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Apostila de Raciocínio Analítico_versão 1

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Prof. Daniela Mafra www.cursoprofiap.com.br Raciocínio Analítico 
CURSO PROFIAP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação: Túlio Faria ©2015. 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando largar suas desculpas, você encontrará seus resultados” 
(Autor desconheci 
 
APOSTILA DE RACIOCÍNIO ANALÍTICO 
 
 
 
 
Concurso Público – Edital n.º 01/2015 
Cargo: Auxiliar Administrativo 
 
 
Prof. Daniela Mafra www.cursoprofiap.com.br Raciocínio Analítico 
CURSO PROFIAP 
AULA 1: RACIOCÍNIO ANATÍTICO 
A Prova de Raciocínio Analítico, realizada pela ANPAD desde junho de 2003 
e tem por objetivo avaliar a capacidade do candidato a “pensar”. 
Segundo o site do teste ANPAD, HTTP://www.anpad.org.br/teste.php, esta é a 
seguinte descrição do exame de Raciocínio Analítico: 
A prova de Raciocínio Analítico objetiva testar a habilidade do candidato em 
avaliar uma suposição, inferência ou argumento. Uma suposição significa um ato ou 
efeito de supor, estabelecer ou alegar por hipótese ou conjectura. Uma inferência 
significa um ato ou efeito de inferir, tirar por conclusão ou deduzir por raciocínio. Um 
argumento significa um raciocínio, indício ou prova pelo qual se tira uma consequência 
ou dedução. 
Cada questão consiste em um pequeno enunciado seguido por uma questão com 
cinco respostas possíveis acerca desse enunciado. A tarefa do candidato é escolher a 
melhor dentre essas respostas. 
Embora os enunciados abordem diversos temas, estes são auto-suficientes em 
termos de compreensão do tema, não requerendo do candidato o conhecimento prévio 
do assunto tratado; portanto, o foco da questão privilegia a análise do argumento, da 
suposição ou da inferência contidos no contexto do enunciado, e não em conhecimentos 
prévios sobre o tema do enunciado em si. 
 
 
 
1) ANALÍTICO 
http://www.anpad.org.br/teste.php
 
Prof. Daniela Mafra www.cursoprofiap.com.br Raciocínio Analítico 
CURSO PROFIAP 
Primeiramente vamos entender significado da palavras analítico. Discussões acerca 
do termo analítico nos leva ao juízo analítico juízo sistemático introduzido pelo filósofo 
alemão Imanuel Kant (1724-1804). Para Kant, as sentenças analíticas são as predicações 
onde o conceito do predicado está contido, de modo a priori, no conceito do sujeito, 
isto é, as sentenças analíticas apenas tornam explícitos conceitos que já estavam 
previamente contidos no significado do sujeito. Já as sentenças sistemáticas são 
predicações ampliativas onde o predicado adiciona informações ao conceito do sujeito. 
Na sua obra Crítica da Razão Pura kant afirma que só dispomos de duas maneiras 
de articular a relação entre um sujeito (aquele de quem se fala algo) com um predicado 
(o que se fala acerca do sujeito): ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo 
contido (ocultamente) nesse conceito A, ou B jaz completamente fora do conceito A, 
embora esteja em conexão com o mesmo. O primeiro caso é denominado juízo analítico 
e o segundo juízo sistemático. 
 
2) EXEMPLOS DE SITUAÇÕES ANALÍTICAS 
 
Proposição analítica: 
a) “A esfera é redonda.” 
b) “O triângulo tem três lados” 
c) “Solteiros são homens não casados” 
Note que não foi acrescentado nada ao conhecimento da esfera, porque está 
implícito no conhecimento de esfera o conceito de redondo. Por outro lado, ao 
trocarmos redonda por azul, isto é “A esfera é azul” deixaríamos de ter um termo 
analítico uma vez que a cor azul não está implícita no sujeito esfera. 
 
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CURSO PROFIAP 
 O mesmo ocorreu nos exemplos b) e c). 
Silogismo: 
O termo “analítico” aqui pode ser descrito como tirar uma parte de um todo. Temos 
o universo dos mortais em que está contido o universo dos homens e que entre os 
homens há o individuo Sócrates. Logo é possível inferir que Sócrates é mortal nesse caso. 
Se fosse dito que “Sócrates é filósofo”, nesse exemplo de silogismo, então o raciocínio 
deixaria de ser analítico, pois havia acréscimo de conhecimento aos dados presentes no 
silogismo. 
 
Os argumentos lógicos válidos 
a) p → q ora p logo q. 
b) p Λ q logo q. 
No exemplo a) realizamos apenas uma inferência onde não ouve acréscimo de 
conhecimento. E no Exemplo b) também não há acréscimo de conhecimento na 
proposição inicial em relação à conclusão. Logo esses dois argumentos lógicos 
válidos são analíticos. 
 
As palavras que são sinônimas ou descrições definidas 
a) “A casa é branca” = A residência é branca” 
b) “1+2 é impar = 3 é impar” 
 
a) Todo homem é mortal. 
b) Sócrates é homem. 
c) Sócrates é mortal. 
 
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3) EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
 
1) Considere a afirmação abaixo como verdadeira 
“A caneta está sobre o livro.” 
 Quais das alternativas abaixo também são verdadeiras: 
A) A caneta funciona. 
B) A caneta está deitada. 
C) O livro está fechado. 
D) O livro está abaixo da caneta. 
E) O livro está aberto. 
F) A caneca está sobre o livro 
G) A caneta foi colocada sobre o livro. 
H) A caneta está sobre vários livros. 
 
Resolução: Ao lermos essa afirmação podemos imaginar as seguintes situações: 
 
Assim temos que: 
A) Falso. Acréscimo de informação: pois não temos garantia da caneta funcionar. 
 
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B) Falso. Acréscimo de informação: a caneta pode estar bem pé ou deitada como 
mostram as figuras acima. 
C) Falso. Acréscimo de informação: o livro pode estar aberto ou fechado 
D) Verdadeiro. Falar que o livro está em cima do livro é equivalente a dizermos 
que o livro está de baixo da caneta, apenas trocamos a ordem. 
E) Falso. Acréscimo de informação: ele pode estar aberto ou fechado. 
F) Falso. Acréscimo de informação: sabemos que a caneta está em cima do livro, 
não temos nenhuma informação que há também uma caneca. Fiquei esperto, 
o som de caneta e caneca é muito parecido, e uma leitura rápida pode fazer 
você lê caneta no lugar de caneca e marcar está alternativa como verdadeira. 
G) Falsa. Acréscimo de informação: não é dito na afirmação como a caneta foi 
parar em cima do livro. 
H) Falsa. Acréscimo de informação: foi dito apenas que a caneta está sobre o 
livro, não há informação sobre a quantidade de livros. 
 
2) (ANPAD 02/2007) Sob uma burocracia de Estado competente e meritocrática, 
relativamente imune a pressões políticas, capaz de estabelecer um 
planejamento racional para uma trajetória superdinâmica de acumulação 
produtiva – tanto por parte do setor estatal como de seu pujante setor privado 
emergente –, e contando com um sistema bancário “socializado” que mobiliza e 
oferta crédito barato do longo prazo segundo as prioridades estabelecidas, a 
China vem crescendo nas últimas duas décadas e meia a uma taxa média de 9,5% 
ao ano. Desde 1980, sua renda per capita aumentou 300%, universalizou-se a 
educação básica e o percentual de jovens que frequentam universidades subiu 
 
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de 2,2% para 21%, concentrados em engenharias e em carreiras técnicas. No 
mesmo período, as exportações chinesas, saindo de 0,9%, alcançaram 6,5% das 
exportações mundiais em 2004, e assim a China se transformou no terceiro 
protagonista do comércio mundial. 
Qual das seguintes alternativas pode ser inferida a partir da leitura do texto 
acima? 
A) O fato de a China apresentar desempenho superior no campo econômico é 
decorrente de um imenso excedente populacional que redunda na 
disponibilidade perene de mão de obra abundante e barata. 
B) A opção chinesa, que envolve abertura econômica ampla e controle social 
severo, propiciou as condições políticas indispensáveis para aliar 
desenvolvimento sustentável e estabilidade. 
C) Já que o sistema chinês é relativamenteimune a pressões políticas, foi-lhe 
possível executar consistentemente um planejamento racional, o que colocou a 
China na melhor posição do que outras nações. 
D) Outros países em desenvolvimento não lograram crescimento nos patamares 
chineses devido à existência de condições políticas desfavoráveis que não lhes 
permitiram adotar estratégias competitivas. 
E) Se outros países em desenvolvimento adotarem os mesmos fundamentos 
econômicos escolhidos e implementados pela China, certamente obterão os 
mesmos resultados de desempenho. 
Resolução: 
A) Falso. Acréscimo de informação: o texto não fala de mão de obra abundante e 
barata. 
 
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B) Falso. Acréscimo de informação o texto não fala de controle social severo. 
C) Verdadeira. Note que esta alternativa praticamente repete o conteúdo do texto. 
D) Falso. Acréscimo de informação: o texto não menciona sobre as condições 
políticas dos outros países em desenvolvimento. 
E) Falso. Não podemos a partir de uma situação particular concluir resultado geral. 
3) (ANPAD 06/2007) A maioria das pessoas adquirem computadores para se 
conectar à Internet. Uma pesquisa do ITData mostrou que, entre os homens, o 
interesse maior é manter-se informado; os idosos dos grandes centros urbanos 
querem se comunicar com os filhos; o objetivo das mulheres, por sua vez, é 
aprender com o computador, o que é bastante facilitado pela Internet. Como o 
interesse pela rede está em alta, o acesso à mesma evoluiu bastante e os 
recursos específicos que o permitem são, atualmente, considerados itens 
básicos em qualquer computador. 
 
Qual das seguintes alternativas pode ser inferida a partir da leitura do texto 
acima? 
A) A Internet é o maior banco de informações do mundo, portanto é indispensável 
que os computadores atuais possuam equipamentos que permitam seu acesso 
a ela. 
B) As mulheres são menos informadas que os homens, pois utilizam menos a 
Internet para fins de busca de informação. 
C) O grande interesse dos homens pela Internet está associado a sua capacidade 
de trazer informações em tempo real para os usuários. 
 
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D) Os computadores atuais devem incluir equipamentos que permitam o acesso à 
Internet de banda larga, pois a simples capacidade de permitir o acesso à rede 
não constitui diferencial. 
E) Os interesses relacionados à Internet são bem variados entre homens, 
mulheres e idosos, e isso faz da capacidade de acesso à rede um item quase 
obrigatório nos computadores. 
Resolução: 
A) Falso. Acréscimo de informação: texto não traz informações que permita 
afirmarmos que a Internet é o maior banco de informações. 
A) Falso. Acréscimo de informação: o texto faz menção apenas sobre a internet 
não podemos afirmar que as mulheres são menos informadas que os homens 
pelo fato de utilizarem a Internet para outros fins. 
B) Falso. Acréscimo de informação: texto afirma que os homens buscam 
informações na Internet, mas essas informações podem ser variadas, em tempo 
real ou não. 
D) Falso. O texto não trata dos equipamentos do computador e sim do interesse de 
homens, mulheres e idosos pelo uso da Internet. 
E) Verdadeiro. O texto traz afirmações sobre o interesse de homens, mulheres e 
idosos pelo uso da Internet e pode-se constatar que são bem distintos. 
 
 
AULA 2: ESTRUTURA E VALIDADE DE UMA ARGUMENTAÇÃO 
 
 
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1. ESTRUTURA DE UMA ARGUMENTAÇÃO 
 
As estruturas argumentativas são baseadas em princípios da lógica. 
Um argumento é uma relação que associa um conjunto de proposições 
chamadas de premissas, e uma proposição chamada conclusão. Seu corpo estrutural é 
constituído de premissas, uma inferência e uma conclusão. 
 A inferência consiste na passagem das premissas à conclusão, nela um dos 
termos desaparece, restando apenas os termos extremos e o marcador da inferência no 
argumento indica essa situação. 
O argumento pode ser representado da seguinte forma: 
 
Como exemplo de argumentos temos os silogismos que são argumentos 
constituídos por duas premissas e mais a conclusão, e utilizam os termos: todo, nenhum 
e algum, em sua estrutura. 
Premissa 1: Todo homem é mortal. 
Premissa 2: João é homem. 
Inferência: Logo... 
 
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Conclusão: João é mortal. 
“Logo João é mortal” 
No exemplo acima a inferência fez desaparecer o termo “Todo homem” da 
premissa 1 e “homem” da premissa 2, restando apenas os extremos “João” da premissa 
2 e “mortal” da premissa 1. 
Exemplo: Não é um argumento: 
“Todos os professores que fazem pesquisa gostam de ensinar. Márcia é uma 
professora que gosta de ensinar. Existem professores que não fazem pesquisa.” 
Não é um argumento pois não está indicado qual das proposições deve ser 
considerada como conclusão 
 
2. VALIDADE DE UMA ARGUMENTAÇÃO 
 
É de grande interesse estudarmos a validade de um argumento. 
Um argumento é válido, quando a verdade das premissas são consideradas 
provas suficientes para a verdade da conclusão. 
Quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da 
conclusão, ou seja, quando a conclusão não é uma consequência obrigatória das 
premissas dizemos que um argumento é inválido. 
Se um argumento é válido então a verdade de suas premissas deve garantir a 
verdade da conclusão do argumento. Isso significa que, se o argumento é válido, 
jamais poderemos chegar a uma conclusão falsa quando as premissas forem 
 
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verdadeiras. Neste caso, dizemos que a conclusão é uma inferência decorrente das 
premissas. 
Exemplo: 
Premissa 1: Se eu ganhar na Loteria, serei rico. 
Premissa 2: Eu ganhei na Loteria. 
Inferência: Logo... 
Conclusão: sou rico. 
É um argumento válido uma vez que a validade das premissas 1 e 2 garantem a 
validade da conclusão. 
Mas se considerarmos as premissas: 
Premissa 1: Se eu ganhar na Loteria, serei rico. 
Negação da Premissa 2: Eu não ganhei na Loteria. 
Inferência: Logo... 
Conclusão: não sou rico. 
Temos um argumento inválido pois a conclusão não é uma decorrência lógica 
das duas premissas uma vez que uma pessoa pode ser rica sem ganhar na loteria. 
Mas nem sempre a verdade ou falsidade da conclusão tem como ser 
sustentada pelas premissas do argumento. 
Exemplo: 
Premissa 1: Todo brasileiro é lusófono. 
Premissa 2: Todo brasileiro é cordial. 
 
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Inferência: Portanto... 
Conclusão: Todo lusófono é cordial. 
Nesse caso, partindo da verdade de todas as premissas, não há como sustentar 
a verdade da conclusão. Não há informação suficiente nas premissas que podem indicar 
que “Todo lusófono é cordial.”, o que torna o argumento logicamente inválido. 
AULA 3:TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO 
Há dois tipos gerais de argumentos: os dedutivos e os não dedutivos. Que são 
ramificados como o diagrama a seguir: 
 
Tipos de argumentos 
Argumentos dedutivos Argumentos não dedutivos 
Formais Informais 
Premissas 
 
 
Conceptuais  Indutivos 
 De autoridade 
 Por analogia 
 Abdução 
 
A diferença fundamental entre os argumentos dedutivos e não dedutivos se dá 
através da validade das premissas e conclusão. Num argumento dedutivo válido é 
impossível que as suas premissas sejam verdadeiras e a sua conclusão falsa, isto é, as 
premissas verdadeiras garante a verdade da sua conclusão. 
 
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Nos argumentos não dedutivos válidos pode acontecer que as premissas sejam 
verdadeiras e a conclusão falsa,ainda que muito improvavelmente, isto é, as premissas 
verdadeiras apenas torna provável a verdade da sua conclusão. 
Todos os argumentos não dedutivos são informais. Alguns argumentos dedutivos 
são formais e outros são informais, mas todos argumentos formais são dedutivos. 
Nos argumentos formais a validade depende exclusivamente da sua forma 
lógica. Nos argumentos informais, a validade não depende exclusivamente da sua forma 
lógica. 
 
3. ARGUMENTOS DEDUTIVOS FORMAIS 
 
Os argumentos dedutivos formais são argumentos cuja a validade ou invalidade 
depende exclusivamente da sua forma lógica. 
Exemplo: 
 "Se chover, vou ficar em casa; logo, se fiquei em casa, choveu"; 
 
4. ARGUMENTOS DEDUTIVOS INFORMAIS 
 
Os argumentos dedutivos informais são os argumentos conceptuais, cuja 
validade ou invalidade é de carácter conceptual e não lógico. 
Exemplo: 
 "O céu é azul; logo, é colorido". 
 
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5. ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS 
 
Todos os argumentos não dedutivos são informais. Os principais argumentos não 
dedutivos são: 
 Indutivos 
 De autoridade 
 Por analogia 
 Abdução 
Argumentos indutivos 
 No argumento indutivo partimos de premissas particulares obtém uma 
conclusão universal. Nos argumentos indutivos a conclusão tem uma abrangência maior 
que as premissas. 
Há dois tipos de argumentos indutivos: a generalização e a previsão. 
Uma generalização é quando atribuímos a todo o universo de indivíduos 
pertencentes a um determinado grupo um conjunto de propriedades observadas 
apenas em parte desse grupo. 
Exemplo: 
Todos os corvos observados até hoje são pretos. 
Logo, todos os corvos são pretos. 
Para que uma generalização seja válida tem de obedecer a algumas regras: 
1°) O número de casos em que se baseia tem de ser representativo. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Premissa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Particular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conclus%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Universal
 
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2°) não pode haver contra-exemplos. 
Já na previsão as premissas baseiam-se no passado e a conclusão é um caso 
particular não observado. 
Exemplo: 
Todos os corvos observados até hoje são pretos. 
Logo, o próximo corvo que observarmos é preto. 
 
Argumentos de autoridade 
Os argumentos de autoridade consistem em conjunto de premissas ou 
evidências que tomam como ponto de partida a opinião e avaliação de uma fonte 
confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, 
uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, 
enfim, uma autoridade no assunto abordado. 
Exemplo: 
José Mourinho diz que o futebol requer inteligência. 
Logo, o futebol requer inteligência. 
Para serem bons, os argumentos de autoridade têm de cumprir 4 regras: 
1°) O especialista (a autoridade) invocado tem de ser um bom especialista da matéria 
em causa; 
2°) Os especialistas da matéria em causa não podem discordar significativamente entre 
si quanto à afirmação em causa; 
 
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3°) Só podemos aceitar a conclusão de um argumento de autoridade se não existirem 
outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da conclusão contrária; 
4°) Os especialistas da matéria em causa, no seu todo, não podem ter fortes interesses 
pessoais na afirmação em causa. 
Argumento por analogia 
Num argumento por analogia defende-se que, se duas coisas são semelhantes 
em alguns aspetos, é provável que também sejam semelhantes noutros. Uma das 
premissas é uma analogia entre duas coisas, ou seja, apresenta semelhanças conhecidas 
entre elas. Com base nisso infere-se que entre elas devem existir outras semelhanças 
menos óbvias. 
Exemplo: 
Os professores são como os treinadores. 
Os professores passam uma mensagem ao seu auditório. 
Logo, os treinadores passam uma mensagem ao seu auditório 
Se as semelhanças referidas nas premissas forem numerosas e significativas, e 
se não existirem diferenças muito relevantes, é bem provável que a conclusão seja 
verdadeira. 
 
Argumentação por abdução 
A argumentação por abdução consiste em estudarmos fatos e inventarmos uma 
teoria para explica-los. Podemos dizer que a abdução é a adoção probatória da hipótese. 
 
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O raciocínio abdutivo são as hipóteses que formulamos antes da confirmação (ou 
negação) do caso. 
A abdução ocorre quando deparamos com uma circunstância curiosa, capaz de 
ser explicada pela suposição de que se trata de caso particular de certa regra geral, 
adotando-se em função disso, a suposição. Para apreender ou compreender os 
fenômenos, só a abdução pode funcionar como método, pois ela faz uma mera sugestão 
de algo que pode ser. Todas as ideias da ciência vêm através dela. 
Exemplo: 
Todos os feijões daquela saca são pretos. Esses feijões são pretos. Logo, esses 
feijões são daquela saca. 
 
6. EXERCICIOS RESOLVIDOS 
 
1) (ANPAD-09/2013) Observe as duas proposições a seguir. 
I- Os brasileiros torceram pelo Brasil na Copa da Confederações. Eu sou 
brasileiro. Logo, eu torci pelo brasil. 
II- Os compradores de ingressos são identificados nos bilhetes. Os bilhetes 
informam que eles precisam de documento de identificação. Logo, para 
entrar no estádio será preciso identificar-se.” 
Os argumentos dessas duas proposições, se admitidos como plausíveis, são: 
A) Ambos indutivos. 
B) Ambos dedutivos. 
C) Nem dedutivos nem indutivos. 
 
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D) Dedutivo e indutivo, respectivamente. 
E) Indutivo e dedutivo, respectivamente. 
Resolução: 
Vamos analisas as proposições: 
I) Note que esta proposição é um argumento dedutivo formal, pois a validade 
da conclusão se deu através da fórmula lógica. Isto é, considerando a verdade 
das premissas p:“Os brasileiros torceram pelo Brasil na Copa da 
Confederações” e q: Eu sou brasileiro chegamos à conclusão verdadeira que 
“eu também torci pelo Brasil”. 
II) Note que esta proposição é um argumento indutivo pois, partindo da 
premissa que os compradores dos ingressos são identificados e que os 
bilhetes informam que eles precisam levar documento chegamos a uma 
conclusão de maior abrangência que é preciso se identificar para entrar no 
estádio. 
Resposta: D 
2) (ANPAD-06-2013) Uma propaganda antiga começava com os seguintes versos: 
“Se a lâmpada queimar, não adianta estrilar, nem bater o pé”. O trecho final 
revelava a solução para o consumidor: “O que resolve é ter logo à mão lâmpadas 
GE!”. 
A combinação dos dois trechos é coerente porque o primeiro deles, em relação ao 
segundo, contém uma 
A) proposição que se admite como verdadeira, a título de um princípio a partir do qual 
se pode deduzir um determinado conjunto de ações. 
 
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 B) conjectura que se baseia na dedução de que algo é provável quando leva em conta 
presunções, evidencias e pressentimento. 
 C) hipótese antecipada provisoriamente como explicação de fatos e fenômenos 
naturais e que deve ser posteriormente verificada pela indução ou pela experiência. 
D) suposição pela qual a imaginação antecipa o acontecimento, com o fim de explicar 
ou prever a possível realização de um fato e minimizar suas consequências. 
 E) inferência ocasionada pela tomada de posição diante dos riscos a que a sociedade 
está submetida diante dos avanços da tecnologia. 
Resolução: 
 A) Falsa, apesar de podermos considerar o primeiro trecho como uma proposição, não 
é por um princípio (lógico formal, por exemplo), que se pode deduzir pelo segundo 
trecho. 
 As alternativas B, C e D grafam corretamente que temosuma hipótese, suposição ou 
conjectura. No entanto B e C estão incorretos porque não explicam como essas 
conjecturas sejam coerentes com o trecho seguinte. São em si apenas análises da 
conjectura. 
D) Verdadeira, pois aponta que temos uma suposição, e que o objetivo da análise da 
mesma é a realização de um ato (ter lâmpadas GE disponíveis), como solução para o 
problema. 
E) Falso, pois o primeiro trecho não é uma inferência. 
Resposta: D 
 
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3) (ANPAD-06/2012) Uma pesquisa com jovens usuários das redes sociais mostrou 
que a maioria absoluta deles discute temas relacionados à política, o que não é 
comum entre os jovens em geral. Cientistas políticos declararam na ocasião que 
isso corresponderia a um enorme avanço, pois jovens politicamente conscientes 
seriam, já nas próximas eleições, cidadãos mais bem preparados e mais 
dispostos a participar (seja como eleitores, líderes comunitários ou candidatos) 
das decisões que impactam a sociedade.” 
Qual das seguintes alternativas apresenta, se verdadeira, uma aparente contradição em 
relação ao texto? 
A) Frequentar as redes sociais propicia ao internauta a possibilidade de interagir 
com um grande número de pessoas, entre os quais líderes de opinião politizados. 
B) As taxas de comparecimento às urnas entre aqueles que declaram não gostar de 
discutir política mantiveram-se inalteradas no período estudado. 
C) Aos políticos não causou estranhamento que, entre os jovens que mais debatiam 
política nas redes sociais, o comportamento de participação política ficou 
comum. 
D) Os mesmos cientistas políticos constataram que houve, nas eleições posteriores 
`pesquisa incremento pífio nas taxas de comparecimento às urnas entre os 
jovens. 
E) Constatou-se eu taxa de participação nas redes sociais entre jovens não é 
inversamente proporcional à de acesso à Internet, muito pelo contrário. 
Resolução: 
 
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Esta questão é uma exemplo de argumento de autoridade pois o autor utiliza da 
opinião de especialistas sobre o assunto, no caso política, para corroborar a sua tese de 
que a discussão por parte dos jovens, nas redes sociais, sobre política torna-os mais 
conscientes. 
Note que a alternativa D que apresenta uma contradição em relação ao texto, 
pois o texto afirma que “jovens politicamente conscientes seriam, já nas próximas 
eleições, cidadãos mais bem preparados e mais dispostos a participar” deste modo o 
texto sugere um aumento na participação dos jovens. Porém a alternativa D afirma que 
houve um incremento pífio nas taxas de comparecimento nas próximas eleições entre 
os jovens, contrariando a suposição dos cientistas. 
Resposta: D 
 
4) (ANPAD-09/2003) A imagem do Brasil no exterior sempre esteve associada a 
duas características negativas. Uma delas era a instabilidade econômica, que o 
Plano Real tratou de equilibrar. A outra característica referia-se às chamadas 
“regras do jogo”, consideradas pouco claras no Brasil. O país possui mais de 1 
milhão de textos legais, milhares deles contraditórios. A desorganização jurídica 
no Brasil e o descuido gerencial das autoridades resultaram em 2 milhões de 
processos tramitando nos tribunais. Nesse ambiente legal obscuro, a pior prática 
é o desrespeito de algumas autoridades pelos contratos. Ou seja, os políticos só 
respeitam o que está escrito quando lhes convém. A propósito, alguns 
economistas conceituados estão prevendo queda de 30% nos investimentos 
estrangeiros no Brasil. 
 
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Qual das seguintes alternativas pode se constituir na conclusão mais apropriada do texto 
acima? 
A) O Brasil, na visão da maioria dos investidores, não é um país apropriado para se 
investir. 
 B) Os políticos brasileiros são responsáveis pela imagem negativa do Brasil no exterior. 
 C) Com o Plano Real, as regras do jogo econômico ficaram mais claras a partir de 1994. 
D) Os investimentos externos no Brasil poderão cair este ano em relação ao ano 
passado. 
 E) A imagem do Brasil no exterior está diretamente vinculada ao respeito aos termos 
contratuais. 
Resolução: 
A) Falso, pois o texto não comporta essa assertiva, apenas afirma que existem 
problemas com a imagem do Brasil no exterior e que os investimentos devem 
diminuir. Não podemos afirmar nada sobre a maioria dos investidores. 
B) Falso, pois a imagem negativa se refere a um conjunto de fatores. Os investidores 
percebem o mau funcionamento do sistema, e os políticos e outras autoridades 
são apenas uma faceta do problema. Portanto, não se pode atribuir diretamente 
aos políticos, ou somente a eles, a responsabilidade pela má imagem do Brasil 
no exterior. 
C) Falso, pois a alternativa mistura a instabilidade econômica do primeiro fator com 
as “regras do jogo” referentes ao cumprimento dos contratos. Na realidade, por 
algum ângulo, pode até ser, mas não se pode inferir isso a partir do texto. 
 
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D) Falso, pois o texto não diz se a queda se refere ao ano, ao trimestre, ao mês ou 
a qualquer outra unidade específica de tempo. Além disso, existem somente 
previsões, o que não quer dizer que isso vá ocorrer com certeza. 
E) Verdadeira, pois se existiam dois motivos para a imagem negativa e um foi 
eliminado, e ao outro foi atribuída “a pior prática”, então este é o fator 
interveniente de maior peso, podendo-se concluir que a imagem do Brasil está 
diretamente vinculada a ele. 
A este tipo de conclusão, é mais um exemplo de argumento de autoridade presente no 
teste ANPAD. 
AULA 4: FALÁCIAS 
Na aula 1 vimos que as alternativas erradas das questões de raciocínio analítico 
envolvem acréscimo informação, esses acréscimos são contingentes (acontecimento 
incertos, analisado de maneira isolada) ou falaciosos. Nesta aula vamos estudar as 
falácias. 
Uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, 
inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega, isto é, não há 
procedimento analítico ou inferencial entre as premissas (enunciado) e a conclusão de 
um argumento (alternativas). 
Há vários tipos de falácias, mas elencaremos apenas aquelas com maior 
probabilidade de serem cobradas. 
Silogismo com termo médio não-distribuído 
 
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As falácias do tipo silogismo com o termo médio não distribuído ocorrem 
quando o termo que liga as duas premissas não abrange toda a classe à qual pertence. 
Neste caso o silogismo é um argumento logicamente inválido. 
Exemplo: 
a) 
1. Todo Z é B 
2. Todo y é B 
3. Portanto, todo y é Z 
B é o termo comum entre as duas premissas (o termo médio), mas em nenhum 
momento ele é distribuído, portanto, esse silogismo é inválido. 
b) 
1. O islamismo é baseado na fé. 
2. O cristianismo é baseado na fé. 
3. Logo, o islamismo é similar ao cristianismo. 
Fé é o termo comum entre as duas premissas (o termo médio), porém ela não é 
distribuída, portanto, esse silogismo é inválido. 
Conclusão irrelevante 
Trata-se do caso em que o argumentador chega a uma conclusão diferente da 
que pretendia. Em outras palavras, a conclusão não tem relevância para o assunto em 
discussão. 
 
 
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Exemplo: 
 É através dos impostos que o governo obtém dinheiro para ajudar os cidadãos 
mais carentes. Dados demonstram que ainda há muitas pessoas com carências. Logo, a 
solução é o governo aumentar os impostos dos automóveis. 
Declive Escorregadio (Slippery Slope) 
Este tipo de falácia corre quando uma vez aceita uma premissa, o 
argumentador leva o oponente a aceitar toda uma série de conclusõesabsurdas ou 
que levam gradativamente a um absurdo. Em outras palavras, o argumentador pega-se 
um determinado evento que pode ocorrer (ou que ocorre) e afirma, sem provas, que, 
caso ele ocorra (ou quando ele ocorrer), haverá consequências absurdas, que levarão 
para um absurdo. 
Exemplo: 
Você nunca deve jogar. Uma vez que você comece a jogar você achará que é difícil 
parar. Logo você estará gastando todo seu dinheiro em jogos de azar e, fatalmente, 
você vai se voltar para o crime para sustentar seus ganhos. 
Generalização apressada (Estatística insuficiente ou tendenciosa) 
 
Quando se concede ao todo atributos específicos de uma parte sem haver uma 
enumeração suficiente. É como uma visão deturpada. 
Exemplo: 
Pesquisas de larga escala foram tomadas em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco e 
verificou-se que uma média de 65% dos entrevistados é a favor da cota nas 
 
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universidades. Assim, pode-se concluir com segurança que 65% da população brasileira 
é a favor da cota nas universidades. 
Falsa Causa (Post Hoc) 
 Toma como premissa de uma conclusão, uma causa, que não leva efetivamente 
ao efeito (conclusão), isto é, supomos que, pelo fato de duas coisas estarem 
acontecendo juntas, uma é a causa da outra ignorando a possibilidade de que possa 
haver uma causa em comum para ambas. 
Quando uma causa não leva à conclusão que estamos esperando, dizemos que a 
causa é espúria. 
Exemplo: 
Mário foi curado da dor de cabeça porque rezou um pai-nosso e dez ave-marias. 
A reza aparece como uma causa espúria, no exemplo acima. 
Argumento Consensual 
Esta falácia ocorre quando se pressupõe que certa opinião, adotada pela maioria, 
é verdadeira pelo simples fato da maioria das pessoas sustentarem essa opinião. A 
falácia ocorre pois nada impede a maioria das pessoas incorrerem um erro. 
Exemplo: 
Num julgamento, alguém é condenado porque consensualmente os jurados 
acreditam que o réu é considerado culpado de um crime. Mas a inocência desse réu é 
vem a ser provada anos depois. 
Argumento contra a pessoa (Argumentum ad hominem) 
 
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É uma falácia identificada quando alguém responde a algum argumento com 
uma crítica a quem fez o argumento, e não ao argumento em si, procurando negar uma 
proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo. 
 
Exemplo: 
Roberto disse que amanhã não há aulas, mas é certeza que há aulas sim porque 
roberto é malcriado preguiçoso. 
 
Falácias de ambiguidade 
São falácias geradas pela falta de clareza no uso de uma frase ou palavra. Há dois 
modos de isto suceder: 
1. A palavra ou frase pode ser ambígua, caso em que tem, mais de sentido 
distinto; 
2. A palavra ou frase pode ser vaga. Nesse caso não tem um sentido distinto. 
Os tipos de falácias de ambiguidade mais comuns são: equívoco, ênfase e 
anfibolia. 
 
Equívoco 
A mesma palavra pode ser usada com dois significados diferentes podendo 
assim induzir o interlocutor a uma interpretação ou compreensão errônea da 
argumentação. 
 
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Exemplo: 
Para ser grande ou pequeno um objeto tem, primeiro, de ser. Logo, o ser do objeto 
surgiu primeiro. 
Neste exemplo, é claro o jogo com os significados lógico e físico da palavra "ser". 
Anfibolia 
Uma anfibologia ocorre quando a construção da frase permite atribuir-lhe 
diferentes significados. 
Exemplo: 
No teu emprego todos gostam de um carro. Portanto, há um carro muito especial. 
Neste exemplo, não dá para saber se todos gostam de um carro qualquer ou do 
mesmo carro. 
Ênfase 
A ênfase é usada para sugerir uma proposição diferente daquela que, de fato, é 
expressa. 
Exemplo: 
A ex-namorada, procurando vingar-se do capitão, escreveu no jornal: "Hoje, o capitão 
estava sóbrio". 
 
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Note que a ex-namorada sugere, com a ênfase, que habitualmente o capitão está 
bêbado. 
AULA 5: QUESTÕES MAIS COBRADAS NO TESTE ANPAD DE 
RACIOCÍNIO ANALÍTICO 
 
Apresentaremos a seguir em forma de tópicos os tipos de questões mais cobradas no 
teste Anpad. 
 
Inferir, admitir e afirmação plausível 
 
 Consistem em questões que prezam por um tipo de inferência que permite a 
recuperação de informações particulares ou específicas do texto. Estes processos 
consistem em restringe-se ao que está dito no texto. O candidato busca como possível 
resposta a explicitação de elementos particulares do texto. Embora também é 
admissível a recuperação de informações de cunho mais geral como no exemplo 2 
abaixo. 
Exemplos: 
1) (09-2011) Desde 2004, discute-se o funcionamento efetivo do chamado 
“cadastro positivo” de crédito, um sistema concebido pelo Banco Central (BC) 
que acumula o sistematiza o histórico das operações creditícias completas de 
todos os clientes dos bancos, cujos dados podem ser visualizados mediante 
autorização. 
Qual das seguintes alternativas pode ser inferida a partir da leitura do texto acima? 
A) Tomadores de empréstimos poderão ter tratamentos diferenciados. 
 
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B) Um recurso como esse vai melhorar em muito o sistema financeiro. 
C) Maus pagamentos certamente prejudicados com o novo sistema. 
D) Como um Big Brother,o BC pode bisbilhotar a vida de todo mundo. 
E) É mais uma iniciativa do governo para tolher a liberdade dos cidadãos. 
Resolução: 
Trata de procurarmos a alternativa possível, note que a alternativa A é possível pois, o 
verbo “poderão” deixa subentendido que o tratamento aos tomadores de empréstimo 
não é o único se esse cadastro for efetivado. As alternativas B e C estão incorretas 
porque não podemos afirmar com certeza se o projeto será executado, muito menos 
as suas consequências. Ademais, como o processo de inferir consiste em restringe-se 
ao que está dito no texto, então as alternativas D e E não incorretas, pois são 
opinativas. 
2) (06-2008) O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria 
de Direito Econômico do Ministério da Justiça multou a Nestlé em R$ 591 mil. 
Isso ocorreu em função de a empresa ter reduzido a quantidade de vários 
produtos sem aviso destacado nas embalagens. A decisão, publicada no Diário 
Oficial, definiu um prazo de 30 dias para o pagamento da referida multa. A 
Nestlé disse em nota que somente comentaria a decisão depois que fosse 
notificada oficialmente. 
Qual das seguintes alternativas pode ser admitida a partir da leitura do texto acima? 
A) A Nestlé agiu dessa forma para não alertar a concorrência sobre sua estratégia 
de redução da quantidade de diversos produtos, pois a competitividade em 
seu segmento é violenta. 
 
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B) A Nestlé cometeu um erro ao não informar a redução da quantidade de 
produtos e ao não destacar essa informação nas embalagens; por isso, foi 
multada pelo órgão do Ministério da Justiça. 
C) A Nestlé não respeitou a legislação nacional de proteção ao consumidor que 
obriga as empresas a informar a quantidade de produto nas embalagens. 
D) A Nestlé, por não se manifestar a respeito da decisão do Departamento de 
Proteção e Defesa do Consumidor, evidenciou que a não informação ao 
consumidor foi intencional. 
E) A Nestlé reduziu a quantidade de diversos produtos e, além de não destacar a 
redução, sequer informou ao consumidor, o que representa má-fé por parte 
da empresa. 
Resolução: 
A) Incorreta. Não se sabe por que a Nestlé agiu desta forma. 
B) Correta. Está claro no texto que a empresa foi multada, portanto a Nestlé 
cometeu um erro, obviamente a razão da multa foi a alteração de embalagem. 
C) Incorreta. Não se sabe qual a legislaçãoque a empresa desrespeitou. 
D) Incorreta. Não se pode afirmar que o erro foi intencional. 
E) Incorreta. Não se pode afirmar que seja um caso de má fé. 
 
3) (06-2011) Não é de hoje que o banco norte-americano Goldman Sachs destaca 
a força das economias emergentes. Desde 2001, quando o economista chefe 
daquela instituição financeira, Jim O’Neill, cunhou o termo BRIC – grupo 
formado por Brasil, Rússia, Índia e China –, os olhos do mundo têm se voltado 
 
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com mais atenção para esses quatro países. Após a crise dos subprimes de 
2008, a coisa ficou ainda mais evidente. Segundo o banco, o BRIC, nos próximos 
dez anos, terá um PIB combinado de US$ 37 trilhões e, até 2050, terá todos os 
seus países no ranking das cinco maiores economias do mundo, dividindo 
espaço apenas com os Estados Unidos. 
Assinale a alternativa que contém uma afirmação plausível a partir do texto acima 
A) O economista citado não levou em consideração uma eventual longevidade da 
crise, o que poderia retirar os EUA de sua posição entre os cinco maiores PIBs. 
B) Em 2009, o termo BRIC foi substituído por BRICS, que inclui a África do Sul 
entre os países emergentes de maior destaque na economia mundial. 
C) Até 2050, alguns países terão, em termos de tamanho do PIB, sua importância 
econômica diminuída em relação àquela por eles tida na atualidade. 
D) Mesmo que o BRIC enquanto grupo não logre ascender às posições de maiores 
economias, a China o fará, independentemente de qualquer acontecimento. 
E) Até 2050, certamente outros países merecerão destaque, como também pode 
acontecer de algum BRIC, ou todos, perder importância econômica. 
Resolução: 
A) Não dá para saber se ele leva isso em conta, ou não. 
B) Externo ao texto. 
C) Plausível, pois se alguns países terão importância relativa aumentada, outros 
certamente diminuirão de importância. Note que as afirmativas categóricas 
sobre o futuro já estão no texto. 
D) Opinativo. 
 
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E) Não se pode afirmar que “certamente outros países merecerão destaque” só 
com base no texto. 
 
Conclusão apropriada 
 
Nesse caso a única inferência possível seria aquela que nos forneça o maior número 
possível de informações presentes dentro do texto. Um caminho mais seguro para se 
identificar a conclusão de um texto consiste na identificação da tese, isto é, a essa última 
se configuraria como um tipo de conclusão apropriada. A conclusão do texto decorre do 
texto, idéias externas ao texto, mesmo que corretas, em geral aparecem em alternativas 
incorretas. 
Exemplo: 
(06-2008) O atual e surpreendente impulso econômico alemão está calcado em 
fundamentos sólidos dentro do contexto político, econômico e social da Alemanha. O 
governo daquele país criou sustentação para isso por meio da redução de impostos e 
de reformas no mercado de trabalho. As empresas otimizaram suas estruturas de 
compras e custos, desenvolveram produtos inovadores e incrementaram sua 
competitividade. Por outro lado, os trabalhadores contribuíram com reivindicações 
moderadas e jornadas de trabalho mais longas. 
Qual das seguintes alternativas constitui a conclusão mais apropriada para o texto 
acima? 
 
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A) A consciência dos trabalhadores, das empresas e do governo a respeito de 
suas respectivas parcelas de contribuição foi crucial para o atual impulso 
econômico alemão. 
B) A otimização das estruturas de compras e custos, o incremento da 
competitividade e o desenvolvimento de produtos inovadores foram 
fundamentais para o crescimento do país. 
C) A redução dos impostos por parte do governo alemão e a moderação das 
reivindicações dos trabalhadores foram responsáveis pelo crescimento da 
economia alemã. 
D) O contexto político, econômico e social de um país sustenta o crescimento de 
uma nação, pois envolve a população, o governo e a economia. 
E) O crescimento sustentável da Alemanha se deve à postura da população, que 
entendeu a necessidade de o país crescer; por isso, as jornadas de trabalho 
ficaram mais longas. 
 
Resolução: 
A alternativa A resume melhor o texto do que as demais, pois destaca todos os 
aspectos importantes no processo alemão. A alternativa B apresenta apenas os 
pontos relativos as empresas e a alternativa C apresenta os pontos relativos ao 
governo e aos trabalhadores não englobando tantos pontos quanto a 
alternativa A. Já a alternativa D extrapola a conclusão para todas as nações, o 
que não ser admitido. A alternativa E restringe apenas ao aspecto dos 
trabalhadores. 
 
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Fortalecimento e enfraquecimento 
 
O fortalecimento e enfraquecimento consistem respectivamente na reafirmação e 
negação da ideia ou estrutura que perpassa a tese. É exigido que o candidato descubra 
qual a ideia que perpassa a tese e executado isso, encontre uma resposta que tenha 
afinidade com a tese, no caso do fortalecimento, ou afirme algo contrário a ela, no caso 
do enfraquecimento. 
Exemplos: 
1) (06-2003) “Toda guerra baseia-se no logro... Se você estiver perto, faça parecer 
que está longe; quando estiver longe, procure dar impressão de que está por 
perto”. Este trecho refere-se a uma noção largamente aceita no meio da 
estratégia militar. Com o passar dos anos, os conceitos referentes ao sucesso 
na condução dos exércitos à vitória nas batalhas começaram a permear o 
raciocínio dos estrategistas corporativos, que, metaforicamente, passaram a 
considerar o mercado como campo de batalha, os clientes como objetivos a 
serem conquistados e os concorrentes como inimigos a serem derrotados. 
Qual das alternativas seguintes, se verdadeira, poderia fortalecer a conclusão 
do trecho citado? 
A) A melhor defesa é o ataque. Ou seja, ao perceber o interesse de algum 
concorrente nas posições da empresa no mercado, deve-se antecipar seus 
movimentos e atacá-los em suas próprias posições. 
B) A desorientação do inimigo é uma estratégia eficaz. Deve-se confundir os 
concorrentes com ações que os levem a prever erroneamente os nossos 
 
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movimentos. Na literatura sobre estratégia empresarial, essa manobra é 
conhecida como Ploy (ação cujo único objetivo é enganar o inimigo). 
C) O flanqueamento pode ser uma ação efetiva. Deve-se evitar o confronto 
direto com o concorrente em seu território no mercado. Ações que 
permitam uma aproximação em áreas ou produtos que não sejam vitais 
para o concorrente podem fortalecer a posição da empresa antes do 
enfrentamento. 
D) A guerrilha faz-se necessária frente a um forte oponente. Para enfrentar um 
concorrente mais forte no mercado, deve-se empreender ações rápidas, 
inesperadas, momentâneas e que infrinjam perdas financeiras ao 
concorrente, tornando sua permanência naquele mercado muito curiosa. 
E) O choque frontal é adequado quando o oponente é mais fraco. Quando a 
empresa é mais forte no mercado do que o concorrente, deve-se enfrentá-
lo abertamente, através de uma “guerra” de preços e de vantagens aos 
clientes e integrantes do canal de distribuição. 
 
Resolução: 
Note que a conclusão do texto é que “os conceitos de guerra estão sendo 
usados em estratégia coorporativa”. Identificada a conclusão é fácil perceber 
que a alternativa B a fortalece pois apresenta um texto corporativo baseado 
numa estratégia de guerra. Vale notar que as alternativas não precisa ser 
verdadeira, pois o anunciado da questão diz claramente “qual alternativa, se 
verdadeira, poderia enfraquecer”, assim não importa se o nome da estratégia é 
Ploy ou não, e sim a ideia presente na alternativa. 
 
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2) (06-2008) O Ministério da Educação, em parceria com a OAB, vai cruzar os 
dados da avaliação de cada instituição de ensino de Direito com os resultados 
do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. Se as notas ruins 
coincidirem, a instituição sofrerá uma vistoria do MEC e terá de assinar um 
documento comprometendo-se com a melhoria de seus cursos. Em um dos 
exames realizados em 2007 na cidade de São Paulo, 69,6% dos candidatos 
foram reprovados; porém, há registro de exames com até 90% de reprovação. 
Atualmente, as universidades têm o poder de ampliar as vagas de seus cursos 
sem consultar o MEC, o que provavelmente contribui para o baixo desempenho 
dos alunos. O Ministério se comprometeu a cortar essa autorização caso os 
resultados dos exames nacionais se mantenham insatisfatórios. 
Qual das seguintes alternativas, se verdadeira, mais enfraqueceria a conclusão do 
texto acima? 
A) A possibilidade de ampliação das vagas dos cursos pelas próprias instituições 
desfavorece o ensino no Brasil, independentemente de existirem vagas 
suficientes para a atual demanda nacional no ensino superior. 
B) O corte da autorização de ampliação das vagas pelas instituições de ensino 
reflete uma preocupação do governo federal com o ensino no Brasil; por isso, 
foi criado o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. 
C) O desempenho dos cursos de Direito no Brasil está muito aquém do que 
deveria estar; prova disso são os resultados obtidos pelos alunos desses cursos 
no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. 
 
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D) O Ministério da Educação tem a responsabilidade de fiscalizar as atividades das 
universidades, bem como o desempenho dos alunos, visto que a educação no 
Brasil é uma das prioridades do governo federal. 
E) O resultado dos alunos nos Exames Nacionais de Desempenho dos Estudantes 
é de inteira responsabilidade dos próprios alunos; as universidades são apenas 
facilitadoras no processo de ensino. 
 
Resolução: 
Note primeiramente que o texto direciona-se para a ideia que a 
responsabilidade pela educação é também das instituições de ensino, e a 
fiscalização e punição propostas têm como objetivo fazer esses centros se 
esforçarem para melhorar o resultado, ou diminuir o número de alunos nas 
salas. Identificada a ideia central fica fácil de perceber que a alternativa E 
enfraquece a conclusão, pois se a responsabilidade pelo resultado é apenas dos 
alunos não faz sentido fiscalizar, punir e muito menos esperar melhorias 
focando nos centros. 
Reprodução da estrutura lógica, Reprodução do método utilizado e estrutura 
semelhante 
 
Esse tipo de questão requer que o candidato seja capaz de identificar a estrutura 
proposta pelo texto e reproduza-a em sua possível resposta. 
Exemplos: 
 
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1) (06-2014) Em Minas Gerais, o estoque de vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) 
até o momento é reduzido, mas ainda não há desabastecimento. Na capital, o 
quantitativo no mês passado não foi suficiente para manter abastecido o 
município até a próxima remessa. O ministério da Saúde promete normalizar o 
fluxo a partir deste mês. 
 
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta estrutura de 
argumentação similar à do texto. 
 
A) Na capital fluminense, o desemprego é alto, mas ainda não há alarme que 
chame a atenção da mídia. No estado, o número de vagas de emprego 
abertas não bastou para pelo menos manter o nível de desemprego do mês 
passado. O governo carioca promete resolver o problema dentro de meses. 
B) Na capital paulista, o número de universidade é grande, mas não suficiente 
para a maior população do país. No ABC paulista, o número é reduzido, mas 
parece atender bem a demanda. O Ministério da Educação prometeu que 
intervirá no estado para controlar a abertura de novas universidades. 
C) No Rio Grande do Norte, o orçamento para a educação está reduzido no 
momento, mas ainda não afeta as atividades educacionais. Em Natal, capital 
do estado, o último orçamento não conseguiu cumprir a folha de pagamento 
até agora. O Ministério da Educação promete realizar algumas ações o 
quanto antes. 
D) No Pará, o número de professores de química é reduzido, mas não há escolas 
que venham sendo impactadas por falta de professores. No Amazonas, o 
 
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quantitativo é tão reduzido que há escolas que fecharam as portas até que 
algo seja feito. As universidades prometem formar mais professores. 
E) Em Santa Catarina, a população da indústria foi reduzida nos últimos meses 
deste ano, mas ainda não há desabastecimento. Na região Sul um todo, o 
quantitativo da indústria não foi suficiente para atender à demanda regional. 
O setor da indústria promete procurar soluções de curto prazo. 
Resolução: 
Note que o texto é estruturado da seguinte maneira: inicia destacando uma redução 
geral do estoque da vacina no estado de Minas Gerais, que ainda não causou 
desabastecimento no estado. Em seguida, mostra que o abastecimento do mês passado 
na capital foi insuficiente para atender sua demanda do mês. E finaliza com promessa 
de ação do Ministério da Saúde. 
As alternativas A e B não possuem a mesma estrutura pois iniciam com uma situação 
particular da capital. 
A alternativa C apresenta a mesma estrutura, pois inicia destacando uma redução no 
orçamento para a educação no estado do Rio Grande do Norte, que ainda não afeta as 
atividades educacionais do estado. Em seguida, mostra o último orçamento da capital 
não conseguiu cumprir a folha de pagamento até agora. E finaliza com promessa de ação 
do Ministério da Educação. 
A alternativa D e E, embora inicia com uma situação de redução no estado, mas em 
seguida não trata da situação da capital destes estados. 
 
 
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2) (09-2011) Hoje não choverá. Se amanhã chover, não visitarei meus pais no 
sítio. Se depois de amanhã não chover, trabalharei no campo. 
Qual das alternativas a seguir mais se aproxima do método utilizado para redação 
do trecho acima? 
A) Não houve aulas na escola hoje. Se tampouco houver aulas amanhã, o 
calendário não poderá ser cumprido. Se o calendário não for cumprido, a 
formatura dos alunos será prejudicada. 
B) A China compra minério de ferro brasileiro. Se as compras diminuírem, o Brasil 
terá problemas na balança comercial. O consumo de ferro na China tende a cair 
um pouco nos próximos anos. 
C) Não consegui vender meu carro. Se o vender esta semana, não continuarei com 
a minha casa no centro do Rio. Se não conseguir vendê-lo na próxima semana, 
permanecerei morando na cidade. 
D) Os astrônomos não conseguem explicar de forma convincente os buracos 
negros. Se eles não explicam, as pessoas não acreditam neles. Se as pessoas 
não acreditam, eles não existem. 
E) A construtora não concluiu o prédio no prazo estipulado em contrato. Se o 
contrato não é cumprido, os consumidores têm direito a uma indenização de 
valor substancial. 
Resolução: 
Desconsiderando dia ocorrência, tomemos 
𝑝: Chove. 
𝑞: Visitar meus pais. 
 
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𝑟: Trabalhar no carro. 
Passando a frase para linguagem simbólica, desconsiderando os dias temos a seguinte 
estrutura: ~𝑝. 𝑝 → 𝑞.~𝑝 → 𝑡. 
Dentre as alternativas a que mais se assemelha é a letra C, basta tomarmos 
𝑝: Vender meu carro. 
𝑞: Continuar com minha casa do centro do Rio. 
𝑟: Morar na cidade. 
 
3) (09-2011) No mundo em que vivemos, o sucesso na vida profissional depende 
sobremaneira do rigor intelectual e do conhecimento. 
Qual das seguintes alternativas apresenta estrutura semelhanteà do trecho acima? 
A) Na carreira militar, a ascensão ao generalato está vinculada fundamentalmente 
ao perfil e à disciplina. 
B) Nas empresas multinacionais, tornou-se muito comum a ascensão a cargos de 
direção antes dos 30 anos de idade. 
C) Para qualquer monge budista, a disciplina diária antecede o hábito, que, por 
sua vez, antecede a virtude. 
D) Em uma tese, o autor compara hospícios e universidades e os considera 
equivalentes quanto à estrutura de poder. 
E) Na carreira política, ocupar a presidência de uma casa no Congresso é 
considerado ápice da atividade. 
Resolução: 
 
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Note que no trecho é apresentado dois fatores (rigor intelectual e conhecimento) 
relacionados entre si em uma relação de dependência. Dentre as alternativas a única 
em que dois fatores estão relacionados entre si numa situação similar à de 
dependência é a letra A. 
 
Explicação plausível 
 
A explicação plausível requer que o candidato apresente soluções plausíveis para o 
problema proposto pelo texto. Geralmente essa solução não contempla o conteúdo do 
texto, mas apresenta certa afinidade com a estrutura da tese. 
Exemplo: 
(02-2012) Suponha-se que encontremos o seguinte relato de um jornalista a respeito do 
assunto abordado no Texto 1: “o látex foi visto pela Inglaterra como uma excelente 
opção econômica para alguns de seus domínios na Ásia, no quais o clima tropical é 
semelhante ao da Região Amazônica. Paradoxalmente, enquanto os seringais da Malásia 
e do Ceilão estavam em crescimento, faltavam alimentos e parte da população passava 
fome”. 
As seguintes, alternativas, se verdadeiras, contêm uma explicação plausível para a 
situação descrita no relato do jornalista, EXCETO: 
A) Quando a espécie proliferou, os seringais substituíram vastas áreas de produção 
de víveres para a população local, que não dispunha de outras fontes de 
alimentação. 
 
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B) Foi descoberta uma nova variedade de seringueira, que crescia mais rápido e 
apresentava uma produtividade muito maior. Com ela, o Brasil estava tentando 
compensar o roubo das sementes. 
C) Com a introdução da seringueira, chegaram à Ásia pragas e doenças que 
contaminam várias outras plantas, fontes únicas de alimentos para a população 
local. 
D) Com dificuldades temporárias de importar alimentos de outras partes do 
mundo, os ingleses compraram toda a produção agrícola do Ceilão e da Malásia 
e a enviaram para a Inglaterra. 
E) Naquele período, houve alterações no clima da região, com falta de chuva e 
muito calor, o que prejudicou a germinação das sementes de víveres e fez com 
que a produção agrícola fosse pífia. 
 
 
Resolução: 
A única alternativa que não contêm uma explicação plausível é a alternativa 
B, pois se fundamenta na falácia de que foi descoberta uma nova espécie 
(ainda é cultivada a mesma espécie) de seringueira e que o tentava 
compensar o roubo da semente. 
 
 
Proposição contida no texto 
 
 
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A proposição contida no texto consiste em identificar a tese ou ideia central que 
perpassa todo o texto. 
Exemplo: 
(02-2012) Geologicamente, cientistas chamam o período atual de Holoceno, de 
aproximadamente 10 mil anos de idade, uma parte atipicamente estável do período 
Quaternário, que se caracteriza por entradas e saídas regulares de eras glaciais. Há quem 
defenda outra proposição, a de que estamos em uma era moldada pela ação do homem, 
da derrubada de florestas, do vasculhamento do fundo dos oceanos, do acúmulo de 
sedimentos nos leitos dos rios e da retenção de volumes imensos de água em represas 
artificias, da mineração a quilômetros de profundidade, do derretimento de geleiras e 
da transformação de solos áridos em territórios férteis pela irrigação. Bem-vindos ao 
período Antropoceno. 
Pode-se afirmar com propriedade sobre a proposição contida no texto acima que 
A) Se trata de uma proposição teórica, sem repercussões concretas no mundo 
físico. 
B) Se trata de uma subversão aos pressupostos da ciência como até então 
concebida. 
C) Se acredita que as intervenções humanas tornaram o mundo um lugar muito 
pior. 
D) Se sabe que as intervenções humanas tornaram o mundo um lugar ora 
melhor, ora pior. 
E) Se depreende que a nova classificação muda tudo o que se sabia sobre 
geologia até hoje. 
 
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Resolução: 
Pode-se perceber que o texto traz uma discussão teórica dos cientistas sobre 
o período geológico atual. Essa discussão não repercute no mundo. 
(Percebamos que as proposições não repercutem concretamente no mundo 
físico, mas os eventos citados acontecem no mundo físico). Logo a resposta 
é a alternativa A. 
 
Solução da contradição 
 
Na solução da contradição, aparente o primeiro passo consiste em identificar a 
contradição. Feito isso, o candidato deve equacionar os elementos presentes na tese e 
procurar localizá-los na possível resposta. Geralmente na contradição aparente, os fatos 
se mostram contraditórios, isto é, acerca de um mesmo assunto são feitas afirmações 
diferentes. 
Exemplo: 
(06-2006) Na lista dos problemas de saúde que mais afetam os executivos brasileiros, 
as alergias ganharam um peso considerável nos últimos anos, principalmente a rinite 
alérgica: é o que mostrou um levantamento feito com 2.120 profissionais de grandes 
empresas. Dentre os entrevistados, 28% relataram sofrer com crises de espirro, coceira 
no nariz, coriza e obstrução nasal - os sintomas mais frequentes da rinite. Em segundo 
lugar no ranking, aparecem as alergias de pele, relatadas por 21% dos entrevistados. 
Esse cenário é consequência direta da falta de qualidade ambiental: a falha mais comum 
está nos sistemas de ar condicionado, que apresentam alto grau de contaminação por 
germes. No entanto, chama a atenção o fato de que a maioria dos funcionários que 
 
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trabalham nas mesmas empresas dos executivos pesquisados não apresentam os 
mesmos sintomas. 
Qual das seguintes alternativas melhor resolve a aparente contradição do texto 
acima? 
A) A natureza ou a hierarquia funcional fazem com que a maioria dos funcionários 
não esteja exposta ao condicionamento ambiental. 
B) A limpeza dos sistemas de ar condicionado uma vez por ano reduziria muito o 
problema das doenças dos executivos. 
C) Os executivos são biologicamente mais propensos às doenças relacionadas ao 
trabalho do que os outros trabalhadores. 
D) O trabalho dos executivos é difícil e estressante por natureza, o que prejudica o 
sistema imunológico das pessoas. 
E) Os executivos trabalham muito próximo uns dos outros, o que facilita a 
proliferação de agentes patogênicos. 
Resolução: 
A) Correta, pois o texto atribui os problemas dos executivos à má qualidade 
ambiental provocada, principalmente, pelos sistemas de ar-condicionado. Esses 
aparelhos não são disponibilizados para ambientes cuja natureza do trabalho 
seja incompatível com eles, ou somente o são para os escalões mais altos, status 
típico dos executivos. Assim, quem não está exposto ao ambiente condicionado 
por esses sistemas não desenvolve as doenças a eles relacionadas. 
B) Isso ainda não permite esclarecer por que, estando sujo o sistema, executivos e 
funcionários sejam diferentemente afetados. 
 
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C) Não existe evidência nenhuma no texto que permita conclusões desse tipo. 
D) Não existe evidência nenhuma no texto que permita conclusões desse tipo. 
E) Não há nenhuma consideração no texto sobre o trabalho dos executivos. 
F) 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:ALVES, Allaor Caffe. Lógica, Pensamento Formal e Argumentação. São Paulo: Quartier 
Latin, 2003. 
 
CAPALDI, Nicholas. The Art of Deception: an introduction to critical thinking. New York: 
Prometheus Books, 1979. 
 
HEGENBERG, Leônidas. Dicionário de Lógica. São Paulo: EPU, 1995. 
 
KELLER, Vicente & BASTOS, Cleverson L. Aprendendo lógica. Ed. Vozes, Petrópolis, 2002. 
 
NEWTON-SMITH, W. H. Lógica: um curso introdutório. Lisboa: Editora Gradativa, 1998. 
 
THIRY, Philippe. Noções de Lógica. Lisboa: Edições 70, 1998. 
 
TOMASSI, Paul. Logic. New York: Rutledge, 1999.

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