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FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME METABÓLICA Síndrome metabólica Definição: - Associação complexa de desordens metabólicas (intolerância à glicose, resistência à insulina, obesidade central, dislipidemias e hipertensão arterial) que aumentam o risco para doença cardiovascular e DM2. - Transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados a deposição central de gordura e à resistência a insulina. Fisiopatologia da SM - Dieta → Balanço calórico positivo → Aumento dos AG no tecido adiposo (lipogênese) → Hipertrofia e hiperplasia (multiplicação e aumento de volume) → Liberação de adipocinas (efeito inflamatório no corpo) → Aumento da concentração intracelular de AG (toxicidade nas células e tecidos) pode causar insulinoresistência e inflamação → Liberação de ácidos graxos não esterificados (NEFAs) = cardiotoxicidade, hepatoxocicidade e toxicidade pancreática Representação esquemática do tecido adiposo como um órgão endócrina - Tecido adiposo sofre influência de hormônios (cortisol, insulina, adrenalina, PPAR, GH e IGF) e fatores de transcrição, tornando-o um tecido endócrino que passa a produzir adipocinas. - Fatores genéticos e ambientais vão influenciar na adiposidade central. Etiologia fisiopatológica da resistência a inulina e da síndrome metabólica Influencias ambientais: déficit de certo nutrientes; ingestão de excesso de calorias e atividade física reduzida → Resistência à isulina Influências genéticas Hiperinsulinemia ▪ Aumento de triglicerídeos plasmáticos; Aumento de colesterol LDL; Redução de colesterol HDL → Aterosclerose ▪ Aumento de cálcio úrico → Gota ▪ Intolerância a glicose → Diabetes ▪ Aumento de lipoproteína → Obesidade ▪ Aumento da PA → Hipertensão Risco cardiovascular e metabólico associado à SM: - SM está associada a um risco 2 vezes maior para doenças cardiovasculares (DCV): → Infarto do miocárdio → Acidente vascular cerebral (AVC) - Mecanismo fisiopatológico envolvido: → Resistência insulínica → Hiperglicemia Vasoconstrição periférica + Retenção de sódio = Predisposição a aterosclerose - Mecanismo fisiopatológico envolvido em nível hepático: → Maior produção de triacilgliceróis e LDC-c Estado pró-trombótico + Estado pró-inflamatório sistêmico + Obesidade central = Predisposição à aterosclerose Fatores de risco da SM → Idade (quanto mais velho); → Sexo masculino; → Fatores étnicos e ambientais (comportamentais); → Zona urbana; → Baixa escolaridade; → Adiposidade excessiva (adolescência); → Inatividade física; → História familiar de diabetes e hipertensão; → Transtornos psicológicos (depressão e esquizofrenia). - Fatores de risco (dietéticos) para SM: → Ingestão proteica inadequada. → Consumo excessivo de frutose como adoçante artificial. → Consumo de refrigerantes (incluindo os sem açúcar). Fatores de proteção (dietéticos) para SM: → Consumo de frutas. → Consumo frequente de laticínios (leite e iogurte). Diagnóstico da SM Critérios diagnósticos de SM Obesidade abdominal Homens ≥ 94 cm Mulheres ≥ 89 cm Triglicerídeos ≥150 mg/dL HDL-c Homens < 40 mg/dL Mulheres < 50 mg/dL Pressão arterial PAS ≥ 120 mmHg ou tratamento para HA PAD ≥ 85 mmHg ou tratamento para HA Glicemia Jejum ≥ 100 mg/dL Tratamento farmacológico Depende do perfil metabólico: → Anti-hipertensivos → Hipolipemiantes → Antidiabéticos Complicações da SM → Cardiopatia; → Dislipidemia; → Hipertensão; → DM tipo 2; → Demência; → Câncer; → Síndrome do ovário policístico; → Doença gordurosa não alcóolica do fígado.
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