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Mama Doenças não-neoplásicas

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1.	Mama 2.	Mama	
MAMA
Amama feminina	é	composta	por	lobos	(glândulas	produtoras	de	leite),	
por	ductos	(pequenos	tubos	que	transportam	o	leite	dos	lobos	ao	mamilo)	
e	por	estroma	(tecido	adiposo	e	tecido	conjuntivo	que	envolve	os	ductos	e	
lobos	além	de	vasos	sanguíneos	e	vasos	linfáticos)
Entre	os	lóbulos	(=- 20	ácinos)	há	o	estroma	interlobular	(- tecido	
conectivo,	gordura,	vasos	e	nervos).	O	estroma	intralobular	(verde)	
possui	receptores	para	estrógeno	e	progesterona.	Então	as	
alterações	mamarias	durante	o	ciclo	menstrual	e	durante	a	gestação	
devem-se	a	esses	receptores	que	são	estimulados
•
Na	primeira	metade	do	ciclo	menstrual,	os	lóbulos	são	relativamente	inertes.	Depois	da	ovulação,	sob	a	influência	do	
estrogênio	e	aumento	dos	níveis	de	progesterona,	a	proliferação	celular	aumenta,	assim	como	o	número	de	ácinos	por	lóbulo.	
O	estroma		intralobular	se	apresenta	extremamente	edemaciado.	Durante	a	menstruação,	a	queda	dos	níveis	hormonais	induz	
a	regressão	dos	lóbulos	e	o	desaparecimento	do	edema.
MULHERES	E	O	CÂNCER	NO	BRASIL	
A	mama	é	a	estrutura	mais	acometida	na	saúde	das	mulheres,	a	2ª	doença	é	a	neoplasia	de	colo	uterino	e	por	terceiro	a	
neoplasia	de	pulmão.	
A	alguns	anos	atrás		o	órgão	mais	acometido	era	de	colo	de	útero	•
Estimativa	do	Instituto	Nacional	do	Câncer	(INCA)	para	2020
Em	2019,	a	neoplasia	de	mama	já		havia	ultrapassado	60000	mil	casos	no	Brasil.	
A	maioria	das	células	malignas	continuam	a	ter	o	receptor	de	estrógeno.	Então	uma	das	formas	de	tratamento	da	
quimioterapia	é	inibir	esses	receptores.
Estrogênio	funciona	como	um	estímulo	hormonal	para	o	crescimento.		•
FATORES	DE	RISCO	PARA	O	CÂNCER	DE	MAMA	
É	fundamental	seu	reconhecimento	para	estratificarmos	as	mulheres	que	apresentam	maior	probabilidade	de	desenvolver	
câncer	de	mama.	
Atestar	para	um	importante	fator	de	risco,	ou	seja,	a	história	prévia	de	carcinoma	endometrial	•
O	principal	fator	de	risco	para	câncer	de	mama	=	ser	mulher.	
Há	casos	de	neoplasia	mamaria	em	homens,	isso	está	
relacionada	com	a	passagem	do	gene	BRCA	
○
A	neoplasia	de	mama	é	um	tipo	de	adenocarcinoma,	
mas	que	deve	ter	a	nomenclatura	de	acordo	com	a	
origem	tecidual	da	mama	
Carcinoma	ductal	=	ducto	lactíferos	§
Carcinoma	globular	=	lóbulo	§
○
O	gene	BRCA1	e	BRCA2	estão	envolvidas	no	
desenvolvimento	de	câncer	de	mama	e	de	ovário	
Cerca	de	12%	dos	canceres	de	mamas	devem-se	a	genética	(gene	BRCA1	e	BRCA2).	As		outras	80%,	deve-se	a	mutação	
esporádica.	
Os	fatores	de	risco	devem	ser	de	2	tipos:	modificável	e	não-modificável	
As	mulheres	que	não	amamentaram	tem	risco	aumentado	para	o	desenvolvimento	de	câncer○
História	de	radiação	torácica	(radioterapia	para	câncer	de	pulmão,	por	exemplo)	também	pode	aumentar○
O	câncer	de	mama	é	mais	frequente	em	pacientes	caucasianos	(brancos).	○
Em	caso	de	mama	muito	densa	pode	prejudicar	o	diagnóstico	e	identificação	de	neoplasias	○
Os	obesos	tem	maiores	chances	de	desenvolvimento	para	o	câncer	devido	a	transformação	do	estrogênio	
periférico	
○
•
O	câncer	de	mama	é	o	carro	chefe	das	pesquisas	moleculares	de	câncer.	As	informações	obtidas	com	esses	estudos	acabam	
sendo	uteis	para	outras	variantes	de	neoplasia
ASPECTOS	CLÍNICOS
Abaixo	um	gráfico	sobre	os	sintomas	das	doenças	mamárias	e	as	formas	de	apresentação	do	câncer	de	mama:	
Nos	Estados	Unidos,	mais	da	metade	dos	casos	de	câncer	são	assintomáticos	e	são	
detectados	por	rastreamentos	mamográficos,	e	aproximadamente	outro	terço	
apresenta	massas	palpáveis,	quase	todas	descobertas	pela	paciente.
Os	sintomas	mais	comuns	relatados	
por	mulheres	com	doenças	mamárias	
são	dor,	massa	palpável,	
“encaroçamento”	(sem	uma	massa	
nítida),	ou	descarga	papilar	
Elas	são	todas	inespecíficas,	mas	
devem	ser	avaliadas	por	conta	
da	possibilidade	de	malignidade.
•
Embora	a	dor,	“encaroçamento”	
e	descarga	papilar	causem
•
preocupações,	esses	sintomas	
estão	associados	ao	câncer	em	
menos	de	10%	das	mulheres
afetadas.
As	pacientes	quando	vem	as	consultas	normalmente	
apresentam	como	sintomas	(em	caso	de	patologias	não	
neoplásicas):
Aumento	do	volume	ou	outras	queixas.		1.
Dor	2.
Possível	massa	3.
Secreção	mamilo	4.
Mas	quanto	os	achado	nas	mulheres	com	doença	
neoplásica	são:	
Mamografia	anormal	1.
Massa	palpável	(normalmente	as	pacientes	que	
palpam	um	nódulo	geralmente	já	apresentam	
metástase)
2.
Secreção	mamilar	3.
Dor	4.
Dor não	cíclica	geralmente	está	localizada	em	uma	área	da	mama.	Embora	quase	todas	as	massas	dolorosas	sejam	
benignas,	cerca	de	10%	dos	cânceres	de	mama	se	apresentam	com	dor.
•
As lesões	palpáveismais	comuns	são	cistos,	fibroadenoma	e	carcinomas	invasivos.
Apenas	10%	das	massas	em	mulheres	jovens	com	menos	de	40	anos	são	malignas○
60%	das	massas	em	mulheres	com	mais	de	50	anos	são	malignas○
Aproximadamente	50%	dos	carcinomas	estão	localizados	no	quadrante	superior	externo,	10%	no	restante	dos	
quadrantes	e	aproximadamente	20%	na	região	central	ou	subareolar.
○
•
A	descarga	papilar é	uma	descoberta	menos	comum	e	mais	indicativa	de	carcinomas	quando	é	espontânea	e•
Unilateral
Descargas	hemorrágicas	ou	serosas	são	mais	comumente	causadas	por	papilomas	ductais	e	cistos.○
O	risco	de	malignidade	em	uma	mulher	com	descarga	papilar	aumenta	com	a	idade,	e	está	associada	com	
carcinomas	em	7%	das	mulheres	com	idade	abaixo	dos	60	anos,	e	em	30%	das	mulheres	mais	velhas.
○
Nas	pacientes	mais	jovens	é	provável	que	se	encontre	lesões	benignas,	mas	à	medida	que	a	idade	avança	maior	é	a	
probabilidade	de	neoplasias	malignas.	
neoplasia	de	mama	geralmente	metastatiza	para	osso	•
AUTOEXAME	DAS	MAMAS
Não	existem	evidências	científicas	necessárias	que	
justifiquem	o	incentivo	à	está	prática	como	forma	de	
rastreamento,	já	que	as	mamas	devem	ser	palpadas	
periodicamente	por	profissionais	da	saúde.		
Não	é	tão	indicado	porque	o	autoexame	porque	
as	mulheres	não	tem	um	conhecimento	de	como	
deve	ser	a	palpação,	nem	diferenciar	um	nódulo	
de	tecido	mamário	=	achou	algo	->	susto	
•
Assim	não	deve	haver	o	incentivo	de	autoexame	como	
rastreamento	de	câncer	de	mama.	
MAMOGRAFIA	COMO	TESTE	
O	rastreamento	mamográfico	foi	introduzido	em	1980	como	um	meio	de	detectar	carcinomas	de
mama	pequenos,	não	palpáveis	e	assintomáticos,	e	atualmente	é	o	meio	mais	comum	de	detecção	do
câncer	de	mama
As	lesões	mamárias	que	substituem	o	estroma	adiposo	da	mama	por	tecido	radiodenso	formam	as•
densidades	mamográficas.
As	calcificações	são	formadas	em	secreções,	restos	necróticos	ou	estroma	hialinizado.	Calcificações	associadas	a	
malignidade	são	geralmente	pequenas,	irregulares,	numerosas	e	agrupadas.
•
Se	a	paciente	tem	familiar	de	1º	grau	o	rastreamento	com	mamografia	deve	ser	feito	todo	o	ano	
Em	caso	das	outras	mulheres	é	a	cada	2	anos	a	partir	dos	50	anos.	
FUNDAMENTOS	MAMOGRÁFICOS	
É	fundamental	o	reconhecimento	da	localização	das	lesões	através	do	posicionamento	dos	radiogramas	obtidos.	
Levar	em	conta	que	as	densidades	mamárias	variam	entre	as	mulheres	•
Incidência	oblíqua	 Incidência	craniocaudal	 Mama	A	fibroglandular	e	mama	B	adiposa
Caso	a	paciente	tenha	algum	parente	de	1°	grau.	Deve-se	iniciar	as	mamografias	10	anos	antes	da	idade	em	que	a	mãe/irmã	
foram	diagnosticadas.	
A	mamografia	serve	de	rastreamento	para	pacientes	que	não	tenham	queixas	e	nódulos	não	palpáveis.	O	objetivo	principal	
serve	para:	
identificação	de	nódulos	não	palpáveis	•
Identificação	de	microcalcificações	mamárias,	que	podem	ser	confundidos	com	o	carcinoma	ductal	in	situ•
As	mamografias	em	mulheres	jovens	são	tipicamente	radiodensas	ou	brancas,	dificultando	a	detecção	das	lesões	ou	
calcificações	que	formam	massas	(que	também	são	radiodensas).
A	densidade	da	mama	de	uma	mulher	jovem	se	dá	por	causa	do	predomínio	do	estroma	interlobular	fibroso	e	da	
escassez	de	tecido	adiposo.	Antes	da	gravidez,	os	lóbulos	são	pequenos	e	revestidos	por	estroma	intralobular	celular	
frouxo.
•
Somente	com	o	início	da	gravidez	é	que	a	mama	se	torna	completamente	madura	e	funcional.	Os	lóbulos	aumentam	
progressivamente	em	número	e	tamanho.	Ao	finalda	gravidez,	a	mama	é	composta	quase	que	inteiramente	por	lóbulos	
separados	por	estroma	relativamente	escasso.	Durante	a	gravidez,	as	ramificações	dos	ductos	terminais	produzem	lóbulos	
maiores	e	mais	numerosos.	As	células	luminais	dentro	dos	lóbulos	passam	por	alterações	de	lactação,	um	precursor	da	
produção	do	leite.
Depois	da	3ª	década,	bem	antes	da	menopausa,	os	lóbulos	e	seu	estroma	especializado	começam	a	atrofiar,	assim	com	o	
avanço	da	idade,	os	lóbulos	diminuem	de	tamanho	e	número,	e	o	estroma	interlobular	é	substituído	por	tecido	adiposo.	assim	
o	aumento	do	tecido	adiposo,	que	facilita	a	detecção	de	massas	radiodensas	e	calcificações
CLASSIFICAÇÃO	BI-RADS
A	classificação	de	BI-RADS		classifica	as	alterações	mamográficas,	dando	a	elas	um	seguimento	de	acordo	com	o	protocolo	
Padrões	de	densidade	mamária	(de	acordo	com	a	classificação	
do	Breast	Imaging	Reporting	and	Data	System	– BI-RADS®):	
mamas	com	predomínio	de	tecido	adiposo	(tecido	
fibroglandular	<	25%);
1.
mamas	com	densidades	fibroglandulares	esparsas	
(tecido	fibroglandular	entre	25%	e	50%);	
2.
mamas	heterogeneamente	densas	(tecido	fibroglandular	
entre	51%	e	75%);	
3.
mamas	densas	(tecido	fibroglandular	>	75%)4.
A	categoria	4	é	subdivida	em	outras	categoria.	É	importante	
ter	atenção	nessa	classificação	de	mama,	porque	como	tem	
muito	tecido	mamário,	na	mamografia	poderia	esconder	um	
nódulo	porque	o	tecido	mamário	fica	branco	bem	como	os	
nódulos	.
O	fibroadenoma	é	BI-RADS	3	(provavelmente	benigno)	e	tem	
menos	que	2%	de	chance	de	ser	maligno	
As	lesões	nodulares	mamárias	bem	definidas	são	geralmente	classificadas	como	BI-RADS	3.	
Nódulo	bem	delimitado	e	com	bordas	regulares	
e	não	infiltráveis.	Nessa	imagem	é	um	provável	
fibroadenoma		
O	nódulo	é	bem	redondo	porque	
geralmente	nesses	casos	como	o	
crescimento	é	lento,	o	corpo	consegue	
produzir	uma	cápsula	e	por	isso	que	no	
exame	de	mamografia	o	nódulo	é	com	
bordas	bem	definidas.
•
As	microcalcificações	agrupadas	e	pleomórficas	
geralmente	são	classificadas	com	BI-RADS	4.	
Essa	lesão	em	particular	foi	removida	e	
Realizado	o	diagnóstico	de	carcinoma	
ductal	in	situ	
•
Pesquisar	como	que	é	apresentação	clínica	e	
histológica	desse	tipo	de	câncer
As	lesões	nodulares	mamárias	pouco	
definidas	são	geralmente	classificadas	
como	BI-RADS	5.		
Nódulos	mal	delimitados	cujas	
biópsias	revelaram	ser	neoplasia	
malignas	infiltrativas		
•
As	bordas	apresentam	espiculações	->	
BI-RADS	5	tem	95%	de	malignidade	
PROGRAMAS	DE	RASTREAMENTO	
Embora	quase	um	terço	dos	carcinomas	sejam	detectados	primeiramente	como	uma	massa	palpável,	exames	de	rastreamento	
têm	pouca	eficácia	na	redução	da	mortalidade	no	câncer	de	mama.	Infelizmente,	a	maioria	dos	tumores	que	têm	a	capacidade	
de	metastatizar,	o	terão	feito	quando	alcançarem	um	tamanho	que	possam	ser	palpáveis	— cerca	de	2	a	3	cm.
Embora	a	queda	do	número	de	óbitos	por	câncer	de	mama	seja	parcialmente	atribuída	ao	diagnóstico	precoce	pela	
mamografia,	os	efeitos	benéficos	do	rastreamento	são	menores	que	o	originalmente	previsto	por	várias	razões.	Entre	
70%	e	80%	dos	tumores	detectados	na	mamografia	já	são	invasivos,	e	muitos	deles	já	metastatizaram.
•
A	incidência	do	histórico	de	câncer	de	mama	localizado	e	do	câncer	de	
mama	metastático	(SEER-EUA)
Identificam	em	média	10	casos	de	câncer	
para	cada	1000	mulheres	acima	dos	50	
anos	e	2	casos	para	cada	1000	mulheres	
abaixo	de	50	anos.	
Rastreamento:	exames	em	pessoas	
assintomáticas.	Aumentando	assim	o	
reconhecimento	de	lesões	de	menores	
tamanhos	e	mais	profundas
Houve	um	aumento	do	diagnóstico	
(30%)	de	todas	as	formas	de	câncer	
invasivo
○
No	entanto	o	diagnóstico	de	
metástase	câncer	de	mama
○
Correlação	história	da	incidência	de	neoplasias	mamárias	(SEER	- EUA)
O	impacto	da	mamografia	como	
rastreamento	após	sua	implementação	
nos	EUA.	
Medida	do	nódulo	do	câncer	de	mama:	
cor	azul	=		nódulos	de	menores	tamanhos	
|	cor	vermelha	=	nódulos	acima	de	2cm
Houve	aumento	do	diagnóstico	de	
nódulos	de	menores	dimensões.	
•
Como	houve	aumento	do	
diagnóstico	de	nódulos	menores	->	
já	tirava	antes	de	ter	tamanho	
grande	=	diminuição	dos	nódulos	de	
maiores	dimensões	
•
Correlação	entre	o	percentual	das	lesão	malignas	mamárias	e	seu	
tamanho	(SEER	- EUA).
Quando	há	distúrbios	proliferativos	atípico,	há	maior	chance	de	neoplasia	
maligna
O	impacto	da	mamografia	como	
rastreamento	foi	significativo	nas	
neoplasias	com	menos	de	1	cm	de	
diâmetro	e	nas	lesões	ductais	in	situ.	
Os	exames	de	rastreamento	
aumentaram	o	diagnóstico	de	
carcinoma	ductal	in	situ	(CDIS),	já	
que	são	mais	comumente	
detectados	como	calcificações	
mamográficas
•
Na	palpação	da	mama,	cuidar	os	nódulos	
pequenos,	porque	grande	parte	das	
lesões	1,0-1,9	cm	porque	correspondem	a	
27%	dos	nódulos			
A	probabilidade	de	um	distúrbio	
inflamatória	->	neoplasia	maligna	=	quase	
nula,	bem	como	as	proliferativa
DISTÚRBIOS	DA	MAMA	
DISTÚRBIOS	INFLAMATÓRIOS	
Doenças	inflamatórias	da	mama	são	raras	(responsáveis	por	menos	de	1%	dos	sintomas	mamários)	e	são	causadas	por	
infecções,	doenças	autoimunes	ou	reações	do	tipo	corpo	estranho	à	queratina	ou	secreções	extravasadas.
MASTITE	AGUDA	
Ocorre	geralmente	no	primeiro	mês	da	amamentação	e	é	
causada	por	uma	infecção	bacteriana	local.	O	patógeno	mais	
associado	à	lesão	é	o	Staphylococcus	aureus.	
Os	abscessos	em	infecções	por	Staphylococcus	podem	
ser	únicos	ou	múltiplos,	enquanto	no	caso	dos	
estreptococos,	a	infecção	se	desenvolve	na	forma	de	
celulite.
•
A	maioria	dos	casos	de	mastite	está	associada	a	fase	de	
amamentação.	A	mama	fica	eritematosa	e	dolorosa,	e	
frequentemente	há	febre.
Mastite	acontece	em	mulheres	mais	jovens•
Diferenciar	esta	condição	do	carcinoma	
inflamatório	mamário
Se	essa	lesão	for	acontecer	em	uma	mulher	mais	velha,	a	situação	muda	de	contexto,	porque	pensa-se	em	carcinoma
Em		mulheres	que	apresentem	a	mama	edemaciada	e	de	aspecto	eritematoso	deve	sempre	ser	considerado	o		
“carcinoma	inflamatório”	simula	uma	inflamação	ao	obstruir	vasos	linfáticos	da	derme	com	um	êmbolo	tumoral
•
METAPLASIA	ESCAMOSA	DOS	DUCTOS	GALATÍFEROS	
Também	conhecido	como	abcesso	subareolar	recorrente,	consiste	na	metaplasia	escamosa	com	queratinização	dos	ductos	
mamilares	levando	à	obstrução	que	levam	a	destruição	celular
Mais	de	90%	das	pessoas	acometidas	são	fumantes	
Foi	sugerido	que	a	deficiência	relativa	de	vitamina	A	associada	ao	fumo	ou	a	exposição	às	substâncias	tóxicas	da	
fumaça	do	cigarro	alteram	a	diferenciação	do	epitélio	ductal.
○
•
Quando	a	metaplasia	escamosa	se	estende	profundamente	
para	dentro	do	ducto	mamilar,	a	queratina	fica	presa	e	se	
acumula.	A	camada	de	queratina	dessas	células	obstrui	o	
sistema	ductal,	causando	dilatação	e	eventualmente	
ruptura	do	ducto.
Uma	subsequente	resposta	inflamatória	à	queratina	
resulta	em	uma	massa	dolorosa	eritematosa,	essa	
exuberante	resposta	inflamatória	crônica	
granulomatosa	se	desenvolve	quando	ocorre	o	
extravasamento	de	queratina	no	tecido	periductal	
adjacente.	
•
Em	casos	recorrentes,	uma	infecção	secundária	por	
bactérias	anaeróbicas	pode	ocorrer,	causando	uma	
inflamação	aguda.
•
Entender	o	mecanismo	patogênico	do	
desenvolvimento	da	lesão	
ECTASIA	DUCTAL	
A	ectasia	ductal	apresenta-se	como	uma	massa	palpável
periareolar,	frequentemente	associada	a	descarga	papilar
espessa,	esbranquiçada,	e	ocasionalmente	com	retração	da	
pele
Essa	alteração	tende	a	ocorrer	durante	a	5ª	ou	6ª	década	
de	vida,	geralmente	em	multíparas.
Diferentemente	da	metaplasia	escamosa	dos	
ductos	galactíferos,	não	está	associada	com	o	
tabagismo.
○
Dor	e	vermelhidão	são	incomuns○
•
A	importância	dessa	alteração	é	que	a massa	palpável e	
irregular	simula clínica	e	radiologicamente	um	carcinoma	
invasivo.	Como	essa	lesão	pode	ser	confundida	com	uma	
lesão	maligna,	e	por	isso	precisa	ser	biopsiado	
•
Reconhecer	está	lesão	como	sendo	um	fator	
de	confusão	na	clínica	mastológica	
Ductos	dilatados são	preenchidos	por	secreções	espessas	e	numerosos	macrófagos	repletos	de	lipídios.Quando
rompidos,	ocorre	uma	reação	inflamatória	crônica	intersticial	e	periductal,	composta	por	linfócitos,	macrófagos	e
número	variado	de	plasmócitos
Os	granulomas	podem	se	formar	em	volta	dos	depósitos	de	colesterol	e	secreções.	A	consequente	fibrose	produz	uma	
massa	irregular	com	retratação	da	pele	e	do	mamilo
•
NECROSE	GORDUROSA	
As	apresentações	clínicas	são	variáveis,	podendo	simular	um	câncer	(massa	palpável	indolor,	espessamento	ou	retratação	da	
pele,	ou	densidades	mamográficas	ou	calcificações)
Aproximadamente	metade	das	mulheres	acometidas	tem	história	prévia	de	traumamamário	ou	cirurgia•
Macroscopicamente,	observam-se nódulos	firmes	e	mal	delimitados,	
de	coloração	branco-acinzentada,	contendo	pequenos focos	de	
calcificação.
As	lesões	agudas	podem	ter	aspecto	hemorrágico	e	conter	áreas	
centrais	de	necrose	gordurosa	liquefativa	com	neutrófilos	e	
macrófagos.
Com	o	passar	dos	dias,	fibroblastos	proliferados	e	células	
inflamatórias	crônicas	rodeiam	a	lesão.	Sequencialmente	
células	gigantes,	calcificações	e	hemossiderina	aparecem,	e	
eventualmente	o	foco	é	substituído	por	tecido	cicatricial	ou	é	
circundado	e	cercado	por	tecido	fibroso.
•
Descrever	microscopicamente	a	lesão	
MASTOPATIA	LINFOCÍTICA	
Também	chamada	de	lobulite	linfocítica	esclerosante,	essa	patologia	
se	apresenta	como	um	ou	múltiplos	nódulos	endurecidos e	
palpáveis	ou	como	densidades	mamográficas.	Além	disso	nessa	
patologia	está	associado:
Estroma	colágeno	denso•
Ductos	atróficos	e	lóbulos	mostram	espessamento	da	
membrana	basal	e	são	envolvidos	
•
por	um	infiltrado	linfocitário	proeminente.•
Está	associada	à	mulheres	com	diabetes	tipo	1 (insulinodependente)	
ou	com doença	tireoidiana	autoimune,	acredita-se	que	tenha	
origem	autoimune
Há	muita	produção	de	colágeno e	próximo	dos	tubos	há	
muito	predomínio	de linfócitos.	
•
Confundir	com	neoplasia	maligna	•
Distinguir	esta	lesão	do	câncer	de	mama	
MASTITE	GRANULOMATOSA
Pode	representar	uma	doença	granulomatosa	sistemática	ou	
doenças	que	estão	localizadas	nas	mamas	.	Assim,	são	várias	
etiologias,	incluindo	processos	infecciosos	e	corpos	estranhos.	
Etiologias:	Sarcoidose,	doença	fúngica,	tuberculose	mamária	•
A	mastite	lobular	granulomatosa	é	uma	doença	incomum	que	
acomete	mulheres que	amamentaram.
Os	granulomas	estão	relacionados	aos	lóbulos,	sugerindo	que	
a	doença	pode	ser	causada	por	uma	reação	de	
hipersensibilidade	a	antígenos	durante	a	lactação
Um	padrão	histológico	semelhante	pode	ser	observado	
na	mastite	granulomatosa	neutrofílica	cística	em	
infecções	por	Corynebacterium.
○
•
Diferenciar	esta	condição	do	carcinoma	inflamatório	
mamário		
Em		mulheres	que	apresentem	a	mama	edemaciada	e	de	aspecto	eritematoso	deve	sempre	ser	considerado	o		“carcinoma	
inflamatório”	simula	uma	inflamação	ao	obstruir	vasos	linfáticos	da	derme	com	um	êmbolo	tumoral
LESÕES	BENIGNAS	EPITELIAIS
As	lesões	benignas	são	divididas	em	3	categorias	de	acordo	com	o	risco	de	malignização.	
Alterações	mamárias	não	proliferativas	1.
Doença	mamária	proliferativa	2.
Hiperplasia	atípica	3.
Reconhecer	estes	grupos	de	lesão
O	risco	relativo	10	=	10x	mais	chances	de	
desenvolver	do	que	a	população	em	geral	
as	lesões	ductais	são	as	mais	comuns○
O	câncer	lobular	in	situ	geralmente	tem	
classificação	associada.	além	disso	ele	não	
aparece	na	mamografia.
as	lesões	lobulares	tem	uma	prognóstico	
um	pouco	pior,	e	geralmente	é	
multifocal.
○
demora	muito,	e	por	isso	ela	deixa	de	
ser	somente	in	situ.	
○
		
Todas	tendem	a	aparecer	durante	o	período	reprodutivo	da	vida,	mas	podem	persistir	após	a	menopausa.		
As	alterações	são	divididas	em	padrão	proliferativo	e	não	proliferativo.	
Lesões	não	proliferativas:	incluem	o	cisto	e/ou	fibrose	sem	hiperplasia	das	células	epiteliais,	conhecidas	como	alterações	
fibrocísticas	simples.	
•
Lesões	proliferativas:	incluem	lesões	que	variam	de	inócuas	até	hiperplasia	ductal	atípica	das	células	epiteliais	e	adenose	
esclerosante.	Essas	alterações	são	tão	comuns	que	são	encontradas	em	60-80%	das	mulheres,	o	que	constituem	uma	
variante	fisiológica	
•
ALTERAÇÕES	MAMÁRIAS	NÃO	PROLIFERATIVAS
Correspondem	a	um	grupamento	de	alterações	muito	comuns,	mas	que	clinicamente	podem	ser	alarmantes.	As	lesões	não	
proliferativas	são	alterações	fibrocísticas	que	possuem	sinônimo	diferentes	de	acordo	com	a	especialidade.
Clínico	=	mamas	"inchadas"	à	palpação•
Radiologista	=	mamas	densas	e	com	cistos	•
Patologista	=	alterações	morfológicas	benignas•
Essas	lesões	são	denominadas	não	proliferativas	e	indicam	que	elas	não	estão	associadas	a	aumento	do	risco	de	câncer	de	
mama.	Existem	3	principais	alterações	morfológicas:	alteração	cística,	fibrose		e	adenose
No	estroma	é		comum	haver	um	infiltrado	linfocítico		em	todas	as	variantes	das	alterações	fibrocísticas
Em	relação	aos	cistos	e	a	fibrose,	essas	são	alterações	mais	comuns	da	mama	que	se	caracterizam	pelo	aumento	
do	estroma	fibroso	associado	à	dilatação	dos	ductos	e	à	formação	de	cistos	de	vários	tamanhos.
○
•
CISTOS	
Um	cisto	único	e	grande	pode	se	formar	dentro	da	mama,	mas	geralmente	seu	distúrbio	
é	multifocal	e	geralmente	bilateral.	As	áreas	envolvidas	mostram	densidade	mal	
definida	com	aumento	difuso	e	nodularidade	discreta.	
Os	cistos	podem	ser	preocupantes	quando	são	solitários	e	firmes	à	palpação.•
Os	cistos	corresponde	a dilatação	e	expansão	dos	lóbulos:	o	tamanho	varia	de	menores	
de	1cm	a	5	cm	de	diâmetro.	Seu	aspecto	macroscópico	depende	muito	do	conteúdo,	ou	
seja,	se	é	líquido,	sólido	ou	misto
Os	cistos	são	revestidos	por		um	epitélio	atrófico plano	ou	por	células	apócrinas	
metaplásicas	(quase	sempre	benigna	)	essas	últimas	apresentam	citoplasma	eosinófilo	
granular	abundante,	com	núcleos profundamente	cromáticos,	pequenos	e	
arredondados.	
O	estroma	que	circunda	todas	as	formas	de	cistos	é	geralmente	formado	por	tecido	
fibroso	comprimido,	que	perdeu	sua	aparência	mixomatosa	delicada	normal.	
É	comum	haver	um	infiltrado	linfocítico	no	estroma	e	em	todas	as	outras	
variantes	das	alterações	fibrocísticas.
•
Os	produtos	secretados	dento	do	cisto,	ou	seja,	intraluminal,		podem	desde	
calcificar	até	apresentar	microcalcificações	à	mamografia.	
•
A	histologia	pode	mudar	de	acordo	com	o	tamanho	do	cisto:
Cistos	menores:	o	epitélio	é	mais	cuboide	a	colunar	e	
apresenta,	algumas	vezes,	várias	camadas	em	áreas	
focais.	
•
Cistos	grandes:	o	epitélio	pode	ser	pavimentosos	ou	até	
totalmente	atrófico.	Ocasionalmente,	a	proliferação	
epitelial	leve	leva	a	massas	empilhadas	ou	a	pequenas	
excrescências	papilares
•
FIBROSE	
Frequentemente	os	cistos	se	rompem,	liberando	seu	conteúdo	para	o	
estroma	adjacente.	
A inflamação	crônica e	a	fibrose	secundária	contribuem	para	o	aspecto	
nodular	na	palpação	da	mama.	
ADENOSE	
A	adenose	é	definida	como	um	aumento	no	número	de	ácinos	por	lóbulo.	
Calcificações	estão	ocasionalmente	presentes	dentro	das	luzes.	
É	uma	característica comum	na	gravidez.	
Eles	são	formados	por	tecido	mamário	de	aspecto	habitual	com	alterações	
de	lactação	e	podem		simplesmente	representar	uma	resposta	local	
exagerada	à	influência	hormonal	durante	a	gravidez.
○
•
Em	mulheres	não	grávidas,	a	adenose	pode	ocorrer	como	uma	alteração	focal.•
Os	ácinos	são	recobertos	por	células	colunares,	que	podem	parecer	benignas	ou	
apresentar	atipia	nuclear	(“atipia	epitelial	plana”).	
A	atipia	epitelial	plana	é	uma	proliferação	clonal	associada	à	perda	do	
cromossomo	16q.
•
Essa	lesão	precursora	é	a	mais	reconhecida	dos	carcinomas	de	mama	de	baixo	
grau,	mas	não	representa	um	aumento	no	risco	de	câncer	de	mama,	
provavelmente	porque	outras	etapas	no	desenvolvimento	do	câncer	limitam	as	
taxas.
•
O	aumento	do	tamanho	dos	ácinos	na	mamografia	apresenta-se	como	um	nódulo	bem	
delimitado.	
Na	mamografia	=	BI-RADS		3•
ALTERAÇÕES	MAMÁRIAS	PROLIFERATIVAS	SEM	ATIPIAS	
As	lesões	caracterizadas	pela	proliferação	das	células	epiteliais,	sem	atipia,	
estão	associadas	a	um	pequeno	aumento	no	risco	de	carcinomas	subsequentes	
em	qualquer	mama.	
Elas	são	comumentedetectadas	como	densidades	mamográficas,	
calcificações,	ou	como	achados	incidentais	em	biópsias	realizadas	por	
outros	motivos.
•
Essas	alterações	raramente	formam	massas	palpáveis,	a	caracterização	se	dá	pela	proliferação	do	epitélio	ductal	e/ou	
estroma	e	pela	ausência	de	anormalidade	células	sugestivas	de	neoplasia	
Essas	lesões	não	são	clonais	e	geralmente	não	estão	associadas	a	mutações•
HIPERPLASIA	CLONAL	
Os	ductos	e	lóbulos	mamários normais	são	revestidos por	uma	dupla	camada	de	células	mioepiteliais e	células	luminares,	
Na hiperplasia	epitelial,	o	aumento	do	número	de	células luminais	e	mioepiteliais	preenche	e	distende	os	ductos	e	
lóbulos.		Luzes	irregulares	podem	frequentemente	ser	observadas	na	periferia	das	células	em	proliferação
•
A	hiperplasia	epitelial	nem	sempre	produz	uma	massa	mamária	clinicamente	discreta.	Ocasionalmente,	ela	produz	
microcalcificações	à	mamografia	que	aumenta	o	temor	de	câncer
•
Um	ducto	ou	ácino	normal	com	uma	única	camada	de		
células	mioepiteliais	basais	(células	com	núcleo	
compacto	e	escuro	e	pouco	citoplasma)	e	uma	única	
camada	de	células	luminais	(células	com	núcleo	maior	
aberto,	nucléolo	pequeno	e	citoplasma	mais	
abundante).
Hiperplasia	epitelial.	A	luz	é	preenchida	por	uma	
mistura	de	populações	celulares,	luminais	e	
mioepiteliais.	
Fendas	irregulares	são	proeminentes	na	periferia•
Os	ductos	ou	lóbulos	podem	estar	repletos	de	células	cuboides	ordenadas,	dentro	dos	quais	um	padrão	pode	ser	discernido	
(denominado	fenestrações).	Algumas	vezes,	o	epitélio	em	proliferação	se	projeta	em	múltiplas	excrescências	papilares	
pequenas	para	dentro	do	lúmen	ductal	(papilomatose	ductal).	
A	papilomatose	florida	pode	estar	associada	à	descarga	papilar	serosa	ou	serossanguínea.	•
A	linha	que	separa	as	hiperplasias	epiteliais	sem	atipia	da	hiperplasia	atípica	é	difícil	de	ser	definida,	assim	como	e	difícil	
distinguir	claramente	a	hiperplasia	atípica	do	carcinoma	in	situ.	
A	hiperplasia	lobular	atípica	é	o	termo	utilizado	para	descrever	as	hiperplasias	que	se	assemelham	citologicamente	ao	
carcinoma	lobular	in	situ,	mas	as	células	não	enchem	ou	distendem	mais	de	50%	do	ácido	dentro	do	lóbulo.	
A	hiperplasia	lobular	atípica	está	associada	a	um	aumento	do	risco	de	carcinoma	invasor	○
•
ADENOSE	ESCLEROSANTE	
Essa	variante	é	menos	comum	do	que	os	cistos	e	hiperplasia,	mas	as	características	clínicas	e	morfológicas	podem	ser	
dissimuladamente	semelhantes	ao	carcinoma.	
Estas	lesões	contem	fibrose	intralobular	acentuada e	proliferação	dos	pequenos	ductos	e	ácinos.	•
Macroscopicamente,	a	lesão	tem	uma	consistência	elástica	e	endurecida,	
semelhante	ao	câncer	de	mama.	Há	aumento	no	número	de	ácinos,	ou	seja	
das	células	epiteliais	e	mioepiteliais;	os	ácinos	estão	comprimidos	e	
distorcidos	na	porção	central	da	lesão.	A	fibrose estromática	pode	comprimir
completamente	as	luzes,	criando	um	aspecto	de	cordões	sólidos	ou	camada	
dupla	de	células	(adenose)	repousando	em	um	estroma	denso,	um	padrão	
histológico	que	algumas	vezes	simula	um	carcinoma	Invasor.	
A	adenose	esclerosante	desperta a	atenção clínica	quando	se	
apresenta	como	um	nódulo	palpável,	uma	densidade	radiológica,	ou	
como	calcificações
•
A	unidade	ducto	lobular	terminal	envolvida	está	alargada,	e	os	ácinos	são	
comprimidos	e	distorcidos	pelo	estroma	denso.	As	calcificações	estão	
presentes	em	algumas	luzes.	Diferentemente	dos	carcinomas,	os	ácinos	
estão	dispostos	em	um	padrão	serpinginoso,	e	as	margens	externas	são	bem	
circunscritas.
A presença	de	camadas	duplas	de	epitélio e	a	
identificação	dos	elementos	mioepiteliais	são	
uteis	na	sugestão	do	diagnóstico	de	
benignidade	
CICATRIZ	RADIAL	
Macroscopicamente,	a	massa	é	sólida	e	com	extremidades	irregulares,	mas	não	é	tão	firme	quanto	um	carcinoma	invasivo.	
A	massa	consiste	em	um	ninho	central	de	pequenos	túbulos	entremeando	um	estroma	fibroso	denso	e	numerosas	
projeções	exibindo	epitélio	com	vários	graus	de	hiperplasia	e	formação	de	cistos.
•
A	imagem	radiológica	apresenta	uma	massa	central	irregular	com	grandes	projeções	radiodensas•
PAPILOMAS	
Papiloma é	um tumor	benigno,	indolor	e	de	baixo	risco	de	se	tornar	câncer.	Pode	regredir	espontaneamente.	Os	papilomas	
crescem dentro	de	um	ducto	dilatado e	são	compostos	por	múltiplas	ramificações	com	eixos	fibrovasculares.	
Hiperplasia	epitelial	e	metaplasia	apócrina	estão	frequentemente	presentes.•
Pequenos	papilomas ductais	são	comumente	múltiplos	e	
localizados	profundamente ao	longo	do	sistema	ductal.	
Muitos	dos	papilomas	ductais	pequenos	chamam	a	atenção	
clínica	como massas	palpáveis,	ou	como	densidades	ou	
calcificações	vistas	nas	mamografias.
Descargas	serosas	resultam	de	um	bloqueio	
intermitente	e	liberação	das	secreções	mamárias	
normais,	ou	irritação	do	ducto	pelo	papiloma.
○
•
Grandes	papilomas ductais	estão	situados nos	seios	
galactíferos do	mamilo	e	geralmente	são	únicos.	
Mais	de	80%	dos	papilomas	de	grandes	ductos	
produzem	descarga	papilar.	Algumas	descargas	
são	hemorrágicas	se	o	pedículo	passar	por	uma	
torção,	causando	um	infarto.
•
O	papiloma	crescimento	da	parede	de	uma	parte	que	há	hiperplasia,	formando	assim	um	pedículo	que	vai	permitir	a	nutrição	
do	papiloma	
Se	houver	torção	desse	pedículo	->	isquemia	e	necrose	do	papiloma	->	derrame	mamilar	•
ALTERAÇÕES	MAMÁRIA	PROLIFERATIVAS	COM	ATIPIAS	
A	hiperplasia	atípica	é	uma	proliferação	clonal	que	tem	algumas,	mas	não	todas,	características	histológicas	necessárias	para o	
diagnóstico	do	carcinoma	in	situ.
Está	associada	com	o	aumento	moderado	do	risco	de	carcinoma	e	inclui	duas	formas:	hiperplasia	ductal	atípica	e	
hiperplasia	lobular	atípica.
A	hiperplasia	ductal	atípica	está	presente	em	5%	a	17%	dos	espécimes	de	biópsias	realizadas	para	investigação	de	
calcificações.
○
A	hiperplasia	lobular	atípica	é	um	achado	incidental	encontrado	em	menos	de	5%	das	biópsias.○
•
As	hiperplasias	lobular	e	ductal	atípicas	podem	ser	adquiridas	através	de	mutações	cromossômicas	como	a	perda	do	
cromossomo	16q	ou	ganho	do	17p,	mudanças	que	também	são	encontradas	no	carcinoma	in	situ
Alguns	achados	de	atipia	são:
Perda	do	estroma	entre	os	ácinos	•
Hiperplasia	cribriforme	•
Pleomorfismo	celular	•
Hipercromasia	celular	•
Aumento	no	número	de	mitoses	•
Mitoses	anormais	•
Hiperplasia	em	Ponte	romana	=	hiperplasia	ductal	atípica	->	maior	probabilidade	desenvolver	câncer	de	mama•
Comedonecrose	•
HIPERPLASIA	DUCTAL	ATÍPICA	
A	hiperplasia	ductal	atípica	é	semelhante	histologicamente	com	o	carcinoma	ductal	in	
situ	(CDIS).	Ela	consiste	em	uma	proliferação	relativamente	monomórfica	de	células	
espaçadas	regularmente,	por	vezes	em	padrão	cribriforme.	
É	distinguida	do	CDIS	por	preencher	parcialmente	os	ductos	envolvidos•
Resumindo:	
Semelhança	histológica	com	
carcinoma	ductal	"in	situ"
•
População	celular	
monomórfica	(mas	não	
completamente)
•
Localização	celular	regular	•
Lúmen	arredondado	•
Presente	em	17%	das	
biópsias	por	calcificações
•
Pleomorfismo	=	células	de	diferenças	tamanhos	num	mesmo	nódulos	(?)
HIPERPLASIA	LOBULAR	ATÍPICA	
A	hiperplasia	lobular	atípica	também	mostra	perda	da	expressão	da	molécula	de	adesão	E-caderina,	uma	característica	
compartilhada	com	o	carcinoma	lobular	in	situ.	Essa	forma	de	disseminação	intraepitelial	é	chamada	de	“pagetoide”	por	causa	
de	sua	semelhança	com	a	doença	de	Paget.
A	hiperplasia	lobular	atípica	consiste	em células	idênticas	àquelas	do	carcinoma	lobular	in	situ,	mas	as	células	não	preenchem	
ou	distendem	mais	de	50%	dos	ácinos em	um	lóbulo
Na	hiperplasia	lobular	atípica,	as	células	lobulares	atípicas	podem	repousar	na	membrana	basal	dos	ductos,	sobrepondo-
se	às	células	luminais	normais.
•
O	ácino	deve	ter	2	camadas	e	mais	a	presença	do	lúmen.	
Nas	hiperplasias	lobulares,	a	maioria	das	vezes	é	atípica.	•
Mama:	Doenças	não-neoplásicas
quarta-feira,	24	de	fevereiro	de	2021 13:57

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