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Validade, Vigência e Eficácia das Normas Tributárias

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Aula 6. Validade, vigência e eficácia das normas tributárias
Questões:
1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Tributo instituído por meio de decreto é válido? Por quê?
R. As normas jurídicas serão sempre válidas ou inválidas, com referência a um determinado sistema “S”. E ser norma válida quer significar que mantém relação de pertinencialidade com o sistema “S”, ou que nele foi posta por órgão legitimado a produzi-la, mediante procedimento estabelecido para esse fim. Ao dizermos que uma norma “N” é válida, estaremos expressando que ela pertence ao sistema “S”. Consoante o princípio tributário da reserva legal, é vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Todavia, admite-se, constitucionalmente, que a União aumente determinados tributos por meio de decreto.
2. A Lei nº 9.718, de 27/11/1998, equiparou “faturamento” a “receita bruta de pessoa jurídica", inserindo as instituições financeiras no rol de contribuintes da COFINS. Vinte dias depois, a “equiparação” foi introduzida no Texto Constitucional pela Emenda nº 20/98. Pergunta-se: (i) A edição da EC teria o condão de outorgar “fundamento de validade” à Lei nº 9.718/98, legitimando a cobrança da COFINS com força retroativa?
R. A Emenda Constitucional nº 20/98, com as alterações que introduziu no art. 195 da Constituição, teria ou não o condão de emprestar, embora retroativamente, o necessário fundamento de validade ao novo desenho legal de base de cálculo de COFINS. A tese afirma que, mesmo na parte em que se atingem receitas que não são faturamento de venda de mercadorias ou de serviços – designadamente, na arte em que se atingem as receitas financeiras – com a retroeficácia da emenda, estaria, agora, igualmente legitimada a cobrança da COFINS, afastando-se a eiva de inconstitucionalidade arguida pelos contribuintes. A configuração anteriormente permitida para fato gerador e base de cálculo da referia contribuição era o faturamento. Agora passa a ser a receita ou o faturamento. 
3. Diferençar: (i) validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social.
R. (i) Validade: pode ser vista como o vínculo estabelecido entre a proposição jurídica, considerada na sua totalidade lógico-sintática e o sistema de Direito posto, de modo que válida é a norma que pertença ao sistema, mas para pertencer a tal sistema dois aspectos devem ser observados: a adequação aos processos anteriormente estabelecidos para a criação da proposição jurídica e a competência constitucional do órgão criador. 
(ii) Vigência: diferentemente da validade, a vigência é uma consequência da função criadora exercida pela linguagem normativa para determinar o tempo e o espaço em que uma norma jurídica (em sentido amplo) terá força para regulamentar condutas. (iii) Eficácia jurídica: Não há um fato jurídico fora de norma jurídica. Sem que haja enunciação por agente credenciado, o simples acontecimento no mundo social permanece sem efeito jurídico.
(iv) Eficácia técnica: É a qualidade que a norma ostenta, no sentido de descrever fatos que, uma vez ocorridos, tenham aptidão de irradiar efeitos jurídicos. A eficácia jurídica, para existir, depende da eficácia técnica, uma vez que a irradiação dos efeitos previstos no consequente da norma individual e concreta somente ocorrera se não houver obstáculos de ordem técnica que impeçam a constituição do fato jurídico no antecedente dessa mesma norma. 
(v) Eficácia social é a relativa ao grau de acatamento do mandamento normativo pelos integrantes da comunidade jurídica. Será eficaz a norma jurídica cujo mandamento é observado por seus destinatários, os quais se conduzem de acordo com as expectativas do legislador. 
4. Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que seguem:
Lei ordinária federal n. 10.001, de 10/10/2015 (DO de 01/11/2015)
Art. 1º Esta taxa de licenciamento de veículo tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor com registro de domicílio no território nacional.
Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é o valor venal do veículo.
Parágrafo único. A alíquota é de 1%.
Art. 3º Contribuinte é o proprietário do veículo.
Art. 4º Dá-se a incidência dessa taxa no primeiro dia do quarto mês de cada exercício, devendo o contribuinte que se encontrar na situação descrita pelo art. 1º dessa lei, desde logo, informar até o décimo dia deste mesmo mês, em formulário próprio (FORMGFA043), o valor venal, o tipo, a marca, o ano e a cilindrada do respectivo veículo.
Art. 5º A importância devida, a título de taxa, deve ser recolhida até o décimo dia do mês subsequente, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido.
Art. 6º Diante da não emissão do formulário (FORMGFA043) na data aprazada, poderá, a autoridade fiscal competente lavrar Auto de Infração e Imposição de Multa, em decorrência da não observância dessa obrigação, impondo multa de 50% sobre o valor do tributo devido.
Em 01/06/2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com efeito erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal. Identificar, nas datas abaixo fixadas, a situação jurídica da regra que instituiu o tributo, justificando cada uma das situações:
11/10/2015 
É valida: não
É vigente: não 
Incide: não
Apresenta eficácia jurídica: não 
· A norma não era válida, nem vigente, nem incidia e nem apresentava eficácia jurídica, pois ainda não havia sido publicada. O início do intervalo de validez começa a contar a partir da publicação da norma no diário oficial; 
01/11/2015
É valida: sim
É vigente: não 
Incide: não
Apresenta eficácia jurídica: não 
· A norma já era válida, mas ainda não era vigente, nem incidia e nem apresentava eficácia, pois a norma ainda estava passando pelo período de vacatio legis; 
01/02/2015
É valida: sim
É vigente: sim
Incide: não
Apresenta eficácia jurídica: não 
· A norma já era válida e vigente, mas ainda não tinha começado a produzir eficácia jurídica e nem incidência, pois o art. 4º da lei prevê ''incidência dessa taxa'' somente ''no primeiro dia do quarto mês de cada exercício''; 
01/04/2015
É valida: sim
É vigente: sim 
Incide: sim
Apresenta eficácia jurídica: sim
· A lei já era válida, vigente, possuía incidência e apresentava eficácia jurídica, mas a partir da declaração de inconstitucionalidade, a norma deixou de ser vigente e de incidir, porém apresentava eficácia jurídica, pois já havia passado pelo período de vacatio legis. 
01/07/2015
É valida: sim
É vigente: não 
Incide: não
Apresenta eficácia jurídica: não 
· A norma era válida, vigente, porém já não possuía incidência e eficácia jurídica, devido ao parecer que dizia ''o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com efeito erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal.''

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