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INTRODUÇÃO Sistema de Energia a Longo prazo: Passando de 4 minutos alcança o estado estável, usando o sistema de energia a longo prazo (predominante nesse momento). Sistema de energia imediato: Não utiliza gordura, pois precisa de energia imediata e a gordura não tem metabolização rápida. Utiliza o sistema de fosfagênio (ATP+ fosfocreatina). Sistema de energia a curto prazo: Produção de ácido lático. Todos os três sistemas são utilizados continuamente, entretanto, diferentes sistemas predominam dependendo das demandas metabólicas. Eles se intercalam, a célula deixa de utilizar um para usar o outro. O modo pelo qual os três sistemas cooperam para proporcionar energia ATP é básico para a orientação atlética apropriada, treinamento e prescrição do exercício. Três sistemas de energia e sua contribuição percentual para o rendimento total de energia durante o exercício explosivo com diferentes durações: Antes dos dois minutos: sistema de energia a curto prazo (glicólise); A partir de 2 minutos a célula já consegue utilizar o sistema aeróbico predominantemente, podendo utilizar carboidratos, lipídeos e proteínas. O oxigênio vai ser o aceptor final de elétrons. Fontes de Energia para a Contração e Relaxamento dos Músculos Sistema de fosfagênio: utiliza ATP + fosfocreatina (Fase anaeróbica). Na fase anaeróbica também é utilizado o glicogênio do fígado. Já na fase aeróbica pode utilizar tanto o glicogênio muscular, quanto a glicose do sangue ou o glicogênio hepático. Essa glicose vai ser oxidada até o fim por ter o oxigênio como aceptor final de elétrons. No gráfico (em verde), a partir dos 4 minutos já existe a participação dos ácidos graxos livres e triglicerídios do tecido adiposo. Esses substratos são utilizados para exercícios mais longos de 1/2/3/4 horas. A partir do conhecimento desses sistemas os nutricionistas conseguem organizar a dieta do atleta. Sistema ATP-PCr (energia imediata) Esse sistema tira a célula da inércia. Predomina até 10 segundos da atividade. 1. As células musculares armazenam PCr em maior quantidade que o ATP; 2. A mobilização de PCr para obtenção de energia é quase instantânea; 3. No primeiro momento (2 a 3s), o músculo utiliza as moléculas de ATP estocadas e depois utiliza a fosfocreatina para a ressíntese de ATP em atividades com duração de 6 a 8 s. Sistema de energia a longo prazo Sistema de energia a curto prazo Sistema de energia imediato Exemplos: quando dar um corte na bola, ou um salto na ginástica; exercícios intensos, com duração de 1 a 8 s: corrida de 50 m, corrida de 100 m, subir escadas, saltar, chutar uma bola de futebol, etc. Sistema glicolítico (curto prazo) • Obtenção rápida de ATP • É possível que a reposição do ATP seja realizada e a contração muscular seja mantida por curtos períodos de tempo (30s a 2 min). • O ácido lático, subproduto desta via, limita a continuação do exercício por tempo prolongado. Exemplos de exercícios: corrida 440m, natação 100m. Desportos com múltiplos piques (futebol). Atividades curtas de 30s a 2 min. O problema de utilização desse sistema é a formação de ácido lático. A formação desse ácido lático limita a execução do exercício por um tempo prolongado, pois interfere na maquinaria mecânica de contração muscular. Concentração sanguínea de lactato para diferentes níveis de exercício O exercício que utiliza 75% de VO2max é um exercício moderado, 100% são de exercícios intensos. Quanto mais o exercício vai ficando intenso, passa a utilizar mais glicose por requerer energia de forma rápida, as fibras utilizadas vão ser fibras de contração rápida e então começa o acúmulo de lactato. O acúmulo de lactato varia entre indivíduos treinados e destreinados. Sistema Oxidativo Requer a participação das mitocôndrias e é capaz de suprir a necessidade energética durante horas de realização de exercício. Requer a participação das mitocôndrias e é capaz de suprir a necessidade energética durante horas de realização de exercício. • Oxida carboidrato (glicose e glicogênio); triglicerídeos (glicerol e ácidos graxos) e, em menor proporção, as proteínas (aminoácidos). • Única via que ocorre produção de ATP a partir de ácidos graxos e aminoácidos; É o único que consegue oxidar gorduras – pela presença do oxigênio (aeróbico). Percentual de contribuição das fontes energéticas (provas de pista): Até 1:45 utiliza o sistema ATP-PC e do ácido lático. De 3:45 é utilizado em um período o sistema ATP-PC, do ácido lático e do oxigênio. Depois, por exemplo em 14 min, a predominância considerável é do sistema aeróbico. Caso o atleta precise dar um tiro na hora da prova, são utilizadas as fibras rápidas, com utilização naquele momento do sistema anaeróbico. Captação de oxigênio durante o exercício À medida que o exercício vai evoluindo, o consumo de oxigênio aumenta. Por isso no início do exercício utiliza os sistemas anaeróbicos, pois a captação de oxigênio está mais baixa. À medida que vai aumentando, as mitocôndrias são utilizadas. Nas questões da prova: analisar o tempo de execução da atividade. Tipos de Fibras: Tipo I – oxidativas; Tipo IIa – mistas; Tipo IIb – glicolíticas. Evolução temporal da captação de oxigênio durante o trote contínuo com ritmo lento. Estimativa da utilização de substrato durante o exercício A razão de troca respiratória (R) é a relação entre o CO2 produzido e o O2 consumido (VCO2/VO2). • Quando o exercício é de leve intensidade – R = 0,70, usando 100% de gorduras. • Quando o exercício é de moderada intensidade – R = 0,85, usa 50% de gordura e 50% de carboidratos. • Quando o exercício é intenso – R = 1,0 usa 100% de carboidratos. Geralmente esse valor é na ergoespirometria. Fatores que influenciam a utilização de substrato no exercício A regulação da seleção do substrato durante o exercício encontra-se sob um controle complexo e depende de vários fatores incluindo dieta, intensidade e duração do exercício. Substratos energéticos durante o exercício: Em atividades de alta intensidade a glicose é o substrato de preferência, depois vem os aminoácidos e só depois os ácidos graxos. Já atividades de baixa intensidade, vamos ter uma maior proporção da utilização de ácidos graxos e uma menor utilização de glicose e aminoácidos. A sinalização para a célula muda conforme a intensidade do exercício, por isso diferentes substratos são utilizados. Efeito da dieta sobre as reservas musculares de glicogênio O grupo que se alimentou com uma dieta rica em gorduras e pobre em carboidratos entraram em exaustão mais rápido por possuir uma menor quantidade de glicogênio no músculo. O grupo que se alimentou com uma dieta rica em carboidratos e rica em gorduras, tinham uma maior quantidade de glicogênio muscular e um maior tempo até a exaustão. Repouso/exercício de baixa intensidade Utilização de AGL e glicose sanguínea. Sistema aeróbico predominante e por isso podemos usar gordura como substrato. Pois a gordura só é oxidada na presença de oxigênio. Intensidade do exercício e seleção do substrato >70% do VO2 max – precisa de atp de forma rápida, usando a via anaeróbica e os carboidratos. <30% do VO2 max – utiliza-se as gorduras. Exercício Intenso: Utilização do glicogênio muscular. Com exercício intenso temos a produção de lactato. Exercício moderado ou prolongado: Indivíduo alcança estado estável, deixando de produzir o lactato por passar a utilizar a via aeróbica. Teremos carboidratos sendo usados e o sistema aeróbico sendo predominante. 1ª hora glicogênio muscular e Glicose sanguínea. Captação de glicose em relação à intensidade e duração do exercício A captação de glicose aumenta em exercícios intensos. A intensidade é proporcional a necessidade do carboidrato como substrato energético. Influênciada intensidade do exercício sobre a fonte muscular do substrato AGL = Ácidos graxos livres plasmáticos O que causa o desvio do metabolismo de gorduras para o de carboidratos quanto a intensidade do exercício aumenta? (1) Recrutamento das fibras rápidas no exercício intenso. (2) Aumento do nível sanguíneo de epinefrina (adrenalina) – pela atuação do sistema nervoso simpático. Recrutamento das fibras musculares durante o exercício progressivo máximo O Exercício de baixa intensidade é melhor para queimar gordura? Em 80% de VO2 max (exercício intenso) queima uma considerável quantidade de gorduras. Além disso, também utiliza os carboidratos, que são predominantes em exercícios de alta intensidade. Por isso, deve-se considerar tanto a taxa total do consumo energético quanto a porcentagem de energia do metabolismo de gorduras. Duração do exercício e seleção do substrato Desvio do metabolismo dos carboidratos para o metabolismo das gorduras durante o exercício prolongado. Exercícios de longa duração vão usar gorduras e poupar os carboidratos, que são mais preciosos para as células. Quais fatores controlam a taxa do metabolismo de gorduras durante o exercício prolongado? Exercícios intensos produzem lactato e promovem a reesterificação da gordura, impedindo seu uso como substrato nesse exercício intenso. Mas o estímulo da lipólise (processo lento) continua por horas, então mesmo após ter terminado o exercício, continua com o estímulo para a lipólise. E esse estímulo vai perdurar por horas. A lipólise é inibida pela insulina e pelos níveis sanguíneos elevados de lactato. Interação entre metabolismo de gorduras e o de carboidratos Exercícios de curta duração – estoques de glicogênio muscular e de glicose sanguínea. Exercício prolongado (>2h) - < estoques de glicogênio muscular e hepático – fadiga muscular?
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