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DIREITO PENAL Erro de Tipo x Erro de Proibição No erro de tipo: existe uma falsa percepção da realidade (o agente não sabe o que faz). No erro de proibição: o agente percebe a realidade, equivocando-se sob a regra de conduta (o agente sabe o que faz, porém ignora ser proibido). Tipo é a descrição legal da norma proibitiva, vale dizer, é a norma que descreve condutas (previstas abstratamente) que são criminosas. O erro de tipo, art. 20 do CP, ocorre no caso concreto, quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo; imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma conduta ilícita, mas que por erro, acredita ser inteiramente lícita. Há uma distorção da realidade (agente não sabe o que está fazendo). O erro de tipo exclui o dolo e, portanto, a própria tipicidade. Ex: moradores plantam maconha achando que é liamba (planta) parecida. Formas de Erro de Tipo Erro Essencial: Ocorre o erro essencial quando ele recai sobre elementares, qualificadoras, causas de aumento de pena e agravantes, ficando-as excluídas se o erro foi escusável. Se for escusável, exclui o crime, se for inescusável, o dolo se exclui mas ainda subsiste a culpa, respondendo o réu pelo crime culposo. Erro de Tipo Acidental: O erro acidental, recai sobre circunstâncias secundárias do crime. Não impede o conhecimento sobre o caráter ilícito da conduta, não obstando a responsabilização do agente, que deverá responder pelo crime. Espécies: Erro sobre o objeto; erro “in persona”; erro na execução ou “aberratio ictus”; “aberratio causae” (nexo causal); resultado diverso do pretendido. Erro de Proibição: O agente sabe o que está fazendo, porém, ele se equivoca sobre a interpretação da lei penal, há um desconhecimento da lei penal. “O desconhecimento da lei é inescusável. “O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuir a pena de um sexto a um terço”. O erro de proibição exclui a culpabilidade, por inexistência de potencial conhecimento da ilicitude. Ex: moradores plantam maconha para fins medicinais acreditando que isso não é crime. O erro de proibição direto recai sobre o comportamento, o agente acredita sinceramente que sua conduta é lícita. O erro de proibição indireto se dá quando o agente supõe que sua ação, ainda que típica, é amparada por alguma excludente de ilicitude.
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