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87 
Revista de Educação 
Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 
Flavio Marques Lopes 
Universidade Estadual de Goiás - UEG 
flaviomarx@hotmail.com 
Andréia Neves Nunes 
Faculdade Anhanguera de Anápolis 
andreia_nevesnunes@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS 
PARA INCENTIVO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL E 
AUXÍLIO AO ENSINO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS EM 
UM COLÉGIO ESTADUAL DE ANÁPOLIS-GO 
 
RESUMO 
A forma como a sociedade se relaciona com o meio ambiente está 
diretamente ligada à qualidade de vida da mesma. Dessa forma, é 
função da escola usar intensamente o tema “meio ambiente” de forma 
transversal por meio de ações reflexivas e práticas como a reutilização 
de materiais. Uma problemática também conhecida pela grande 
maioria das escolas públicas é a dificuldade que as mesmas passam por 
falta de material didático para o melhoramento do ensino escolar. O 
presente trabalho foi realizado no Colégio Estadual Padre Fernando 
Gomes de Melo, que teve como principal objetivo a montagem de 
modelos didáticos reutilizando materiais recicláveis. Os resultados 
mostram que a maioria dos alunos aprovou a criação dos modelos 
didáticos, tanto pela importância dos mesmos para o auxílio no 
desempenho do conteúdo em sala de aula, quanto ao incentivo à 
preservação do meio ambiente. 
Palavras-Chave: educação ambiental; reutilização de materiais; materiais 
didáticos. 
ABSTRACT 
The way society relates to the environment is directly linked to quality 
of life the same. Thus, a function of school use intensively the theme 
"environment" transversely through reflexive actions and practices such 
as reusing materials. A problem also known by the vast majority of 
public schools is the difficulty that they are due to lack of teaching 
materials for the improvement of school education. This project was 
conducted in the Padre Fernando Gomes de Melo State College, which 
had as its main objective, the assembly of didactic models reusing 
recyclable materials. The results show that the vast majority of students 
endorsed the creation of didactic models, both for the importance of 
them for assistance in the performance of the content in the classroom, 
as to encourage the preservation of the environment. 
Keywords: environmental education; reuse of materials; teaching materials. Anhanguera Educacional Ltda. 
Correspondência/Contato 
Alameda Maria Tereza, 2000 
Valinhos, São Paulo 
CEP 13.278-181 
rc.ipade@aesapar.com 
Coordenação 
Instituto de Pesquisas Aplicadas e 
Desenvolvimento Educacional - IPADE 
Artigo Original 
Recebido em: 7/6/2010 
Avaliado em: 21/2/2011 
Publicação: 15 de outubro de 2011 
88 Reutilização de materiais recicláveis para incentivo à Educação Ambiental e auxílio ao ensino didático de ciências em um colégio estadual de Anápolis-GO 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
1. INTRODUÇÃO 
A partir da Revolução Industrial iniciou-se o processo de urbanização, provocando uma 
grande imigração do homem do campo para a cidade. Observou-se assim um grande 
crescimento populacional nas áreas urbanas. De acordo com Pontin (1998), as cidades são 
os maiores símbolos de longo processo do domínio do homem sobre as limitações 
impostas pela natureza, conhecida como progresso. A partir de então, os impactos 
ambientais passaram a ter um elevado grau de magnitude, devido aos mais diversos tipos 
de poluição, dentre eles a poluição gerada pelo lixo. 
O lixo é considerado como um dos maiores poluentes ambientais, tanto no que se 
refere aos impactos causados, quanto por aparecer como uma das agressões mais 
evidentes na cidade. A destinação inadequada ocasiona problemas relativos à saúde e à 
contaminação ambiental, além de referir-se às questões sociais, pois muitas pessoas 
sobrevivem direta ou indiretamente da renda advindo do lixo urbano (FIGUEIREDO, 
1995; BERRIOS, 1996). 
A preocupação com o aumento dos resíduos gerados pela população, fez com 
que a sociedade mobilizasse, exigindo soluções e mudanças. Uma solução encontrada 
para esta questão é a reutilização desse lixo, por meio da reciclagem. De acordo com 
Kobarg (2004), a reciclagem ou reutilização é o resultado de uma série de atividades pelas 
quais materiais que se tornariam descartáveis são desviados, coletados, separados e 
processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos, 
trazendo-os de volta ao ciclo produtivo, dessa forma a reutilização é uma das formas mais 
viáveis para minimização dos problemas provenientes do lixo, além de contribuir para o 
desenvolvimento sustentável. 
Nos últimos tempos a Educação Ambiental deixou de ser uma preocupação de 
poucos e passou a ser uma abordagem dirigida a toda sociedade, pois toda população é 
afetada pelas conseqüências do desequilíbrio ambiental. Os problemas ambientais 
tornaram-se uma questão global, também por tentar levar à toda população uma 
consciência crítica sobre a conservação e melhoria do planeta por meio de um processo 
pedagógico participativo, que busca soluções para tentar amenizar os problemas 
ambientais e promover o desenvolvimento de habilidades, a formação de atitudes e uma 
conduta ética e condizente ao exercício da cidadania e conservação do meio ambiente 
(MACHADO, 2007). 
 Segundo Dias, (1994) Educação Ambiental é: 
O resultado de uma reorientação e articulação de diversas disciplinas e experiências 
educativas que facilitam a percepção integrada do meio ambiente tornando possível 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 89 
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uma ação mais racional e capaz de responder às necessidades sociais. O conjunto de 
ações educativas voltadas para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas, 
considerando os efeitos da relação do homem com o meio, a determinação social, a 
evolução histórica dessa relação. (DIAS, 1994). 
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo 
de socialização. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na 
prática, por meio de conscientização ambiental no cotidiano da vida escolar, contribuindo 
para a formação de cidadãos responsáveis. A conscientização ambiental torna-se um 
processo pedagógico de educação, onde se visa à participação e compreensão dos alunos 
sobre os problemas ambientais. É indiscutível a necessidade de conservação e defesa do 
meio ambiente, para tanto, a escola precisa conscientizar seus alunos, para que esta 
tomada de consciência se perpetue para as futuras gerações, é importante que se trabalhe 
a educação ambiental dentro e fora da escola, elaborando e inserindo projetos que 
envolvam os alunos (SANTOS, 2007). 
Embora sabendo que todas as pessoas devem ser educadas e instruídas a 
participar da educação ambiental, as crianças formam um grupo de suma importância, 
por estarem em fase de desenvolvimento há uma maior chance de alcançar uma 
consciência ambiental. Um bom trabalho com as crianças nas escolas enfatizando a 
preservação do meio ambiente é um método educativo que contribui para construção da 
sociedade e para um trabalho de qualidade sobre Educação Ambiental (CARVALHO, 
2001). 
De acordo com Silva (2000), “A escola, considerada como um espaço estruturado de 
produção e socialização de conhecimento e cotidianização de parte do pensar 
histórico/cultural é o lugar, onde o indivíduo pode se constituir como sujeito das 
relações sociais historicamente já admitidas, sistematizadas emergentes, e se 
desenvolver a medida que internaliza criticamente o seu meio social, fundamentalmente 
no domínio da cultura, como uma das formas de transformação social” 
O governo dispõe de programas educacionais para melhorar o ensino nas escolas 
públicas como implantação de internet nas escolas, programas de educação avançada e 
avaliação de livros didáticos. Contudo a falta de materiais didáticos voltados ao público 
escolar ainda é um grande problema apontado por professoresdo ensino básico. A 
maioria das escolas públicas não possuem materiais de auxilio na aprendizagem, como 
painéis, modelos de peças aplicadas às disciplinas ou outros meios didáticos. Segundo 
Schimitz (1993), o material didático pode ser considerado a conexão entre as palavras e a 
realidade concreta. Sua principal função é auxiliar o aluno a pensar, possibilitando o 
desenvolvimento de sua imaginação e de sua capacidade de estabelecer analogias. É 
aproximar o aluno da realidade e auxiliá-lo a tirar dela o que contribui para sua 
aprendizagem. Os alunos perdem muito por não poderem usufruir deste tipo de material, 
90 Reutilização de materiais recicláveis para incentivo à Educação Ambiental e auxílio ao ensino didático de ciências em um colégio estadual de Anápolis-GO 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
pois muitas vezes o estudo e o desenvolvimento ficam voltados somente para as aulas 
teóricas devido à escassez de materiais didáticos (SANTOS et al., 2004). 
 Para que possa funcionar a interação escola e Educação ambiental, juntamente 
com o incentivo didático, várias técnicas de ensino podem ser aplicadas, como por 
exemplo a reutilização de materiais recicláveis na escola. Essa idéia fica ainda mais prática 
e interessante se houver uma junção de reutilização de materiais, criando modelos de 
estudo com material reciclado, que possa ser útil em sala de aula, ajudando no ensino e na 
didática dos alunos. A construção desses modelos com materiais recicláveis leva aos 
alunos a terem consciência da devasta degradação ambiental, além de levar o discente a 
um melhor desempenho em sala de aula, pois com os modelos eles podem analisar 
visualmente o que eles só possuem na teoria (FREITAS et al., 2008). 
Neste trabalho, o principal objetivo é de ensinar aos alunos de forma prática 
como reaproveitar materiais recicláveis, utilizando os mesmos no auxílio prático em sala 
de aula, conscientizando-os da importância deste projeto, tanto para escola, quanto para a 
sociedade e principalmente para o meio ambiente. O principal interesse é atingir a 
conscientização sobre quanto se economiza e deixa-se de poluir reutilizando os materiais 
e como é importante para a educação escolar o uso de materiais didáticos. 
2. OBJETIVOS GERAIS 
Desenvolver materiais didáticos, utilizando materiais reciclados e avaliar a aceitabilidade 
do material e o nível de conscientização ambiental pelos alunos do 8° ano do ensino 
fundamental do Colégio Estadual Padre Fernando Gomes de Melo localizada na cidade 
de Anápolis – GO. 
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Montar modelos didáticos reutilizando materiais recicláveis, para auxílio 
nas aulas de ciências. 
• Verificar a importância da reutilização de materiais recicláveis para a 
preservação do meio ambiente por meio de Educação Ambiental. 
• Avaliar a aplicabilidade do material didático desenvolvido. 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
O desenvolvimento dos modelos de célula vegetal, aparelho respiratório e aparelho 
urinário, foi realizado no Colégio Estadual Padre Fernando Gomes de Melo, no Bairro São 
Sebastião na cidade de Anápolis, GO. O projeto foi realizado com a turma de 8° ano 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 91 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
regular do ensino fundamental composta por 25 alunos. Os alunos foram divididos em 
três grupos, e cada grupo fabricou um modelo de célula vegetal, do aparelho respiratório 
e do aparelho urinário. 
Na montagem das células vegetais, foram utilizados vários materiais. A parede 
celular que é constituída por celulose e carboidrato que tem a função de conferir 
resistência e proteção para célula, foi confeccionada com papelão, jornais e cola. Tubetes 
de papel higiênico, tecidos, revistas e cola serviram para montagem das mitocôndrias, que 
é a organela responsável para produção de energia para o metabolismo celular. O núcleo, 
que é uma estrutura que abriga o material genético, foi representada por esferas feitas de 
papel crepom colorido. Os retículos endoplasmáticos que são formados por aglomerados 
de membranas, onde ocorrem síntese e transporte de proteínas, foram feitos de estruturas 
de tubetes de papel higiênico. As peças que representavam o complexo de Golgi, que se 
consiste em um sistema de membranas lisas que formam vesículas e sáculos achatados 
responsáveis pelo armazenamento de proteínas, sínteses de carboidratos e exportação de 
substâncias, foram confeccionadas utilizando papel branco. Os cloroplastos, que são 
plastos verdes responsáveis pela realização da fotossíntese foram confeccionados com 
recortes de garrafas PET (Politereftalato de etileno), juntamente com tampinhas. Os 
vacúolos, que são estruturas saculiformes, que promovem armazenamento de substâncias 
e a regulação osmótica das células, foram feitos de papelão. E para finalização espumas 
foram utilizadas na construção do citoplasma, que se consiste por um líquido gelatinoso 
onde estão inseridas todas as organelas da célula (PAULINO, 2005). 
Para montagem dos sistemas respiratórios, foram utilizadas garrafas PET, 
representando a caixa torácica, que é uma cavidade compreendida pela curvatura das 
costelas onde se encontram os pulmões e o coração. Canudinhos foram utilizados para 
representação dos brônquios, que são dois tubos curtos que são reforçados por anéis de 
cartilagem que tem a função de conduzir ar para os pulmões. Para representar os pulmões 
que são dois órgãos esponjosos que tem a função de fazer as trocas gasosas e abastecer o 
sangue do corpo com oxigênio, foram utilizadas bexigas de látex pequenas. Foi utilizada 
uma bexiga grande de látex para representar o diafragma, que é um músculo extenso que 
separa a cavidade torácica da abdominal, que tem a função dedurante a inspiração se 
contrair e ao distender-se aumentar a cavidade do tórax auxiliando no processo da 
respiração (AMABIS; MARTHO, 2004). 
No processo de montagem do aparelho urinário foram utilizados papelão para 
montagem da estrutura, tubetes de papel higiênico para esquematizaram os rins que são 
órgãos de cor avermelhada, com forma de grão de feijão, que tem a função de filtrar o 
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sangue removendo os resíduos tóxicos produzidos nos tecidos. Canudos plásticos 
simbolizaram os ureteres, que são tubos que conduzem a urina da pelve à bexiga urinária, 
e também a uretra que é um tubo que comunica a bexiga urinária ao meio externo. A 
bexiga urinária, que se consiste em uma bolsa de parede muscular com função de 
armazenamento da urina, foi representada por uma bexiga de látex (AMABIS; MARTHO, 
2004). 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A confecção dos materiais didáticos promoveu o desenvolvimento dos alunos de maneira 
responsável e coletiva, levando-os a se conscientizarem sobre a importância da reciclagem 
e do uso dos materiais desenvolvidos no aprendizado complementar. 
Durante o processo da confecção dos modelos didáticos os alunos se mostraram 
bastante envolvidos na atividade e os mesmos se interagiam, fazendo questionamentos de 
como funcionava cada peça montada e de quanto a mesma era importante para o ensino e 
para preservação do meio ambiente. Cada pergunta era respondida de forma que o aluno 
esclarecesse todas suas dúvidas em relação ao modelo e aplicabilidade do mesmo. 
Concluídas as atividades, foi discutido em sala de aula por meio de uma 
conscientização, a ligação que o havia entre a elaboração daquele projeto com a 
preservação ao meio ambiente. Durante a conversa com os alunos foi explicado para os 
mesmos o quanto era importante aquele tipo de ação, pois a cada modelo confeccionado 
havia uma quantidade de lixo que não estava sendo depositada no meio ambiente, que 
todos os alunos em conjuntoestavam cooperando para um ambiente mais limpo e menos 
poluído, concluindo para os mesmos a importância da Educação Ambiental no espaço 
escolar. A importância do projeto para o desenvolvimento escolar durante as aulas de 
ciências também foi abordada durante a conversa com os alunos, foi colocado aos mesmos 
o quanto os modelos confeccionados poderia ajudá-los na compreensão do conteúdo em 
sala de aula. 
Ao final de todo processo foi distribuído aos alunos um questionário, com 
perguntas avaliativas com o intuito de captar o conhecimento e o desenvolvimento que os 
mesmos obtiveram após a confecção dos materiais didáticos. 
Os modelos desenvolvidos a partir de materiais recicláveis foram agrupados de 
acordo com a aplicação do conteúdo da disciplina de ciências, aplicado pela professora 
regente da sala de aula. 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 93 
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No desenvolvimento dos modelos das células vegetais (Figura 1) pode ser 
observado como os alunos encontram dificuldades até mesmo em relação aos nomes das 
organelas, pois os mesmos não possuem visão sobre formas e funcionamento celular. As 
células por terem características mais complexas estimularam bastante os alunos durante 
a confecção dos modelos, pois a cada organela confeccionada os mesmos conseguiam ter 
uma melhor visão de como é a fisiologia humana, já que a escola não disponibiliza de 
aparelhos como microscópios e modelos prontos como relatado pelos alunos e professores 
da escola. 
• Aluno 1: Não conseguimos entender muito bem o que a professora 
explica, porque não temos nenhum material de demonstração. 
• Aluno 2: Foi muito bom aprender a montar a célula vegetal, agora dá para 
saber o nome de cada uma das organelas e entender melhor como elas 
funcionam. 
• Aluno 3: É muito interessante e importante poder entender melhor como 
funciona o corpo humano. 
Segundo Ribeiro (2004), a ausência de material didático especializado torna 
limitante o aprendizado em geral, principalmente na área morfológica. 
Célula Vegetal - Na Figura 1 pode ser visualizado a célula vegetal desenvolvida pelos 
alunos, vários ângulos das organelas e células completas podem ser observadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Célula Vegetal. Visão frontal (A) e (D) de uma célula vegetal; (B) cloroplasto de uma célula 
vegetal fabricado com garrafa PET e tampinhas; (C) núcleo e retículo endoplasmático, construído com papel 
A C 
D 
E F 
B 
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e tubete de papel higiênico; (E) vacúolo celular confeccionado com tubetes de papel higiênico; (F) 
mitocôndria construída com tubetes de papel higiênico, recorte de revistas e retalhos de pano. 
Sistema Respiratório - Na Figura 2, pode-se observar as fotografias do parelho 
respiratório, criados a partir de garrafas pet, bexigas e canudos, exemplificando assim, o 
funcionamento dos pulmões e do diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Aparelho respiratório. A) Modelo representando os pulmões em expiração, pulmões vazios; B) 
Bexiga grande branca representando o diafragma; C) Pulmões realizando inspiração; D) modelo 
demonstrando o auxilio do diafragma na inspiração. 
Ao confeccionar os modelos pulmonares, os alunos demonstraram bastante 
interesse, pois os mesmos tiveram uma visão mais real de como ocorre o funcionamento 
do sistema respiratório. 
Os professores da disciplina de ciências alegaram que o conteúdo passa por 
muitas vezes um tanto quanto vago no que se diz respeito ao entendimento dos alunos 
para com o mesmo, e com a confecção de modelos como os desenvolvidos para 
demonstração do sistema respiratório, os alunos conseguiram assimilar melhor o 
conteúdo. 
Relato da professora: Realmente é muito difícil fazer com que os alunos 
assimilem o conteúdo baseado somente em figuras do livro didático. Com os modelos os 
alunos conseguem visualizar como ocorre o funcionamento do sistema respiratório. 
A B 
C D 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 95 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
 Sistema Urinário - O sistema urinário pode ser observado através das 
fotografias da Figura 3, o mesmo foi representado por papelão, tubetes de papel, canudos 
e bexigas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Aparelho Urinário. A) Modelo demonstrando todo conjunto do parelho urinário composto pelos os 
rins, ureteres, bexiga urinária e uretra; B) Rins e ureteres; C) Ureteres, bexiga urinária e uretra. 
Durante a montagem dos modelos dos aparelhos urinários os alunos 
demonstraram grande desenvoltura, pois os mesmos relataram a facilidade de 
desenvolver e compreender a estrutura e funcionamento de todo o sistema urinário. 
Os alunos relataram que a aprendizagem mediante esse tipo de metodologia 
consegue estimular e alcançar um entendimento muito avançado em relação às formas 
habituais de aprendizagem da escola. 
• Aluno 1: Esse modelo é fácil de fazer e compreender, nos tira bastante 
dúvidas em relação ao funcionamento do sistema urinário. 
• Aluno 2: modelos favorecem a visão de toda anatomia dos órgãos, que 
não conseguimos visualizar nas figuras do livro. 
• Aluno 3: Dessa forma é até divertido estudar. 
A B 
C 
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Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
6. AVALIAÇÃO DO TRABALHO 
Os resultados sobre a opinião e o interesse dos alunos sobre as atividades desenvolvidas 
também foram questionadas. 
O desenvolvimento deste trabalho feito em sala de aula foi aceito pela maioria da 
turma, que se mostrou bastante satisfeita com os resultados adquiridos. Dos 25 alunos da 
sala de aula 92% deles acharam o projeto proveitoso, e 8% destes alunos não 
demonstraram interesse pelo trabalho, como se observa na Figura 4. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4. Aceitação do projeto de reutilização de materiais em sala de aula. 
A grande maioria dos integrantes aprovou o projeto, e um grande fator que 
favoreceu para essa aceitação foi o fato de que estavam habituados a estudar o conteúdo 
somente com leituras no livro didático e demonstrações na lousa. Durante o 
desenvolvimento do projeto os alunos se mostraram bastante envolvidos com a nova 
forma de poder articular suas dúvidas e assim podendo ter uma maior visão das respostas 
adquiridas, pois a nova forma de aprender o conteúdo era totalmente nova para os 
mesmos, o que fez com que eles se interessassem mais pela disciplina. 
Segundo Freire (1996), o educador que 'castra' a curiosidade do educando em 
nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tira a liberdade do 
educando e a sua capacidade de aventurar-se. A autonomia, a dignidade e a identidade 
do educando têm de ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á inautêntico, 
palavreado vazio e inoperante". 
A pequena minoria, (8%) não se interessou pelo projeto, não se interagiu em 
nenhum momento com o restante da sala, pois realmente não demonstravam interesse 
pela atividade. 
Os jovens da atualidade têm um pensamento multidirecional devido aos 
multimeios que estão expostos segundo Morin (2000), isto é uma característica planetária92%
8%
0
5
10
15
20
25
Sim Não
Fonte da autora, 2010. 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 97 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
e os jovens necessitam, em consequência, de uma educação que refira-se ao complexo, ao 
contexto, de forma multidimensional. A aplicação da disciplina de forma fechada em si 
mesma, aliada a uma metodologia de ensino única e monótona provoca a dispersão e 
causa o desinteresse. 
A preferência dos alunos por um modelo específico foi bastante variada, pois a 
turma se dividiu no interesse por cada um dos modelos. O resultado apresentou que dos 
25 alunos, 44% deram preferência ao modelo do aparelho respiratório, 28% optaram pelo 
modelo de célula vegetal, 20% deram preferência ao aparelho urinário e 7% destes alunos 
não gostaram de nenhum dos modelos confeccionados. Alguns acharam um modelo mais 
interessante que o outro, alguns alunos optaram pela facilidade na confecção dos mesmos, 
outros foram pela importância do material, e outros já diziam que eram mais fáceis de 
compreender como mostra a Figura 5. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5. Preferência por modelos. 
Durante a montagem dos modelos os alunos se interagiam constantemente, 
tirando dúvidas, pesquisando sobre os modelos confeccionados, cada um se identificando 
por um modelo preferencial. A cada modelo montado uma nova experiência era passada 
aos alunos e cada uma captada de uma maneira peculiar por cada um dos mesmos. 
Os 7% dos alunos que não optaram por nenhum modelo não se interessaram em 
confeccionar os mesmos, pois estavam acostumados ao método rotineiro de ensino da 
escola, fazendo com que perdessem a motivação em fazer a confecção dos modelos. 
Em comparação aos resultados Freitas et al. (2008), relatam que os modelos aqui 
evidenciados, tanto pelo seu modo de produção, quanto por seu teor didático podem e 
devem ser produzidos por discentes em aluas práticas, com o intuito de aproximá-los da 
realidade microscópica. 
44%
28%
20%
7%
0
2
4
6
8
10
12
Aparelho 
Respiratório
Célula Aparelho
Urinário
Nenhum
Fonte da autora, 2010. 
98 Reutilização de materiais recicláveis para incentivo à Educação Ambiental e auxílio ao ensino didático de ciências em um colégio estadual de Anápolis-GO 
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Quando se ressaltou o auxílio das peças quanto à ajuda na compreensão ao 
conteúdo, 92 % dos alunos acharam que os modelos ajudaram muito na compreensão do 
conteúdo, e 8% dos alunos não perceberam diferença no entendimento ao conteúdo, 
observado na Figura 6. 
 
 
 
 
 
 
Figura 6. Auxílio na compreensão dos conteúdos. 
A grande parte dos integrantes conseguiu esclarecer muitas dúvidas mediante a 
confecção dos modelos. A cada modelo construído os alunos conseguiam captar com 
maior clareza o que se era passado durante o cotidiano escolar, naquele momento se 
tornava mais simples e mais divertido o “aprender”. 
A utilização de projetos educativos traz inúmeras vantagens à aprendizagem dos 
alunos, pois aprendem brincando. Cada professor tira proveito desse tipo de atividade 
como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem, tornando o 
aprendizado uma experiência mais agradável (SILVEIRA, 1998). 
Ao colocar a questão da importância da reutilização de materiais para o meio 
ambiente, 92% dos alunos, disseram que a reutilização é de grande valor para preservação 
ambiental e 8% destes alunos disseram que não vêem nenhum beneficio para o meio 
ambiente na reutilização de materiais, como colocado na figura 7. 
 
 
 
 
 
 
Figura 7. Importância da reutilização de materiais para o meio ambiente. 
Durante a confecção dos modelos ficou bem claro para os alunos o quanto a 
reutilização de materiais influencia na preservação ao meio ambiente. Todos os alunos 
Sim
92%
Não
8%
Fonte da autora, 2010. 
Sim 
92%
Não
8%
Fonte da autora, 2010. 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 99 
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conseguiram assimilar o quanto o reaproveitamento pode diminuir a degradação 
ambiental, pois cada material utilizado na atividade poderia esta sendo depositado em 
qualquer local e de qualquer maneira, contribuindo para o desequilíbrio do meio 
ambiente. 
A pequena minoria da sala que representava os 8% dos alunos não demonstrou 
nenhum tipo de aptidão pelo projeto, concluindo assim que o mesmo não possuía 
nenhuma importância para o meio ambiente. Os alunos demonstravam desmotivação 
durante a atividade, pois por não ser um programa corriqueiro no cotidiano da escola não 
apostavam que teria algum valor e muito menos que diminuiria a degradação do meio 
ambiente. 
Ao perguntar aos alunos como a reutilização de materiais ou reciclagem poderia 
ajudar na preservação do meio ambiente, a grande maioria, ou seja, 52% desses alunos 
disseram que diminuiria a quantidade de lixo jogado em rios, 20% deles alegaram que se 
reutilizando materiais como papeis se pouparia o corte de muitas árvores, 20% deles 
afirmaram que a cidade ficaria mais limpa e 8% dos alunos não opinaram, como 
observado na Figura 8. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Como a reutilização de materiais pode contribuir para a preservação do meio ambiente. 
A questão proposta foi de um resultado bastante satisfatório, pois os alunos 
conseguiram assimilar com consciência como e o projeto beneficiava o meio ambiente. 
Cada aluno relatava com clareza, como e onde cada material que estava sendo reutilizado 
afetaria no desequilíbrio ambiental e o melhor é que os mesmos tomaram consciência de 
quanto e como estavam ajudando na preservação do ambiente. 
Ao perguntar aos alunos se os mesmos achariam coerente integrar a Educação 
Ambiental no cotidiano escolar, 92% desses acham de suma importância a junção 
Educação Ambiental e escola, e 8% destes alunos não acham que a Educação Ambiental 
seja importante para o ensino escolar, como se pode observar na figura 9. 
52%
20% 20%
8%
0
2
4
6
8
10
12
14
Diminuição do
lixo em rios
Diminuição no
corte de
árvores
Limpeza da
cidade
Não
opinaram
Fonte da autora, 2010. 
100 Reutilização de materiais recicláveis para incentivo à Educação Ambiental e auxílio ao ensino didático de ciências em um colégio estadual de Anápolis-GO 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9. Importância da Educação Ambiental no cotidiano escolar. 
Ao fim do trabalho realizado na escola, os alunos tomaram consciência do quanto 
é importante a participação da Educação Ambiental na escola. Os alunos juntamente com 
os professores, apostam que com a conscientização ambiental iniciada no cotidiano 
escolar novas mentalidades voltadas à preservação e até mesmo projetos nesta escala 
podem surgir com grandes resultados. 
O âmbito escolar é bastante propício para o trabalho da Educação Ambiental, 
principalmente nas turmas do ensino fundamental, pois nesse segmento do ensino os 
alunos estão em processo de mudança, de transformação, e nós como educadores 
podemos estar introduzindo a questão ambiental sensibilizando-os e motivando-os a 
conservação ao meio ambiente e com isso, formaremos cidadãos mais conscientes 
(MARÇAL, 2007). 
A sugestão da continuidade do projeto foi avaliada pela turma, e 92% dos alunos 
aprovaram a continuação das atividades e apenas 8% dos alunos não viram vantagens na 
seqüência do projeto, como podemos visualizar na Figura 10. 
 
 
 
 
Figura 10. Indicação à continuidade do projeto na escola. 
A grande maioria dos participantes da sala não só aceitou a continuidade do 
projeto na escola, como apoiaram a continuidade do mesmo na própria sala. Os alunos 
queriam montar novos e diferentes modelos, pois queriam abranger seus conhecimentos 
92%
8%
0
5
10
15
20
25
Sim Não
Fonte da autora, 2010. 
92%
8%
Sim
Não
Fonte da autora, 2010 
 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes101 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
de uma forma mais estimulante e inovadora como a que foi proposta a eles com o 
desenvolvimento desse projeto. 
No cotidiano escolar, há indicadores de que a motivação facilita a aprendizagem 
e o desempenho dos estudantes. O aluno que é motivado por algum tipo de atividade, 
consegue se desenvolver e favorecer o aprimoramento de seus conhecimentos e de suas 
habilidades (NEVES et al., 2004). 
7. CONCLUSÃO 
A utilização de modelos didáticos como os confeccionados em sala de aula, traz inúmeras 
vantagens à aprendizagem dos alunos principalmente pelo fato de que os mesmos 
“aprendem brincando”. A visão do grau de aceitação dos alunos pelo projeto no que se 
referia a ligação direta dos modelos com a disciplina de ciências foi de grande 
desenvolvimento, pois a criação dos modelos podem estimular a criatividade, atenção, 
memória e também ensinar de maneira prática e criativa os conteúdos. 
Finalizando os resultados é bastante notável como a intervenção da escola no 
ensino às práticas ambientalistas é de suma importância para formação de uma sociedade 
consciente. A grande maioria dos alunos conseguiu captar de maneira satisfatória o 
quanto se é necessário que se preserve o meio ambiente, e de como se pode tentar 
amenizar os problemas ambientais. 
 A questão ambiental não é somente a relação do homem com o meio em que 
vive, vai muito além, refletir sobre a relação entre o meio ambiente e os nossos hábitos e 
costumes é decisivo para a nossa qualidade de vida, no presente e no futuro, e praticar a 
conscientização é a certeza do futuro de novas gerações. 
 AGRADECIMENTO 
Agradecemos a todos que auxiliaram na realização do trabalho de forma direta ou 
indireta, à Deus por nos proporcionar saúde e sabedoria para realização deste trabalho, à 
direção da escola por ter nos propiciado a autorização e consentimento para a 
desenvolvimento do mesmo. Enfim agradecemos a todos que colaboraram para a 
concretização desta obra. 
102 Reutilização de materiais recicláveis para incentivo à Educação Ambiental e auxílio ao ensino didático de ciências em um colégio estadual de Anápolis-GO 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
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 Flavio Marques Lopes, Andréia Neves Nunes 103 
Revista de Educação • Vol. 13, Nº. 15, Ano 2010 • p. 87-103 
Flavio Marques Lopes 
Graduação em Farmácia Habilitação Bioquímica 
pelo Instituto Unificado de Ensino Superior 
Objetivo (2000), mestrado em Biologia pela 
Universidade Federal de Goiás (2003) e doutorado 
em Biologia pela Universidade Federal de Goiás 
(2008). 
Andréia Neves Nunes 
Bióloga - Faculdade Anhanguera de Anápolis. 
 
ANEXO: QUESTIONÁRIO APLICADO 
1. Você gostou do trabalho de montagem dos modelos realizado em sala de aula? 
2. Qual dos modelos confeccionados em sala você mais gostou? 
3. Os modelos confeccionados ajudaram você a compreender melhor o conteúdo 
aplicado pela professora? 
4. Você acha que esse tipo de trabalho de reutilização de materiais contribui para 
preservação do meio ambiente? 
5. De que forma a reutilização de materiais pode ajudar na preservação do meio 
ambiente? 
6. Você acha importante integrar a Educação Ambiental no cotidiano escolar? 
7. Você gostaria que o trabalho tivesse continuidade em sua sala?

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