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Sarah Yumi S. Nishikawa – SOI IV APG 04 – 18/02/2021 Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia da Síndrome Metabólica (etiologia, diagnóstico e tratamento). Síndrome Metabólica O termo síndrome metabólica descreve um conjunto de fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de doenças cardiovasculares. Ela tem como base a resistência insulínica. A síndrome metabólica (síndrome X, síndrome de resistência à insulina) consiste em um grupo de anormalidades metabólicas que conferem aumento de risco de doença cardiovascular (DCV) e diabetes melito. A presença de três ou mais fatores demonstram sinal da presença de resistência à insulina (maior quantidade do hormônio para a homeostase do organismo). · Grande quantidade de gordura abdominal: em homens, circunferência abdominal com mais de 102 cm e mais de 88 cm em mulheres · Colesterol HDL baixo: menos que 40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres · Triglicerídes elevado: 150 mg/dl ou superior · Hipertensão arterial sistêmica: 135/85 mmHg ou superior ou se utiliza medicamento para reduzir a pressão arterial · Glicemia elevada: 110 mg/dl ou superior. Fatores de Risco: Alguns fatores que contribuem para o seu aparecimento são: a. Genéticos b. Excesso de peso (região abdominal) c. Sedentarismo d. Envelhecimento e. Diabetes Mellitus f. Doença cardiovascular g. Lipodistrofia Etiologia: · Suscetibilidade genética + influencia do ambiente · A obesidade central (visceral) aumenta significantemente o risco de desenvolvimento. O excesso de gordura abdominal ocasiona proliferação de ácidos graxos livres na veia porta, aumentando a concentração de gordura no fígado. A gordura também se acumula nas células musculares. Ocorre resistência à insulina, com hiperinsulinemia. O metabolismo da glicose é prejudicado, havendo dislipidemias e hipertensão. Tipicamente, os níveis séricos de ácido úrico estão elevados, desenvolvendo-se um estado inflamatório e um estado protrombótico. 1. Resistência à Insulina e ácidos graxos: O início da resistência à insulina é anunciado por hiperinsulinemia pós-prandial, seguida da hiperinsulinemia de jejum e, finalmente, hiperglicemia. Por conseguinte, quando ocorre resistência à insulina, o aumento da lipólise produz mais ácidos graxos, os quais reduzem ainda mais o efeito antilipolítico da insulina. O excesso de ácidos graxos aumenta a disponibilidade do substrato e cria resistência à insulina, modificando a sinalização a jusante. Os ácidos graxos comprometem a captação da glicose mediada pela insulina e acumulam-se como triglicerídeos tanto no músculo esquelético quanto no cardíaco, enquanto o fluxo aumentado de ácidos graxos aumenta a produção de glicose e a produção e acúmulo de triglicerídeos no fígado. 2. Resistência à Leptina: A resistência à leptina também pode ser um mecanismo fisiopatológico para explicar a síndrome metabólica. Fisiologicamente, a leptina reduz o apetite, promove gasto de energia e aumenta a sensibilidade à insulina. Além disso, a leptina pode regular a função cardíaca e vascular por um mecanismo dependente de óxido nítrico. No entanto, quando há desenvolvimento de obesidade, ocorre hiperleptinemia, com evidência de resistência à leptina no cérebro e em outros tecidos que resulta em inflamação, resistência à insulina, hiperlipidemia e uma gama de distúrbios cardiovasculares, como hipertensão, aterosclerose, DCC e insuficiência cardíaca. 3. Hipótese do Estresse Oxidativo: A hipótese do estresse oxidativo fornece uma teoria unificadora para o envelhecimento e a predisposição à síndrome metabólica. Em estudos de indivíduos insulinorresistentes com obesidade e diabetes tipo 2, na prole de pacientes com diabetes tipo 2 e nos indivíduos idosos, a presença de um defeito na fosforilação oxidativa mitocondrial leva ao acúmulo de triglicerídeos e moléculas lipídicas relacionadas no músculo, no fígado e, talvez, em outros tecidos, isto é, células β. Riscos da Síndrome Metabólica: Apesar de não fazerem parte dos critérios diagnósticos da síndrome metabólica, várias condições clínicas e fisiopatológicas estão frequentemente a ela associadas, tais como: · Síndrome de ovários policísticos · Acanthosis nigricans · Doença hepática gordurosa não-alcoólica · Microalbuminúria · Estados pró-trombóticos · Estados pró-inflamatórios e de disfunção endotelial · Hiperuricemia. Manifestações Clínicas: A síndrome metabólica normalmente não está associada a sintomas. Ao exame físico, a circunferência abdominal e a pressão arterial estão frequentemente aumentadas. Com menos frequência, verifica-se a presença de lipoatrofia ou acantose nigricans ao exame. - ACANTOSE NIGRICANS - LIPOATROFIA Diagnóstico: A síndrome é diagnosticada na presença de três dos fatores de risco destacados anteriormente. · Circunferência abdominal · Aferição da pressão arterial · Glicose plasmática em jejum · Perfil lipídico (dosagem de HDL e triglicérides) · Calculo do IMC · História clínica - tabagismo, sedentarismo, história pregressa de hipertensão, DM, diabetes gestacional, condições clínicas e fisiopatológicas associadas, medicamentos hiperglicemiantes (corticosteróides, betabloqueadores, diuréticos). Tratamento: 1. Tratamento não medicamentoso: · Atividade física · Dieta balanceada para redução de peso · Controle da PA 2. Tratamento medicamentoso: · Diuréticos · Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) · Inibidores adrenérgicos · Antagonistas do receptor AT da angiotensina II (BRA) · Antagonistas de canais de cálcio · Vasodilatadores diretos 3. Tratar comorbidades associadas a SM: · Medicamento para tratar a hipertensão arterial · Medicamento para tratar glicemia elevada ou diabete mellitus · Medicamento para tratar dislipidemia · Tratamento medicamentoso e cirúrgico para obesidade Fisipatologia:
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