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TCC.Adriana Lima de Oliveira Pereira.docx (25/02/2020):
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VOCÊ TERÁ QUE REFAZER ESTAS PASSAGENS
ADRIANA LIMA DE OLIVEIRA PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
São José do Rio Claro - MT
2019
ADRIANA LIMA DE OLIVEIRA PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada como requisito de conclusão do Curso Superior de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade FASEB de Sinop (MT) para a obtenção do título de Pedagogia.
Orientadora: professora Regina Célia Ravelli
São José do Rio Claro - MT
2020
ADRIANA LIMA DE OLIVEIRA PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso Superior de Licenciatura em Pedagogia, submetido à Banca Examinadora composta pelos Professores da Faculdade FASEB Sino (MT), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Pedagoga.
_________________________________________________
Profª Espec. Regina Célia Ravelli
(Orientadora)
_________________________________________________
Prof.
(Membro da Banca)
__________________________________________________
Prof.
(Membro da Banca)
Aprovado em: _____/_____/2019
São José do Rio Claro, MT
2020
DEDICATÓRIA
Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso a meus pais, Jose João de Oliveira e Evanir Lima de Oliveira, por terem me dado a vida. A meu marido, Ediçon Pereira da Silva, e filhos, Douglas de Oliveira Rocha e Ediçon Pereira da Silva Júnior, que vivenciaram os momentos difíceis dessa trajetória de estudos, me incentivando a continuar.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por estar comigo a todo momento.
A professora Regina Célia Ravelli, que me orientou na construção desse TCC.
A todos os professores e professoras que contribuíram no decorrer do curso.
Aos colegas do curso, que estiveram me incentivando e ajudando na caminhada.
E a todos que que de alguma forma contribuíram direta e indireta para que eu conseguisse chegar no final dessa graduação.
EPÍGRAFE
O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.
Bamberger
RESUMO
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) traz por tema: “A importância da Leitura na Educação Infantil” surgiu após o estudo de vários conteúdos trabalhados durante o curso e percebe-se o quanto a leitura é importante na vida das crianças, e o quanto está cada vez mais difícil de agregar a literatura no meio infantil. O objetivo geral é o de destacar a importância da leitura, a partir da educação infantil, na formação de leitores conscientes, críticos e reflexivos. E, como objetivos específicos: analisar a contribuição da Leitura para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança pequena e descrever a importância da utilização dos livros infantis na educação infantil. A metodologia adotada foi a de pesquisa bibliografia, na qual procurou-se amparo em artigos publicados na internet, livros de diferentes autores que trazem a discussão da leitura na educação da criança pequena. No final desse TCC, tem-se a considerar que na atualidade estudos comprovam que há crianças que não desenvolvem o interesse pela literatura infantil, por estarem somente interessados em jogos das novas tecnologias, deixando de lado a leitura de muitas obras literárias. E esse desinteresse pela leitura, acarreta grandes problemas futuros, dentre eles dificuldades em produzir e interpretar textos, e ainda se tornar um indivíduo com grandes dificuldades em compreender de forma crítica a sociedade na qual encontra-se inserido.
Palavras-Chave: Leitura, Cognição, Reflexão, Entendimento, Interpretação.
ABSTRACT
This Course Conclusion Paper (TCC) has as its theme: “The importance of reading in early childhood education” emerged after the study of various contents worked during the course and it is perceived how important reading is in the lives of children, and the how much it is increasingly difficult to aggregate literature in children. The general objective is to highlight the importance of reading, from early childhood education, to the formation of conscious, critical and reflective readers. And, as specific objectives: to analyze the contribution of Reading to the social, emotional and cognitive development of young children and describe the importance of using children's books in early childhood education. The methodology adopted was the bibliographic research, which sought to support in articles published on the internet, books by different authors that bring the discussion of reading in the education of young children. At the end of this CBT, it has to be considered that at present studies prove that there are children who do not develop interest in children's literature, because they are only interested in games of new technologies, leaving aside the reading of many literary works. And this lack of interest in reading leads to major future problems, including difficulties in producing and interpreting texts, and still becoming an individual with great difficulties in critically understanding the society in which he is inserted.
Key words: Reading, Cognition, Reflection, Understanding, Interpretation.
SUMÁRIO
OBRAS CONSULTADAS........................................................................................ 28
1 INTRODUÇÃO
O tema deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é: “A importância da leitura na Educação Infantil”, e foi construído com o objetivo principal de destacar a importância da leitura a partir da educação infantil na formação de leitores conscientes, críticos e reflexivos. E, como objetivos específicos: analisar a contribuição da Leitura para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança pequena e; descrever a importância da utilização dos livros infantis na educação infantil. Justifica-se porque após os estudos realizados no curso de Licenciatura em Pedagogia da FASEB entende-se que o atual mundo contemporâneo está imerso num contexto social cheio de avanços tecnológico, em constante evolução científica, porém, sendo a escola um dos locais onde se constrói e aprimora conhecimento, a mesma não consegue acompanhar esse tempo moderno.
Este trabalho justifica-se por si mesmo pelo fato de que se saber que a leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois através de lá pode-se obter conhecimentos, dinamizar o raciocínio e a interpretação.
Através da leitura a criança constrói uma postura crítico-reflexivo, extremamente relevante a sua formação cognitiva. Então, desenvolver na criança pequena o interesse e o hábito pela leitura é um processo constante, que começa muito cedo, em casa, aperfeiçoando-se na escola, continuando pela vida inteira.
Sabe-se que esse desinteresse pela leitura, acarreta grandes problemas futuros na vida do indivíduoque vive em sociedade, não conseguindo atuar com mais positividade em sociedade. Daí a importância do professor pedagogo atuando na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que deve desenvolver na criança pequena o gosto pela leitura, direcionando-a sua leitura para obras da literatura infantil. Pois sabe-se que a partir da literatura infantil estimula a criança a desenvolver a imaginação, logo, se a leitura for implantada na criança desde cedo pode-se levá-la a construir diferentes conhecimentos.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A importância de despertar na criança o hábito de ler
O gosto pela leitura iniciasse desde a infância. Assim, para que a criança pequena aprenda a ler desde a cedo é importante que a literatura lhe seja adequada, prazerosa e dinâmica. É de grande importância incentivar a formação do hábito da leitura na idade em que todos os hábitos se formam, ou seja durante a educação infantil. Porém, pesquisas mostram que nos dias atuais uma grande maioria de crianças não gosta de ler, e quando o faz; faz por obrigação, não por gosto.
Segundo Souza (2004, p. 37),
[...] a leitura valoriza a autonomia intelectual e social, motivando e desafiando nos alunos a capacidade de transformar e compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
O ato de ler e interpretar ocorrem num processo abrangente de compreensão e de entendimento do mundo que nos cerca. Martins (1994) define leitura como sendo a forma como se interpreta um conjunto de informações ou de determinado acontecimento, lhe dando uma interpretação pessoal. É uma prática extremamente importante para desenvolver o raciocínio, o senso crítico e a capacidade de interpretação. Ou seja é a capacidade de interação com o outro através das palavras, que por sua vez estão sempre submetidas a um contexto.
De acordo com Fernandes (2010, p. 22) que afirma:
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade.
Por meio dessa citação pode-se afirmar a importância da leitura. Sosa (1978) afirma que durante a leitura descobre-se um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. Assim, as crianças enquanto sujeitos formadores dos seus saberes devem estar em constante contato com o mundo das letras, pois tendo convívio constante com a leitura é que vão criar gosto pela mesma.
Para tanto, a literatura infantil é um caminho que leva a criança pequena a desenvolver sua imaginação, emoções, e sentimentos de forma prazerosa com significação. Hoje a dimensão da leitura infantil é muito mais ampla e importante, pois proporciona desenvolvimento social e emocional. Quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura produz, maior será a probabilidade dele se tornar um adulto leitor. (JOLIBERT, 1994)
A literatura infantil pode influenciar na formação da criança, que passa a conhecer o mundo em que vive e a compreendê-lo. Assim como destaca Cardoso (2012, p. 16) “A leitura para a criança não é, como às vezes se ouve, meio de evasão ou apenas compensação. É um modo de representação do real. Através de um "fingimento", o leitor reage, reavalia, experimenta as próprias emoções e reações." Ao se contemplar esta afirmativa vemos como a leitura e a sua utilização pode promover condições de aprendizagem e relaxamento, buscando um aprendizado fluente. (CRAIDY, 2011)
Quanto a isso, Goldembergue (2000, pg.141) ressalta que,
[...] a literatura infantil vem sendo criada, sempre atenta ao nível do leitor a que se destina [...] e consciente de que uma das mais fecundas fontes para a formação dos imaturos é a imaginação – espaço ideal da literatura. É pelo imaginário que o eu pode conquistar o verdadeiro conhecimento de si mesmo e do mundo em que lhe cumpre viver.
De acordo com Silva (2014), o laço entre a escola e literatura começa a se estreitar, porém para se adquirir livros era necessário que, primeiramente, a criança dominasse a língua escrita, o que cabia à escola desenvolver nela a capacidade de leitura e interpretação.
Essas obras tinham um aspecto ético didático que fazia uma linha tênue nas visões da moral e do paternalismo, centrada em representações de poder. Uma obra literária voltada para estimular a criança pequena à obediência da Igreja, do Governo e de seu pai, na época chamado de senhor. Ou seja, uma literatura rotulada infantil, porém que foi reconfigurada da literatura de adultos, porque acreditava-se que a criança era um adulto em miniatura. (CARVALHO, 1989).
De acordo com Babenger (2005, p. 45):
Uma literatura intencional, cujas histórias acabavam sempre premiando o bom e castigando o que é considerado mal. Seguem à risca os preceitos religiosos e considera a criança um ser a se moldar de acordo com o desejo dos adultos que a educam, impondo-lhe aptidões e expectativas.
Ao mesmo tempo em que a criança necessita viver essas experiências, ela precisa também que lhe seja oferecida sugestões em forma simbólica sobre como ela pode lidar com estas questões da vida e crescer. Assim, a partir de certo tempo surgem as literaturas de contos de fadas.
Essas obras literárias são importantíssimas para o desenvolvimento da criatividade na criança em sua totalidade, mas a razão do sucesso dos contos de fadas reside justamente no fato de abordarem a linguagem emocional em que a criança se encontra. Mas o mais importante que os contos ensinam é que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável, é parte intrínseca do ser humano e quando tudo finda a personagem emergirá vitoriosa.
Daí a necessidade da criança conviver com literaturas de contos de fadas, elas estimulam o cociente e vão até o subconsciente da criança fazendo com que a mesma tenha oportunidade de sonhar e de viver a realidade com olhar diferente. (FRANTZ, 2001)
Quando em um conto de fadas existe o bem e o mal, oportuniza a criança criar relações com esses sentimentos, vivenciar as vitórias e derrotas e por fim criar para si uma convicção moral que, conforme ressalta Craidy (2011, p.10),
[...] sem o passaporte mágico, dessas narrativas, é difícil conceber viagens, aventuras, temores, medos e receios imaginários fundamentais ao nosso desenvolvimento intelectual e emocional.
Na contemporaneidade a dimensão de literatura infantil é muito mais ampla e importante. Ela proporciona à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo indiscutíveis. As infantis escritas nos dias atuais surgiram das literaturas infantis tradicionais. E esses novos formatos literários direcionadas para as crianças a auxiliam na construção do seu desenvolvimento cognitivo e afetivo. (ARROYO, 1990)
Segundo Abramovich (1999),
[...] quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinarem infinitos assuntos.
É por meio de uma história que a criança passa a descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica, enfim [...] É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc., sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula. (BENJAMIN, 2002)
De acordo com Oliveira (2012, p. 54):
A leitura possibilita que as pessoas sejam inseridas num mundo comunicativo, e que através desse código, elas possam se relacionar, de várias formas, obtendo conhecimento e se comunicando de maneira mais lógico compreensível.
Nesta perspectiva entende-se que é a leitura o fator primordial para que o homem viva em sociedade. É ela quem lhe possibilita acesso às informações, melhora e amplia seu vocabulário desenvolvendo concepção crítica sobre diferentes assuntos. Contribuitambém para a formação das relações sociais que se dá entre os homens. Brandão (2011).
No caso da criança, a leitura deve ser ensinada passo a passo até que ela consiga estabelecer significado. Porém esse aprendizado tem de ser motivador. Interessante para que a criança fique atenta, assim deve ser um momento lúdico, envolvendo fantasia, prazer e diversão.
Quanto a isso Sosa (2004), afirma que:
A criança, por estar em relação com a sociedade e seus costumes, se apropria do mundo, desenvolvendo uma forma de refletir sobre ele, aprendendo a atuar no mesmo. Assim, a educação infantil mostra-se fundamental na construção de uma consciência humanizada, que valorize o ser humano e que perceba como atuar na sociedade.
De acordo Silva e Arena (2012), os primeiros anos de da vida da criança é estigmatizado pela intensidade do desenvolvimento intelectual, físico, emocional e moral, assim, ela passa a construir seu processo de humanização. Para tanto, o contato social é imprescindível para que a mesma se localize e desenvolva-se em sociedade. É a leitura que oferece recursos para que a criança se torne comunicativa e desenvolva sua cidadania de maneira mais abrangente.
Para Sousa (2004) as primeiras experiências que a criança tem com os livros deve ser impulsionada pelos adultos, ou seja, pelos responsáveis diretos ou não, até mesmo por que a criança tem uma necessidade constante de imitar os adultos que conhece.
É fundamental que se aguce a curiosidade que a criança já tem, transformando a leitura num processo agradável e que valorize a riqueza de detalhes, com uma interpretação que fascine a criança. Não basta ler de qualquer forma, inventar respostas que a criança pede, é preciso ter cuidado, pois a criança é atenta, e sabe quando alguém a engana. Portanto, é fundamental que o adulto transforme a leitura numa prática que desperte a curiosidade infantil e valorize cada detalhe contado.
Desta forma, o leitor precisa se encantar com o que lê para a criança, valorizando cada aspecto, e despertando o interesse na obra, e no livro, que pode guardar muitos segredos.
Sousa (2004) ainda explica que a escola, sob uma visão mais ampla, se preocupa demais com os conteúdos programáticos, deixando, muitas vezes, de se focar no processo de ensino-aprendizagem como um processo prazeroso, como a leitura pode assumir através do qual se pode atingir muitos outros conteúdos, valorizando o desenvolvimento da capacidade crítica de cada aluno.
Neste sentido, é preciso transformar o conceito de educação, em relação ao seu sentido pragmático, que também é importante, mas que precisa mostrar-se flexível. É preciso formar leitores críticos, e esta é uma tarefa possível junto com o diálogo, mas é para ser construída uma realidade neste sentido.
Para Fernandes (2010), muitas questões prejudicam a leitura prazerosa, a leitura que possibilita uma ampliação do conhecimento e da visão de mundo. Neste sentido, é fundamental que os professores consigam planejar métodos que possam fazer com que os alunos adquiram gosto pela leitura. O trabalho dos professores precisa ser direcionado para atrair as crianças para a leitura, para que elas possam obter mais conhecimento e que isso lhes proporcione um aprendizado mais sólido, que possa ampliar a visão de mundo.
O professor atuando na educação e infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental precisa pensar em métodos pedagógicos para organizar e explorar a leitura na escola, visando sempre buscar o desenvolvimento infantil, promovendo o potencial criativo e intelectual, através da construção de significados e conhecimentos que auxiliem a criança na interação social, ou seja, a leitura precisa ser usada como ferramenta do ensino lúdico, proporcionando prazer e descoberta (FERNANDES, 2010, p. 08).
Ao passo que a leitura assume este papel de despertar o interesse e o prazer, a criança compreende a riqueza que as narrativas podem ter a presença de seus personagens e da envolvente história que os livros podem trazer, construindo uma relação de amor e carinho pela leitura.
Para Zilberman (2009), citado por Fernandes (2010), o ato da leitura precisa ter uma abrangência diversa em relação à satisfação que proporciona, deve ter intuitos escolares, mas não pode ser uma atividade que deixe de lado a questão da diversão, é preciso acumular funções, mas elas estão envoltas na questão do desenvolvimento, para que ocorra o aprendizado, é preciso que se obtenha resultados através da atenção e do desejo, e se for trabalhada a leitura de maneira inadequada, ao invés de proporcionar a criação da relação entre a criança e o livro, pode-se traumatizá-la, e impedir que este processo aconteça, valorizando tudo o que há de positivo em sua prática.
Fernandes (2010) defende que é através da exploração de elementos simbólicos presente nos livros, ou seja, da magia da leitura, que tornam-se possível que haja a socialização de conhecimentos e experiências, o livro pode assumir um domínio sobre o leitor, que em constante estado de interesse por descobertas passa a se relacionar com a leitura, e desejar o contato com o livro, sentindo falta de sua magia.
Ao se envolver com a história, a criança vive como se fosse o personagem, misturando realidade e fantasia, sentindo as alegrias e angústias do mesmo, e a criatividade explica magicamente dúvidas que vão surgindo. Visto que as histórias são construídas socialmente, de acordo com os contextos em que se encontram, abrangem também o âmbito cultural e social, situando a criança na sua realidade e, portanto, propiciando experiências sociais e culturais que poderão servir de base, em que a criança poderá se apoiar ao se deparar com semelhante situação real (FERNANDES, 2010).
Entretanto, para que a leitura provoque este tipo de reação, é preciso que o livro proporcione descobertas e levante dentro da criança muitos questionamentos, possibilidades que ela ainda desconhecia, e assim, o seu conteúdo precisa estar ligado a outros assuntos, a vivências diversas, a curiosidades e às dúvidas pertinentes à sua idade, com ideias apresentadas numa linguagem própria, mas que prime pela qualidade. Atingindo o objetivo de aumentar as possibilidades para que as crianças desenvolvam a sua curiosidade e ampliem a busca pelo conhecimento. (FERNANDES, 2010)
Existe o tipo certo de leitura para cada idade, e o professor precisa saber as narrativas que irão encantar seus alunos, buscando um enriquecimento de suas personalidades, e possibilitando a construção de um aprendizado de qualidade e do gosto pela leitura.
2.1.1 A Literatura Infantil aguça o gosto da criança pequena pela leitura
Entende-se Literatura Infantil, conforme Arroyo (1990) que a considera como sendo o conjunto de publicações que trazem em seu conteúdo formas recreativas ou didáticas ou até mesmo ambas direcionados ao público infantil.
O início da Literatura Infantil, de acordo com Cademartori (1994) foi marcado com as escritas de Perrault: Mãe Gansa, O Barba Azul, Cinderela, A Gata Borralheira, O Gato de Botas dentre outros, escritos de 1628 a 1703. Depois surgiram outros escritores, tais como Andersen, Collodi, Irmãos Grimm, Lewis Carrol, Bush e outros.
Aqui no Brasil, as primeiras obras infantis surgiram a partir do livro O Patinho Feiro de Andersen, escrito no século XX. Após surgiu Monteiro Lobato, com seu primeiro livro Narizinho Arrebitado e, mais adiante, muitos outros que até hoje cativam milhares de crianças, despertando o gosto e o prazer pela leitura.
Segundo Fonseca (2012, p. 20):
A literatura é, sem dúvida, uma das expressões mais significativas do saber e de domínio sobre a língua, que caracteriza o homem de todas as épocas, que permanece latente nas narrativas populares legadas pelo passado remoto. Fábulas, apólogos, parábolas, contos exemplares, mitos, lendas, sagas, contos jocosos, romances, contos maravilhosos, contos de fadas [...] fazem parte dessa heterogênea matéria narrativa que está na origem das literaturas modernas e guarda um determinado saber fundamental.
Já para Frantz (2001, p. 31),
[...] a literaturainfantil é lúdica e fantasiosa, trazendo questionamentos que conseguem ajudar a encontrar respostas para as inúmeras indagações do mundo infantil, enriquecendo no leitor a capacidade de percepção das coisas.
Para Meireles (1984, p. 32), “a literatura não é, como tantos supõem, um passatempo. É uma nutrição.” Nos dias atuais considera-se Literatura Infantil como sendo uma arte. E, assim sendo deve ser apreciada para corresponder plenamente à intimidade da criança.
A criança tem um apetite voraz pelo belo e encontra na literatura infantil o alimento adequado para os anseios da psique infantil. Alimento, esse, que traduz os movimentos interiores e sacia os próprios interesses da criança. (MEIRELES, 1994, P. 37)
Sendo despertando na criança a criatividade, a mesma precisará de matéria-prima sadia e com beleza, para organizar o mundo mágico que formou. Um universo possível, no qual é ela é dona absoluta. Assim, construindo-o e destruindo-o; construindo-o e reconstruindo, ela realiza tudo o que deseja.
A imaginação bem motivada é uma fonte de libertação, com riqueza. É uma forma de conquista de liberdade, que produzirá bons frutos, como a terra agreste, que se aduba e enriquece, produz frutos sazonados. (CARVALHO, 1989)
Isso explica o fato dos contos de fadas, primeiro traço essencial da Literatura Infantil, serem fascinantes até os dias atuais, pois atingem diretamente o imaginário da criança. De acordo com Benjamin (2002, p. 105): “[...] a criança mistura-se com as personagens de maneira muito mais íntima do que o adulto”. Tendo em vista que a criança possui, ainda, uma sensibilidade estética, muitas vezes mais apurada que o adulto.
O segundo traço essencial da Literatura Infantil é o dramatismo na visão de Sosa (1978, p.39),
O drama é importante para a criança como tradução de seus movimentos interiores e quanto o pequeno leitor, nele, se sente viver. Invenção e drama são, pois, os dois pilares essenciais de toda literatura que serve aos interesses da criança, não importa a idade.
Com o exposto por diferentes teóricos percebe-se o quanto é necessário refletir e dialogar sobre a importância da leitura e da inserção da criança nesse mundo letrado de modo que ela possa acompanhar o desenvolvimento global que ocorre no mundo todo.
2.2 A leitura na Educação Infantil
A Educação Infantil que se aplica nos dias de hoje não é aquela concebida como abrigos de crianças, pois sua visão não é mais assistencialista para amparar crianças de mães trabalhadoras. Entretanto, sabe-se que mesmo nos dias atuais as instituições de educação infantil ainda passam por inumeros desafios para ofertar para as crianças que nelas estão matriculadas um ambiente educativo, que favoreça o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor dessa criança, ambientes que as envolva com atividades direcionadas com o objetivo a educar, atendendo suas necessidades, não se limitando apenas a ato do cuidar (FERREIRA E DIAS, 2002).
Nesse sentido, o perocesso de ensino e aprendazagem na educação infantil não é classificatório, mas cabe ao professor observar que seus alunos podem desenvolver algumas competências nessa etapa.
Por esse motivo, o Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998b), no eixo linguagem oral e escrita, apresenta os objetivos e conteúdos como orientações didáticas para a Educação Infantil com vista a atender às expectativas esperadas nessa faixa etária, ressaltando que o ensino da leitura e escrita juntas fazem parte do processo educativo em práticas sociais de leitura e escrita (BRASIL, 1998b, p. 123).
Abaixo, apresentam-se alguns dos objetivos esperados para serem alcançados no ensino da leitura na Educação Infantil, citados no RCNEI (BRASIL, 1998b, p. 131):
Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar suas vivências, ouvir de as outras pessoas, elaborar e responder perguntas;
Familiarizar com a escrita por meio de manuseio de livros, revistas e outros portadores de textos e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário;
Escutar textos lidos, apreciando a leitura pelo professor;
Escolher os livros para ler e apreciar.
Importante frisar que quando os alunos não conseguem ler expontaneamente é preciso que o professor desenvolva diversas atividades de aprendizagem de leitura que venha anteceder e enriquecer a alfabetização.
Bamberger (1995, p. 24) define que “contar histórias em voz alta utilizando livros com gravuras é muito importante para a motivação da criança e o desenvolvimento de seu vocabulário”. Dessa forma, entende-se que trabalhar com ilustrações é enriquecedor para os leitores iniciantes, tendo em vista que estimula o interesse da criança, ajudando-a a compreender o texto utilizando a linguagem não-verbal.
A oportunidade que a criança tem de manusear livros é edificante para que se desperte nela o interesse pela leitura. Nesse sentido as bibliotecas escolares são importantíssimas para a criança tenha o contato direto com os livros.
Tendo a Biblioteca escolar como suporte para a aprendizagem da leitura, ela torna-se um espaço fundamental para o desenvolvimento das atividades pedagógicas ampliando os conteúdos ofertados pelo professor em sala de aula, o que contribui como incentivo para despertar na criança o gosto pela leitura.
Com base em Alliende e Condemarín (2005, p. 160), as bibliotecas têem se tornado indispensáveis durante todo o percurso da criança na escola, e as vantagens de promover as práticas de leitura neste ambiente são:
Põem à disposição dos meninos e meninas um conjunto variado de materiais que lhes permitem desfrutar da leitura e aprender em seu próprio ritmo e nível.
Proporcionam uma base de apoio para que o professor enriqueça a comunicação e o desenvolvimento das quatro modalidades básicas da linguagem escutar.
Estimulam a compreensão leitora e, como consequência favorecem o seu desenvolvimento.
Fazem com que as aprendizagens sejam mais divertidas, porque os materiais que contém são predominantemente de caráter literário ou recreativo.
Têm a virtude de familiarizar os alunos e alunas com uma grande quantidade de palavras e estruturas linguísticas. Assim proporcionam ao professor uma fonte inesgotável de exemplos linguísticos, dentro de contextos literários ou informativos.
Como os livros das bibliotecas de aula são predominantemente literários, permitem que os alunos e as alunas se familiarizem progressivamente com diversos tipos de gêneros e com diversos autores e enriquecem seu próprio mundo com as descobertas proporcionadas pela literatura.
Diante disso, entende-se que o espaço da Biblioteca contribui de forma a estimular e enriquecer a aprendizagem do aluno. No entanto, deve o professor desenvolver essa prática educativa de forma planejada com dinamismo e renovação, de forma a disponibilizar para o aluno materiais de fácil acesso para o seu manuseio, com o objetivo principal na participação e familiarização com diversas estruturas lingüísticas.
Desde a infância, segundo Ireland (2007), o ser humano é inserido no mundo letrado: ambiente familiar, escolar ou sobre circunstâncias sociais e pessoais fora de seu espaço. No entanto, para se desenvolver uma leitura eficiente, o mesmo precisa construir habilidades que sejam suficientes para que realize leituras mais amplas e complexas, literaturas que estejam à sua disposição. Para tanto, as instituições de educação que sistematizam o ensino básico, devem disponibilizar literatura apropriada para atender a cada faixa etária, de acordo com o desenvolvimento cognitivo de cada criança, adolescente e jovem.
O fator social, cognitivo e físico influência para que as pessoas se identifiquem perante a sociedade, considerando as competências que são construidas para viver em um mundo com diversas transformações e vencendo desafios. As competências estão relacionadas às habilidades no uso de textos e da linguagem, sendo uma ferramenta importante nas práticassociais (IRELAND, 2007).
Há dois fatores que favorecem para que a criança desperte o gosto pela leitura: interesse e motivação. A criança deve ler por prazer e não por obrigação, assim cabe não só a escola desenvolver na criança o hábito de ler, mas também cabe aos pais.
Considera-se bons livros infantis os livro de: poesia, fábulas, histórias em quadrinhos, contos, etc, todos são fundamentais para o ensino da leitura. As crianças se interessam pelo destino dos personagens e o final da história.
Nesse sentido, cabe ao professor no ensino da leitura ser o mediador nas diversas práticas de leitura que ocorrem dentro da sala de aula, utilizando de diferentes recursos para realizar uma atividade com significação para a criança.
Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998b, p. 143):
[...] o professor, como leitor deve se preocupar em criar um ambiente agradável e convidativo, gerando as expectativas e permitindo o contato direto com as ilustrações enquanto a história é lida, fazendo que desde cedo as crianças se interessam para ouvir as histórias.
Escolas dos anos iniciais do Ensino Fundamental e Instituições de Educação Infantil devem propiciar para as crianças um ambiente alfabetizador, ou seja, um ambiente que possa favorecer no seu desenvolvimento afetivo, cognitivo, proporcionando contato com a leitura e a cultura escrita, trabalhando com projetos que realizem experiências dinâmicas com as crianças como: exposições de livros na sala de aula, visita à biblioteca, desenhos sobre os livros, proporcionando novas habilidades, além do prazer que encontram no conteúdo do livro. (TEBEROSKY E COLOMER, 2003)
Importante frisar que no momento da leitura a criança perceba os elementos pré-textuais da obra: autor do livro, o gênero, os elementos da capa, contracapa, editora, título da história e outros aspectos que devem ser considerados para levar o aluno a inferir sentido no que irá ler.
O professor nos primeiros anos da escola deve realizar um trabalho pedagógico voltado para desenvolver atividades do período pré-escolar, sendo contínuas, trabalhando com relato de histórias e, através dele colecionando palavras, tendo como fundamento a expansão do vocabulário considerado o mais importante para o ensino da leitura.
Um dos principais objetivos do período pré-escolar é incentivar a criança no ensino da leitura, realizando a prática diariamente dentro ou fora da escola (rodas de leitura no parque), tornando mais fácil a aprendizagem nos primeiros anos de escola. Levando em consideração que nos primeiros anos de escola a criança é voltada para a brincadeira, não podemos sobrecarregar com atividades nessa área.
Tambem o professor deve utilizar diversos gêneros de livros, clássicos da literatura infantil e textos literários da educação infantil, aproximando as crianças de leituras significativas e diversificadas, visando o ensino da leitura para a formação de leitores competentes, ampliando seu desenvolvimento intelectual.
Solé (1998, p. 34), afirma que durante o ensino da leitura só se aprende a ler lendo, e que o leitor deve estar em contato com os mais diversos tipos de textos que se utiliza no cotodiano, mostrando para a criança o que precisa ser construído no aprendizado da leitura.
Assim sendo, salienta-se neste momento que para o aluno conseguir se interagir com o texto é muito importante que ele saiba a finalidade da leitura, ou seja, qual a intenção que os diferentes tipos de textos querem apresentar. Para isso, é necessário oferecer diversos tipos de textos, tais como: poesia, notícia, manual de instruções, receitas, convites, parlendas, trava-línguas, cantigas de roda, contos de fadas, entre outros.
Daí a necessidade de prevalecer a aprendizagem em um ambiente lúdico, a criança ter prazer em aprender, deve-se respeitar às crianças e suas fases de desenvolvimento.
A partir dessa reflexão, pode-se dizer que os inúmeros recursos que os professores podem se valer para o ensino da leitura são procedimentos estimuladores e interessantes, mas o que mais motiva as crianças a ler e escrever, é ver através dos adultos a importância para elas estar lendo e escrevendo.
2.3 As práticas de leitura na Educação Infantil
Segundo Porcacchia e Barone (2011), quando se lê para uma criança a linguagem oral automaticamente se mistura com a escrita, mas quando a criança realiza a leitura, o contato com a leitura e escrita é bem maior, sendo indispensável para a formação do leitor.
Utilizando a prática da leitura, o indivíduo constroi o total domínio da palavra aprimorando seus conhecimentos, representando o ato de ler por meio da escrita, ampliação de vocabulários, o pensar, refletir e a participação social do leitor na cidadania. Assim, quando o leitor se identifica com o texto lido sobre sua vida, valores e desejos, a leitura passa a ter uma dupla função: transmissão de valores e sentidos de cultura.
Uma prática extremamente relevante na Educação Infantil é o trabalho com a literatura infantil, por meio da roda de leitura realizada diariamente. Para isso, é importante que se utilize procedimentos “antes, durante e depois da leitura”, promovendo uma oportunidade para o sujeito falar transmitindo seus valores, sua cultura, relações sobre sua vida, conflitos do dia a dia.
Dessa forma, é importante que antes da leitura o professor escolha o texto ou obra literaria, conhecendo o texto em seus detalhes, preparando-se para ler; apresentando o livro às crianças: capa, folha de rosto, autor, editora, dedicatória, resumo da história na contracapa); fazendo com que as crianças levantem hipóteses sobre o tema a partir do título/ capa; comentando um pouco sobre o autor e a obra; compartilhando os motivos da sua escolha e comentando o assunto do qual trata o texto.
Outro momento importante para mobilizar estratégias de compreensão é durante a leitura, permitindo que as crianças olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida, criando certo suspense e não interrompendo a leitura sempre que uma palavra nova ocorrer é cuidado básico para que a criança construa a sua própria interpretação do texto.
Para depois da leitura, utiliza-se alguns procedimentos, tais como: lembrar de outros textos conhecidos a partir do texto lido; favorecer a conversa entre as crianças para que possam compartilhar o efeito que a leitura produziu, trocar opiniões e comentários - compartilhar impressões sobre a leitura: o que cada um gostou mais e, eventualmente, reler os trechos favoritos.
Segundo Porcacchia e Barone (2011), as práticas de leitura como um espaço facilitador em um encontro com elas mesmas, a realidade objetiva e subjetiva, tendo como foco o amadurecimento do indivíduo e uma reflexão crítica. Livro somado à história gerando um novo olhar nas crianças através de suas experiências pessoais, expondo suas narrativas, passando da onipotência imaginária para a onipotência cultural.
As práticas de leitura devem começar desde a Educação Infantil, oferecendo diversos portadores de textos começando pelo mais simples e se adequando às necessidades do aluno, que serão benéficos para a aprendizagem da criança, selecionando aqueles que podem favorecer uma reflexão crítica.
A partir desses levantamentos, cabe-se oferecer um espaço acolhedor dentro ou fora da escola para poder sentar e ouvir as histórias, desenvolvendo no aluno autonomia e segurança.
Além disso, histórias com função lúdica e criativa, despertam o prazer pela leitura e propicia uma identificação de mundo, sendo capazes de assumir suas ações, reconhecendo os pontos positivos e negativos. As crianças observam os gestos de tristeza, alegria, de amor, raiva, tom da voz, expressões faciais, identificando e fortalecendo o sentimento de si mesmo.
Isso pode ser aflorado por meio da utilização do texto literário que humaniza, constrói e reconstrói o sujeito leitor dando significado à sua história pessoal. Segundo Bettelhein (1999), a literatura traz sua contribuição nas formas de educar tendo objetivo principal a formação de personalidade do sujeito em sua própriarealidade.
Petit (2006 apud COLOMER; CAMPS, 2002), reconhece que a leitura abre oportunidades para o indivíduo se expressar, tomando posição de sujeito e desenvolvendo uma narrativa interna (p. 396). O considerado “sujeito inteiro”, e o campo da leitura é o mundo interno do sujeito composto por ações, emoções, sentimentos, pensamentos e representações.
Considerando o livro um importante objeto cultural, é essencial que todos tenham acesso, principalmente os que não tiveram condições. Petit (2006, p. 397), afirma que o livro talvez é a única saída para as pessoas que vivem em condições de miséria e pobreza.
Interagir com os alunos após a leitura, fazendo perguntas sobre a história, deixando-os à vontade para falar e expressar suas opiniões. Relacionar com os alunos acontecimentos da história e das vidas das crianças gerando um processo de autoconstrução, narrativa e de composição de sentido.
Com o tempo, as crianças irão desenvolver confiança e permanência a partir da integração do grupo com o professor e as atividades propostas. No momento dos alunos se expressar, fazer suas narrativas pessoais, tem que dar espaço e respeitar a vez do outro, para assim eles se interagirem grupo dando sua solidariedade no momento de tristeza e sofrimento. Segundo Gillig (1999), existe um desinteresse dos alunos em relação ao campo escolar.
A leitura para algumas crianças relacionava a este lugar, existindo um obstáculo entre a escola e seu mundo afetivo. Alguns alunos irão apresentar algumas dificuldades, necessitando o tempo todo de apoio para pensar e fazer as atividades para ela. E com o passar do tempo vão despertar a reflexão e o interesse, falar de si mesma e de seus sentimentos. O processo irá estabelecer um espaço transicional com o mundo interno e externo do aluno, possibilitando a capacidade e aprender e criar.
Deste modo, o espaço potencial de leitura permite a criança criar o mundo em que vive, se adaptando ao mundo que lhe foi concebido naquele momento, facilitando um encontro consigo mesma. Utilizar objetos pessoais e compartilhar, auxiliam no desenvolvimento emocional do sujeito, onde já consegue diferenciar qual é parte de seu interior, e qual a parte de seu mundo externo relacionado à sua cultura.
Sendo assim, nas práticas de leitura, deve-se propiciar leitura de histórias seguidas de várias atividades, permitindo abertura para a fantasia, imaginação, simbolização e construção de sentido. A leitura como facilitadora e mediadora, construção de conhecimentos cognitivos, desejo de ler e escrever. O que ela aprende não é o ato, mas o gesto do ato. (COLOMER e CAMPS, 2002).
Considerando o ensino da leitura e escrita fundamental na formação social do indivíduo, essa prática tem a finalidade de formar cidadãos críticos e conscientes. O processo de leitura não é só constituído em atos individuais, o leitor faz parte de grupo social, onde traz consigo experiências prévias e vivências que fazem parte de sua cultura. Porém essa cultura se perde com o tempo, e através da leitura essa cultura pode ser recuperada.
Com o ato da leitura, o leitor passa a entender melhor o mundo que vive, enfrentando os obstáculos que vão surgindo, se tornando um sujeito ativo na realidade em que vive, obtendo uma mudança de comportamento, onde passam a se interessar pelo o que está lendo. Nas práticas de leitura os alunos adquirem uma organização de pensamento, sentidos e significados, permitindo viver um mundo de fantasia, imaginação, simbolização e construção de pensamento.
São muitos os benefícios conquistados pela prática de leitura nos alunos, tendo como exemplos o conhecimento de várias culturas, ideias, pessoas diferentes e visão de mundo. Se a escola não propiciar ao aluno atividades diárias de leitura, o risco do fracasso escolar será maior.
Considera-se então, que a prática de leitura ajuda o leitor se identificar, ser criativo, ter percepção da realidade e posteriormente a simbolização. Cada leitor ao realizar uma leitura, tem um contato direto com o texto, tornando-se um co-autor, relacionando com a leitura suas características e experiências pessoais, tornando o ato de ler importante.
O gosto de ler desenvolve um bom desempenho linguístico, contribuindo para o leitor obter informações e domínios de conhecimento, e compreensão de interpretação. Quanto mais se lê, mais o sujeito se apropria de compreensão de mundo, e devemos motivar os alunos para desenvolver essa habilidade. As histórias participam da construção de conhecimentos, pois, as crianças passam a questionar e se interessar por palavras que não são de seu entendimento, despertando o desejo pela aprendizagem da leitura e escrita.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura deve ser construído de forma constante, começando desde cedo. Na escola a criança o aprimora e continua pela vida inteira.
Há diferentes fatores que influenciam o interesse pela leitura. Uma deles é o ouvir históricas lidas pelos adultos desce cedo permite que a criança estabeleça contato direto com livros, estimulando-a de forma favorável na construção do vocabulário, bem como na prontidão para a leitura.
Na escola, o professor deve oferecer para as crianças leituras que estejam dentro de sua faixa etária cronológica, para que respeitei assim seu estágio de desenvolvimento cognitivo.
No decorrer dos dias, doses diárias de leitura com naturalidade, de forma agradável, sem forçá-las, o professor fará com que a criança desenvolva o hábito da leitura, que as acompanhará pela vida afora.
Também o professor deverá desenvolver programas de leituras variados e equilibrados, que integrem conteúdos relacionados ao currículo escolar, tais como contos, fábulas e poesias.
Infelizmente, no atual mundo tecnológico no qual vivemos, o livro físico parece ter sido esquecido, mas para quem conhece a importância da literatura na vida de uma pessoa, quem sabe o poder que tem uma história bem contada, quem sabe os benefícios que uma simples história pode proporcionar, com certeza haverá de dizer que não há tecnologia no mundo que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamento.
O leitura informa, instrui ou ensina, dando prazer. Enfim, a literatura sendo bem escolhida e direcionada pelo professor na educação básica, a partir da educação infantil, indo para os anos iniciais do ensino fundamental e posterior ensino médio, é um amplo campo para a construção do conhecimento e para o estimulo ao gosto pela leitura.
Após a realização desta pesquisa conclui-se que é essencial ler para as crianças desde muito cedo, pois assim estaremos proporcionando a elas contato com o mundo letrado, com a linguagem oral e escrita e principalmente com o mundo da imaginação. As crianças que tem acesso livros e diversos outros materiais escritos e são envolvidas em diversas práticas de leitura conforme nos diz Magda Soares se desenvolvem melhor.
Assim os docentes que desempenham suas funções na modalidade de educação infantil precisam entender a importância do seu trabalho realizado nessa etapa educacional para ampliar as capacidades das crianças de forma significativa, pois queremos uma educação de qualidade que seja capaz de formar pessoas letradas e não apenas analfabetos funcionais. Não se quer estudantes que leem por obrigação, mas sim pelo prazer de ler e que entendam o que estão lendo, pois ler é uma das mais importantes portas de entrada para o conhecimento.
Desta forma devemos fortalecer o trabalho de leitura desde a educação infantil, com técnicas variadas que sejam capazes de despertar nas crianças o interesse e o prazer pela leitura, só assim estaremos contribuindo para a construção de uma sociedade verdadeiramente letrada.
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1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 2.1 A importância de despertar na criança o hábito de ler..................................... 2.1.1 A Literatura Infantil aguça o gosto da criança pequena pela leitura.............. 2.2 A leitura na Educação Infantil........................................................................... 2.3 As práticas de leitura na Educação Infantil...................................................... 11 11 17 19 23
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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