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Aula 13. Regra-matriz de Incidencia Tributária.
Questões: 
1. Que é “regra-matriz de incidência tributária”? Qual sua funcionalidade operacional para o direito tributário?
R. Regra-matriz de incidência tributária pode ser vista de duas formas, como a regra que marca o núcleo da incidência fiscal, ou seja, aquela que institui o tributo, ou como o esquema lógico que serve para interpretar os textos jurídicos. Nesse sentido, no processo gerador dos sentidos do texto, o intérprete, conhecendo a regra matriz, sai em busca dos conteúdos significativos do texto posto para completá-la e assim constrói a regra matriz de incidência. A regra matriz considerada como estrutura lógica, é desprovida de conteúdo jurídico, trata-se de um esquema sintático que auxilia o intérprete no arranjo de suas significações, na construção da norma jurídica. A regra matriz, enquanto norma jurídica, aparece quando todos os campos sintáticos desta estrutura forem semanticamente completados. 
2. Que função desempenha a hipótese de incidência e o consequente tributário na composição da regra-matriz tributária? 
R. A hipótese de incidência tem a função de trazer os elementos necessários ao nascimento da obrigação tributária e o dever de pagar, enquanto o consequente tributário é a previsão, na norma, dos efeitos jurídicos que surgem com a ocorrência do fato gerador, identificando-se os sujeitos da relação jurídico-tributária e o objeto exato e quantificado da obrigação. Assim, o consequente desenha a previsão de uma relação jurídica que se instala automaticamente assim que concretizado o fato gerador.
3. Identificar e explicar os critérios que compõem a regra-matriz de incidência tributária. 
R. Quanto a hipotese de incidência têm-se os creiterios: material, temporal e epacial. O primeiro criterio é o material que ele veicula o comportamento de pessoa, sejam elas física ou jurídicas, que nada mais é do que o fato a ser descrito. Logicamente, a descrição de referido comportamento dar-se-á por meio de um verbo e um complemento, minudenciando, um verbo pessoal, pois a conduta descrita há de ser praticada, necessariamente por uma pessoa, e transitivo, pois como visto o complemento faz parte do fato a ser descrito. 
O critério temporal resume-se ao momento em que se considera o fato descrito na hipótese como consumado. Isso se torna evidente na medida em que a relação prescrita no consequente normativo, centrada numa prestação jurídica, só existirá após o fato descrito no consequente ter sido consumado.
Consigne-se que o critério temporal indica um marco na linha cronológica e não um lapso temporal como alguns entendem, classificando os fatos jurídicos tributários como instantâneos, continuados e complexos. Procurando-se ater aos preceitos da lógica e da linguística, entende-se que todos os fatos jurídico-tributários são instantâneos.
Por fim, concluindo o exame dos critérios que compõe a hipótese de incidência tributária, passa-se à análise do critério espacial, o qual pode ser explicado como o lugar onde deve ocorrer o fato para fazer surgir o laço obrigacional. A coordenada de espaço pode ser veiculada pelo legislador de modo explícito num enunciado prescritivo ou implícito. De qualquer modo, haverá sempre um plexo de indicações, mesmo tácitas e latentes, para assinalar o lugar preciso em que aconteceu aquela ação, tomada como núcleo do suposto normativo.
Dessa forma, completa-se o antecedente normativo, responsável por descrever um fato jurídico de possível ocorrência determinado no tempo e no espaço. Note-se que, até o momento, a análise foi genérica, na medida em que se descreveu um fato jurídico passível de ocorrência no mundo extrajurídico. A situação é diversa quanto ao suposto normativo.
Quanto ao consequente normativo tem-se: o critério pessoal e quantitativo.
No critério pessoal o sujeito ativo é o titular do direito subjetivo de receber a prestação jurídico tributária. Interessante pontuar que sua identificação é tão-somente normativa, na medida em que as normas de competência tributária veiculadas na Constituição Federal apontam os sujeitos ativos de cada tributo. Logo, poderá ser uma pessoa jurídica pública ou privada. 
O sujeito passivo é aquele revestido do dever jurídico de prestar o objeto, ou especificamente, pagar o tributo ao sujeito ativo. Neste caso, a identificação do sujeito é normativo-fática, pois analisar apenas a norma não é suficiente para apontar o sujeito passivo, é preciso examinar também o fato jurídico tributário.
Estando presentes os sujeitos envolvidos na obrigação jurídico-tributária, cumpre quantificar tal obrigação, ou liame prestacional, o que é feito em critério autônomo. Considera-se critério quantitativo o núcleo do suposto normativo, na medida em apontará a conduta que o sujeito passivo deverá adotar em favor do sujeito ativo.
Paulo de Barros Carvalho (2018) define o critério quantitativo do consequente das normas tributárias como o grupo de notícias informativas que o intérprete obtém da leitura atenta dos textos legais, e que lhe faz possível precisar, com segurança, a exata quantia devida a título de tributo. Isso se dará por meio de dois elementos: a base de cálculo e a alíquota.
Muitas são as especificidades que decorrem do estudo da base de cálculo, a exemplo, suas funções de confirmar, infirmar ou afirmar o critério material expresso na composição do suposto normativo. Porém, tais particularidades não serão minudenciadas por questões de objetividade e economicidade.
Como visto, a base de cálculo deve ser congregada à alíquota, a fim de resultar na obrigação jurídico-tributária devida pelo sujeito passivo. Entende-se a alíquota enquanto elemento compositor, usualmente em forma de percentagem, do quantum debeatur. 
4. Há necessidade de um critério pessoal compor a hipótese de incidência da regra-matriz? E de um critério espacial e temporal compor o consequente? Por quê?
R. Para compor a hipótese de incidência da regra matriz não é necessário um critério pessoal, tendo em vista o critério pessoal estar no consequente da regra matriz, sendo que, no antecedente temos o critério material, critério espacial e critério temporal. Assim, não se faz necessário o critério pessoal para compor a hipótese da regra matriz, mas o mesmo é imprescindível no momento posterior sob pena de não se fechar o ciclo no consequente da regra matriz, devendo ser fixado além do critério subjetivo o critério quantitativo.
5. Dado o seguinte suporte legislativo (fictício):
São José do Rio Preto, Lei municipal n.º 3.009, de 10/10/10 D.M. 15/10/10
Art. 1º Esse imposto tem como fato gerador a propriedade de imóvel no perímetro urbano.
Art. 2º A base de cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
§ 1º A alíquota é 1%.
§ 2º Contribuinte desse imposto é o proprietário do imóvel.
Art. 3º Esse imposto incide no primeiro dia de cada ano.
Art. 4º Diante da ocorrência do fato gerador, a autoridade administrativa fica obrigada a lavrar o lançamento até o dia primeiro do terceiro mês.
Art. 5º O contribuinte fica obrigado a pagar o imposto até o vigésimo dia desse terceiro mês. O não - pagamento até essa data implicará multa de 10% sobre o valor do imposto devido.
Art. 6° Todo proprietário de imóvel nas condições descritas no art. 1° dessa lei deve entregar a “Declaração do valor venal do imóvel”, formulário oficial cód. 45.687-9, até o primeiro dia do mês de fevereiro.
Parágrafo único: A não entrega dessa declaração na data aprazada implica multa de 500 reais”.
Pergunta-se:
a) Quantas normas há nessa lei? Identifique-as.
R. 5 normas. Art. 5º e art. 6º. Ambos artigos tem uma sanção para caso a norma seja descumprida, um método de coação, no caso, multa de 10% e multa de 500 reais caso haja descumprimento. 
b) Construir a regra-matriz de incidência tributária indicando todos os seus critérios.
R. i) sujeito ativo: Municipio; ii) sujeito passivo: Todo proprietário de imóvel em perímetro urbano; iii) hipótese de incidência: a) pessoal: Municipio (suj. Ativo) e proprietário de imóvel em perímetro urbano (suj.Passivo); b) temporal: primeiro dia de cada ano; c) espacial: perímetro urbano do Municipio; d) material: pagamento de imposto; e) quantitativo: valor venal do imóvel + alíquota de 1%; 
iv) base de cálculo: valor venal do imóvel e v) alíquota: 1%. 
RMIT - “Se (cm) for proprietário de imóvel, (ce) no perímetro urbano do Município de SJRP, (ct) no dia 1º de cada ano - deve ser a obrigação do proprietário (sp) de pagar 1% (al) sobre o valor venal do imóvel (bc) ao fisco municipal. (sa)
NDA - “Se (cm) verificar a ocorrência do evento tributário, (ce) no Município de SJRP, (ct) no dia 1º de cada ano - deve ser a obrigação da autoridade administrativa de efetuar o lançamento.
NSRM - “Se (cm) não pagar o tributo (ce) no Município de SJRP, (ct) até o vigésimo dia do mês de março - deve ser a obrigação do contribuinte (sp) de pagar 10% (al) sobre o valor do tributo devido (bc) ao fisco municipal (sa).
NDI - “Se (cm) for proprietário de imóvel, (ce) no perímetro urbano do Município de SJRP, (ct) no dia 1º de cada ano - deve ser a obrigação do proprietário (sp) de entregar a ‘declaração do valor venal do imóvel (cprest) ao fisco municipal (sa).
NSDI - “Se (cm) não entregar a declaração (ce) .. (ex: na secretaria da fazenda municipal), (ct) até o 1º dia de fevereiro - deve ser a obrigação do contribuinte (sp) de pagar multa de 500 reais (cprest) ao fisco municipal (sa).
c) A simples edição dessa lei basta para fazer nascer o fato jurídico tributário e a correspondente obrigação tributária? Por quê? 
R. Sim, pois o fato juridico tributário é o pagamento do imposto por todo proprietário de imóvel em perimetro urbano, já a obrigação tributária está prevista entre o Municipio (credor) e o proprietário do imóvel (devedor).

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