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Processo Civil - Execução - Da possibilidade da prisão civil - Alimentos

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O ordenamento jurídico brasileiro possibilita a prisão civil em um único caso: 
a do devedor de alimentos, nos termos do art. 528 §3º e seguintes. 
Neste caso, o débito que autoriza a prisão é o que compreende as três 
parcelas anteriores ao ajuizamento da execução, bem como as que vencerem 
no curso do processo e a prisão terá um prazo máximo de 3 meses. Importante 
salientar que o cumprimento integral da pena de prisão não exime o alimentante 
do pagamento do débito, ante a medida de encarceramento ser somente uma 
forma coercitiva para que e veja satisfeita a obrigação. Existe a possibilidade de 
nova decretação de prisão, desde que seja oriunda de débitos distintos daqueles 
anteriormente executados. 
No caso ementado, a ordem de habeas corpus foi devidamente concedida, 
tendo em vista que a decisão que decretou a prisão até a comprovação do 
pagamento fere, diretamente, o contido no art. 528,3º que estipula a prisão pelo 
prazo máximo de três meses. A medida de prisão é excepcional e deve ser 
utilizada com a finalidade de cumprimento do débito, motivo pelo qual, a 
extensão de duração do seu prazo dificulta o cumprimento por parte do 
alimentante, que estará preso em regime fechado e conforme bem pontuado 
pelos magistrados, a medida poderia acarretar em prisão perpetua, não admitida 
no ordenamento jurídico.

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