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Patologia da mama

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Patologia da mama: 
ASPECTOS DE NORMALIDADE: A mama, é uma glândula 
sudorípara modificada, formada por um sistema de ductos 
ramificados (que se tornam dessa forma no período da 
puberdade), a partir do mamilo, que se estendem 
radialmente entre o estroma fibrogorduroso. 
 
 
**Circulado em preto, podemos observar a UTDL, com ácinos, ducto terminal 
e ducto subsegmentar, já na imagem abaixo, podemos notar a fotografia de 
um ácino e a ilustração explicativa de cada parte à direita. 
LESÕES NÃO NEOPLÁSICAS: Podem ser causadas por 
diversas etiologias, dentre elas: 
MASTITES: Série de lesões inflamatórias da mama, sendo 
que algumas são de causa infecciosa, ou relacionadas a 
outras etiologias -> forma mais importante é a mastite 
aguda da lactação (principalmente na primeira semana 
de gestação, pois a mama fica mais vulnerável a contrair 
infecção bacteriana, através de fissuras e rachaduras nos 
mamilos e na auréola, diante da fase de adaptação com 
a amamentação), mas algumas mastites podem simular 
câncer, ou podem ser de etiologia mais grave, como o 
abscesso subaureolar recorrente (pode vir a necessitar de 
cirurgia extensa e de alta morbidade). 
As mastites crônicas inespecíficas são raras, e podem 
resultar da mastite aguda com resolução incompleta -> 
caracteriza-se por fibrose e infiltrado inflamatório 
linfoplasmocitário; 
As mastites crônicas granulomatosas são raras e ocorrem 
na tuberculose (pode se manifestar como massa ou 
abscesso recorrente com fístula -> simula carcinoma; 
HISTOLOGICAMENTE: encontram-se alguns granulomas, às 
vezes com necrose caseosa e destruição do parênquima 
mamário), em micoses e na sífilis. 
LESÕES BENIGNAS NÃO NEOPLÁSICAS: São divididas em 
não proliferativas e proliferativas. 
- Não proliferativas/alterações fibrocísticas -> mudança 
histopatológica não proliferativa, nas mamas, 
caracterizadas pela presença, isolada ou associada, de 
fibrose estromal, cistos, metaplasia apócrina e adenose 
(distorção dos lóbulos acompanhada de fibrose). 
MACROSCOPIA: 
Cistos: Maioria dos cistos são pequenos (microscópicos), 
mas a lesão pode coalescer e formar macrocistos, que 
podem ser vistos ao exame de imagem e 
macroscopicamente. 
 
MICROSCOPIA: 
Cistos: Formam-se na unidade lobular pela dilatação dos 
ácinos -> possuem revestimento epitelial atrófico, plano 
ou por células de metaplasia apócrina (podem ser 
compostas por uma camada linear, ou formar 
micropapilas -> alteração papilar apócrina), além de 
conter secreção fluida azulada ou translúcida. 
Faculdade Ciências Médicas MG // Patologia médica II Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D 
Metaplasia apócrina: Células com citoplasma abundante, 
acidófilo e granulosa e núcleos redondos, regulares, com 
nucléolos evidentes. 
Fibrose: Aumento do estroma conjuntivo extra e 
intralobular, que comprime e engloba ductos e lóbulos 
hipotróficos -> secundário a ruptura de cistos 
(inflamação crônica e neoformação conjuntiva). 
 
- Proliferativas (hiperplasia epitelial): Proliferação de 
epitélio para o interior de ductos mamários, que no geral 
não formam alterações macroscópicas e nem formação de 
massas palpáveis -> Diagnosticada por biópsia. 
MICROSCOPIA: Existem várias camadas epiteliais 
revestindo o ducto ou lóbulo -> Os tipos mais importantes 
para diagnóstico são os de forma atípica, visto que eles 
possuem o maior risco de evoluir para câncer de mama. 
LESÕES BENIGNAS NEOPLÁSICAS: 
FIBROADENOMA: Tumor mais frequente em mulheres com 
menos de 30 anos, sendo que alguns autores não o 
consideram neoplasia benigna, mas sim lesões 
hiperplásicas ou mesmo malformativas -> lesão do lóbulo 
mamário, sendo formado pela proliferação do tecido 
conjuntivo e de epitélio, podendo ser pericanalicular e/ou 
intracanalicular (mais comum -> crescimento nodular de 
tecido conjuntivo, em torno e em direção dos canalículos 
epiteliais), de acordo com o padrão de crescimento dos 
elementos epiteliais e do estroma. 
Além disso, alguns tipos são policiclonais e podem 
desenvolver-se após o uso de substâncias que estimulam 
o crescimento celular (ciclosporina A -> mulheres que 
foram submetidas ao transplante de órgãos e que fazem 
o uso desse tipo de medicamento, desenvolvem 
fibroadenoma em cerca de 50% dos quadros). Porém, 
alguns fibroadenomas são monoclonais e considerados 
neoplasias. 
MACROSCOPIA: Se apresenta como um nódulo único, e 
bem delimitado em pacientes jovens. Já em mulheres 
negras, essas neoplasias tendem a formar lesões múltiplas 
e bilaterais -> no geral, o tumor é bem circunscrito, tem 
consistência elástica e costuma medir cerca de 1cm a 3cm 
(normalmente a superfície de corte é lobulada e 
apresenta pequenas fendas). 
**Durante a gravidez e no final do ciclo menstrual, o tumor pode sofrer 
aumento de volume. 
 
Tumor phyllodes: Também constituído por proliferação de 
elementos epiteliais e do estroma e por isso, possui grande 
semelhança com o fibroadenoma. Porém, este pode 
possuir características diferentes (benigno, localmente 
agressivo, ou maligno -> cerca de 20% são malignos). 
Possui ampla faixa etária acometida, mas o pico de 
incidência ocorre na 5ª década de vida, e no geral esse 
tumor é maior que o fibroadenoma e frequentemente as 
pacientes têm história de crescimento rápido recente. 
MACROSCOPIA: Possui superfície de corte heterogênea e 
contem fendas com estruturas foliáceas (forma de folha), 
sendo que a presença de áreas císticas são relativamente 
frequentes. 
 
MICROSCOPIA: Caracterizado por possuir alta 
celularidade do estroma, proliferação epitelial em forma 
de projeções do tipo dedo de luva, no interior dos espaços 
císticos e crescimento excessivo do tecido conjuntivo em 
relação ao epitélio -> pode ter aspecto fibroso e conter 
grande número de fibloblastos, ou conter áreas de tecido 
mixóide, adiposo, cartilaginoso, ósseo e muscular. 
 
**Limites do tumor não são bem definidos como no fibroadenoma -> 
projeções neplásicas digitiformes para o parênquima mamário vizinho, o que 
explica o porque a ressecção do tumor necessita que seja feita com uma 
certa quantidade de tecido mamário em volta. 
CÂNCER DE MAMA: Carcinoma é a mais importante 
neoplasia maligna, sendo a mais frequente em mulheres, 
e uma das principais causas de morte por câncer. 
CLÍNICA: Na maioria das vezes, ele se manifesta como um 
nódulo palpável, que é detectado pela própria paciente, 
mas ele também pode se manifestar como anormalidades 
mamográficas, por achados incidentais histológico em 
fragmentos de mama retirados por outra razão e pelo 
encontro de células malignas na investidação de 
derrames papilares. 
FATORES DE RISCO: 
 
**BRCA 1 e 2 são genes, que quando mutados, associam-se com o aumento 
de suscetibilidade ao câncer da mama e são responsáveis pela maioria dos 
casos de câncer de mama hereditários. 
CLASSIFICAÇÃO: 
CARCINOMA IN SITU: Proloferação epitelial maligna, 
restrita aos ductos mamários, e distingue-se do 
carcinoma invasor, pela ausência de invasão estromal 
(25% de todos os cânceres de mama -> aumento do 
método de rastreio). 
ALTERAÇÕES MAMOGRÁFICAS RELACIONADAS AO 
CARCINOMA IN SITU: Microcalcificações agrupadas e 
pleomórficas, com distribuição segmentar. Outros 
achados como densidade assimétrica, lesão espiculada do 
tipo cicatriz radial e presença de nódulo estão mais 
relacionadas a neoplasias invasivas. 
Existem 2 tipos distintos de carcinoma in sito, sendo estes 
lobular (+ bilateral, multifocal e costuma dar metástase 
tardia -> não forma ductos) e ductal (possui um 
rastreamento melhor, e caso não seja tratado, pode 
evoluir para carcinoma invasor -> baixo grau: sem 
necrose, baixa atípica celular, logo menor probabilidade 
de se tornar carcinoma invasor; grau intermediário: 
possui necroses localizadas; alto grau: comedocarcinoma, 
possui necroses e atipias acentuadas. **50% a 75% + 
invasivo que o lobular -> prognóstico pior), que possuem 
diferenças histológicas e de comportamento clínico -> 
grupo heterogêneo de lesões.CARCINOMA INVASOR: Todos os tipos de carcinomas 
mamários que se infiltram no estroma, independente da 
coexistência do componente in situ -> também são 
divididos em lobulares e ductais. 
 
- Carcinoma invasor ductal: 
MACROSCOPIA: Massa palpável que possui em média 2cm 
a 3cm de diâmetro, bem individualizada, de forma 
variável, contendo trabéculas que se irradiam a partir do 
centro da lesão -> Forma estrias esbranquiçadas, 
semelhantes à riscos de giz evidenciam elastose 
periductal. 
 
**Na mamografia acima, podemos visualizar bem a lesão, diante da presença 
de densidade irregular e de microcalcificações frequentes. 
MICROSCOPIA: As células formam estruturas glandulares, 
ninhos sólidos, trabéculas ou ilhotas em padrões 
predominantes ou mistos. 
 
 
- Carcinoma invasor lobular: 
MACROSCOPIA: Algumas lesões são firmes e estreladas, 
outras aparecem como “espeçamento” difuso da mama. 
Aparece como massa palpável ou lesão difusa, que produz 
pouca alteração na textura da mama, não sendo 
detectada na mamografia. 
MICROSCOPIA: Células relativamente pequenas, 
homogêneas, com padrão de crescimento difuso, 
caracteristicamente se infiltrando no estroma em forma 
de fila indiana, em que as células se dispõem entre as 
fibras colágenas, às vezes com padrão em anel de sinete. 
 
 
 
- Carcinoma inflamatório: Forma de apresentação clínica 
do carcinoma mamário (não é subtipo histológico). 
MACROSCOPIA: Tumores tem uma grande capacidade de 
produzir sinais semelhantes a processos inflamatórios, que 
muitas vezes podem se confundir com condições benignas 
(edema, vermelhidão e calor). 
 
MICROSCOPIA: Embolização maciça de vasos linfáticos da 
derme, por células neoplásicas. 
DISSEMINAÇÃO DO CÂNCER DE MAMA:

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