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1. Mama 2. Mama MAMA Amama feminina é composta por lobos (glândulas produtoras de leite), por ductos (pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao mamilo) e por estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os ductos e lobos além de vasos sanguíneos e vasos linfáticos) Entre os lóbulos (=- 20 ácinos) há o estroma interlobular (- tecido conectivo, gordura, vasos e nervos). O estroma intralobular (verde) possui receptores para estrógeno e progesterona. Então as alterações mamarias durante o ciclo menstrual e durante a gestação devem-se a esses receptores que são estimulados • Na primeira metade do ciclo menstrual, os lóbulos são relativamente inertes. Depois da ovulação, sob a influência do estrogênio e aumento dos níveis de progesterona, a proliferação celular aumenta, assim como o número de ácinos por lóbulo. O estroma intralobular se apresenta extremamente edemaciado. Durante a menstruação, a queda dos níveis hormonais induz a regressão dos lóbulos e o desaparecimento do edema. MULHERES E O CÂNCER NO BRASIL A mama é a estrutura mais acometida na saúde das mulheres, a 2ª doença é a neoplasia de colo uterino e por terceiro a neoplasia de pulmão. A alguns anos atrás o órgão mais acometido era de colo de útero • Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2020 Em 2019, a neoplasia de mama já havia ultrapassado 60000 mil casos no Brasil. A maioria das células malignas continuam a ter o receptor de estrógeno. Então uma das formas de tratamento da quimioterapia é inibir esses receptores. Estrogênio funciona como um estímulo hormonal para o crescimento. • FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA É fundamental seu reconhecimento para estratificarmos as mulheres que apresentam maior probabilidade de desenvolver câncer de mama. Atestar para um importante fator de risco, ou seja, a história prévia de carcinoma endometrial • O principal fator de risco para câncer de mama = ser mulher. Há casos de neoplasia mamaria em homens, isso está relacionada com a passagem do gene BRCA ○ A neoplasia de mama é um tipo de adenocarcinoma, mas que deve ter a nomenclatura de acordo com a origem tecidual da mama Carcinoma ductal = ducto lactíferos § Carcinoma globular = lóbulo § ○ O gene BRCA1 e BRCA2 estão envolvidas no desenvolvimento de câncer de mama e de ovário Cerca de 12% dos canceres de mamas devem-se a genética (gene BRCA1 e BRCA2). As outras 80%, deve-se a mutação esporádica. Os fatores de risco devem ser de 2 tipos: modificável e não-modificável As mulheres que não amamentaram tem risco aumentado para o desenvolvimento de câncer○ História de radiação torácica (radioterapia para câncer de pulmão, por exemplo) também pode aumentar○ O câncer de mama é mais frequente em pacientes caucasianos (brancos). ○ Em caso de mama muito densa pode prejudicar o diagnóstico e identificação de neoplasias ○ Os obesos tem maiores chances de desenvolvimento para o câncer devido a transformação do estrogênio periférico ○ • O câncer de mama é o carro chefe das pesquisas moleculares de câncer. As informações obtidas com esses estudos acabam sendo uteis para outras variantes de neoplasia ASPECTOS CLÍNICOS Abaixo um gráfico sobre os sintomas das doenças mamárias e as formas de apresentação do câncer de mama: Nos Estados Unidos, mais da metade dos casos de câncer são assintomáticos e são detectados por rastreamentos mamográficos, e aproximadamente outro terço apresenta massas palpáveis, quase todas descobertas pela paciente. Os sintomas mais comuns relatados por mulheres com doenças mamárias são dor, massa palpável, “encaroçamento” (sem uma massa nítida), ou descarga papilar Elas são todas inespecíficas, mas devem ser avaliadas por conta da possibilidade de malignidade. • Embora a dor, “encaroçamento” e descarga papilar causem • preocupações, esses sintomas estão associados ao câncer em menos de 10% das mulheres afetadas. As pacientes quando vem as consultas normalmente apresentam como sintomas (em caso de patologias não neoplásicas): Aumento do volume ou outras queixas. 1. Dor 2. Possível massa 3. Secreção mamilo 4. Mas quanto os achado nas mulheres com doença neoplásica são: Mamografia anormal 1. Massa palpável (normalmente as pacientes que palpam um nódulo geralmente já apresentam metástase) 2. Secreção mamilar 3. Dor 4. Dor não cíclica geralmente está localizada em uma área da mama. Embora quase todas as massas dolorosas sejam benignas, cerca de 10% dos cânceres de mama se apresentam com dor. • As lesões palpáveismais comuns são cistos, fibroadenoma e carcinomas invasivos. Apenas 10% das massas em mulheres jovens com menos de 40 anos são malignas○ 60% das massas em mulheres com mais de 50 anos são malignas○ Aproximadamente 50% dos carcinomas estão localizados no quadrante superior externo, 10% no restante dos quadrantes e aproximadamente 20% na região central ou subareolar. ○ • A descarga papilar é uma descoberta menos comum e mais indicativa de carcinomas quando é espontânea e• Unilateral Descargas hemorrágicas ou serosas são mais comumente causadas por papilomas ductais e cistos.○ O risco de malignidade em uma mulher com descarga papilar aumenta com a idade, e está associada com carcinomas em 7% das mulheres com idade abaixo dos 60 anos, e em 30% das mulheres mais velhas. ○ Nas pacientes mais jovens é provável que se encontre lesões benignas, mas à medida que a idade avança maior é a probabilidade de neoplasias malignas. neoplasia de mama geralmente metastatiza para osso • AUTOEXAME DAS MAMAS Não existem evidências científicas necessárias que justifiquem o incentivo à está prática como forma de rastreamento, já que as mamas devem ser palpadas periodicamente por profissionais da saúde. Não é tão indicado porque o autoexame porque as mulheres não tem um conhecimento de como deve ser a palpação, nem diferenciar um nódulo de tecido mamário = achou algo -> susto • Assim não deve haver o incentivo de autoexame como rastreamento de câncer de mama. MAMOGRAFIA COMO TESTE O rastreamento mamográfico foi introduzido em 1980 como um meio de detectar carcinomas de mama pequenos, não palpáveis e assintomáticos, e atualmente é o meio mais comum de detecção do câncer de mama As lesões mamárias que substituem o estroma adiposo da mama por tecido radiodenso formam as• densidades mamográficas. As calcificações são formadas em secreções, restos necróticos ou estroma hialinizado. Calcificações associadas a malignidade são geralmente pequenas, irregulares, numerosas e agrupadas. • Se a paciente tem familiar de 1º grau o rastreamento com mamografia deve ser feito todo o ano Em caso das outras mulheres é a cada 2 anos a partir dos 50 anos. FUNDAMENTOS MAMOGRÁFICOS É fundamental o reconhecimento da localização das lesões através do posicionamento dos radiogramas obtidos. Levar em conta que as densidades mamárias variam entre as mulheres • Incidência oblíqua Incidência craniocaudal Mama A fibroglandular e mama B adiposa Caso a paciente tenha algum parente de 1° grau. Deve-se iniciar as mamografias 10 anos antes da idade em que a mãe/irmã foram diagnosticadas. A mamografia serve de rastreamento para pacientes que não tenham queixas e nódulos não palpáveis. O objetivo principal serve para: identificação de nódulos não palpáveis • Identificação de microcalcificações mamárias, que podem ser confundidos com o carcinoma ductal in situ• As mamografias em mulheres jovens são tipicamente radiodensas ou brancas, dificultando a detecção das lesões ou calcificações que formam massas (que também são radiodensas). A densidade da mama de uma mulher jovem se dá por causa do predomínio do estroma interlobular fibroso e da escassez de tecido adiposo. Antes da gravidez, os lóbulos são pequenos e revestidos por estroma intralobular celular frouxo. • Somente com o início da gravidez é que a mama se torna completamente madura e funcional. Os lóbulos aumentam progressivamente em número e tamanho. Ao finalda gravidez, a mama é composta quase que inteiramente por lóbulos separados por estroma relativamente escasso. Durante a gravidez, as ramificações dos ductos terminais produzem lóbulos maiores e mais numerosos. As células luminais dentro dos lóbulos passam por alterações de lactação, um precursor da produção do leite. Depois da 3ª década, bem antes da menopausa, os lóbulos e seu estroma especializado começam a atrofiar, assim com o avanço da idade, os lóbulos diminuem de tamanho e número, e o estroma interlobular é substituído por tecido adiposo. assim o aumento do tecido adiposo, que facilita a detecção de massas radiodensas e calcificações CLASSIFICAÇÃO BI-RADS A classificação de BI-RADS classifica as alterações mamográficas, dando a elas um seguimento de acordo com o protocolo Padrões de densidade mamária (de acordo com a classificação do Breast Imaging Reporting and Data System – BI-RADS®): mamas com predomínio de tecido adiposo (tecido fibroglandular < 25%); 1. mamas com densidades fibroglandulares esparsas (tecido fibroglandular entre 25% e 50%); 2. mamas heterogeneamente densas (tecido fibroglandular entre 51% e 75%); 3. mamas densas (tecido fibroglandular > 75%)4. A categoria 4 é subdivida em outras categoria. É importante ter atenção nessa classificação de mama, porque como tem muito tecido mamário, na mamografia poderia esconder um nódulo porque o tecido mamário fica branco bem como os nódulos . O fibroadenoma é BI-RADS 3 (provavelmente benigno) e tem menos que 2% de chance de ser maligno As lesões nodulares mamárias bem definidas são geralmente classificadas como BI-RADS 3. Nódulo bem delimitado e com bordas regulares e não infiltráveis. Nessa imagem é um provável fibroadenoma O nódulo é bem redondo porque geralmente nesses casos como o crescimento é lento, o corpo consegue produzir uma cápsula e por isso que no exame de mamografia o nódulo é com bordas bem definidas. • As microcalcificações agrupadas e pleomórficas geralmente são classificadas com BI-RADS 4. Essa lesão em particular foi removida e Realizado o diagnóstico de carcinoma ductal in situ • Pesquisar como que é apresentação clínica e histológica desse tipo de câncer As lesões nodulares mamárias pouco definidas são geralmente classificadas como BI-RADS 5. Nódulos mal delimitados cujas biópsias revelaram ser neoplasia malignas infiltrativas • As bordas apresentam espiculações -> BI-RADS 5 tem 95% de malignidade PROGRAMAS DE RASTREAMENTO Embora quase um terço dos carcinomas sejam detectados primeiramente como uma massa palpável, exames de rastreamento têm pouca eficácia na redução da mortalidade no câncer de mama. Infelizmente, a maioria dos tumores que têm a capacidade de metastatizar, o terão feito quando alcançarem um tamanho que possam ser palpáveis — cerca de 2 a 3 cm. Embora a queda do número de óbitos por câncer de mama seja parcialmente atribuída ao diagnóstico precoce pela mamografia, os efeitos benéficos do rastreamento são menores que o originalmente previsto por várias razões. Entre 70% e 80% dos tumores detectados na mamografia já são invasivos, e muitos deles já metastatizaram. • A incidência do histórico de câncer de mama localizado e do câncer de mama metastático (SEER-EUA) Identificam em média 10 casos de câncer para cada 1000 mulheres acima dos 50 anos e 2 casos para cada 1000 mulheres abaixo de 50 anos. Rastreamento: exames em pessoas assintomáticas. Aumentando assim o reconhecimento de lesões de menores tamanhos e mais profundas Houve um aumento do diagnóstico (30%) de todas as formas de câncer invasivo ○ No entanto o diagnóstico de metástase câncer de mama ○ Correlação história da incidência de neoplasias mamárias (SEER - EUA) O impacto da mamografia como rastreamento após sua implementação nos EUA. Medida do nódulo do câncer de mama: cor azul = nódulos de menores tamanhos | cor vermelha = nódulos acima de 2cm Houve aumento do diagnóstico de nódulos de menores dimensões. • Como houve aumento do diagnóstico de nódulos menores -> já tirava antes de ter tamanho grande = diminuição dos nódulos de maiores dimensões • Correlação entre o percentual das lesão malignas mamárias e seu tamanho (SEER - EUA). Quando há distúrbios proliferativos atípico, há maior chance de neoplasia maligna O impacto da mamografia como rastreamento foi significativo nas neoplasias com menos de 1 cm de diâmetro e nas lesões ductais in situ. Os exames de rastreamento aumentaram o diagnóstico de carcinoma ductal in situ (CDIS), já que são mais comumente detectados como calcificações mamográficas • Na palpação da mama, cuidar os nódulos pequenos, porque grande parte das lesões 1,0-1,9 cm porque correspondem a 27% dos nódulos A probabilidade de um distúrbio inflamatória -> neoplasia maligna = quase nula, bem como as proliferativa DISTÚRBIOS DA MAMA DISTÚRBIOS INFLAMATÓRIOS Doenças inflamatórias da mama são raras (responsáveis por menos de 1% dos sintomas mamários) e são causadas por infecções, doenças autoimunes ou reações do tipo corpo estranho à queratina ou secreções extravasadas. MASTITE AGUDA Ocorre geralmente no primeiro mês da amamentação e é causada por uma infecção bacteriana local. O patógeno mais associado à lesão é o Staphylococcus aureus. Os abscessos em infecções por Staphylococcus podem ser únicos ou múltiplos, enquanto no caso dos estreptococos, a infecção se desenvolve na forma de celulite. • A maioria dos casos de mastite está associada a fase de amamentação. A mama fica eritematosa e dolorosa, e frequentemente há febre. Mastite acontece em mulheres mais jovens• Diferenciar esta condição do carcinoma inflamatório mamário Se essa lesão for acontecer em uma mulher mais velha, a situação muda de contexto, porque pensa-se em carcinoma Em mulheres que apresentem a mama edemaciada e de aspecto eritematoso deve sempre ser considerado o “carcinoma inflamatório” simula uma inflamação ao obstruir vasos linfáticos da derme com um êmbolo tumoral • METAPLASIA ESCAMOSA DOS DUCTOS GALATÍFEROS Também conhecido como abcesso subareolar recorrente, consiste na metaplasia escamosa com queratinização dos ductos mamilares levando à obstrução que levam a destruição celular Mais de 90% das pessoas acometidas são fumantes Foi sugerido que a deficiência relativa de vitamina A associada ao fumo ou a exposição às substâncias tóxicas da fumaça do cigarro alteram a diferenciação do epitélio ductal. ○ • Quando a metaplasia escamosa se estende profundamente para dentro do ducto mamilar, a queratina fica presa e se acumula. A camada de queratina dessas células obstrui o sistema ductal, causando dilatação e eventualmente ruptura do ducto. Uma subsequente resposta inflamatória à queratina resulta em uma massa dolorosa eritematosa, essa exuberante resposta inflamatória crônica granulomatosa se desenvolve quando ocorre o extravasamento de queratina no tecido periductal adjacente. • Em casos recorrentes, uma infecção secundária por bactérias anaeróbicas pode ocorrer, causando uma inflamação aguda. • Entender o mecanismo patogênico do desenvolvimento da lesão ECTASIA DUCTAL A ectasia ductal apresenta-se como uma massa palpável periareolar, frequentemente associada a descarga papilar espessa, esbranquiçada, e ocasionalmente com retração da pele Essa alteração tende a ocorrer durante a 5ª ou 6ª década de vida, geralmente em multíparas. Diferentemente da metaplasia escamosa dos ductos galactíferos, não está associada com o tabagismo. ○ Dor e vermelhidão são incomuns○ • A importância dessa alteração é que a massa palpável e irregular simula clínica e radiologicamente um carcinoma invasivo. Como essa lesão pode ser confundida com uma lesão maligna, e por isso precisa ser biopsiado • Reconhecer está lesão como sendo um fator de confusão na clínica mastológica Ductos dilatados são preenchidos por secreções espessas e numerosos macrófagos repletos de lipídios.Quando rompidos, ocorre uma reação inflamatória crônica intersticial e periductal, composta por linfócitos, macrófagos e número variado de plasmócitos Os granulomas podem se formar em volta dos depósitos de colesterol e secreções. A consequente fibrose produz uma massa irregular com retratação da pele e do mamilo • NECROSE GORDUROSA As apresentações clínicas são variáveis, podendo simular um câncer (massa palpável indolor, espessamento ou retratação da pele, ou densidades mamográficas ou calcificações) Aproximadamente metade das mulheres acometidas tem história prévia de traumamamário ou cirurgia• Macroscopicamente, observam-se nódulos firmes e mal delimitados, de coloração branco-acinzentada, contendo pequenos focos de calcificação. As lesões agudas podem ter aspecto hemorrágico e conter áreas centrais de necrose gordurosa liquefativa com neutrófilos e macrófagos. Com o passar dos dias, fibroblastos proliferados e células inflamatórias crônicas rodeiam a lesão. Sequencialmente células gigantes, calcificações e hemossiderina aparecem, e eventualmente o foco é substituído por tecido cicatricial ou é circundado e cercado por tecido fibroso. • Descrever microscopicamente a lesão MASTOPATIA LINFOCÍTICA Também chamada de lobulite linfocítica esclerosante, essa patologia se apresenta como um ou múltiplos nódulos endurecidos e palpáveis ou como densidades mamográficas. Além disso nessa patologia está associado: Estroma colágeno denso• Ductos atróficos e lóbulos mostram espessamento da membrana basal e são envolvidos • por um infiltrado linfocitário proeminente.• Está associada à mulheres com diabetes tipo 1 (insulinodependente) ou com doença tireoidiana autoimune, acredita-se que tenha origem autoimune Há muita produção de colágeno e próximo dos tubos há muito predomínio de linfócitos. • Confundir com neoplasia maligna • Distinguir esta lesão do câncer de mama MASTITE GRANULOMATOSA Pode representar uma doença granulomatosa sistemática ou doenças que estão localizadas nas mamas . Assim, são várias etiologias, incluindo processos infecciosos e corpos estranhos. Etiologias: Sarcoidose, doença fúngica, tuberculose mamária • A mastite lobular granulomatosa é uma doença incomum que acomete mulheres que amamentaram. Os granulomas estão relacionados aos lóbulos, sugerindo que a doença pode ser causada por uma reação de hipersensibilidade a antígenos durante a lactação Um padrão histológico semelhante pode ser observado na mastite granulomatosa neutrofílica cística em infecções por Corynebacterium. ○ • Diferenciar esta condição do carcinoma inflamatório mamário Em mulheres que apresentem a mama edemaciada e de aspecto eritematoso deve sempre ser considerado o “carcinoma inflamatório” simula uma inflamação ao obstruir vasos linfáticos da derme com um êmbolo tumoral LESÕES BENIGNAS EPITELIAIS As lesões benignas são divididas em 3 categorias de acordo com o risco de malignização. Alterações mamárias não proliferativas 1. Doença mamária proliferativa 2. Hiperplasia atípica 3. Reconhecer estes grupos de lesão O risco relativo 10 = 10x mais chances de desenvolver do que a população em geral as lesões ductais são as mais comuns○ O câncer lobular in situ geralmente tem classificação associada. além disso ele não aparece na mamografia. as lesões lobulares tem uma prognóstico um pouco pior, e geralmente é multifocal. ○ demora muito, e por isso ela deixa de ser somente in situ. ○ Todas tendem a aparecer durante o período reprodutivo da vida, mas podem persistir após a menopausa. As alterações são divididas em padrão proliferativo e não proliferativo. Lesões não proliferativas: incluem o cisto e/ou fibrose sem hiperplasia das células epiteliais, conhecidas como alterações fibrocísticas simples. • Lesões proliferativas: incluem lesões que variam de inócuas até hiperplasia ductal atípica das células epiteliais e adenose esclerosante. Essas alterações são tão comuns que são encontradas em 60-80% das mulheres, o que constituem uma variante fisiológica • ALTERAÇÕES MAMÁRIAS NÃO PROLIFERATIVAS Correspondem a um grupamento de alterações muito comuns, mas que clinicamente podem ser alarmantes. As lesões não proliferativas são alterações fibrocísticas que possuem sinônimo diferentes de acordo com a especialidade. Clínico = mamas "inchadas" à palpação• Radiologista = mamas densas e com cistos • Patologista = alterações morfológicas benignas• Essas lesões são denominadas não proliferativas e indicam que elas não estão associadas a aumento do risco de câncer de mama. Existem 3 principais alterações morfológicas: alteração cística, fibrose e adenose No estroma é comum haver um infiltrado linfocítico em todas as variantes das alterações fibrocísticas Em relação aos cistos e a fibrose, essas são alterações mais comuns da mama que se caracterizam pelo aumento do estroma fibroso associado à dilatação dos ductos e à formação de cistos de vários tamanhos. ○ • CISTOS Um cisto único e grande pode se formar dentro da mama, mas geralmente seu distúrbio é multifocal e geralmente bilateral. As áreas envolvidas mostram densidade mal definida com aumento difuso e nodularidade discreta. Os cistos podem ser preocupantes quando são solitários e firmes à palpação.• Os cistos corresponde a dilatação e expansão dos lóbulos: o tamanho varia de menores de 1cm a 5 cm de diâmetro. Seu aspecto macroscópico depende muito do conteúdo, ou seja, se é líquido, sólido ou misto Os cistos são revestidos por um epitélio atrófico plano ou por células apócrinas metaplásicas (quase sempre benigna ) essas últimas apresentam citoplasma eosinófilo granular abundante, com núcleos profundamente cromáticos, pequenos e arredondados. O estroma que circunda todas as formas de cistos é geralmente formado por tecido fibroso comprimido, que perdeu sua aparência mixomatosa delicada normal. É comum haver um infiltrado linfocítico no estroma e em todas as outras variantes das alterações fibrocísticas. • Os produtos secretados dento do cisto, ou seja, intraluminal, podem desde calcificar até apresentar microcalcificações à mamografia. • A histologia pode mudar de acordo com o tamanho do cisto: Cistos menores: o epitélio é mais cuboide a colunar e apresenta, algumas vezes, várias camadas em áreas focais. • Cistos grandes: o epitélio pode ser pavimentosos ou até totalmente atrófico. Ocasionalmente, a proliferação epitelial leve leva a massas empilhadas ou a pequenas excrescências papilares • FIBROSE Frequentemente os cistos se rompem, liberando seu conteúdo para o estroma adjacente. A inflamação crônica e a fibrose secundária contribuem para o aspecto nodular na palpação da mama. ADENOSE A adenose é definida como um aumento no número de ácinos por lóbulo. Calcificações estão ocasionalmente presentes dentro das luzes. É uma característica comum na gravidez. Eles são formados por tecido mamário de aspecto habitual com alterações de lactação e podem simplesmente representar uma resposta local exagerada à influência hormonal durante a gravidez. ○ • Em mulheres não grávidas, a adenose pode ocorrer como uma alteração focal.• Os ácinos são recobertos por células colunares, que podem parecer benignas ou apresentar atipia nuclear (“atipia epitelial plana”). A atipia epitelial plana é uma proliferação clonal associada à perda do cromossomo 16q. • Essa lesão precursora é a mais reconhecida dos carcinomas de mama de baixo grau, mas não representa um aumento no risco de câncer de mama, provavelmente porque outras etapas no desenvolvimento do câncer limitam as taxas. • O aumento do tamanho dos ácinos na mamografia apresenta-se como um nódulo bem delimitado. Na mamografia = BI-RADS 3• ALTERAÇÕES MAMÁRIAS PROLIFERATIVAS SEM ATIPIAS As lesões caracterizadas pela proliferação das células epiteliais, sem atipia, estão associadas a um pequeno aumento no risco de carcinomas subsequentes em qualquer mama. Elas são comumentedetectadas como densidades mamográficas, calcificações, ou como achados incidentais em biópsias realizadas por outros motivos. • Essas alterações raramente formam massas palpáveis, a caracterização se dá pela proliferação do epitélio ductal e/ou estroma e pela ausência de anormalidade células sugestivas de neoplasia Essas lesões não são clonais e geralmente não estão associadas a mutações• HIPERPLASIA CLONAL Os ductos e lóbulos mamários normais são revestidos por uma dupla camada de células mioepiteliais e células luminares, Na hiperplasia epitelial, o aumento do número de células luminais e mioepiteliais preenche e distende os ductos e lóbulos. Luzes irregulares podem frequentemente ser observadas na periferia das células em proliferação • A hiperplasia epitelial nem sempre produz uma massa mamária clinicamente discreta. Ocasionalmente, ela produz microcalcificações à mamografia que aumenta o temor de câncer • Um ducto ou ácino normal com uma única camada de células mioepiteliais basais (células com núcleo compacto e escuro e pouco citoplasma) e uma única camada de células luminais (células com núcleo maior aberto, nucléolo pequeno e citoplasma mais abundante). Hiperplasia epitelial. A luz é preenchida por uma mistura de populações celulares, luminais e mioepiteliais. Fendas irregulares são proeminentes na periferia• Os ductos ou lóbulos podem estar repletos de células cuboides ordenadas, dentro dos quais um padrão pode ser discernido (denominado fenestrações). Algumas vezes, o epitélio em proliferação se projeta em múltiplas excrescências papilares pequenas para dentro do lúmen ductal (papilomatose ductal). A papilomatose florida pode estar associada à descarga papilar serosa ou serossanguínea. • A linha que separa as hiperplasias epiteliais sem atipia da hiperplasia atípica é difícil de ser definida, assim como e difícil distinguir claramente a hiperplasia atípica do carcinoma in situ. A hiperplasia lobular atípica é o termo utilizado para descrever as hiperplasias que se assemelham citologicamente ao carcinoma lobular in situ, mas as células não enchem ou distendem mais de 50% do ácido dentro do lóbulo. A hiperplasia lobular atípica está associada a um aumento do risco de carcinoma invasor ○ • ADENOSE ESCLEROSANTE Essa variante é menos comum do que os cistos e hiperplasia, mas as características clínicas e morfológicas podem ser dissimuladamente semelhantes ao carcinoma. Estas lesões contem fibrose intralobular acentuada e proliferação dos pequenos ductos e ácinos. • Macroscopicamente, a lesão tem uma consistência elástica e endurecida, semelhante ao câncer de mama. Há aumento no número de ácinos, ou seja das células epiteliais e mioepiteliais; os ácinos estão comprimidos e distorcidos na porção central da lesão. A fibrose estromática pode comprimir completamente as luzes, criando um aspecto de cordões sólidos ou camada dupla de células (adenose) repousando em um estroma denso, um padrão histológico que algumas vezes simula um carcinoma Invasor. A adenose esclerosante desperta a atenção clínica quando se apresenta como um nódulo palpável, uma densidade radiológica, ou como calcificações • A unidade ducto lobular terminal envolvida está alargada, e os ácinos são comprimidos e distorcidos pelo estroma denso. As calcificações estão presentes em algumas luzes. Diferentemente dos carcinomas, os ácinos estão dispostos em um padrão serpinginoso, e as margens externas são bem circunscritas. A presença de camadas duplas de epitélio e a identificação dos elementos mioepiteliais são uteis na sugestão do diagnóstico de benignidade CICATRIZ RADIAL Macroscopicamente, a massa é sólida e com extremidades irregulares, mas não é tão firme quanto um carcinoma invasivo. A massa consiste em um ninho central de pequenos túbulos entremeando um estroma fibroso denso e numerosas projeções exibindo epitélio com vários graus de hiperplasia e formação de cistos. • A imagem radiológica apresenta uma massa central irregular com grandes projeções radiodensas• PAPILOMAS Papiloma é um tumor benigno, indolor e de baixo risco de se tornar câncer. Pode regredir espontaneamente. Os papilomas crescem dentro de um ducto dilatado e são compostos por múltiplas ramificações com eixos fibrovasculares. Hiperplasia epitelial e metaplasia apócrina estão frequentemente presentes.• Pequenos papilomas ductais são comumente múltiplos e localizados profundamente ao longo do sistema ductal. Muitos dos papilomas ductais pequenos chamam a atenção clínica como massas palpáveis, ou como densidades ou calcificações vistas nas mamografias. Descargas serosas resultam de um bloqueio intermitente e liberação das secreções mamárias normais, ou irritação do ducto pelo papiloma. ○ • Grandes papilomas ductais estão situados nos seios galactíferos do mamilo e geralmente são únicos. Mais de 80% dos papilomas de grandes ductos produzem descarga papilar. Algumas descargas são hemorrágicas se o pedículo passar por uma torção, causando um infarto. • O papiloma crescimento da parede de uma parte que há hiperplasia, formando assim um pedículo que vai permitir a nutrição do papiloma Se houver torção desse pedículo -> isquemia e necrose do papiloma -> derrame mamilar • ALTERAÇÕES MAMÁRIA PROLIFERATIVAS COM ATIPIAS A hiperplasia atípica é uma proliferação clonal que tem algumas, mas não todas, características histológicas necessárias para o diagnóstico do carcinoma in situ. Está associada com o aumento moderado do risco de carcinoma e inclui duas formas: hiperplasia ductal atípica e hiperplasia lobular atípica. A hiperplasia ductal atípica está presente em 5% a 17% dos espécimes de biópsias realizadas para investigação de calcificações. ○ A hiperplasia lobular atípica é um achado incidental encontrado em menos de 5% das biópsias.○ • As hiperplasias lobular e ductal atípicas podem ser adquiridas através de mutações cromossômicas como a perda do cromossomo 16q ou ganho do 17p, mudanças que também são encontradas no carcinoma in situ Alguns achados de atipia são: Perda do estroma entre os ácinos • Hiperplasia cribriforme • Pleomorfismo celular • Hipercromasia celular • Aumento no número de mitoses • Mitoses anormais • Hiperplasia em Ponte romana = hiperplasia ductal atípica -> maior probabilidade desenvolver câncer de mama• Comedonecrose • HIPERPLASIA DUCTAL ATÍPICA A hiperplasia ductal atípica é semelhante histologicamente com o carcinoma ductal in situ (CDIS). Ela consiste em uma proliferação relativamente monomórfica de células espaçadas regularmente, por vezes em padrão cribriforme. É distinguida do CDIS por preencher parcialmente os ductos envolvidos• Resumindo: Semelhança histológica com carcinoma ductal "in situ" • População celular monomórfica (mas não completamente) • Localização celular regular • Lúmen arredondado • Presente em 17% das biópsias por calcificações • Pleomorfismo = células de diferenças tamanhos num mesmo nódulos (?) HIPERPLASIA LOBULAR ATÍPICA A hiperplasia lobular atípica também mostra perda da expressão da molécula de adesão E-caderina, uma característica compartilhada com o carcinoma lobular in situ. Essa forma de disseminação intraepitelial é chamada de “pagetoide” por causa de sua semelhança com a doença de Paget. A hiperplasia lobular atípica consiste em células idênticas àquelas do carcinoma lobular in situ, mas as células não preenchem ou distendem mais de 50% dos ácinos em um lóbulo Na hiperplasia lobular atípica, as células lobulares atípicas podem repousar na membrana basal dos ductos, sobrepondo- se às células luminais normais. • O ácino deve ter 2 camadas e mais a presença do lúmen. Nas hiperplasias lobulares, a maioria das vezes é atípica. • Mama: Doenças não-neoplásicas quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021 13:57
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