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PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO

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PROVAS
 
1. Noção
 
         Provar é convencer alguém sobre alguma coisa.
         No processo, a prova tem por objeto os fatos da causa. Sua finalidade é a formação da convicção do juiz a respeito dos fatos da causa.
         A prova é uma reconstituição dos fatos perante o juiz, que é o destinatário da prova. Fato provado é fato não inexistente.
         No processo de Trabalho, prevalece, assim como no processo civil, o princípio do livre convencimento da apreciação da prova, ou o princípio da persuasão racional da prova.
 
2. Princípios
 
a)      Necessidade da prova: é preciso que a parte faça a prova de suas afirmações.
b)      Unidade da prova: a prova deve ser apreciada em seu conjunto, em sua unidade.
c)       Lealdade da prova: as provas devem ser feitas com lealdade.
d)      Contraditório: apresentada uma prova em juízo, a parte contrária tem o direito de sobre ela se manifestar, impugnando-a.
e)      Igualdade da oportunidade de prova: todos têm os mesmos direitos de apresentar a prova nos momentos adequados.
f)        Oportunidade da prova: a prova deve ser produzida nos momentos próprios para esse fim. Em situações excepcionais, poderá ser antecipada.
g)      Comunhão da prova: uma vez produzida, aproveita a ambas as partes.
h)      Legalidade: somente as provas admitidas pela lei.
i)        Imediação: é diante do juiz que a prova será produzida.
j)        Obrigatoriedade da prova: a prova é de interesse não só das partes, mas também do Estado, que pretende o esclarecimento da verdade.
k)       Aptidão para a prova: a parte que tem melhores condições de fazer a prova o fará, por ter melhor acesso a ela ou porque é inacessível à parte contrária;
l)        Disponibilidade da prova: a prova deve ser apresentada nos momentos próprios previstos em lei ou para a instrução do processo.
 
3. Objetivo da Prova
 
         É demonstrar os negócios jurídicos praticados pelas partes.
         Somente os fatos deverão ser provados em juízo, pois o direito é de conhecimento do juiz.
a)       O direito federal é de conhecimento obrigatório do juiz.
b)       Necessidade provar o seu teor e vigência: o direito municipal, estadual, estrangeiro, consuetudinário, as normas coletivas e regulamentos interno do empregador.
 
         Não precisam ser provados:
a)       Fatos notórios;
b)       Fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
c)       Fatos incontroversos (não contestados);
d)       Fatos com presunção legal de existência ou de veracidade.
4. Ônus da prova
 
         Ônus probandi é o encargo da parte de provar em juízo suas alegações para o convencimento do juiz.
         O ônus da prova não é obrigação ou dever, mas um encargo que a parte deve-se desincumbir para provar suas alegações.
         A prova é ônus de quem afirma e não de que nega a existência de um fato.
         O ônus da prova incumbe:
        I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
        II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
 
         É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:
        I - recair sobre direito indisponível da parte;
        II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
 
SÚMULAS RELACIONADAS
Súmula 16: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
Súmula 6, VII: É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial.
Súmula 212: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
Súmula 254: O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber a respectiva certidão. 
5. Meios de Prova
 
         Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados no CPC, são hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa (art. 332 do CPC).
         São meios de prova: o depoimento pessoal das partes, as testemunhas, os documentos, as perícias e a inspeção judicial.
         O depoimento pessoal é meio de prova e não prova. Prova é a confissão da parte por intermédio do depoimento pessoal.
 
 
PROVAS NA CLT
        Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
        Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
        § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.
        § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento.
        Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
         Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)
        Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
        Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
        Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
        Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
        Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
        Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico. (Vide Lei nº 5.584, de 1970)
        Art. 827 - O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado.
        Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
        Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
        Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
        Art. 830 - O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-forma ou cópia perante o juiz ou Tribunal.
 
DEPOIMENTO PESSOAL
 
         É a declaração prestada pelo autor e pelo réu perante o juiz, sobre os fatos objeto da lide.
         A instrução processual começa com o interrogatório dos litigantes, a requerimento do juiz (art. 828, CLT).
         A CLT consagrou o sistema do interrogatório e não do depoimento pessoal propriamente dito, sendo o interrogatório do juiz e não da parte, no qual o magistrado pretende esclarecimentossobre os fatos da causa, em busca da verdade real.
 
CPC
Art. 342.  O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
Art. 343.  Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parte requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na audiência de instrução e julgamento.
        § 1o  A parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que se presumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou, comparecendo, se recuse a depor.
        § 2o  Se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor, o juiz Ihe aplicará a pena de confissão.
Art. 344.  A parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de testemunhas.
        Parágrafo único.  É defeso, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da outra parte.
Art. 345.  Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que Ihe for perguntado, ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
Art. 346.  A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos adrede preparados; o juiz Ihe permitirá, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.
Art. 347.  A parte não é obrigada a depor de fatos:
        I - criminosos ou torpes, que Ihe forem imputados;
        II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
        Parágrafo único.  Esta disposição não se aplica às ações de filiação, de desquite e de anulação de casamento.
 
Confissão 
         Conceito: é a admissão da verdade de um fato que é contrário ao interesse da parte e favorável ao adversário.
         A confissão é considerada a rainha das provas.
         Pode ser obtida em depoimento pessoal ou feita por procurador com poderes expressos para tanto.
         A confissão poderá ser real ou ficta.
         Aplica-se a confissão ficta a quem comparece e se recusa a depor ou a responder às perguntas que lhe são formuladas, ou também a quem não comparece para depor.
         A parte, porém, não está obrigada a depor sobre fatos: criminosos ou torpes, que lhe forem imputados; a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo, como ocorre com o advogado.
 
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
 
         Aplica-se também a confissão ficta a quem comparece e se recusa a depor ou a responder às perguntas que lhe são formuladas, ou também a quem não comparece para depor.
         A confissão judicial fará prova contra o confidente, não prejudicando, contudo, os demais litisconsortes.
         Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados (art. 213, CC).
         A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada (ação anulatória), se pendente o processo em que foi feita ou rescindida (ação rescisória), se houver o trânsito em julgado da decisão.
         A revelia não induz os efeitos da confissão quando o litígio versar sobre direitos indisponíveis (art. 320, II, do CPC).
         A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
         A confissão extrajudicial feita por escrito à parte ou a quem a represente, tem a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida em testamento, será livremente apreciada pelo juiz (Art. 353, CPC). Se for feita verbalmente, só terá validade nos casos em que a lei não exija prova literal.
 
CONFISSÃO NO CPC
Art. 348.  Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial.
Art. 349.  A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. Da confissão espontânea, tanto que requerida pela parte, se lavrará o respectivo termo nos autos; a confissão provocada constará do depoimento pessoal prestado pela parte.
        Parágrafo único.  A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por mandatário com poderes especiais.
Art. 350.  A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
        Parágrafo único.  Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.
Art. 351.  Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
Art. 352.  A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, pode ser revogada:
        I - por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita;
        II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qual constituir o único fundamento.
        Parágrafo único.  Cabe ao confitente o direito de propor a ação, nos casos de que trata este artigo; mas, uma vez iniciada, passa aos seus herdeiros.
Art. 353.  A confissão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a represente, tem a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida em testamento, será livremente apreciada pelo juiz.
        Parágrafo único.  Todavia, quando feita verbalmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.
Art. 354.  A confissão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser invocar como prova, aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que Ihe for desfavorável. Cindir-se-á, todavia, quando o confitente Ihe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
 
PERÍCIA
 
1. Noção
         Faltando conhecimento especializado ao juiz, este indica um técnico que possa fazer o exame dos fatos objeto da causa, transmitindo esses conhecimentos ao magistrado, por meio de um parecer. Eis a perícia.
         Perito é a pessoa que faz o exame dos fatos dos quais o juiz não tem conhecimento técnico: a perícia.
         Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo juiz, que fixará o prazo para a entrega do laudo.
         A perícia pode ser:
a)       Exame, em que é feita inspeção de pessoas, coisas, ou semoventes;
b)       Vistoria, em que o perito inspeciona terrenos, prédios, locais;
c)       Avaliação, em que o perito estima o valor de coisas móveis e imóveis.
       No processo do trabalho, a avaliação dos bens penhorados é feita pelo oficial de justiça avaliador.
 
         A perícia também pode ser:
a) Judicial: é a realizada no processo;
b) Extrajudicial: pode ser requerida pela empresa ou sindicato no Ministério do Trabalho (§ 1º do art. 195, CLT).
         No processo do trabalho, a avaliação dos bens penhorados é feita pelo oficial de justiça avaliador.
 
2. Particularidades
         A perícia por insalubridade ou periculosidade poderá ser feita tanto por médico como por engenheiro (art. 195, CLT), e pode ser feita ex officio pelo juiz da causa.
         A perícia de cálculos pode ser feita por qualquer pessoa, não necessitando aquela ser contador; pode, portanto, ser feita por economista, administrador de empresas, engenheiro, matemático, estatísticos, etc. Quando a perícia envolver o exame de escrita, balanço, escrituração contábil somente poderá ser feita por contador ou auditor.
         Custo da Perícia: Em regra, o ônus é do empregador.
PROVA DOCUMENTAL
 
1. Noção
 
         É algo, uma coisa, um objeto que representa um fato.
 
2. Classificação
 
         Quanto à origem:
a)      Documento Público: quando feito perante um agente público.
b)      Documento Particular: feito entre as partes.
 
         Quanto ao material que o constitui:
a)      Gráficos;
b)      Plásticos;
c)       Estampados.
 
         Documentos são diferentes de instrumentos.
 
3. Valor probatório
         Se for documento público presume-se autêntico, tem fé pública.
         Os particulares sóse presumem verdadeiros quando devidamente subscritos por ambas as partes.
         A fé pública pode ser contestada.
 
4. Produção da prova
         Ônus para provar a veracidade do documento é de quem apresentada (assinatura)
         Se for o conteúdo, o ônus é de quem alega.
         Em regra, a prova documental deve ser apresentada o mais breve possível, nas pecas postulatórias.
         Exceção: a) por motivo de força maior não o fez; b) surgimento de um fato novo; e c) contra-prova.
 
       Exibição de Documentos
 
         É um incidente processual oferecido quando no documento estiver de posse do reclamado ou de terceiro. Juntar aos autos.
         É um instrumento endoprocessual.
         O demandado pode defender-se:
       Exibir o documento;
       Negar a existência do mesmo.
 
         O autor só basta provar a existência, e não o conteúdo.
         Se provado a existência do documento e o demandado não o exibe, se torna confesso em relação ao seu conteúdo, saldo motivo de força maior.
         É fundamental que o contraditório seja respeitado (contra-prova), sob pena de se tornar nulo, se ocasionar prejuízo a parte.
 
INSPEÇÃO JUDICIAL
 
         Quando o juiz vai ao local onde se desenvolve a lide
         O juiz pode ir diretamente ao local de trabalho do empregado, por exemplo, fazer observações de pessoas ou coisas, que são objetos dos fatos articulados pelas partes nos autos.
         Possível no processo de trabalho.
         O juiz indo ao local, o mesmo produz um auto de inspeção.
         A inspeção judicial é pouco usual.
 
INSPEÇÃO JUDICIAL NO CPC
Art. 440.  O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa.
Art. 441.  Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais peritos.
Art. 442.  O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando:
        I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
        II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
        Ill - determinar a reconstituição dos fatos.
        Parágrafo único.  As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que reputem de interesse para a causa.
Art. 443.  Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
        Parágrafo único.  O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
 
RESPOSTA DO RÉU
1. Introdução
         Processo é debate, dialética, argumentação.
         A defesa a ser realizado pelo reclamado, pode ser assim dividida:
a)       Indireta 
         De Mérito: fulmina o direito em sua origem.
Ex: prescrição e decadência.
         Processual: ataca a relação processual ou o direito de ação.
Ex: Exceção.
b)       Direta: ataca o Mérito propriamente dito. Ataca os fatos.
 
CONTESTAÇÃO
 
1. Noção
         É um ato processual que o demandado apresenta sua versão ou se opõe a lide.
         Onde o demandado apresenta sua versão sobre os fatos da causa.
 
2. Princípios Informadores
 
a) Da Impugnação Específica:
         Toda afirmação do autor, deve ser impugnada, sob pena de ser reputado como verdade, ou seja, de serem considerados incontroversos, sem a necessidade de ser provados.
 
b) Da Eventualidade
         Toda matéria defensiva deve ser apresentada na contestação, sob pena de preclusão.
         Todos os argumentos possíveis dever ser opostos de imediato.
 
         Os argumentos defensivos não podem ser conflitantes entre si.
         Deve-se primar pela logicidade da defesa.
 
3. Forma
         A regra é que seja escrita, apesar de ser admitida a oral em audiência.
         Não existe prorrogação de prazo na forma oral.
 
4.       Matérias alegáveis: Prejudiciais Meritórias
 
4.1.  Prescrição
· Consiste a prescrição na perda da pretensão ao direito, em virtude da inércia de seu titular no decorrer de certo período.
· Havendo lesão, o prazo é prescricional. Tratando-se de faculdade, o prazo é decadencial.
· O reconhecimento da prescrição gera efeitos processuais, isto é, a sua operacionalização. Entretanto, trata-se de direito material.
· Consuma-se a prescrição com o decurso do prazo previsto em lei, sendo regulada pela lei em vigor no momento dessa consumação.
· A prescrição é fato extintivo do direito do autor, podendo ser conhecida de ofício pelo juiz.
· A prescrição pode ser total ou parcial.
· A citação válida interrompe a prescrição (art. 219 do CPC). Entretanto, no processo do trabalho não há despacho determinado a citação, que é feita automaticamente pela secretaria da Vara. Assim, entende-se que a propositura da ação interrompe a prescrição, independentemente do tempo que se leva para se proceder à citação.
· A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação (art. 219, CPC).
 
PRESCRIÇÃO NO CÓDIGO CIVIL
 Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
 Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
  Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz.(Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006)
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.  
 
4.2.  Decadência
 
 
         A decadência consiste na perda do próprio direito, em razão de este não ter sido exercitado no prazo legal.
         Pode ser também conhecida de ofício, quando estabelecida em lei.
         A decadência deve ser alegada como preliminar de mérito na defesa, extinguindo-se o processo sem julgamento de mérito, caso em acolhida (art. 269, IV, do CPC).
         A decadência, ao contrário da prescrição, não se interrompe e nem se suspende, salva disposição legal em contrário.
 
DECADÊNCIA NO CÓDIGO CIVIL
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
 
4.3.  Direito de Retenção
 
         Seria genericamente a compensação utilizando-se de uma coisa.
         Constitui direito de defesa do réu a retenção. Só pode também ser alegada com a defesa (Art. 767, CLT).
         Requisitos:
a)       Ser retentor credor;
b)       Deter o credor legitimamente a coisa;
c)       Haja relação de conexidade entre crédito e a coisa retida;
d)       Na existir nenhum impedimento legal ou convencional para seu exercício.
e)       Não pode o credor dispor nem usar a coisa, somente guardar.
 
         Exemplo: o trabalhador que retém mostruário de vendas ou ferramentas do empregador, porque este lhe deve dinheiro, decorrente da relação de trabalho.
 
4.4. Compensação
 
         A compensação é uma forma indireta da extinçãodas obrigações no Direito Civil.
         Requisitos para a compensação:
a)       Reciprocidade de dívidas;
b)       Dívidas líquidas e certas;
c)       Dívidas vencidas;
d)       Dívidas homogêneas.
         A compensação no processo do trabalho só pode ser argüida como matéria de defesa. Não poderá ser alegada nas razões finais ou em recurso.
         No processo do trabalho, as dívidas que se pretendam compensar só poderão ser de natureza trabalhista, ou seja, somente se compensa dívida trabalhista com outra dívida trabalhista.
 
 Art. 767 da CLT - A compensação, ou retenção, só poderá ser argüida como matéria de defesa.
Súmula 18 do TST: A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista.
Súmula 48 do TST: A compensação só poderá ser argüida com a contestação.
 
5. Matéria Alegável: Preliminares
 
         Compete ao réu, na contestação, porém, antes de discutir o mérito, alegar (art. 301, CPC):
       Inexistência ou nulidade da citação;
       Incompetência absoluta;
       Inépcia da petição inicial;
       Perempção;
       Litispendência;
       Coisa julgada;
       Conexão;
       Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
       Convenção de arbitragem; 
       Carência de ação; 
       Falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
 
         Defesas processuais
         Discute-se o direito de ação e a viabilidade do processo.
         Só não se aplica a perempção, uma vez que a CLT traz uma perempção específica (doutrina majoritária).
- Para o prof. Hamilton Vieira, a perempção do CPC também se aplica ao processo do trabalho, já que na ótica do mesma, a CLT só cria uma plus, ou seja, mais um tipo de perempção.
 
6. Defesa de Mérito
 
         Após as preliminares, incumbe ao réu manifestar-se sobre o mérito da questão.
         A defesa poderá envolver apenas matéria de fato ou de direito, mas também matéria de fato e o direito ao mesmo tempo.
         Não se admite que na defesa a empresa conteste através de negativa geral.
         Poderá se alegar na defesa de métiro:
a)       a negativa dos fatos narrados na inicial;
b)      o reconhecimento dos fatos alegados;
c)       a admissão dos fatos narrados na petição inicial, mas oposição de sua conseqüências.
 
         O réu pode opor fato modificativo, extintivo ou impeditivo do direito autor, cabendo-lhe provar o mesmo.
         O réu deverá impugnar ponto a ponto dos fatos articulados na inicial, contestando-os todos
         Não sendo impugnados os fatos alegados na inicial, presumem-se verdadeiros (art. 302 do CPC).
         A contestação deve ser apresentada em audiência, tornando-se impossível a apresentação da mesma fora desse prazo ou de uma segunda contestação, a não ser se a outra parte permitir.
         O autor não poderá desistir da ação após a apresentação da contestação (§ 4º do art. 267 do CPC), salvo se houver a concordância do réu, pois houve a formação da litis contestatio.
         Depois da contestação, somente é lítico realizar novas alegações quando:
a)       relativas a direito superveniente;
b)       competir ao juiz conhecer delas de oficio (matérias de ordem pública);
c)       por expressa permissão legal, haja a possibilidade de sua formulação em qualquer tempo e juízo. Ex: Incompetência Absoluta ou Incidente de Falsidade.
 
RECONVENÇÃO
 
1. Noção
 
         É uma ação incidental que o réu formula postulação contra o autor da ação primária.
         É a ação proposta pelo réu em face do autor, no mesmo processo em que está sendo demandado.
 
2. Natureza
 
         De ação autônoma.
 
3. Procedimento
 
         No sumaríssimo, não se admite reconvenção, admitindo somente pedido contraposto na defesa (Excepcionalidade).
 
RECONVENÇÃO NO CPC 
Art. 315.  O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
        Parágrafo único.  Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. 
        § 2º  (Revogado pela Lei nº 9.245, de 1995)
Art. 316.  Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 317.  A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.
Art. 318.  Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.
 
EXCEÇÃO
 
1. Noção
 
         A exceção compreende a defesa processual ou indireta contra o processo. São as exceções no sentido estrito, em que a parte denuncia a falta de capacidade do juiz.
         A exceção é uma defesa contra defeitos, irregularidades, ou vícios do processo, que impedem seu desenvolvimento normal, não se discutindo o mérito da questão.
         Tipos de exceção:
a) de competência;
b) suspeição;
c) impedimento.
 
         Quem ingressa com a exceção é o excipiente. Exceto (ou excepto) é a pessoa contra a qual se ingressa com a exceção.
         Qualquer das partes poderá argüir exceção, não apenas o réu.
         O direito processual do trabalho dispôs que as exceções seriam apenas as de suspeição e de incompetência (art. 799, CLT). As demais deveriam ser alegadas como matéria de defesa.
         As exceções, no processo do trabalho, ficam em autos apartados.
 
 
SENTENÇA
 
1. Noção
 
         A mesma lógica do processo civil.
         É o ato processual onde o juiz resolve a lide, e não mas que extingue o processo, modificação dada pelo advento do cumprimento de sentença.
         É o ato processual onde o juiz extingue o processo sem resolução do mérito ou encera uma fase do processo do conhecimento com resolução do mérito, para devido cumprimento da sentença.
         A sentença deve ser clara, precisa e concisa.
         O autor apresenta sua tese; o réu, a antítese; e o juiz formula síntese na sentença.
         Deve resolver todos os incidentes não resolvidos no curso do processo.
         Deve-se manifestar sobre todos os pontos relevantes da causa argüidos pelas partes.
         A súmula 136 do TST afirma que não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física do juiz.
         Natureza Jurídica: Montesquieu afirma que o juiz é a boca que pronuncia as palavras da lei. Nesse diapasão, a natureza jurídica da sentença é a afirmação da vontade da lei, declarada pelo juiz, como órgão do Estado, aplicada a um caso concreto a ele submetido.
 
2. Classificação das Sentenças
 
a)      Definitivas: são as sentenças que definem ou resolvem o conflito. Posiciona-se em relação ao mérito.
b)      Terminativas: são as decisões em que se extingue o processo sem a analisar o mérito da questão. São as hipóteses do art. 267 do CPC.
c)       Interlocutórias: são as sentenças que decidem questões incidentes no processo.
3. Efeitos da Sentença
 
a)      Declaratórias: são as sentenças que vão declarar a existência ou inexistência da relação jurídica (art. 4º, I, do CPC); ou a autenticidade ou falsidade de documento (art. 4º, II, do CPC).
Ex: a sentença que reconhece a existência de vínculo de emprego ou a estabilidade.
 
b)      Constitutivas: são as sentenças que criam, modificam ou extinguem certa relação jurídica.
Ex: Dissídio coletivo de natureza econômica.
 
c)       Condenatórias: são sentenças que envolvem obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, dando ensejo à execução.
Ex: a sentença que manda o empregador pagar as verbas rescisórias, horas extras ou recolher o FGTS.
 
· Todas as sentenças têm um cunho declaratório, antes de serem constitutivas ou condenatórias. Exemplo: a sentença que declara a existência da relação de emprego, mandando pagar as verbas rescisórias, é uma decisão declaratória, num primeiro plano, e condenatória, num segundo momento.
 
· Certas sentenças constitutivas também têm cunho condenatório.
Exemplo: a sentença que reconhece a equiparação salarial, criando uma nova situação de direito. Ao mandar pagar as diferençassalariais da equiparação, essa sentença constitutiva é também condenatória.
 
· A sentença declaratória retroage à data dos fatos (ex tunc), como ocorre no que diz respeito ao reconhecimento da existência da relação de emprego.
· Já a sentença constitutiva vale para o futuro (ex nunc). Exemplo: o dissídio coletivo de natureza econômica, em que são fixadas cláusulas novas, ou novas condições de trabalho.
 
4. Estrutura da Sentença
 
         A sentença pode ser dividida em três partes: relatório, fundamentos e dispositivo.
 
a)      Relatório: o juiz deverá indicar as principais ocorrências existentes no processo:
       Nome das partes;
       Resumo do pedido e da defesa;
       Resumo das principais ocorrências existentes no processo, como a determinação da perícia; o laudo do perito, etc.
 
b)      Fundamentação: o juiz deverá apreciar as provas existentes nos autos, desenvolvendo seu raciocínio lógico, fundamentando porque decidiu desta ou daquela forma, indicando as normas jurídicas aplicáveis ao caso examinado.
       A sentença que não tiver fundamentação será considera nula, uma vez que a mesma é um ato motivado do juiz.
 
c)       Dispositivo: o juiz acolherá ou rejeitará o pedido do autor, no todo ou em parte. Consistirá o dispositivo num resumo, numa síntese do decidido, vindo ao final da sentença.
 
         Da sentença não poderá faltar nenhum dos requisitos: relatório, fundamentação ou dispositivo, caso isso ocorra, haverá nulidade.
         No procedimento sumaríssimo, não haverá necessidade de o relatório constar da sentença.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)
 
5. Vícios da Sentença
 
a) Na Formulação do Juízo (Vício Formal): são atacados através de embargos de declaração.
       Contradição;
       Omissão;
       Obscuridade (confusa)
 
b) Na Apreciação: refere-se sobre a qualidade, do conteúdo da sentença.
       Infra: quando o juiz aprecia menos que se pediu. Não aprecia a lide em sua totalidade.
       Ultra: dá mais o que se pedindo (excesso).
         Esses dois tipos de vícios na sentença são resolvidos pela 2ª instância.
 
       Extra: concede uma decisão totalmente diversa do foi pedida.
         Resolvido pelo o próprio juiz, mediante decisão do Órgão Superior.
 
6. Efeitos
 
         Dependendo do conteúdo da sentença, seus efeitos se refletirão nos mecanismos recursais.
         Quando trânsito e julgado, formar-se-à a coisa julgada, não mais passível de recursos.
 
A DECISÃO E SUA EFICÁCIA NA CLT
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
        Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
        § 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
        § 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
        § 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
        § 4o O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às contribuições que lhe forem devidas. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
Art. 833 - Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho.
Art. 834 - Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e sua notificação aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias audiências em que forem as mesmas proferidas.
Art. 835 - O cumprimento do acordo ou da decisão far-se-á no prazo e condições estabelecidas.
 Art. 836 - É vedado aos órgãos de Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida, na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, dispensado o depósito referido nos artigos 488, inciso II, e 494 daquele diploma legal.  (Redação dada pela Lei nº 7.351, de 27.8.1985)  
 
COISA JULGADA
 
1. Noção
 
         Todo processo deve tem começo, meio e fim.
         Objetivo: a estabilidade dos julgamentos (da tutela jurisdicional acabada).
         É eficácia especial da sentença que a torna imutável e indiscutível (doutrina tradicional).
         É a sentença que não mais cabe recurso
 
2. Classificação:
 
a)      Coisa Julgada Formal: quando a sentença não mais pode ser modificada em razão da preclusão dos prazos para recursos, seja porque da sentença não caibam mais recursos ou porque estes não foram interpostos nos prazos apropriados, ou na existência da renúncia ou desistência do recurso.
 
b)      Coisa Julgada Material: o art. 467 do CPC denomina de coisa julgada material a eficácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita de recurso ordinário ou extraordinário.
 
3. Efeitos (Limites)
 
         Subjetivos: a sentença faz a coisa julgada entre as partes do processo, não beneficiando, nem prejudicando, terceiros (art. 472, do CPC).
         Objetivos: tornam imutáveis e indiscutíveis as questões debatidas no processo (a lide).
         Anexos: as conseqüências juridicamente válidas da coisa julgada, estabelecidas pela própria lei.
         Ex: hipoteca judicial.
 
4. Não fazem coisa julgada:
       Os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
       A verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;
       A apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.
A COISA JULGADA NO CPC
Art. 467.  Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Art. 468.  A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas.
Art. 469.  Não fazem coisa julgada:
        I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
        Il - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;
        III - a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.
Art. 470.  Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.
Art. 471.  Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:
        I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
        II - nos demais casos prescritos em lei.
Art. 472.  A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.
Art. 473.  É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas,a cujo respeito se operou a preclusão.
Art. 474.  Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como à rejeição do pedido.
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)
        I – proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)
        II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)
        § 1o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)
        § 2o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)
        § 3o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)

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