação capilar. 
Exemplo deum lóbulo mamário em seu 
desenvolvimento completo, vemos na borda 
esquerda da imagem parte do ducto terminal, com 
a célula mioepitelial na base e a célula epitelial 
luminal revestindo o centro, vemos que há uma 
densidade de glândulas e ácinos maior que a 
imagem anterior, compare o espessamento entre 
um ácino e outro nessa mama e na outra, ainda há 
uma proliferação de células, tanto mioepiteliais 
quanto luminais, mas são as luminais que são as 
funcionais, por isso que na fase de lactação elas tem 
um citoplasma mais claro e com vacúolos. 
OBS: Metaplasia lactacional é quando você 
encontra focos de epitélio lactacional numa mama 
que não está lactando de verdade. 
Imagem mostra a mama de uma paciente idosa, na 
esquerda vemos que há um ducto terminal para 
poucos ácinos, há uma hipoplasia que é fisiológica 
do envelhecimento, e é comum que, em volta dos 
ácinos remanescentes, forme um feixe colagenoso 
evidente, na direita vemos a mesma foto do outro, 
porém em um corte diferente, o primeiro é um 
corte transversal. 
 
Imagem acima é para reparar na densidade da mama de acordo com a idade, na primeira imagem vemos uma mama 
mais jovem, com muito estroma mamário intralobular e no estroma interlobular predomina tecido conjuntivo rico em 
colágeno, por isso bem branco. Com o passar do tempo já há uma mudança, a uma alteração do estroma interlobular, 
há um predomínio de tecido conjuntivo ainda. Na mama um pouco mais velha, vai diminuindo a quantidade de tecido 
colágeno/conjuntivo no estroma interlobular e aumentando a quantidade de tecido adiposo (metaplasia adiposa, 
quando há a substituição de um tecido maduro, que nesse caso é o conjuntivo, para outro tecido maduro, que no caso 
é o adiposo, temos uma metaplasia, isso acontece fisiologicamente), e na última foto vemos poucas partes brancas 
que é o que restou de estroma intralobular e praticamente todo esse estroma foi substituído por tecido adiposo, que 
fica mais preto. 
Doenças inflamatórias da mama 
 Mastite aguda lactacional: A maioria dos casos dessa acontecerá durante a lactação, fora do período lactacional 
pode ser outra coisa como mastite granulomatosa, abcesso, neoplasia com quadro inflamatório. É uma inflamação 
aguda que acomete o estroma e o parênquima mamário, que acomete mulheres no período lactacional, 
principalmente nas primeiras semanas, com o sugar da criança, pode fazer pequenas rachaduras no epitélio que 
reveste o mamilo, sendo uma porta de entrada para bactérias, as duas principais são S. aureus e estreptococos, 
que são bactérias presentes na biota normal da pele. O quadro clinico é uma mama que fica mais túrgida, 
avermelhada, dolorida, a mulher pode relatar febre por conta do quadro inflamatório e produção de citocinas e 
calafrios, que estão relacionados a bacteremia. Trata-se com antibióticoterapia que pode ser administrado no 
período lactacional e drenagem do leite, é importante que faça a sucção do leite pois ajuda a diminuir a tensão do 
peito. Quando não faz o tratamento, ela pode virar um abcesso mamário (o tratamento dele é drenagem cirúrgica 
com antibióticoterapia). 
Primeira imagem com um abcesso secundário a uma mastite e a segunda com uma mastite, uma área bem 
abaulada, avermelhada. 
 
Imagem mostrando um ducto terminal cheio de 
neutrófilos e no estroma interlobular também, 
isso é o que vemos em uma mastite aguda 
lactacional. 
OBS: É raro mulheres fora do período lactacionalfazer mastite aguda, prestar atenção nisso pois 
muitos médicos erram esse diagnóstico. 
 Mastites granulomatosas: Podem ser 
específicas (ter infecções granulomatosas no 
parênquima mamário, o que não é tão comum, 
como tuberculose mamária e infecções fúngicas) 
e idiopática (quando não há um agente etiológico 
provocando ela, essa possui um padrão diferente 
das específicas, que o granuloma vai acometer o estroma interlobular como os lóbulos, na idiopática, os 
granulomas vão acometer principalmente os lóbulos mamários, tem alguns focos de necrose, mas são é rico, não 
tem uma correlação importante com amamentação, acontece mais em mulheres que já amamentaram alguma 
vez na vida, o tratamento dela se faz de forma diferente que o da específica, que é feito com corticoide e as vezes 
é necessário debridamento quando não responde a corticoterapia). 
 Abcesso subareolar recidivante: Em mais de 90% dos casos está associado ao tabagismo (mais em mulheres que 
homens), há uma metaplasia escamosa do seio lactífero, ocluindo o ducto de drenagem, acumula secreção, 
infecta, faz uma fístula na parte lateral do mamilo, drenando um conteúdo purulento, que depois fecha e cicatriza, 
mas, como a metaplasia escamosa do seio lactífero ainda fica presente, esse processo perdura e volta a surgir 
outros abcessos que fistulizam. A única forma de tratar é ressecando a parte do mamilo que está com metaplasia, 
para desobstruir e tirar a parte que já está cicatrizada (que é uma massa dura e mal delimitada) para evitar recidiva, 
é importante indicar biópsia dessa massa para afastar a hipótese de câncer. 
 
Na microscopia vemos o ducto lactífero com a 
metaplasia escamosa cheio de queratina, um 
estroma interlobular com muito colágeno, bem 
rosa, e em volta do ducto maior um infiltrado 
inflamatório do processo de recidivação, na fase 
aguda estaria cheio de pus, mas essa não é, o que 
vemos é fibrose e um infiltrado inflamatório rico em 
mononucleares. 
 Mastite plasmocitária (ectasia ductal): Quando 
os ductos maiores sofrem dilatação se 
rompendo e isso provoca um processo 
inflamatório periductal rico em plasmócitos, 
como isso vai se repetindo, tende a fazer uma 
fibrose importante em torno desse ducto e pode 
formar uma massa dura mal delimitada, 
confundindo com carcinoma invasor. 
 Lobulite linfocítica (mastopatia diabética): É 
típica de pacientes diabéticos, tende a ser uma 
massa bem delimitada, muito dura não dolorosa 
e sempre tem uma relação com diabetes do tipo 
1, mas pode estar relacionada a qualquer 
doença autoimune. Como vemos na imagem ao 
lado com um predomínio de linfócitos no lóbulo 
mamário e não tanto no tecido interlobular, há 
uma concentração deles no lóbulo, vemos essa 
cor mais azulada. 
 
 Necrose do tecido adiposo: Doença inflamatória importante pois 
acontece uma esteatonecrose pós procedimentos cirúrgicos, como 
mastoplastia (mamoplastia), nessa há lesão de tecido adiposo, que 
provoca uma necrose dele (esteatonecrose), com o tempo essa área 
cicatriza e endurece, e pode haver deposição de cálcio, e depois de algum 
tempo forma um tecido cicatricial endurecido, rígido, mal delimitado que 
se confunde com carcinoma mamário invasivo. Na imagem ao lado 
vemos algumas lesões bem pequenas com um halo hipercaptante e uma 
lesão maior que dois centímetros com um limite irregular em uma parte, 
possui uma área hiperdensa e uma área menos densa. Quando faz a 
biopsia dessas áreas, como mostra a imagem da microscopia ao lado, 
encontra-se imagem negativa de onde tinha a gordura, envoltas de 
reação inflamatória do tipo corpo estranho com células gigantes e 
granulomas malformados e muita fibrose, as vezes 
pode ter focos de calcificação, que seriam áreas 
roxas perdidas no estroma. 
 Reações a próteses: A maioria das próteses hoje em 
dia são uma capsula de silicone com soro dentro 
(antigamente era material de silicone dentro dessa 
capsula também), o silicone pode fazer micro 
orifícios e quando o material de dentro era silicone, 
ele extravasava para o tecido, na microscopia vemos 
um material refringente, amorfo, no interstício, em 
volta há células gigantes fagocitando esse material 
amorfo, isso é o silicone escapando para o 
interstício, formando uma reação inflamatória no 
local. Hoje em dia, a principal complicação é a 
capsulite, para ele fixar na mama é 
preciso que haja um processo 
inflamatório e crie uma capsula fibrosa 
em volta da prótese, o que não pode 
ocorrer é a retração dessa capsula com o 
passar dos anos, que pode das uma 
deformidade na mama, nesses casos é 
recomendado remover a prótese, o que 
é completamente diferente do 
extravasamento do silicone, que em 
alguns casos pode drenar para 
linfonodos axilares e supraclaviculares, 
que ficam cheios de silicone. 
 
 
Quando falamos de lesões palpáveis, em mulheres com menos de 40 anos, a maioria não vai ser lesão maligna (com 
caracteristicas de benignidade, como macia, bem delimitada, crescimento lento), como área de fibrose, fibroadenoma, 
Lobulite linfocítica, etc. Na faixa etária de 40 a 50 anos, as lesões malignas aumentam consideravelmente, sendo que 
acima dos 50 anos, a maioria das lesões palpáveis são malignas. Em relação as lesões percebidas na mamografia, o 
número de lesões percebidas é bem maior, mas, nesse caso, mesmo quando você repara essas alterações 
mamográficas, a maioria das lesões são benignas em todas as faixas de idade, o que é diferente das massas palpáveis. 
Outro sinal relatado, porém, mais incomum, é a descarga papilar, a maioria absoluta das mulheres com menos de 40 
anos serão neoplasia benignas (geralmente bilateral, 
com secreção branca, o que preocupa mais é quando 
a secreção é serosa, sanguinolenta ou transparente 
– água de pedra). 
 
 
 
 
 
 
Mamografia com granulações algodonosas e 
seguindo o trajeto de ductos, essas são as 
microcalcificações preocupantes, isso está relacionado a 
carcinoma ductal in situ. 
 
 
 
 
 
 
Lesão densa, com bordas irregulares em aspecto de raios, 
é dura, pode ser palpável, é uma lesão clínica e 
radiologicamente assustadora, pois tem uma grande 
chance de ser maligna. 
 
 
 
 
 
 
A mamografia é muito boa para ver 
nódulos, bordas de nódulos, 
calcificações, etc, mas para ver se a 
lesão é sólida ou cística ela não é 
muito boa, então fazemos uso do 
ultrassom. 
 
 
 
Geralmente as lesões bem delimitadas, 
paralelas a pele, mesmo que sejam sólidas, 
tem grandes chances de serem benignas, 
como um fibroadenoma. 
 
 
 
 
Quando as lesões são mal delimitadas, 
irregulares, as vezes o maior eixo não está 
paralelo a pele, mas sim oblíquo, com áreas 
císticas e sólidas, isso tem uma maior chance 
de malignidade. 
 
 
 
 
Lesões como essa são altamente suspeitas 
para malignidade, pois a borda é 
completamente irregular não conseguindo 
ver as bordas da lesão. 
 
 
 
 
Alterações mamárias não proliferativas 
Essas podem der alterações mamográficas, alterações clínicas e palpatórias que as vezes podem assustar, mas com 
uma boa investigação descarta-se outros diagnósticos: 
 Cistos: Por vezes, essa lesão cística pode dar um nódulo palpável que assusta, mas eles são uma lesão bem 
delimitada e com centro enegrecido (hipocaptante) no ultrassom, muitas vezes o que vai se fazer é a biópsia para 
coletar o liquido para fazer a citologia e confirmar que o revestimento é sem atipias, a maioria não vai acontecer 
nada com o cisto, mas ele pode infectar (poucos casos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem mostrando uma mama com diversos cistos 
abertos, e deles drenam um líquido amarelo citrino. 
 
O epitélio de revestimento pode ter um 
padrão usual com as células mioepiteliais 
e o epitélio luminal, os cistos nada mais 
são que dilatação dos ductos menores ou 
subsegmentares, tendem a ser múltiplos 
e não retroareolares, como aqueles 
discutidos acima, essas lesões nãooferecem nenhum risco, mesmo que 
tenham vários. E por conta disso, a 
mulher não tem nenhuma chance a mais 
de ter câncer como do que outras 
mulheres. 
 
Algumas vezes, o epitélio de revestimento 
vai ter o aspecto de citoplasma bem 
eosinofílico por conta do aumento de 
mitocôndrias, toda vez que fala-se que 
existe uma metaplasia apócrina ou 
oxintica, é por conta do aspecto 
extremamente eosinofílico do citoplasma 
por causa do aumento do número de 
mitocôndrias. O núcleo fica vesiculoso e 
com um nucléolo, sem atipias, e a relação 
citoplasmática é que o citoplasma ocupa 
¾ da célula, esse maior número de 
mitocôndrias deflagra que o metabolismo 
da célula está acelerado. 
 
Dilatação dos ductos menores ou porção 
terminal formando esses pequenos cistos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão bem delimitada na mamografia, hipodensa, o ultrassom 
iria mostrar uma lesão completamente hipocaptante por 
dentro, caracterizando uma lesão cística, quando esvazia, vai 
vir leite, é comum em mulheres que estão amamentando, há 
uma dilatação desses ductos e formam um grande cisto 
revestido por epitélio lactacional. 
 
 Metaplasia apócrina: Quando o epitélio do cisto sofre 
uma transformação e acumula mitocôndrias e ele fica com o 
citoplasma bastante eosinofílico. 
 
 
 
 Fibrose: Quando ocorre uma fibrose 
excessiva que vai ser encontrada nos 
exames de imagem como uma área mais 
esbranquiçada. A imagem é uma mama 
certamente de uma pessoa idosa, sem a 
presença de ácinos e o que seria o estroma 
interlobular está extremamente fibrosado, 
em algumas áreas esse colágeno tem uma 
densidade maior, o que vai dar áreas como 
se fosse nódulos e no diagnóstico da biópsia 
vamos ver que é apenas uma fibrose, e não 
tem nada para fazer. 
 
 
 Elastose: É quando ocorre uma deposição excessiva de elástico. 
 PASH: É uma lesão mal delimitada, que pode ser palpável, pode ser menor que 1 cm sem palpar, as vezes forma 
nódulo mal delimitado, é uma sigla que significa hiperplasia pseudoangiomatosa estromal. 
Na imagem ao lado, vemos que há uma 
área de deposição de colágeno, mas o que 
chama atenção são esses espaços que 
parecem que são revestidos de células 
endoteliais, mas na IHQ não são vasos, são 
fibroblastos que não se sabe o motivo de 
se formar esses pseudovasos, isso pode 
formar uma massa palpável mal delimitada 
ou uma área muito densa mal delimitada, 
e vai ser uma lesão de clinicamente e 
radiologicamente muito suspeita de 
malignidade. 
 
 
 
Lesões proliferativas epiteliais sem atipias 
 Adenoses: É a proliferação predominante do ácino mamário, a adenose simples é aquela na qual vemos 2 vezes 
mais a quantidade de ácinos que deveríamos ver para um lóbulo usual, como mostra na primeira imagem abaixo, 
essa lesão aumenta em cerca de 1,2% o risco de câncer de mama, não deve fazer nada. Na segunda imagem, 
vemos a proliferação dos ácinos com o estroma intralobular com muito colágeno, que acabam deformando a 
estrutura dos ácinos, ou seja, uma hiperplasia de ácinos e uma hiperplasia de fibroblastos, essa lesão fica densa e 
a borda é mal delimitada, a essa dá-se o nome de adenose esclerosante, essa tem um pouco maior de chance de 
desenvolver câncer de mama (1,5-2%). 
 
 Hiperplasia ductal usual: Imagem mostra que 
há muito mais que duas camadas de células luminais, 
inclusive formando pontes de um lado para o outro, 
essa imagem nos lembra um queijo esburacado com 
um arranjo cribriforme (sendo que essa arquitetura 
pode estar presente tanto nas hiperplasias sem 
atipias, com atipias e nos carcinomas intraductais, por 
isso não é essa arquitetura que vai nos dizer isso, 
temos que olhar as células também). As células na 
hiperplasia ductal usual (mesma coisa que hiperplasia 
ductal sem atipias) são diferenciadas da hiperplasia 
ductal com atipias (ou carcinoma in situ) por alguns 
fatores, na com atipias vai haver uma menor 
proliferação de celulas mioepiteliais, vai ter atipias celulares como cariomegalia, hipercromatismo, nucléolo, e vou 
ver uma clonalidade das células, ou seja, em uma parte do ducto as células vão estar com a mesma cara 
praticamente. 
Imagem mostrando uma hiperplasia ductal 
sem atipia com formação de rubéolas 
eosinofílicas, mas é apenas uma hiperplasia 
ductal usual. 
 
 
 
 
 
 
 
 Cicatriz radiada/lesão esclerosante 
complexa: Nessa imagem vemos uma lesão 
menor que 1 cm, radiologicamente é densa 
com borda radiada, nela vemos uma 
hiperplasia ductal na parte inferior, fibrose 
no centro, adenose também, isso é chamado 
de cicatriz radiada. Se essa lesão for mais 
que 1 cm isso vai ser chamado de lesão 
esclerosante complexa, com uma chance 
para evoluir para câncer de mama de 1,5-
2%. 
 
 
 
 
 Alterações de células colunares: É 
uma lesão que não foi descrita a muito 
tempo, quando tem mais de 3 camadas de 
células revestindo internamente o ducto 
vamos chamar de hiperplasia de células 
colunares, pois elas passam a ter na 
superfície apical um material secretado, que 
nada mais é que a decapitação da célula, ela 
perde o topinho dela (quando há presença 
do material secretado mas tem até duas 
camadas vamos chamar de metaplasia de 
células colunares). 
 
 
 
 
Lesões proliferativas epiteliais com atipias 
O risco de desenvolver um câncer de mama tendo algumas das lesões que serão discutidas abaixo sobe para a faixa 
de 13-17%. Essas duas patologias não se restringem aos ductos apenas, podem acometer o ácino, etc. A hiperplasia 
ductal apresenta uma certa coesão das células entre si, enquanto que nas neoplasias lobulares as células não 
apresentam essa coesão. 
 Hiperplasia ductal atípica: A atipia presente aqui é de baixo grau, e quando a atipia celular está em apenas uma 
porção das células proliferadas desse ducto, vamos classifica-la com hiperplasia ductal atípica, mas se essa atipia 
for em todas as células do ducto e a medida entre essas células atípicas for maior que 2 mm vamos chamar de 
carcinoma lobular in situ de baixo grau. 
Nessa proliferação celular, vemos que as células possuem uma coesão entre si, elas permanecem unidas umas 
com as outras, formando como se fosse um sincício de células iguais, não parece ter dissociação entre as células, 
o que é diferente do carcinoma, que parece que as células estão destacadas umas das outras, parece que há um 
halo, vemos os limites melhor, é isso que distingue a hiperplasia lobular de carcinoma lobular. 
Nas células que formam o ducto, vemos que elas estão 
em várias camadas, mas essas não apresentam atipias, 
quando vamos analisar esse emaranhado de células 
que está se projetando para dentro do lúmen, vemos 
que o núcleo está mais hipercromático, aumentados 
de tamanho (cariomegalia), são atipias discretas. 
Reparar que no lúmen dos ductos há umas bolinhas 
roxas que evidenciam uma calcificação distrófica. 
 
 
 
Outra imagem mostrando o 
acometimento dos ductos pela 
hiperplasia ductal atípica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Neoplasia lobular: Essas neoplasias devem ser acompanhadas, mas não tem muito o que fazer, pois elas tendem 
a ser focais e bilaterais, e não são passiveis de ressecamento. 
A. Hiperplasia lobular atípica: Tem um risco um pouco menor que o carcinoma lobular in situ e geralmente essas 
duas lesões são achadas de biópsia, não dá para ver em achados radiológicos. 
B. Carcinoma lobular in situ: Quando há atipia, e ela acomete mais de 50% dos ácinos, vamos chamar de 
carcinoma lobular in situ. 
 
 
Neoplasias benignas 
 Papiloma intraductal: Pode ser central, que é de ductos maiores, que tende a ser único e no quadrante 
retroareolar, uma lesão sólido-cística e tem como sinal a descarga mamilar. Os periféricos, que geralmente são de 
ductos menores, tendem a estar em quadrantes laterais e ductos menores e não estão relacionados a descarga 
mamilar e muito frequente são múltiplos, que ai tem um risco relativo maiorpara câncer de mama. 
Papiloma é uma neoplasia que forma papila, que 
é a presença de um eixo fibrovascular revestido de 
epitélio, o revestimento é constituído pelas 
células epiteliais luminais com as células 
mioepiteliais na base antes do estroma. Na 
parede do ducto dilatado pela proliferação vemos 
a dupla camada de células revestindo e numa 
porção tem um eixo fibrovascular que ramifica, 
também coberto por essa dupla camada. 
 
 
Na macroscopia o que vemos é isso, que é um 
papiloma maior central, as lesões maiores que 2 
cm tendem a ser centrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vemos a célula epitelial luminal proliferada com as 
células mioepiteliais em baixo, sem atipias 
formando papilas, conseguimos ver um feixe 
fibrovascular com colágeno e vasos bem bonito 
nessa foto. 
 
 
 
 
 
OBS: Quando houver um carcinoma papilar, além de ter atipias nesse epitelio luminal revestindo a papila, ele não vai 
apresentar a camada de células mioepiteliais na papila, a célula epitelial luminal estaria apoiada diretamente no 
estroma. 
 
 IHQ mostrando a presença de células mioepiteliais entre 
as células luminais e o eixo fibrovascular. 
 
 
 Adenoma do mamilo: Lesão incomum, endurecida, 
mal delimitada, retroareolar que merece diagnostico 
diferencial com carcinomas mamários. 
 Adenomioepitelioma: Raro, onde há proliferação do 
epitelio mioepitelial e das células luminais, quando 
predomina o mioepitelial é uma lesão mais feia com o 
diagnóstico diferencial difícil com os carcinomas 
mamários invasivos. 
 
 Fibroadenoma: É a neoplasia benigna mais comum na mama, principalmente em mulheres jovens abaixo dos 40 
anos, é uma neoplasia fibroepitelial, com componente epitelial e estromal, ela é uma neoplasia mista, tende a ser 
múltipla (principalmente em mulheres negras) e em alguns casos de transplante renal há múltiplos fibroadenoma 
por conta da imunossupressão. 
Nódulo de mais ou menos 7 cm, bem delimitada, aos 
cortes é uma lesão sólida com fendas. 
 
 
 
 
 
 
 
Microscopia mostrando que a lesão é muito bem 
delimitada em relação a mama adjacente, com 
proliferação de epitélio, vemos que o epitélio está meio 
que dobrado, e o estroma também está proliferado, que 
acaba empurrando os ductos, formando uma fenda com 
algumas ramificações, esse é o padrão mais comum do 
fibroadenoma, que chamamos de intracanalicular. Num 
padrão menos comum, que é o intercanalicular, vemos um 
padrão de ductos mesmo, ao invés de vermos eles 
empurrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Médio aumento para ver a lesão e a 
margem da lesão. Vemos áreas mais 
basofílicas (roxas), que é uma 
transformação mixóide por acúmulo de 
ácido hialurônico. 
 
 
 
 
 
Mostrando o detalhe da proliferação 
epitelio e mioepitelial e o padrão 
canalicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do detalhe mostrando o estroma 
proliferado com pouca celularidade e 
mesmo que há uma proliferação de células 
epiteliais, mantém-se a dupla camada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na macroscopia, vemos que é uma lesão 
esbranquiçada, brilhante (quanto mais 
transformação mixóide tiver, mais 
brilhante vai ser a lesão). É sólida e pode 
ter um padrão lobulado as vezes, 
formando um aspecto de nódulos 
dentro do grande nódulo. 
 
 
 
 
 
 
Fibroadenoma rico em material 
mixóide, quando é assim, chamamos de 
fibroadenoma mixóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fibroadenomas complexos são aqueles 
que tem cistos maiores que 3 mm, áreas 
de adenose esclerosante, áreas d e 
hiperplasia ductal, a importância disso é 
que em termos de risco, aumenta um 
pouco o risco te ter câncer de mama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tumor filoide: Exemplo de neoplasia benigna mista, tem 3 
espectros de comportamento, pode ser benigno, borderline e 
maligno, o que determina a malignidade dele é a presença de 
atipia celular (quanto mais agressivo, mais atipias e mais 
celularidade), presença de invasão e presença de mitoses. Esses 
tumores aparecem na faixa etária de 50 anos e tem um 
crescimento rápido, diferente do fibroadenoma que a mulher vai 
vendo que ele está ai. A radiografia mostrando uma lesão de 
mama lobulada e com borda bem delimitada, durante a aula a 
Renata não deixou claro se isso representava um fibroadenoma ou 
um tumor filoide, mas com o passar da aula, pelo que entendi é 
como se fosse o aspecto radiológico da imagem abaixo. 
 
Na superfície de corte, é uma lesão grande, 
maior que 6 cm, sólida, sem área de necrose, 
aspecto lobulado. 
 
 
 
 
 
 
 
Proliferação de epitélio e mioepitelio com 
aspecto de fenda, com proliferação de 
estroma bem mais exuberante e muito mais 
celular, por conta da celularidade do estroma 
eu desconfio que é um tumor filoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitas vezes o tumor filoide não vai ter o aspecto sólido, ele pode 
ter um aspecto cerebriforme (aspecto de um cérebro), ao cortar o 
nódulo, quando se abre ele mostra esse aspecto. 
Estroma com muito mais celularidade com 
predomínio do componente mesenquimal, 
que é muito maior que no fibroadenoma, 
mas, mesmo para um tumor filoide, a 
celularidade está muito aumentada, com 
atipias celulares também. 
 
 
 
 
 
Mostrando uma celularidade bem grande, 
com mitoses, com atipias celulares como 
cariomegalia e células bizarras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As setas pretas nessa imagem mostram as 
figuras de mitose e as atipias, nesse 
componente mesenquimal do tumor filoide 
pode haver cartilagem maligna (como 
mostra a primeira imagem da sequência), 
osso maligno, componente heterólogo. 
 
 
OBS: As neoplasias malignas epiteliais com 
frequência, antes de eu ter metástase 
hematogênica, tenho metástase linfática, as 
neoplasias malignas mesenquimais, 
normalmente, tem metástase hematogênica 
antes da linfática. 
 Hamartoma: Não são neoplasias benignas, mas se apresentam clinicamente como massas bem delimitadas, mas 
quando vai olhar as lesões, embora formem nódulos, ele vai ser constituído de tecido do próprio tecido (se tiver 
um hamartoma pulmonar, vamos ter cartilagem epitélio ciliado, alvéolo, músculo liso de forma desorganizada 
formando um nódulo), o da mama tem colágeno, tecido adiposo, estruturas ductulares e glandulares de uma 
forma irregular formando uma massa bem delimitada, e geralmente aparecem entre 30 e 40 anos de idade. 
 
Primeira imagem mostrando uma massa, bem delimitada, sem necrose, e a segunda imagem mostrando a 
microscopia, com tecido adiposo, ductos mamários e ácinos. 
Carcinomas mamários 
Os principais fatores de risco são: sexo (mulheres são mais acometidas), idade (mulheres mais velhas tem maior risco), 
menarca (isso está relacionado com o tempo de exposição ao estrógeno, mulheres com uma menarca mais precoce 
tem um tempo total em anos maior de exposição de estrógeno, o risco aumenta), idade do 1º parto, grau de 
parentesco (mais de dois casos na família e a precocidade desse tumor), hiperplasia atípica, etnia, exposição ao 
estrógeno, densidade mamária, radiação, dieta, obesidade, exercício físico, venenos ambientais, tabaco, carcinoma 
da mama contralateral e endometrial, geográfico e amamentação. 
Os carcinomas in situ são proliferações celulares epiteliais malignas restritas aos ductos ou dúctulos mamários, o que 
é diferente do carcinoma invasor. 
 Carcinoma lobular in situ: Proliferação de células 
descoesas, com atipias, ocupando mais de 50% dos 
ácinos, não vemos mais o lúmen, nesse caso vamos 
chamar a lesão de carcinoma lobular in situ, a chance de 
ter carcinomas invasivos nessa mama é maior tanto na 
mama que ele está, como na mama contralateral, é um 
marcador de risco, mas não se sabe onde vai surgir o 
carcinoma invasivo, o indicativo é fazer o 
acompanhamento da mama que tem a lesão e da outra 
mama também. 
Na imagem vemos células com cariomegalia ocupando mais 
de 50% dos ácinos, típico padrão de carcinoma lobular in 
situ. 
 Carcinomaductal in situ: Quando a 
proliferação (mesma coisa da descrita 
anteriormente) ocupar os ductos 
maiores da mama, fazendo uma oclusão 
maior que 50% e apresentando atipias e 
outras alterações citológicas, vai ser 
carcinoma ductal in situ e, diferente da 
hiperplasia ductal, as células 
mioepiteliais não vão estar misturadas 
no meio da proliferação de células 
epiteliais luminais. 
 
Imagem mostrando um carcinoma ductal in 
situ com padrão cribriforme 
Imagem mostrando os ácinos, com células atípicas 
como núcleos de diferentes tamanhos, 
cariomegalia, hipercromatismo, nucléolo 
evidente, relação núcleo-citoplasma aumentada, a 
coesão entre essas células chama atenção. Por 
isso, essa imagem representa o 
comprometimento do ácino pelo carcinoma 
ductal in situ (apesar de no nome estar ductal, ele 
pode se estender para os ácinos). 
 
 
 
 
Imagem mostrando alguns ductos com uma 
hiperplasia de células monótonas com atipias 
discretas, há células mioepiteliais na base. Se eu 
tenho um ducto acometido por epitélio atípico 
de baixo grau, e os ductos adjacentes a esse tem 
uma medida maior ou igual a 2 mm, o 
diagnóstico é de carcinoma ductal in situ de baixo 
grau. 
 
 
 
 
Na imagem também é uma lesão de baixo grau, 
vemos as células com atipias de baixo grau, se 
tivesse apenas esse ducto na lâmina para 
analisar, isso mediria menos que 2 mm, por isso 
o diagnóstico seria de hiperplasia ductal atípica 
(o tamanho é menor que 2 mm). 
OBS: Se a atipia for de alto ou moderado grau, 
mesmo que ela acometa apenas um ducto, já 
pode ser chamado de carcinoma ductal in situ. 
 
 
 
Tipo incomum de câncer de mama que a professora mostrou na aula, vemos uma lesão ulcerada no mamilo, mas pode 
se estender para a aureola, a mama está amputada, mas, geralmente a mulher que apresenta essa lesão tem uma 
história arrastada de lesão no mamilo que é pruriginosa, com escarificação, espessamento do mamilo, isso é 
característico da doença de Peget na mama. Ela é um tipo de carcinoma in situ. 
Na microscopia, vemos células 
isoladas ou formando 
agrupamentos em meio as células 
escamosas, elas possuem 
cariomegalia, citoplasma claro, 
nucléolo evidente, relação núcleo-
citoplasma aumentada, isso é célula 
epitelial luminal neoplásica, ou seja, 
a doença de Peget vai estar 
associada no mínimo com um 
carcinoma ductal in situ subjacente 
a ela. O carcinoma ductal in situ vai 
se proliferando desde a unidade 
terminal dos ductos até chegar no 
ducto coletor e se proliferam para 
dento do epitélio. 
 
Fatia de uma mastectomia, mama rica em 
estroma adiposo (mulher mais velha), vemos 
uma massa com bordas irregulares, área 
central de necrose coagulativa, o que são 
características de malignidade. 
 
 
 
 
 
 
Lesão irregular com bordas raiadas como se 
fossem raios de sol, branca, sem áreas de 
necrose e com certeza muito dura. A maioria 
dos cânceres de mama tem esse aspecto duro, 
quase pétreo e aderida a planos profundos. 
 
 
 
 
 
 
Mama a fresco mostrando uma massa bem 
delimitada, conseguimos ver que tem o 
aspecto de tecido macio cortado, é um tipo de 
carcinoma invasor que corresponde a minoria 
dos casos, sendo macio e com aspecto de carne 
de peixe, isso é a macroscopia típica de um 
carcinoma medular de mama. 
 
 
 
 
 
 
 
Câncer extenso em uma paciente jovem, vemos uma vermelhidão 
envolta da lesão ulcerada com aspecto em casca de laranja, o que 
deflagra um processo inflamatório em volta da ulcera, quando 
tocamos está quente e as vezes sente dor, isso acontece por conta de 
êmbolos neoplásicos de um carcinoma invasor subjacente de 
qualquer tipo nos vasos linfáticos da derme. Para chamar de 
carcinoma inflamatório, tem que haver mais de 1/3 da superfície da 
mama com o aspecto descrito acima, como na imagem há mais que 
essa medida, podemos denominar assim. 
OBS: Carcinoma inflamatório não é um subtipo de tumor, e sim uma 
apresentação clínica. 
 
 
 
 
Atualmente, não é mais 
recomendado a utilização do termo 
carcinoma ductal invasor, embora 
algumas pessoas usem, recebeu 
esse nome pois a célula epitelial 
atípica proliferada se organiza em 
túbulos, como mostra na imagem ao 
lado, logo, os carcinomas mamários 
são adenocarcinomas, pois formam 
glândulas. 
 
 
 
 
Dentro desse grupo que era 
chamado de carcinoma ductal 
invasor, havia neoplasias bem 
diferenciadas, moderadamente 
diferenciadas e pouco diferenciadas. 
É importante lembrar que a 
diferenciação tem a ver com a 
malignidade (quando menos 
diferenciado, mais maligno), e por 
ter diferenciações diferentes, esses 
tumores tem comportamentos 
biológicos diferentes. 
 Carcinoma invasivo tipo não especial (ductal infiltrante): Esse carcinoma é câncer de mama em si, pode ser puro 
ou misto, sendo que o misto vai ser formado por um componente ductal e um componente lobular. A sobrevida 
geral desses cânceres gira em torno de 35-50% em 10 anos, a maioria desses tumores são receptores de 
progesterona e estrógeno positivos, isso é importante pois o grupo mais acometido por câncer de mama são 
mulheres mais idosas e a maioria deles são receptores de estrógeno e progesterona positivos, em mulheres mais 
novas, a maioria dos cânceres são pouco diferenciados e possuem receptores de estrógenos e progesterona 
negativos. O prognostico leva em consideração o grau (diferenciação), tamanho, status linfonodal, invasão 
vascular e preditores da resposta terapêutica. 
Pedaço de uma mama com áreas 
amarelas opacas e mais esbranquiçadas 
diferente do amarelo da gordura 
infiltrando de forma difusa o 
parênquima mamário. Esse tipo de 
câncer dá uma massa que não produz 
efeito de massa, a mama pode estar um 
pouco mais endurecida na palpação por 
conta do colágeno dessas áreas 
amarelas mais claras, isso é 
característico do carcinoma lobular 
invasor. 
 
 
 
O carcinoma lobular invasor tem esse 
aspecto histológico, com um aspecto de 
fileira indiana dos núcleos, eles não 
formam túbulos, esse padrão é o mais 
comum do tubular invasivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem mostrando um carcinoma 
misto, com componente lobular e ductal, 
e vai sempre dar o grau histológico pelo 
pior grau. 
 
 
 
 Tipos especiais de carcinoma 
invasivo da mama: Entre os carcinomas 
especiais, o lobular é o mais frequente, e 
logo depois dele tem o tubular, 
mucinoso/mucoide e medular.

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