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Revisão de Análise de Demonstrativos Financeiros Alex da Silva Alves alexds.alves@usp.br 2014 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Economia, Administração e Sociologia ESALQ/USP Prof. Alex Alves A empresa e sua estrutura de informações • A empresa desempenha importante papel econômico e social no mundo moderno, tendo a função de coordenar os chamados fatores de produção para obtenção de bens e serviços destinados à satisfação das necessidades humanas. 2 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Função da empresa • São fatores de produção – Os recursos naturais (solo, florestas, mares e rios) – O trabalho (mão-de-obra) – O capital (máquinas, equipamentos e instrumentos utilizados na produção dos bens ou serviços) 3 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Função da empresa • A empresa, mesmo tendo como objetivo principal o lucro, também deve atender as necessidades de seus clientes, com aprimoramento constante de sua tecnologia e ainda dar respostas as demandas da sociedade. 4 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Os Produtos • Do ponto de vista de análise financeira, é importante o analista conhecer os produtos que a empresa produz e a importância desses produtos para satisfação das necessidades de seus clientes. 5 Relatórios e Informações Gerenciais Demonstrações financeiras Dados para imposto de renda e outras informações contábeis Dados para orçamento de receitas, despesas, custos e empréstimos Acompanhamento de planos de investimentos e financiamentos Diversos outros relatórios gerenciais Relatórios de Custos de Produção Fonte: Prof. Reinaldo Cafeo 6 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Usuários das informações contábeis • Empresa internamente • Acionistas, investidores e analistas • Bancos e instituições financeiras • Fornecedores e clientes • Governo e órgãos governamentais • Sindicatos e associações de classe 7 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Análise Financeira • CONCEITUAÇÃO: Demonstrações financeiras: demonstrações formais elaboradas pela Contabilidade destinadas à divulgação externa, a saber: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Resultado e Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) -> EM DESUSO. Demonstrações de Fluxo de Caixa Além destas demonstrações, são elaborados diversos relatórios para uso interno que contêm informações gerenciais detalhadas. 8 ESALQ/USP Prof. Alex Alves • Em certo sentido, pode-se dizer que a administração financeira começa onde termina a Contabilidade, quando os dados brutos fornecidos pela mesma devem ser transformados em informações que permitirão ao administrador financeiro: 1) avaliar a situação econômico-financeira da empresa, a formação do resultado, os efeitos de decisões tomadas no passado, etc.; 2) tomar novas decisões, corrigindo o rumo indesejado; e 3) desenvolver planos operacionais e de investimento. Análise Financeira 9 ESALQ/USP Prof. Alex Alves • Estrutura de capital: a combinação de diversas modalidades de capital de terceiros e capital próprio utilizados por uma empresa. • Também chamada de estrutura financeira. • Ou seja, o conjunto de títulos usados por uma empresa para financiar suas atividades de investimento; as proporções relativas às dívidas a curto prazo, dívidas a longo prazo e o capital próprio. Análise Financeira 10 ESALQ/USP Prof. Alex Alves • Análises financeiras: estudo das demonstrações financeiras de uma organização com objetivo de dar suporte à tomada de decisão. • Cada agente abordará a empresa com determinado objetivo, e este determinará a profundidade e o enfoque da análise. • Busca o levantamento a respeito da saúde financeira da empresa, representada pela sua liquidez e rentabilidade. Análise Financeira 11 ESALQ/USP Prof. Alex Alves 12 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Importância Administradores internos da empresa: 1. Desempenho retrospectivo e prospectivo das várias decisões tomadas. Demais analistas externos: 1. Acionista e Investidor: lucro líquido, desempenho das ações no mercado e dividendos, risco financeiro e liquidez no pagamento de dividendos; 2. Credor: Capacidade de honrar os compromissos assumidos, resultados econômicos como fatores determinantes da continuidade da empresa. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 13 Anexo Revisão de Análise de Demonstrações Financeiras ESALQ/USP Prof. Alex Alves 14 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Critérios Fonte de informações: Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados. Procedimentos Preliminares: 1. Reclassificação das contas: – Duplicatas e Saques de Exportação Descontados → empréstimos; – Resultado de Exercícios Futuros→ Patrimônio Líquido; 2. As contas do Ativo e Passivo Circulante → separadas em operacionais e não operacionais; 3. Na DRE as receitas e despesas financeiras → separadas do Grupo de Despesas Operacionais; 4. Demonstrações Financeiras → com correção integral e a valor presente. ESALQ/USP Prof. Alex Alves • Balanço Patrimonial Demonstração financeira que apresenta o valor contábil de uma empresa em certa data. Análise Financeira 15 ESALQ/USP Prof. Alex Alves DEFINIÇÃO DE ATIVO • 1. o ativo deve ser considerado à luz da sua propriedade e/ou à luz de sua posse e controle; normalmente as duas condições virão juntas. • 2. precisa estar incluído no ativo, em seu bojo, algum direito específico a benefícios futuros, ou em sentido mais amplo, o elemento precisa apresentar uma potencialidade de serviços futuros (fluxos de caixa futuro) para a entidade. 16 ESALQ/USP Prof. Alex Alves DEFINIÇÃO DE PASSIVO 1 – A obrigação deve existir no presente momento. Atualmente, é vista como resultante de uma transação ou um evento passado 2 – Não pode haver nenhuma liberdade para evitar o sacrifício futuro. 3 – Normalmente, deve haver um valor de vencimento determinável ou a expectativa de que seja exigido um pagamento de valor determinado com base em estimativa razoável numa data futura específica, muito embora o momento exato não seja conhecido atualmente. 4 – Normalmente, o beneficiário do pagamento seria conhecido ou identificável especificamente ou como grupo . 17 ESALQ/USP Prof. Alex Alves PASSIVOS NORMAIS E CONTIGENCIAIS • Exigibilidade normal: decorrente das atividades normais da empresa. (compras a prazo, financiamentos, etc.) • Exigibilidade Contingente: uma exigibilidade contingente é uma obrigação que pode surgir, dependendo da ocorrência de um evento futuro. (indenizações, multas, etc.) 18 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Passivo Circulante Passivo Exigível a L. Prazo Patrimônio Líquido 19 ESALQ/USP Prof. Alex Alves BALANÇO PATRIMONIAL • Lei 6.404/76 Art. 178 § 1o No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante, dividido em caixa, estoques, contas a receber, etc.; b) ativo realizável a longo prazo, dividido em contas a receber, recebimentos de empréstimos a outras empresas, adiantamentos a sócios e empregados, produtos em fabricação com recebimento previsto para mais de 12 meses etc.; c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. 20 ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS Métodos de avaliação de investimentos Método de Custo Método de Equivalência Patrimonial IMOBILIZADO Tangíveis (corpóreos) Intangíveis (incorpóreos) Manutenção e reparosno ativo imobilizado Melhorias no ativo imobilizado BALANÇO PATRIMONIAL 21 ESALQ/USP Prof. Alex Alves BALANÇO PATRIMONIAL • Lei 6.404/76 Art. 178 § 2o No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: a) passivo circulante, dividido em contas a pagar, fornecedores, empréstimos bancários, impostos a recolher e despesas a pagar; b) passivo exigível a longo prazo, que compõem empréstimos a longo prazo, financiamentos de longo prazo oferecidos a fornecedores, contas a pagar, provisão para indenizações trabalhistas etc.; c) resultados de exercícios futuros, que compõem receitas de exercícios futuros etc.; d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. 22 ESALQ/USP Prof. Alex Alves BALANÇO PATRIMONIAL Fonte: Nélio Domingues Pizzolato (Contabilidade Gerencial, 2a Edição, página 16) Contas do patrimônio líquido: 1) capital social - O capital social representa os valores recebidos pela empresa, em forma de subscrição ou por ela gerados. A integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e direitos. - Aumento de capital pode ocorrer por lançamento de açõesou da incorporação de vários tipos de reservas ou lucros acumulados; 2) reservas de capital - Ágio na subscrição de ações com valor nominal; excedente recebido na subscrição de ações, produto na alienação de partes beneficiárias e bonus de subscrição, etc; 3) reservas de reavaliação, - são contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações, com base em laudo técnico e aprovadas pela Assembléia Geral, que é uma reunião em que participam os acionistas da sociedade. 23 ESALQ/USP Prof. Alex Alves BALANÇO PATRIMONIAL Fonte: Nélio Domingues Pizzolato (Contabilidade Gerencial, 2a Edição, página 16) Principais Contas do patrimônio líquido: 4) reservas de lucros - são contas constituídas pela apropriação de lucros da empresa, sendo a reserva legal a mais importante. Esta última, por exigência normativa, é em princípio constituída por 5% dos lucros anuais da empresa. As demais reservas mais frequentes são as seguintes: reservas estatutárias (específicas para cada empresa), reservas de contingência (indenizações trabalhistas etc), reservas para investimentos (conforme planejamento estratégico). 5) lucros ou prejuízos acumulados - são lucros anteriores que ainda não tem destinação específica. Normalmente, correspondem a lucros apurados no balanço e cuja destinação será posteriormente decidida. 24 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponível Realizável a Curto Prazo Desp. do Exercício Seguinte Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Investimentos Ativo Imobilizado Ativo Diferido Passivo Circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Reavaliação Reservas de Lucros Lucros ou Prejuízos Acumulados (-) Ações em Tesouraria 25 Ativo circulante Ativo permanente Capitais de terceiros Patrimônio Líquido Aplicações de Recursos Origens de Recursos BALANÇO PATRIMONIAL 26 Ativo circulante Ativo permanente Capitais de terceiros Patrimônio líquido Aplicações de Recursos Origens de Recursos BALANÇO PATRIMONIAL EMPRESA COMERCIAL 27 Ativo circulante Ativo permanente Passivo circulante Patrimônio líquido Aplicações de Recursos Origens de Recursos BALANÇO PATRIMONIAL EMPRESA INDUSTRIAL Exigível a longo prazo 28 Ativo circulante Ativo permanente Passivo circulante Patrimônio líquido Aplicações de Recursos Origens de Recursos BALANÇO PATRIMONIAL EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS Exigível a longo prazo 29 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO BENS E DIREITOS OBRIGA- ÇÕES Terceiros Sócios/ Acionistas 30 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Investimentos Partic. Permanentes em outras sociedades Outros investimentos permanentes Ativo Imobilizado Bens em operação Ativo intangível (-) Depreciação Acumulada (-) Amortização Acumulada (-) Exaustão Acumulada Ativo Diferido (-) Amortização Passivo Circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Ágio na Alienação de Ações Alienação de Partes Beneficiárias Prêmio na Emissão de Debêntures Doações e Subvenções p/ Investimentos Reservas de Reavaliação Reservas de Lucros Reserva Legal Reservas Estatutárias Reservas p/ Contingências Reserva de Lucros a Realizar Lucros ou Prejuízos Acumulados (-) Ações em Tesouraria 31 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Circulante 30.000 Circulante 20.600 · Disponibilidades 1.500 · Fornecedores 9.380 · Dup. a rec. 20.000 · Salários e encargos 2.400 · (-) Prov.dev.duv. -300 · Dividendos a pagar 1.000 · Estoques 8.800 · Emp. Bancário 5.000 Permanente 15.000 · Provisão I.R. 2.820 · Imobilizado 20.000 Patrimônio Líquido 24.400 · (-) Dep. acum. -5.000 · Capital Social 11.000 · Reserva Legal 600 · Reservas de lucros 5.800 · Lucros (P) acum. 7.000 TOTAL DO ATIVO 45.000 PASSIVO + PL 45.000 ATIVO PASSIVO CIA. ALPHA 32 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo Circulante Circulante Circulante Circulante Circulante Circulante 67% 46% 33% 49% 35% 35% Permanente P.L. P.L. Permanente P.L. 65% 65% Permanente 54% 67% 51% 33% Estrutura III Estrutura I Estrutura II 33 Contas redutoras do Ativo Circulante Duplicatas descontadas Provisão para devedores duvidosos Contas redutoras do Patrimônio Líquido Capital a integralizar Ações em tesouraria 34 ESALQ/USP Prof. Alex Alves RECEITAS E GANHOS • Receitas podem ser definidas, em termos gerais, como o produto gerado por uma empresa. • Os ganhos distinguem-se das receitas por serem periféricos às atividades básicas da empresa. 35 ESALQ/USP Prof. Alex Alves DESPESAS E PERDAS • As despesas representam as variações desfavoráveis dos recursos da empresa, ou seja, são as reduções de lucros. Despesas são os custos, consumos de bens ou serviços, assumidos para gerar as receitas . • As perdas são periféricas às atividades básicas da empresa. Seu reconhecimento e sua mensuração, porém, são idênticos aos de despesas. 36 ESALQ/USP Prof. Alex Alves DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 37 ESALQ/USP Prof. Alex Alves DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; V - o resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para o imposto; VI - as participações de debêntures, empregados,administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 38 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Bruta Receita Líquida Lucro Bruto Resultado Operacional Rec. e Desp. Não Operacionais Lucro ou Prej. Antes do Imposto de Renda e Contrib. Social Lucro Líquido do Exercício 39 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Bruta Impostos e Contribuições s/ Vendas Devoluções Receita Líquida Custo das Mercadorias Vendidas Lucro Bruto Despesas Operacionais Despesas c/ Vendas Despesas Administrativas Outras Despesas Operacionais Resultado Financeira Líquido Resultado Operacional Rec. e Desp. Não Operacionais Lucro ou Prej. Antes do Imposto de Renda e Contrib. Social Imposto de Renda e Contr. Social Lucro Líquido do Exercício 40 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Caixa x Lucro Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) • Hermenegésio comprou um Fusquinha por $8 mil, pagando 50% no ato e o restante após 30 dias. Vendeu por $10 mil, recebendo $1 mil como entrada e o resto em 60 dias. • Judynelson comprou um Chevette por $6 mil, com pagamento em 60 dias. Vendeu por $5 mil a vista. • Qual operação gerou caixa? • Qual operação gerou lucro? 41 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Caixa x Lucro: qual é a lógica? Caixa Lucro Vendeu? + Recebeu? + Consumiu? - Pagou? - Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 42 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Os diferentes tipos de lucros Ativos Obrigações Capital dos sócios Operacionais Financeiros Receita bruta de vendas (-) Deduções Receita líquida de vendas (-) Custo Mercadoria Vendida Resultado bruto (-) Despesas Resultado operacional (-) IR e CS Resultado líquido (-) Despesas adm e comerciais LAJIR (-) Juros LAIR ou Resultado operacional (-) IR e CS Resultado líquido Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 43 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Separando as decisões operacionais e financeiras das empresas Ativos LAJIR (ou EBIT) Obrigações JUROS Operacional IR Capital dos sócios Lucro Líquido Financeira Como dividir? Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 44 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Finanças versus Contabilidade Contabilidade Finanças AC RLP AP PC ELP PL Investimentos de giro Investimentos estruturais Financiamentos de Giro Financiamentos estruturais Receita bruta de vendas (-) Deduções Receita líquida de vendas (-) Custo Mercadoria Vendida Resultado bruto (-) Despesas Resultado operacional (-) IR e CS Resultado líquido Receita bruta de vendas (-) Deduções Receita líquida de vendas (-) Custo Mercadoria Vendida Resultado bruto (-) Despesas adm e comerciais LAJIR (EBIT) (-) Juros LAIR ou Resultado operacional (-) IR e CS Resultado líquido Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 45 DRE da Empresa XYZ Ano 1 2 3 Receita 500 550 620 (-) Ded -50 -50 -50 (-) CMV -250 -250 -250 (-) Desp -320 -380 -460 Resultado -120 -130 -140 Exemplo: o impacto das despesas financeiras em um negócio Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 46 ESALQ/USP Prof. Alex Alves É preciso separar os juros! Juros decorrem do endividamento e NÃO do negócio! Exemplo: o impacto das despesas financeiras em um negócio Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 47 Exemplo: o impacto das despesas financeiras em um negócio Ano 1 2 3 Receita 500 550 620 (-) Ded -50 -50 -50 (-) CMV -250 -250 -250 (-) Desp -320 -380 -460 Resultado -120 -130 -140 (-) Desp Pr -50 -50 -50 LAJIR 150 200 270 (-) Juros -270 -330 -410 LAIR -120 -130 -140 É preciso separar os juros das demais despesas adm e com 48 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Em Finanças .... Investimentos de giro Investimentos estruturais Financiamentos de Giro Financiamentos estruturais Operacional Financeiro Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 49 ESALQ/USP Prof. Alex Alves EBITDA e Lucro (1) Em Português ... LAJIDA, Lucro antes dos Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização. Representa a geração operacional de caixa da companhia. Corresponde, em outras palavras, ao Fluxo de Caixa Operacional acrescido do Imposto de Renda. mortization arnings E efore B nterest Rates, I axes, T epreciation and D A Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 50 ESALQ/USP Prof. Alex Alves EBITDA e Lucro (2) Lucro Caixa Registro contábil Decisão financeira EBITDA Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 51 ESALQ/USP Prof. Alex Alves EBITDA e Lucro (3) Lucro é bom ... Mas EBITDA é melhor !!! Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 52 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Demonstrativos de Empresas 27 Receita Operacional Bruta 7.316,5 100,0% 8.238,0 100,0% 13,8% Mercado Interno 3.732,0 51,0% 4.251,7 51,1% 13,9% Mercado Externo 3.584,6 49,0% 4.076,3 48,9% 13,7% Receita Operacional Líquida 6.307,5 100,0% 7.318,4 100,0% 16,0% CPV (4.462,3) -70,7% (5.311,1) -72,6% 19,0% Lucro Bruto 1.845,2 29,3% 2.007,4 27,4% 8,8% Despesas com Vendas (1.145,4) -18,2% (1.234,1) -16,9% 7,7% Despesas Administrativas (55,4) -0,9% (52,0) -0,7% -6,1% Participação nos Resultados (51,2) -0,8% (60,0) -0,8% 17,2% Outros Results Operacionais 8,5 0,1% (20,4) -0,3% -338,2% LAJIR (EBIT) 601,7 9,5% 640,8 8,8% 6,5% Resultado Financeiro Líquido (32,6) -0,5% 236,0 3,2% 822,6% Result. Equiv. Patrimonial (50,7) -0,8% (152,4) -2,1% 200,7% Result. Fin. Líq + Eq. Patrim. (83,3) -1,3% 83,6 1,1% 200,3% Result. Líq. antes Imposts e Contr. 511,5 8,1% 729,0 10,0% 42,5% Provisão IR e Contr.Social (72,7) -1,2% (72,9) -1,0% -0,3% Resultado Líquido 438,7 7,0% 657,3 9,0% 49,8% EBITDA 842,6 13,4% 895,5 12,2% 6,3% 2004 A.V. 2005 A.V. A.H. Demonstrativo dos Resultados – R$ milhões 2005/2004 53 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Demonstrativos de Empresas TERCA - Cotia Armazéns Gerais S.A. DRE [M R$] 2005 2006 2007 2008 2009 Receita bruta 19 23 23 40 54 Deduções -3 -4 -4 -8 -10 Receita líquida 15 18 19 32 43 CSP -11 -10 -11 -18 -26 Lucro bruto 4 8 8 14 17 Despesas operacionais -5 -2 -2 -4 -5 Depreciação e amortização 0 -3 -3 -3 -4 Despesas financeiras líquidas 0 -0 -0 -1 -2 Outros 0 -0 0 0 0 Lucro antes impostos -1 3 3 6 6 Impostos 0 -1 -1 -2 -1 Lucro líquido -1 3 2 4 5 LAJIR(EBIT)=Rec. Líq. + CSP + D. oper + Depreciação = -1 3 3 7 8 LAJIDA(EBIT DA)=EBIT - Depreciação = -1 6 6 10 12 54 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Demonstrativos de Empresas Uma empresa do segmento de máquinas industriais – Parte I 55 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Demonstrativos de Empresas Uma empresa do segmento de máquinas industriais – Parte II 56 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Demonstrativos de Empresas Uma empresa do segmento de máquinas industriais – Parte III 57 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Contabilidade x Finanças Contabilidade Receitas (-) Gastos Lucro Finanças Entradas (-) Saídas Caixa O Caixa representa, de fato, a movimentação de dinheiro no tempo Baseado em apresentação do Prof. Adriano Bruni (www.minhasaulas.com.br) 58 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Depreciação É a diminuição do valor do bem em razão do seu desgaste e obsoletismo. Estão sujeitos à depreciação os bens duráveis. 59 ESALQ/USP Prof. Alex Alves DEPRECIAÇÃO • Taxas de Depreciação • Depreciação acelerada • Métodos de Depreciaçãoa) quotas constantes b) soma dos dígitos dos anos c) unidades produzidas d) horas de trabalho 60 Taxas de Depreciação Cotas constantes Bens do Imobilizado Anos de vida útil % de deprec. a.a. Bens móveis em geral 10 10% Edifícios e construções 25 4% Biblioteca 10 10% Máquinas e instala- ções industriais 10 10% Veículos em geral 05 20% Tratores 04 25% 61 Depreciação Acelerada Turnos Coeficiente Um turno de 8 horas 1,0 Dois turnos de 8 horas 1,5 Três turnos de 8 horas 2,0 62 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Depreciação Soma dos dígitos dos anos 5 4 3 2 1 _ 15 15 15 15 15 15 15 Depreciação Gastos com manutenção Qual a justificativa econômica deste método? A justificativa técnica para esse método é que a despesa de depreciação menor nos últimos anos é compensada pelo aumento das despesas de manutenção. 63 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Depreciação Soma dos dígitos dos anos • A soma dos dígitos pode ser crescente ou descrescente, sendo o mais empregado o modelo descrescente. • Ex: veículo com valor de R$ 30 mil e vida útil de 5 anos. Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15. Depreciação: Ano 1 = 5 / 15 * 30.000 = R$ 10.000 Ano 2 = 4/15 * 30.000 = R$ 8.000 Ano 3 = 3/15 * 30.000 = R$ 6.000 Ano 4 = 2/15 * 30.000 = R$ 4.000 Ano 5 = 1/15 * 30.000 = R$ 2.000 = R$ 30.000 64 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Depreciação Método das unidades produzidas Quota de depreciação anual = nº de unidades produzidas no ano X nº de unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem 65 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Depreciação Método de horas de trabalho Quota de depreciação anual = nº de horas de trabalho no período Y nº de horas de trabalho estimadas du- rante a vida útil do bem. 66 ESALQ/USP Prof. Alex Alves AMORTIZAÇÃO • A amortização corresponde a perda do valor do capital aplicado em Ativos Intangíveis. Assim, são amortizáveis os Ativos Permanentes Intangíveis de duração limitada, ou seja: Fundo de Comércio, o Ponto Comercial, os Direitos Autorais, as Patentes e o Direito de Exploração. 67 ESALQ/USP Prof. Alex Alves EXAUSTÃO • A exaustão objetiva distribuir o custo dos recursos naturais durante o período em que tais recursos são extraídos ou exauridos. • O método de cálculo de exaustão, que deve ser utilizado para fins contábeis, é o método de unidades produzidas (extraídas). 68 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Exaustão Valor da exaustão = valor da mina ( – ) valor residual quantidade de minério estimada 69 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Exemplo de Exaustão Suponha-se que determinada mina, tendo estimadamente 300.000 toneladas de minério disponíveis, foi comprada por R$ 10.000.000,00. Considerando um valor residual (para o terreno) de R$ 1.000.000,00 o cálculo da exaustão será realizado da seguinte forma: 10.000.000,00 (-) 1.000.000,00 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- = R$ 30,00/ton. 300.000 70 Introdução A administração do capital de giro envolve basicamente as decisões de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas atividades operacionais e financeiras Deve garantir a adequada consecução da política de estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de recebimento A importância do capital de giro varia em função das características da empresa, do desempenho da economia e da relação risco/rentabilidade desejada CAPITAL DE GIRO 71 Vários Conceitos Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (CC) Representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional O fluxo do ativo circulante ocorre de maneira ininterrupta na atividade operacional de uma empresa Uma importante característica do capital de giro é seu grau de volatilidade, explicado pela curta duração de seus elementos e constante mutação dos itens circulantes 72 Recursos aplicados no ativo circulante Disponível Estoque de materiais Realizável Vendas a vista Vendas a prazo Estoque de produtos acabados Produção O fluxo do ativo circulante 73 Vários Conceitos Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) Representa o valor líquido das aplicações (deduzidas das dívidas a curto prazo) processadas no ativo circulante CGL (CCL) = Ativo Circulante – Passivo Circulante Evidencia a parcela do financiamento total de longo prazo que excede as aplicações também de longo prazo CGL (CCL) = (PL + ELP) – (AP + RLP) 74 ESALQ/USP Prof. Alex Alves Identificação do Capital do CGL (CCL) Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC) Ativos Não Circulantes (AP+RLP) Recursos de Longo Prazo (PL+ELP) CCL (1ºconceito) CCL (2ºconceito) 75 Patrimônio Líquido Ativo Permanente Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante Ativo Circulante Patrimônio Líquido Ativo Permanente Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante Ativo Circulante Capital de giro circulante líquido nulo Capital de giro circulante líquido negativo Vários Conceitos 76 Vários Conceitos Capital de Giro Próprio (CGP) É interpretado como o volume de recursos próprios que a empresa tem aplicado em seu ativo circulante reflete mais adequadamente recursos do passivo de longo prazo alocados em itens ativos não permanentes XXX XXX XXX XXX Patrimônio Líquido (–) Aplicações Permanentes: Ativo Permanente Realizável a Longo Prazo Capital de Giro Próprio 77 Características do Capital de Giro em Economias com Inflação Economias estáveis: A manutenção do nível ideal de capital de giro para sustentar as operações pode ser efetuada mediante transferências de receitas de um ciclo operacional para outro Economias Inflacionárias: As variações desproporcionais nos preços dos fatores de produção determinam necessidades geometricamente crescentes de investimentos em capital de giro 78 Investimento em Capital de Giro A manutenção de recursos aplicados em giro visa a sustentação da atividade operacional da empresa O capital de giro é composto por valores depreciáveis perante a inflação e constitui-se no grupo patrimonial menos rentável Assim, o ativo circulante deve conter valores mínimos ou exatamente iguais às necessidades operacionais da empresa 79 Investimento em Capital de Giro Conservadora: A empresa diminui seu risco mediante aplicações em capital de giro maiores para um mesmo nível de produção e vendas Média e agressiva: Prevêem progressivas reduções no circulante, o que eleva o risco e também incrementa sua rentabilidade por adotar menor participação relativa de itens menos rentáveis Dilema risco-retorno Baixos níveis de ativo circulante determinam aumento de rentabilidade e elevação nos riscos de solvência da empresa 80 ESALQ/USP Prof. Alex Alves 81 Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro Líquido Risco x Retorno • Manter uma margem de segurança máxima, privilegiando a liquidez, implica em optar pelo maior custo e, consequentemente, menor resultado. • Manter a capacidade de pagamento da empresa ao menor custo possível é o desafio do gestor. • Fontes de recursos disponíveis no mercado ecustos envolvidos. • Ambiência econômica vigente. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 82 Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro Líquido CCL = AC – PC Direitos menos obrigações de curto prazo, indicam margem de segurança para honrar os compromissos de Curto Prazo. Logo: 1. AC > PC → positivo - Liquidez 2. AC = PC → nulo 3. AC < PC → negativo – aperto de liquidez Razões da necessidade de CCL positivo: a) Certeza dos pagamentos e incerteza dos recebimentos; b) Inexistência de sincronização entre os recebimentos e pagamentos. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 83 Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro Líquido NCG = ACO – PCO Capital alocado na atividade operacional da empresa. NCG – Necessidade de Capital de Giro ACO – Ativo Circulante Operacional PCO – Passivo Circulante Operacional T = ACNO – PCNO Capital alocado para cobrir as eventualidades que a empresa está sujeita. T – Saldo de Tesouraria ACNO – Ativo Circulante não Operacional PCNO – Passivo Circulante não Operacional Investimento em Capital de Giro $ 1.400.000 $ 1.200.000 $ 2.600.000 $ 520.000 $ 780.000 $ 1.300.000 $ 1.100.000 $ 1.200.000 $ 2.300.000 $ 460.000 $ 690.000 $ 1.150.000 $ 800.000 $ 1.200.000 $ 2.000.000 $ 400.000 $ 600.000 $ 1.000.000 Ativo circulante Ativo permanente Total Passivo circulante Exigível a longo prazo Patrimônio líquido ALTO MÉDIO BAIXO Exemplo ilustrativo Considerando três níveis de aplicações em capital de giro: 84 35,4% 41,4% 49,2% ROE(retorno s/ o PL) $ 459,60 $ 475,80 $ 492,00 Lucro Líquido (306,40) (317,20) (328,00) IR (40%) $ 766,00 $ 793,00 $ 820,00 Lucro antes do IR 15% x 520,00 = (78,00) 20% x 780,00 = (156,00) 15% x 460,00 = (69,00) 20% x 690,00 = (138,00) 15% x 400,00 = (60,00) 20% x 600,00 = (120,00) Desp. Financeiras: Passivo Circulante ELP $ 1.000.000 $ 1.000,000 $ 1.000,00 Lucro Operacional ALTA MÉDIA BAIXA Investimento em Capital de Giro Supondo-se um custo nominal de crédito de 15% para curto prazo e de 20% no longo prazo e um lucro operacional de $ 1.000.000, temos: 85 Quanto maior a participação do capital de giro sobre o ativo total, menor será a rentabilidade da empresa Ao adotar uma postura de maior risco, com menores aplicações no capital de giro, a empresa consegue auferir retorno maior O dilema risco-retorno da administração do capital de giro pode ser enfocado em função da participação dos investimentos circulantes em relação ao ativo total Investimento em Capital de Giro 86 Financiamento do Capital de Giro O custo de um crédito a longo prazo é mais caro que o de curto prazo devido ao risco na duração do empréstimo O tomador de recursos de longo prazo obriga-se também a remunerar expectativas de flutuações nas taxas de juros por um tempo maior Aspectos de pós-fixação dos juros e políticas mais rigorosas de exigências de garantias visam minimizar o risco da definição da taxa de juros a longo prazo 87 Financiamento do Capital de Giro Em economias atípicas pode-se observar um custo mais alto para o crédito de curto prazo Escassez de poupança livre e conseqüentemente de fundos para empréstimos; Subsídio ao crédito a longo prazo e a reciprocidade exigida pelos bancos em suas operações de curto prazo. Brasil nas décadas de 80 e 90 88 Financiamento do Capital de Giro Dilema risco-retorno na composição de financiamento Utilizando-se mais de créditos de curto prazo, a empresa poderá obter, sempre que seus custos forem inferiores aos de longo prazo, melhores resultados operacionais RETORNO 89 ESALQ/USP Prof. Alex Alves ROE(retorno s/ o PL) Lucro Líquido IR (40%) Lucro antes do IR Desp. Financeiras: Passivo Circulante ELP Lucro Operacional 36,6% $ 475,20 (316,80) $ 792,00 15% x 1040,00 = (156,00) 20% x 260,00 = (52,00) $ 1.000.000 ALTA Se o PC passasse a representar 40% do ativo total (ELP 10% e o PL inalterado em 50%), o lucro da empresa cresceria 3,4% e a rentabilidade sobre o capital próprio, de 35,4% seria elevada para 36,6%. Evolução do LL ($475,20/$459,60) -1 = 3,4% 90 Financiamento do Capital de Giro Maior sensibilidade dos juros de curto prazo às alterações conjunturais Maior dependência da empresa às disponibilidades de crédito no mercado RISCO Dilema risco-retorno na composição de financiamento 91 Financiamento do Capital de Giro É determinado pela atividade normal da empresa Seu montante é definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos demandados pelo ciclo operacional Permanente (fixo) Classificação do Capital de Giro Investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo caráter de permanente 92 Financiamento do Capital de Giro Exemplo: maiores vendas em determinados períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques na entressafra Sazonal (variável) Classificação do Capital de Giro É determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa 93 Investimentos necessários ($) Capital de giro sazonal (variável) Capital de giro permanente (fixo) Tempo Capitais de giro permanente e sazonal Financiamento do Capital de Giro 94 Investimentos necessários ($) Financiamento a curto prazo Financiamento a longo prazo Tempo Capital de giro sazonal Capital de giro permanent e Ativo permanente Abordagem pelo equilíbrio financeiro tradicional Financiamento do Capital de Giro O ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados por recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros) 95 Investimentos necessários ($) Financiamento a longo prazo Tempo Capital de giro sazonal Capital de g iro permanent e Ativo permanente Abordagem de risco mínimo Financiamento do Capital de Giro A empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos. 96 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de compras, vendas e estocagem É uma necessidade de capital de longo prazo, que deve lastrear os investimentos cíclicos em cada capital de giro O CCL adequado deve cobrir as necessidades mínimas de ativos circulantes de uma empresa, e as necessidades sazonais de recursos são supridas por passivos circulantes 97 Necessidade de Investimento em Capital de Giro $ 10.000 $ 20.000 $ 20.000 $ 50.000 Passivo circulante ELP Patrimônio líquido Total: $ 20.000 $ 2.000 $ 10.000 $ 8.000 $ 30.000 $ 50.000 Ativo circulante Caixa Contas a receber Estoques Ativo permanente Total: Exemplo ilustrativo volume de vendas: $ 40.000/mês, sendo $ 10.000 a prazo prazo médio de cobrança: 18 dias estoque mínimo: 15 dias de vendas (a preço de custo) porcentagem do custo de produção: 40% do preço de venda volume mínimo de caixa : $ 1.500 para 10 dias 98 Necessidade de Investimento em Capital de Giro 2.000 10.000 8.000 20.000 500 4.000 – 4.500 1.500 6.000 8.000 15.500 Caixa Valores a receber ($ 10.000 x 18/30) Estoques (40% x $ 40.000) x 15/30 Total Total ($) Sazonal ($) Permanente ($) ATIVO CIRCULANTE Podemos apurar o seguinte montante de capital de giro sazonal e permanente: 99 Necessidade de Investimento em Capital de Giro PL $ 20.000 Ativo Permanente $ 30.000 ELP $ 20.000 AC Cíclico $ 15.500 PC $ 10.000AC Sazonal $ 4.500 In ve s ti m e n to s n e ce s sá ri o s ($ ) Financiamento a longo prazo Tempo Capital de giro sazonal Capita l de gi ro perma nente Ativo permanente Financiamento a curto prazo Existência de participação de recursos de curto prazo no financiamento do capital de giro 100 O ativo de giro cíclico tem caráter essencialmente operacional O ativo de giro sazonal pode conter valores de caráter não operacional Os passivos podem ser • operacionais que renovam-se periodicamente, tornando uma fonte permanente de recursos para financiamento do giro • Financeiros que não apresentam uma relação direta e proporcional com o ciclo operacional da empresa Necessidade de Investimento em Capital de Giro CCL e NIG 101 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Financiamento do giro em situação de expansão Em condições de expansão da atividade operacional, é fundamental a presença de um lastro financeiro direcionado a suportar as necessidades crescentes de recursos Um overtrading ocorre quando o CCL existente não é suficiente para cobrir os investimentos adicionais necessários em giro Em condições de crescimento sem o adequado suporte financeiro, a empresa é levada a se financiar com créditos onerosos de curto prazo 102 ESALQ/USP Prof. Alex Alves 103 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS • Uma das técnicas de aplicação mais simples, entretanto entre as mais importantes, consiste nas avaliação do desempenho empresarial, através da análise vertical e horizontal. “Para facilidade didática consideraremos as demonstrações livres dos efeitos inflacionários. Entretanto, sempre lembrar que a correção integral pode distorcer o permanente e o PL.” ESALQ/USP Prof. Alex Alves 104 Análise Vertical • Permite mostrar o percentual de participação relativa de cada item do Balanço Patrimonial e da demonstração de Resultado do Exercício, em relação ao seu respectivo grupo e ao total a que pertence. • No caso do Ativo e do Passivo é obtido através do coeficiente do valor de cada item pelo seu respectivo referencial, qual seja, Ativo Total ou Passivo Total. • Na DRE, a Receita Líquida é o referencial básico para cálculo do coeficiente de participação percentual de cada item. 105 Análise Vertical 12.X0 AV% 12.X1 AV% 12.X2 AV% Ativo Circulante 4.585 50 3.922 46 3.732 44 Realizável a LP 739 8 872 10 952 11 Ativo Permanente 3.936 42 3.783 44 3.826 45 Ativo/Passivo total 9.260 100 8.577 100 8.510 100 Passivo Circulante 4.012 43 3.624 42 3.917 46 Exigível a LP 2.102 23 2.031 24 1.629 19 Patrimônio Líquido 3.147 34 2.923 34 2.964 35 ESALQ/USP Prof. Alex Alves 106 Análise Vertical 1. Redução dos investimentos de curto prazo; 2. Elevação das aplicações de Longo Prazo; 3. Aumento do Passivo Circulante; 4. Diminuição do Exigível a LP; Conclusões: • Empresa encaminhando para um aperto de liquidez. • Maior preferência por recursos próprios, ao invés de recursos de terceiros, em sua estrutura de financiamento de longo prazo. • Eventualmente pode denotar sazonalidade enconômica, sugerindo escassez de recursos de financiamento de longo prazo. 107 Análise horizontal Expressa a evolução dos itens das demonstrações contábeis de exercícios consecutivos, através de números-índices, estabelecendo os itens do exercício mais antigo como índice-base 100. Limitações: 1. Item do exercício base igual a zero, índice-base não serve de padrão pois os itens dos exercícios subseqüentes são indivisíveis; 2. Item do exercício base igual a número negativo, variando para positivo no exercício seguinte e vice-versa. 108 Análise Horizontal e Vertical Balanço patrimonial com análise vertical e horizontal - ativo. BALANÇO ENCERRADO EM ATIVO Valores AV (%) AH Valores AV (%) AH Valores AV (%) AH ATIVO CIRCULANTE 978.263 47,3% 100 1.163.900 50,6% 119,0 1.426.862 53,7% 145,9 OPERACIONAL 505.882 24,4% 100 803.191 34,9% 158,8 1.067.271 40,1% 211,0 Duplicatas a receber 161.183 7,8% 100 381.006 16,6% 236,4 419.128 15,8% 260,0 Saques de exportação 15.325 0,7% 100 0 0,0% 0,0 30.000 1,1% 195,8 (-) Provisão p/ devedores duvidosos (4.377) -0,2% 100 (5.641) -0,2% 128,9 (9.201) -0,3% 210,2 Impostos a recuperar 0 0,0% 100 15.006 0,7% #DIV/0! 0 0,0% #DIV/0! Estoques 326.892 15,8% 100 408.171 17,8% 124,9 620.412 23,3% 189,8 Prêmios de seuros a apropriar 6.859 0,3% 100 4.649 0,2% 67,8 6.932 0,3% 101,1 NÃO OPERACIONAL 472.381 22,8% 100 360.709 15,7% 76,4 359.591 13,5% 76,1 Caixa e Bancos 25.883 1,3% 100 35.883 1,6% 138,6 45.685 1,7% 176,5 Aplicações de liquidez imediata 280.928 13,6% 100 190.925 8,3% 68,0 128.942 4,8% 45,9 Títulos e valores mobiliários 150.659 7,3% 100 104.009 4,5% 69,0 144.190 5,4% 95,7 Outras contas a receber 12.005 0,6% 100 25.877 1,1% 215,6 24.890 0,9% 207,3 Encargos financeiros a apropriar 2.906 0,1% 100 4.015 0,2% 138,2 15.884 0,6% 546,6 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 243.131 11,8% 100 254.022 11,1% 104,5 289.128 10,9% 118,9 Depósitos judiciais 25.980 1,3% 100 189.825 8,3% 730,7 254.294 9,6% 978,8 Empresas coligadas e controladas 217.151 10,5% 100 64.197 2,8% 29,6 34.834 1,3% 16,0 ATIVO PERMANENTE 847.671 41,0% 100 880.285 38,3% 103,8 942.905 35,5% 111,2 Investimentos 91.767 4,4% 100 198.629 8,6% 216,4 157.852 5,9% 172,0 Imobilizado 666.342 32,2% 100 659.115 28,7% 98,9 736.818 27,7% 110,6 Diferido 89.562 4,3% 100 22.541 1,0% 25,2 48.235 1,8% 53,9 TOTAL DO ATIVO 2.069.065 100,0% 100 2.298.207 100,0% 111,1 2.658.895 100,0% 128,5 31-12-X6 31-12-X7 31-12-X8 109 Introdução à Análise de Balanços Balanço patrimonial com análise vertical e horizontal - BALANÇO ENCERRADO EM PASSIVO Valores AV (%) AH Valores AV (%) AH Valores AV (%) AH PASSIVO CIRCULANTE 609.660 29,5% 100 531.508 23,1% 87,2 882.892 33,2% 144,8 OPERACIONAL 485.667 23,5% 100 316.420 13,8% 65,2 454.613 17,1% 93,6 Fornecedores 329.632 15,9% 100 189.110 8,2% 57,4 232.338 8,7% 70,5 Salários e encargos sociais 54.001 2,6% 100 68.112 3,0% 126,1 86.018 3,2% 159,3 Obrigações fiscais 68.952 3,3% 100 25.189 1,1% 36,5 92.067 3,5% 133,5 Adiantamentos de clientes 15.098 0,7% 100 15.098 0,7% 100,0 10.684 0,4% 70,8 Provisão p/ férias e 13º salário 17.984 0,9% 100 18.911 0,8% 105,2 33.506 1,3% 186,3 NÃO OPERACIONAL 123.993 6,0% 100 215.088 9,4% 173,5 428.279 16,1% 345,4 Empréstimos e financiamentos 84.023 4,1% 100 100.850 4,4% 120,0 198.948 7,5% 236,8 Duplicatas descontadas 12.458 0,6% 100 57.157 2,5% 458,8 115.751 4,4% 929,1 Saques descontados 5.963 0,3% 100 0 0,0% 0,0 10.000 0,4% 167,7 Imposto de renda e contribuição social 0 0,0% 100 28.866 1,3% #DIV/0! 59.468 2,2% #DIV/0! Dividendos propostos 0 0,0% 100 0 0,0% #DIV/0! 25.454 1,0% #DIV/0! Outras contas a pagar 21.549 1,0% 100 28.215 1,2% 130,9 18.658 0,7% 86,6 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 314.275 15,2% 100 526.882 22,9% 167,6 416.135 15,7% 132,4 Financiamentos bancários 314.275 15,2% 100 526.882 22,9% 167,6 416.135 15,7% 132,4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.145.130 55,3% 100 1.239.817 53,9% 108,3 1.359.868 51,1% 118,8 Capital social 833.749 40,3% 100 833.749 36,3% 100,0 1.057.353 39,8% 126,8 Reservas de capital 251.713 12,2% 100 251.713 11,0% 100,0 70.196 2,6% 27,9 Reservas de reavaliação do ativo 56.980 2,8% 100 56.980 2,5% 100,0 28.490 1,1% 50,0 Reservas de lucros 135.845 6,6% 100 135.845 5,9% 100,0 141.266 5,3% 104,0 Lucros (prejuízos) acumulados (140.681) -6,8% 100 (45.994) -2,0% 32,7 56.637 2,1% (40,3) Resultado de Exercícios Futuros 7.524 0,4% 100 7.524 0,3% 100,0 5.926 0,2% 78,8 TOTAL DO PASSIVO 2.069.065 100,0% 100 2.298.207 100,0% 111,1 2.658.895 100,0% 128,531-12-X6 31-12-X7 31-12-X8 110 EXERCÍCIO FINDO EM Valores AV (%) AH Valores AV (%) AH Valores AV (%) AH Vendas de Produtos 1.342.748 135,3% 100 1.824.264 127,8% 135,9 2.116.938 123,7% 157,7 (+) Prestação de Serviços 56.942 5,7% 100 95.453 6,7% 167,6 112.088 6,5% 196,8 (=) RECEITA BRUTA 1.399.690 141,0% 100 1.919.717 134,5% 137,2 2.229.026 130,2% 159,3 (-) Devoluções e Abatimentos (36.124) -3,6% 100 (27.364) -1,9% 75,8 (42.339) -2,5% 117,2 (-) Impostos (370.787) -37,3% 100 (465.400) -32,6% 125,5 (474.717) -27,7% 128,0 (=) RECEITA LÍQUIDA 992.779 100,0% 100 1.426.953 100,0% 143,7 1.711.970 100,0% 172,4 (-) Custo dos Produtos Vendidos (556.181) -56,0% 100 (737.185) -51,7% 132,5 (815.868) -47,7% 146,7 (-) Custo dos Serviços Prestados (28.671) -2,9% 100 (32.721) -3,3% 114 (39.926) -4,0% 139 (=) LUCRO BRUTO 407.927 41,1% 100 657.047 46,0% 161,1 856.176 50,0% 209,9 (-) Despesas Operacionais (389.858) -39,3% 100 (509.818) -35,7% 130,8 (555.239) -32,4% 142,4 (+) Outras Receitas (Despesas) Operacionais Líquidas (4.522) -0,5% 100 1.988 0,1% (44,0) 25.096 1,5% (555,0) (=) LUCRO OPERACIONAL 13.547 1,4% 100 149.217 10,5% 1101,5 326.033 19,0% 2.406,7 (-) Despesas (Receitas) Financeiras Líquidas (34.988) -3,5% 100 (8.954) -0,6% 25,6 (148.648) -8,7% 424,9 (=) LUCRO OPERACIONAL (21.441) -2,2% 100 140.263 9,8% (654,2) 177.385 10,4% (827,3) Resultado Não Operacional 1.567 0,2% 100 0 0,0% 0,0 2.822 0,2% 180,1 (=) LUCRO ANTES DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (19.874) -2,0% 100 140.263 9,8% (705,8) 180.207 10,5% (906,7) (-) Provisão para IR e Contribuição Social 0 0,0% 100 (28.866) -2,0% #DIV/0! (59.468) -3,5% #DIV/0! (=) LUCRO APÓS IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (19.874) -2,0% 100 111.397 7,8% (560,5) 120.739 7,1% (607,5) (-) Participações e Contribuições 0 0,0% 100 (16.710) -1,2% #DIV/0! (15.723) -0,9% #DIV/0! (=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (19.874) -2,0% 100 94.687 6,6% (476,4) 105.016 6,1% (528,4) 31-12-X6 31-12-X7 31-12-X8 Introdução à Análise de Balanços Demonstração de resultado com análise vertical e horizontal ESALQ/USP Prof. Alex Alves 111 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ESTRUTURA DE CAPITAL • Participação dos Capitais de Terceiros sobre os recursos totais – PCT: Exigível Total PCT = ----------------------- Exigível Total + PL O capital de terceiros financia quanto do Ativo. • Composição do Endividamento – CE: Passivo Circulante CE = ---------------------------- Exigível Total Quanto da dívida da empresa vence no curto prazo. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 112 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ESTRUTURA DE CAPITAL • Imobilização do Capital Próprio – ICP: Ativo Permanente ICP = ------------------------------ Patrimônio Líquido Quanto do capital próprio está investido no permanente. • Imobilização dos Recursos não Correntes – IRNC: Ativo Permanente IRNC = ----------------------------------------------------------- Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo Quanto dos recursos permanentes e de longo prazo estão imobilizados. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 113 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO- FINANCEIRA – LIQUIDEZ • Liquidez Geral – LG: Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo LG = -------------------------------------------------------------- Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo Indica a capacidade de pagamento da dívida de longo prazo. • Liquidez Corrente – LC: Ativo Circulante LC = ------------------------------ Passivo Circulante Indica a capacidade de pagamento da dívida de Curto Prazo. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 114 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – LIQUIDEZ • Liquidez Seca – LS: Ativo Circulante – Estoques – Desp. do Exerc. Seguinte LS = --------------------------------------------------------------------------------- Passivo Circulante Quanto, com relativa facilidade, a empresa consegue transformar em dinheiro antes do prazo normal de realização (deságio). • Liquidez Imediata – LI: Disponível LI = -------------------------- Passivo Circulante Indica quanto a empresa possui de recursos imediatamente disponíveis (pode incorporar, dependendo da liquidez, a conta Títulos e Valores Mobiliários). ESALQ/USP Prof. Alex Alves 115 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ÍNDICES DE ROTAÇÃO • Giro do Estoque – GE e Prazo Médio de Estocagem – PME: Custo dos Produtos Vendidos GE = ----------------------------------------- Saldo Médio dos Estoques Quantas vezes o estoque gira em um exercício social da empresa. Saldo Médio dos Estoques PME = --------------------------------------------------------- Custo dos Produtos Vendidos/365 dias Representa do prazo médio de estocagem, pode ser obtido dividido-se o ano (365 dias) pelo GE ocorrido no período, ou seja: PME = 365 dias/GE ESALQ/USP Prof. Alex Alves 116 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ÍNDICES DE ROTAÇÃO • Giro das Contas a Receber – GCR e Prazo Médio de Recebimento das Vendas – PMRV: Receita Operacional Bruta – Devoluções e Abatimentos GCR = ------------------------------------------------------------------------------ Saldo Médio de Contas a Receber Saldo Médio de Contas a Receber PMRV = -------------------------------------------------------------------------------- (Receita Operacional Bruta – Devol. e Abatimentos)/365 dias GE – quantidade de vezes no ano em que são recebidos os pagamentos das vendas realizadas e PMRV – quantidade de dias em que estes valores são recebidos. PMRV = 365 dias /GCR ESALQ/USP Prof. Alex Alves 117 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ÍNDICES DE ROTAÇÃO • Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores – PMPF: Saldo Médio de Fornecedores (189.110 + 232.338)/2 PMPF = ------------------------------------------- = ------------------------------------ =81 dias. Compras Brutas / 365 dias 945.860 / 365 dias O valor das compras brutas deve ser obtido dos registros internos da empresa, podendo ser calculado pela fórmula clássica: Empresa do ramo comercial: Estoque Final = Estoque inicial + Compras – Custo das Mercadorias Vendidas. Empresa do ramo industrial: O custo de produção inclui mão-de-obra direta e custo indireto de fabricação, além de custo de materiais. Estimando que o custo de materiais corresponda a 92% do Custo de Produção e substituindo o termo compras, da fórmula clássica, pelo custo de produção: Custo dos Prod. Vendidos 815.868 (+) Estoque Final 620.412 ( - ) Estoque Inicial (408.171) (=) Custo de Produção 1.028.109 Compras (92% do custo de produção): 945.860. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 118 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ÍNDICES DE ROTAÇÃO • Giro do Ativo Operacional – GAOP: Receita Operacional Líquida GAOP = ----------------------------------------------------- Saldo Médio do Ativo Operacional Quantas vezes o ativo operacional se renovou pelas vendas. ESALQ/USP Prof. Alex Alves 119 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – ÍNDICES DE RENTABILIDADE • Margem Bruta – MB: Lucro Bruto MB = ---------------------------------------- Receita Operacional Líquida Quanto a empresaobtém de lucro bruto para cada $ 1,00 de receita líquida. • Margem Líquida – ML: Lucro Líquido ML = -------------------------------------------- Receita Operacional Líquida Indica o lucro líquido em relação a receita operacional líquida. • Rentabilidade do Capital Próprio – RCP: Lucro Líquido RCP = --------------------------------------------------- Saldo Médio do Patrimônio Líquido Rendimento do capital dos proprietários. Lucro Bruto Receita Operacional Líquida Lucro Operacional Receita Operacional Líquida Lucro Líquido Receita Operacional Líquida Lucro Bruto Custos das Vendas Retorno sobre o = Lucro Operacional ativo operacional Saldo médio do Ativo Operacional Retorno sobre o = Lucro Líquido investimento total Saldo médio do Ativo Total Margens da Lucratividade das Vendas Taxas de retorno Margem bruta = Margem Operacional = Margem Líquida = Mark-up global = 120 A T I V O 19t5 19t6 19t7 19t5 19t6 19t7 19t7 CIRCULANTE 1.143.886 1.318.729 1.069.834 75% 74% 67% -18,87% Caixa e bancos 44.843 77.118 41.120 3% 4% 3% -46,68% Aplicações financeiras 399.672 418.975 224.438 26% 24% 14% -46,43% Contas a Receber de Clientes 326.945 464.036 424.654 21% 26% 27% -8,49% Prov. P/ Cred. Liq. duvidosa -9.805 -13.918 -12.739 -1% -1% -1% -8,47% Estoques de Mercadorias 338.247 320.116 364.556 22% 18% 23% 13,88% Créditos diversos 43.984 52.402 27.805 3% 3% 2% -46,94% REALIZÁVEL LONGO PRAZO 7 1.602 17.096 0,00% 0,09% 1,07% 967,17% Depósitos judiciais 7 1.344 14.918 0,00% 0,08% 0,93% 1009,97% Empréstimos compulsórios 0 258 2.178 0,00% 0,01% 0,14% 744,19% PERMANENTE 386.727 460.018 511.663 25% 26% 32% 11,23% Investimentos 19.944 19.644 19.278 1% 1% 1% -1,86% Imobilizado 341.854 394.578 436.113 22% 22% 27% 10,53% Diferido 24.929 45.796 56.272 2% 3% 4% 22,88% TOTAL DO ATIVO 1.530.620 1.780.349 1.598.593 100% 100% 100% -10,21% PASSIVO CIRCULANTE 841.840 943.143 749.256 55% 53% 47% -20,56% Fornecedores 480.087 471.631 496.678 31% 26% 31% 5,31% Empréstimos a pagar 1.763 10.868 2.049 0% 1% 0% -81,15% Contas a pagar 30.394 66.206 43.764 2% 4% 3% -33,90% Impostos e contribuições 220.017 242.473 130.768 14% 14% 8% -46,07% Provisões diversas 37.689 45.446 39.759 2% 3% 2% -12,51% Dividendos e participações 71.890 106.519 36.238 5% 6% 2% -65,98% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 688.780 837.206 849.337 45% 47% 53% 1,45% Capital social realizado 314.259 378.265 669.688 21% 21% 42% 77,04% Reservas de capital 26.372 25.027 15.162 2% 1% 1% -39,42% Reservas de lucros 40.111 17.482 18.830 3% 1% 1% 7,71% Lucros acumulados 308.038 416.432 145.657 20% 23% 9% -65,02% TOTAL DO PASSIVO + PL 1.530.620 1.780.349 1.598.593 100% 100% 100% 18% -10,21% Saldos em: BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA BRAGA S/A 19t6 15,29% 71,97% 4,83% 41,93% 41,95% -5,36% 19,14% 22786% 19100% 258,00% 18,95% -1,50% 15,42% 83,71% 16,32% 12,03% 21,55% -1,76% 516,45% 117,83% 10,21% Análise Vertical Análise Horizontal 20,37% -5,10% -56,42% 35,19% 20,58% 48,17% 121 Anal. Hor. 19t6 19t7 19t6/t7 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.181.675 2.554.101 -19,72% Abatimento sobre vendas -622.226 -494.665 -20,50% ICMS -537.653 -434.197 -19,24% Pis e Finsocial -39.955 -37.077 -7,20% Devoluções -44.618 -23.391 -47,57% RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA 2.559.446 2.059.436 -19,54% Custo das mercadorias vendidas -1.320.659 -1.279.709 -3,10% LUCRO BRUTO 1.238.787 779.727 -37,06% Despesas operacionais -961.281 -677.747 -29,50% Despesas vendas -181.050 -190.493 5,22% Despesas gerais e adm. -703.012 -678.054 -3,55% Honorários da administração -38.351 -39.576 3,19% Ganhos (perdas) com inflação -38.868 230.376 -692,71% LUCRO OPERACIONAL (EFETIVO) 277.506 101.980 -63,25% Despesas financeiras -17.372 -7.174 -58,70% Receitas financeiras 150.376 -39.137 -126,03% Receitas (despesas) não operacionais -1.274 7.258 -669,70% LUCRO ANTES IR 409.236 72.234 -82,35% Provisão p/ IR -187.554 -39.137 -79,13% Participações estatutárias -28.013 -5.500 -80,37% LUCRO LÍQUIDO 193.669 27.597 -85,75% DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DA EMPRESA BRAGA S/A 122 Índices de Estrutura Financeira Fórmula 19t5 19t6 19t7 Capital de terceiros/Capital próprio PC+ELP/PL 1,22 1,13 0,88 Composição do Endividamento PC/PC+ELP 1,00 1,00 1,00 Endividamento Geral PC+ELP/AT 0,55 0,53 0,47 Imobilização do Capital Próprio AP/PL 0,56 0,55 0,60 Imobilização Recursos Permanentes AP/PL+ELP 0,56 0,55 0,60 Índices de Solvência Liquidez Geral AC+RLP/PC+ELP 1,36 1,40 1,45 Liquidez Correntes AC/PC 1,36 1,40 1,43 Liquidez Seca AC-EST-DESP/PC 0,96 1,06 0,94 Indicadores de Rentabilidade Margem Bruta LB/ROL 0,48 0,38 Margem Operacional LO/ROL 0,11 0,05 Margem Líquida LL/ROL 0,08 0,01 Mark-up Global LB/CMV 94% 61% Taxas de Retorno Retorno sobre o ativo operacional LO/SMAO 17% 6% Retorno sobre o investimento total LL/SMAO 2,92% 0,41% 123
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