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APOL Objetiva 2 (Regular) - O PENSAMENTO HISTÓRICO NO BRASIL - ELETIVA

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APOL Objetiva 2 (Regular) - O PENSAMENTO HISTÓRICO NO BRASIL – ELETIVA 
 
Questão 1/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a citação: 
 
“De um lado, o fanatismo religioso, o sebastianismo, a visão messiânica de um líder 
com forte apelo popular, a quem se atribuem poderes sobrenaturais, derrotado e 
visto como injustiçado. Do outro, a força de uma milícia cruel e sanguinária, que se 
julga garantida pela razão e pela lei, munida, nas palavras de Euclides, do 
‘argumento único, incisivo, supremo e moralizador — a bala’. [...] mais de 120 anos 
depois, o valor da obra de Euclides não está nas explicações geográficas, climáticas, 
raciais ou científicas, todas elas ultrapassadas. Está na explicação para a tragédia do 
Brasil.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUROVITZ, Hélio. Euclides da Cunha em tempos de Lula e Bolsonaro. Época, 27 jun. 2019 
<https://epoca.globo.com/euclides-da-cunha-em-tempos-de-lula-bolsonaro-23766946>. Acesso em: 30 jun. 2019. 
 
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: 
uma breve história da história no Brasil sobre a contribuição de Euclides da 
Cunha para as interpretações do Brasil, é correto afirmar que: 
Nota: 0.0 
 
A as contribuições de Euclides da Cunha restringem-se às interpretações da natureza brasileira, 
sobre a qual fez uma detalhada explanação conceitual. 
 
B Euclides da Cunha entendia a violência do Estado como necessária para manter longe os 
líderes messiânicos que enganavam populares pobres. 
 
C o messianismo de Antônio Conselheiro é um fenômeno exclusivo de movimentos populares 
do século XIX, como Canudos. 
 
D a atualidade da obra de Cunha permanece por causa do entendimento do Brasil como um país 
unificado geográfica e politicamente. 
 
E A partir da obra de Euclides da Cunha é possível notar sérios problemas que afligem o Brasil 
atual: violência do Estado e visão messiânica de líderes políticos. 
Comentário: O elemento-base reforça a ideia de que atualmente o Brasil é um país marcado pela 
tragédia, representada pela presença de líderes messiânicos, no caso de Canudos o líder do arraial 
Antônio Conselheiro, e pela violência vertical do Estado. Cunha, de acordo com o livro-base: “[...] 
produz um livro para vingar a injustiça praticada pelo exército e pelo Estado republicano” (livro-base, 
p. 116). Como o próprio elemento-base apresenta, as contribuições de Cunha estão além de elementos 
geográficos e naturais, englobando a realidade política brasileira. Além disso, Cunha criticava a postura 
do Estado republicano, já que “[...] condenou a ação do Exército da República e do progresso, que 
levaram a própria barbárie ao sertão” (livro-base, p. 118). O elemento-base reforça a concepção do 
messianismo como uma categoria que pode ser utilizada para interpretar a realidade brasileira atual, 
não sendo exclusiva de Canudos. Cunha considerava o Brasil um país de opostos, tal qual a política 
atual. No caso de Cunha, a oposição era entre monarquia e república e litoral/sertão. Sobre isso, 
consulte o livro-base, p. 115. 
 
Questão 2/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Considere a seguinte citação: 
 
“[...] o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes 
suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, 
conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções 
sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do 
tempo”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. 
Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 14. 
 
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o contexto da produção 
do conhecimento histórico brasileiro, assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A A produção historiográfica brasileira limita-se ao conhecimento produzido no âmbito 
acadêmico e universitário. 
 
B A função social do conhecimento histórico brasileiro restringe-se à manutenção do 
poder político, sem questioná-lo. 
 
C Crônicas e romances do período colonial não são fontes históricas nem são 
consideradas produções de conhecimento histórico. 
 
D O conhecimento histórico produzido no Brasil vincula-se exclusivamente aos períodos 
colonial e imperial. 
 
E O conhecimento histórico brasileiro abriga uma série de documentos, variando de 
acordo com os contextos históricos e os modos de produzir e escrever história. 
Você acertou! 
Comentário: A citação considera uma gama de fontes como conhecimento histórico brasileiro, 
desde o período colonial até a contemporaneidade. “Além disso, o conhecimento histórico 
brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, 
monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos 
de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo 
do tempo. Considerando, portanto, a necessária seletividade e a inevitável parcialidade de 
escolhas, caminhos e abordagens, apresentar uma breve história da historiografia brasileira é um 
grande desafio, porém, como já mencionamos, gratificante, na medida em que nos coloca — 
professores, estudantes e interessados — em contato com os principais historiadores e com uma 
grande riqueza de concepções, métodos e abordagens, que mostram a pluralidade de 
interpretações possíveis”. (livro-base, p. 14). 
 
Questão 3/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Atente para a citação: 
 
“Mas, as viagens científicas brasileiras também teriam monumentos para estudar: 
os obeliscos assentados no Pará, as construções e ruínas provenientes da presença 
holandesa no Brasil, e mesmo vestígios de civilização, como as estátuas indígenas 
descobertas na embocadura do rio Negro.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, 
Saúde, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 277. 
 
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: 
uma breve história da história no Brasil sobre o Instituto Histórico e Geográfico 
Brasileiro (IHGB), é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A o IHGB reconhecia como fontes unicamente documentos orais, desprezando os 
outros modelos. 
 
B a busca do IHGB pelos monumentos nacionais reforçava a perspectiva de 
história ligada também à prática da arqueologia. 
Você acertou! 
Comentário: O IHGB nasceu buscando se adequar aos padrões da metodologia histórica 
ligada à escola alemã, quando, no século XIX, a história assumiu seu caráter científico 
(livro-base, p. 67). Nesse sentido, o documento escrito e registros arqueológicos serão 
considerados a base para a produção da cientificidade historiográfica (livro-base, p. 68). 
O IHGB tinha função de “[...] narrar o processo civilizador na formação nacional do 
Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus” (livro-base, p. 67), reduzindo 
as demais culturas e etnias. 
 
C A descoberta de monumentos reforçaria os argumentos do IHGB que 
centralizavam a identidade nacional no indígena. 
 
D O IHGB vinculava-se à influência de escolas norte-americanas que exportavam 
seu modelo cientificista para o mundo. 
 
E O cientificismo do IHGB eximia-se de qualquer perspectiva que estivesse 
ligada a uma escala evolutiva civilizacional. 
 
Questão 4/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia o fragmento de texto: 
 
“Na realidade, os membros do IHGB ainda mantinham uma concepção de história 
como mestra da vida, tal como formulada na História da Guerra do Peloponeso, deTucídides, e eternizada na expressão latina de Cícero, historia magistra vitae, em sua 
obra Do Orador.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. 
Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 69. (grifo do autor). 
 
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o papel histórico do 
IHGB é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A ocorreu um rompimento conceitual do IHGB com a perspectiva historiográfica da 
Antiguidade. 
 
B a história como mestra da vida tinha como função principal valorizar a cultura nacional em 
detrimento da política. 
 
C assim como na historiografia antiga, os membros do IHGB centralizaram seus esforços em 
retratar guerras. 
 
D a história era entendida pelo IHGB como uma série de experiências passadas que poderiam 
orientar o futuro. 
Você acertou! 
Comentário: Conforme aponta o elemento-base, os historiadores do IHGB vão manter vínculos com 
os historiadores da Antiguidade, especialmente Tucídides e Cícero, os dois citados. Além disso, 
conforme o livro-base “O instituto, então, colocava-se a serviço do Estado e intencionava oferecer 
conhecimentos precisos e úteis ao Estado” (livro-base, p. 69), o que deixa claro a prioridade política 
desses historiadores. Eles também valorizavam o passado e a história, na medida em que a 
consideravam “[...] bagagem fundamental para o homem de Estado” (livro-base, p. 69). A 
centralidade da pesquisa do IHGB girava em torno da construção da identidade nacional, não de 
guerras locais. “Para os intelectuais vinculados ao instituto, o conhecimento histórico tinha uma 
função esclarecedora, que devia apontar caminhos para os que se ocupavam da política. Esse 
conhecimento, portanto, era considerado uma bagagem fundamental para o homem de Estado. 
Entendia-se que a história era capaz de fornecer aos homens a prudência e a sabedoria necessárias 
tanto para evitar antigos erros quanto para repetir acertos do passado. A história era entendida pelos 
membros do IHGB como um repertório de experiências passadas que podia indicar como fazer as 
coisas no presente e no futuro (Guimarães, 2011)” (livro-base, p. 69). 
 
E os historiadores do IHGB desprezavam o passado e valorizavam o presente, especialmente 
o campo político. 
 
Questão 5/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Atente para a citação: 
 
“Não é possível, portanto, ser historiador sem tomar o conhecimento histórico como 
problema. Se ele é a construção de um sujeito, não se pode praticá-lo surda e 
cegamente." 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, J. C. História e Teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: 
FGV Editora, 2006. p. 98. 
 
Considerando a citação de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil referentes à produção 
historiográfica brasileira relacione corretamente os seguintes elementos às suas 
respectivas características: 
 
1. Pero de Magalhães Gandavo 
2. Joaquim Nabuco 
3. Caio Prado Júnior 
 
( ) Sua vida e obra retratam o Brasil em fins do século XIX, ou seja, os dilemas de um 
liberal abolicionista num contexto conservador. 
( ) Abordou em sua produção a natureza brasileira objetivando reforçar o caráter 
colonial da terra e o domínio real português. 
( ) Sua historiografia influenciou diversos pesquisadores futuros como Celso 
Furtado, Florestan Fernandes, Henrique Cardoso. 
 
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 2 – 3 – 1 
 
B 2 – 1 – 3 
Você acertou! 
Comentário: A sequência correta é:– 2 – 1 – 3. Segundo o livro-base: “[1] Pero Magalhães de 
Gandavo: “o autor tratava, em seu texto, dos rios brasileiros e de suas posições, das cidades da 
costa nacional e revelava os interesses do Estado de Dom Manuel I, além de evidenciar a sujeição 
da terra de Santa Cruz ao domínio real” (livro-base, p. 33). [2] Joaquim Nabuco: “Nabuco viveu 
exatamente o dilema de um intelectual comprometido com o liberalismo, mas confrontado com a 
realidade latino-americana. Os liberais brasileiros jamais viram realizar plenamente seu programa 
e sua doutrina de liberdade do indivíduo, do direito e acesso à propriedade” (livro-base, p. 107). 
[3] Caio Prado Júnior: “a publicação de A formação do Brasil contemporâneo marcou o início da 
consagração intelectual do autor. Assim, Caio Prado Júnior tornou-se, nas décadas de 1950 e 1960 
a principal referência de inúmeros pesquisadores ” (livro-base, p. 173). 
 
C 1 – 2 – 3 
 
D 1 – 3 – 2 
 
E 3 – 2 – 1 
 
Questão 6/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto: 
 
“Estamos abrindo as cortinas do passado, criando as condições para aprimorarmos 
a democratização do Estado e da sociedade. Possibilitando o acesso às informações 
sobre os fatos políticos do país reencontramos nossa história, formamos nossa 
identidade e damos mais um passo para construir a nação que sonhamos: 
democrática, plural, mais justa e livre.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MEMÓRIAS REVELADAS. Institucional. 
http://www.memoriasreveladas.gov.br/index.php/institucional. Acesso em 18 jun. 2019. 
 
Considerando a passagem de texto e os embates em torno da memória e da 
ditadura e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve 
história da história no Brasil sobre a memória e a reparação histórica das vítimas 
do regime militar, assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A O Brasil caminha a passos lentos no que se refere à condenação dos culpados por crimes 
durante o regime militar. 
Você acertou! 
Comentário: Conforme o livro-base, “[...] O Estado brasileiro tem uma tímida política de memória, que 
prioriza a reparação às vítimas da repressão, mas não uma efetiva justiça para os culpados [...]” (livro-
base, p. 261). Diferente do Brasil, Argentina e Chile já avançaram nesse processo de condenação dos 
responsáveis por crimes políticos e de Estado (livro-base, p. 261). Além disso, no Brasil o “[...] não 
reconhecimento pelas Forças Armadas de sua dívida histórica, envolta em silêncio dos oficiais” (livro-
base, p. 261), pesa negativamente na balança da memória e da reparação. Atualmente, predomina no 
ambiente acadêmico leituras que consideram a “[...] presença de outros segmentos da sociedade civil que 
compuseram o regime militar, entre industriais, latifundiários e até setores da imprensa liberal” (livro-
base, p. 261). Por fim, o livro-base apresenta como tímida a política de memória e reparação histórica 
das vítimas da ditadura. Sobre isso, ler o livro-base, p. 261. 
 
B Países vizinhos ao Brasil, como Argentina e Chile, também apresentam uma política tímida de 
justiça para as vítimas das ditaduras locais. 
 
C As Forças Armadas do Brasil cooperam incansavelmente com a sociedade civil para sanar 
dívidas históricas que remontam ao regime militar. 
 
D Atualmente a memória histórica predominante no meio acadêmico reconhece apenas o caráter 
militar do golpe de 1964 e da ditadura. 
 
E O Brasil tem uma louvável política de reparação histórica às vítimas da ditadura, 
especialmente os desaparecidos políticos. 
 
Questão 7/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia o fragmento de texto: 
 
“E por que Vossa Alteza sabe quanto serviço de Deus e de d’el-Rei nosso senhor seja 
esta denunciação, determinei coligi-la com deliberação de a oferecer a Vossa Alteza 
a quem humildemente peço me receba, e com tamanha mercê ficarei satisfeito 
rogando a nosso Senhor lhe dê prósperos e larguíssimos anos de vida, e deixe 
permanecer seu real estado em perpétua felicidade. Amém”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o textointegralmente, ele está disponível em: GANDAVO, P.M. Tratado da Terra do Brasil: a história da província Santa Cruz, a que vulgarmente 
chamamos Brasil. Brasília: Editora do Senado Federal, 2008. p. 28. 
 
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o autor 
do trecho acima, Gandavo: 
Nota: 10.0 
 
A serve à monarquia, exaltando pessoas e eventos marcantes, no caso o rei português e a 
conquista do território brasileiro. 
Você acertou! 
Comentário: Gandavo escreve no século XVI quando “[...] buscava legitimar a autoridade, o senhorio 
e o direito à propriedade sobre as terras, rios, animais, vegetais [...] como louvor da cristandade 
portuguesa” (livro-base, p. 34), ou seja, valorizava o catolicismo e a autoridade da monarquia. Além 
disso, ao usar uma linguagem com honrarias ao rei de Portugal, Gandavo se preocupa em exaltar “[...] 
pessoas, elevando-as em caráter, em honras e, em eventos marcantes, sobretudo a fama do monarca, 
dos homens de armas e de seus vassalos” (livro-base, p. 33,34). Isso pressupunha considerar os índios 
“sem pudores e loucos” (livro-base, p. 34). 
 
B usa sua escrita para defender os nativos que viviam no território e critica as ações da Coroa 
portuguesa no século XVI. 
 
C desvirtua-se da perspectiva católica e mantém uma escrita com função exclusivamente 
colonizadora. 
 
D escreve com preocupações científicas e apresenta soluções para problemas que a Coroa 
enfrentava no século XIX. 
 
E confirma a supremacia da monarquia portuguesa sobre o território brasileiro, excluindo os 
elementos religiosos e católicos. 
 
Questão 8/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia o seguinte fragmento de texto: 
 
“A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons 
narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de 
encobrir ou deixar de encobrir ou de mostrar suas vergonhas do que de mostrar a 
cara. Acerca disso são de grande inocência.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Pero Vaz. A Carta. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000292.pdf. 
Acesso em: 28 maio 2019. 
 
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre os primeiros 
documentos históricos do período colonial, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A Os cronistas do século XVI eram apenas portugueses que desembarcaram na costa litorânea 
do Brasil, como é o caso de Caminha. 
 
B Caminha ao escrever sobre as indígenas é movido por uma lógica cristã, representando 
assim seu assombro com os nativos e o desconhecido. 
Você acertou! 
Comentário: Além de Caminha, outros cronistas de origens variadas como Jean de Léry e Hans 
Staden escreveram sobre as terras brasileiras (livro-base, p. 30). Caminha faz parte da geração que 
manteve os primeiros contatos com os nativos, representando assim “[...] o assombro e até certa 
repugnância para com aquela humanidade que o europeu desconhecia” (livro-base, p. 29). Com 
representações de “[...] caráter moralizante” (livro-base, p. 29), fica claro que Caminha não está 
preocupado em entender o universo cultural nativo, mas sim inseri-lo num eixo ideológico cristão e 
católico. 
 
C Caminha apresenta em seu texto uma preocupação em entender a realidade cultural e social 
dos indígenas locais. 
 
D A nudez, apesar de despertar a atenção de Caminha, ganha uma posição secundária, já que 
seu ambiente de produção era marcadamente antirreligioso. 
 
E Caminha reconhece a superioridade racial dos indígenas frente aos portugueses ao 
descrevê-los como “bem feitos”. 
 
Questão 9/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto: 
 
“Martius deixa claro que seu trabalho não se resume a um mero estudo etnográfico 
sobre povos exóticos, mas se reveste de séria importância para o futuro de um 
nascente império. Mescla de naturalista, etnógrafo e historiador (e, desta forma, 
autorizado profeta), ele pensa que a população autóctone faz parte de uma raça 
que desaparecerá.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ODA, A. M. Da enfermidade chamada banzo: excertos de Sigaud e de von Martius (1844). Revista 
Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 762-778, dez., 2008. p. 767. 
 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre a construção 
historiográfica no século XIX e as ideias de Von Martius, assinale a alternativa 
correta: 
Nota: 10.0 
 
A Sua perspectiva científica desvincula-se das matrizes europeias, sendo von Martius um 
pesquisador independente. 
 
B Von Martius, estudioso de caráter multidisciplinar, priorizava o estudo das três principais 
raças brasileiras. 
Você acertou! 
COMENTÁRIO: De acordo com o livro-base, von Martius acreditava que “[...] a história do Brasil 
deveria ser escrita a partir do exame da confluência das três principais raças que formavam a 
população brasileira” (livro-base, p. 71). O elemento-base da questão aponta para o caráter 
multidisciplinar de von Martius ao destacar seu papel de naturalista, etnógrafo e historiador, não se 
restringindo à botânica. Além disso, ele “[...] compartilhava uma série de ideias comuns da ciência 
daquela época” (livro-base, p. 71), vinculando-se ao cientificismo europeu. Von Martius também fez 
incursões pelo interior do Brasil, junto com outros cientistas alemães. Além disso, considerava o 
português e não o indígena como alavanca da civilização brasileira (livro-base, p. 72). 
 
C As proposições de von Martius apresentam limitações práticas, já que suas pesquisas 
ficaram restritas ao litoral. 
 
D Von Martius considerava o elemento indígena a alavanca necessária para o 
desenvolvimento histórico nacional. 
 
E Ao limitar-se em estudar botânica, a contribuição de von Martius restringiu-se apenas ao 
campo da flora e fauna. 
 
Questão 10/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto: 
 
“O clima do Brasil geralmente é temperado de bons, delicados e salutíferos ares, 
donde os homens vivem muito até 90, cento e mais anos [...] a terra é um tanto 
melancólica, regada de muitas águas, assim de rios caudais, como do céu, e chove 
muito nela, principalmente no inverno; é cheia de grandes arvoredos que todo o 
ano são verdes; é terra montuosa, principalmente nas fraldas do mar.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Rio de Janeiro: J. Leite & Cia, 1925. p. 35. 
 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o padre 
Fernão Cardim, o autor do trecho acima: 
Nota: 10.0 
 
A interpreta a natureza brasileira como um elemento divino e relaciona os nativos com os 
primeiros habitantes do Jardim do Éden. 
 
B elogia o clima, relacionando-o à longevidade da população local e destaca os verdes e a 
abundância de chuvas. 
Você acertou! 
Comentário: De acordo com o livro-base “[...] A visão do padre (Cardim) constitui o modelo que Roma 
tinha sobre os índios, o que confirmaria o estereótipo e o lugar-comum do selvagem entre os colonos” 
(livro-base, p. 42). Assim, percebemos que o padre não considera a humanidade do indígena. Além 
disso, em momento nenhum o fragmento de texto considera a presença do nativo brasileiro. O 
fragmento de texto aborda apenas aspectos do clima e da natureza. Cardim elogia o clima, dizendo ser 
“temperado e de bons ares” e ao representar as características da natureza local destaca seus rios e 
verdes. 
 
C conduz uma leitura que reforça a beleza da naturezae a humanidade do indígena, retirando 
dele o estereótipo de selvagem. 
 
D exagera na sua representação da natureza brasileira, já que as mesmas características 
climáticas, de fauna e flora existiam na Europa. 
 
E Induz os leitores de sua obra a relacionarem a natureza brasileira com o inferno e o nativo 
com o bestial e selvagem. 
 
Questão 1/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia o fragmento de texto: 
 
“Na realidade, os membros do IHGB ainda mantinham uma concepção de história 
como mestra da vida, tal como formulada na História da Guerra do Peloponeso, de 
Tucídides, e eternizada na expressão latina de Cícero, historia magistra vitae, em sua 
obra Do Orador.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. 
Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 69. (grifo do autor). 
 
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o papel histórico do 
IHGB é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A ocorreu um rompimento conceitual do IHGB com a perspectiva historiográfica da 
Antiguidade. 
 
B a história como mestra da vida tinha como função principal valorizar a cultura nacional em 
detrimento da política. 
 
C assim como na historiografia antiga, os membros do IHGB centralizaram seus esforços em 
retratar guerras. 
 
D a história era entendida pelo IHGB como uma série de experiências passadas que poderiam 
orientar o futuro. 
Você acertou! 
Comentário: Conforme aponta o elemento-base, os historiadores do IHGB vão manter vínculos com 
os historiadores da Antiguidade, especialmente Tucídides e Cícero, os dois citados. Além disso, 
conforme o livro-base “O instituto, então, colocava-se a serviço do Estado e intencionava oferecer 
conhecimentos precisos e úteis ao Estado” (livro-base, p. 69), o que deixa claro a prioridade política 
desses historiadores. Eles também valorizavam o passado e a história, na medida em que a 
consideravam “[...] bagagem fundamental para o homem de Estado” (livro-base, p. 69). A 
centralidade da pesquisa do IHGB girava em torno da construção da identidade nacional, não de 
guerras locais. “Para os intelectuais vinculados ao instituto, o conhecimento histórico tinha uma 
função esclarecedora, que devia apontar caminhos para os que se ocupavam da política. Esse 
conhecimento, portanto, era considerado uma bagagem fundamental para o homem de Estado. 
Entendia-se que a história era capaz de fornecer aos homens a prudência e a sabedoria necessárias 
tanto para evitar antigos erros quanto para repetir acertos do passado. A história era entendida pelos 
membros do IHGB como um repertório de experiências passadas que podia indicar como fazer as 
coisas no presente e no futuro (Guimarães, 2011)” (livro-base, p. 69). 
 
E os historiadores do IHGB desprezavam o passado e valorizavam o presente, especialmente 
o campo político. 
 
Questão 2/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto: 
 
“Os projetos de colonização do interior, até então, esbarravam, no IHGB, no 
consenso axiomático de que o indígena era um ente degenerado. Como fundar um 
contrato social com seres degenerados, como interiorizar a civilização contornando-
se as ‘ruínas de povos’, como trazer à ‘comunhão brasileira’ tantos ‘inimigos 
internos’?” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, 
Saúde, Manguinhos, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 282. 
 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o trabalho coletivo do 
IHGB, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A incorporou o nativo como símbolo da nação, no contexto de construção da identidade 
nacional. 
 
B reconheceu a inferioridade do indígena e condenou a consolidação do projeto europeu de 
civilização. 
 
C considerou o indígena como mais uma etnia digna de cidadania, junto com escravos 
africanos e imigrantes europeus. 
 
D defendeu etnias do interior e condenou etnias do litoral, respeitando, contudo, suas 
particularidades religiosas. 
 
E construiu um discurso histórico de redução da humanidade indígena e, paralelamente, 
exaltação dos padrões europeus. 
Você acertou! 
Comentário: De acordo com o livro-base o IHGB tinha função de “[...] narrar o processo civilizador 
na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus” (livro-base, p. 
67). O trecho do texto citado no elemento-base afirma que o IHGB considera o indígena como um 
empecilho (“seres degenerados”) para esse processo civilizatório, portanto, não podendo ser símbolo 
da nação. Ainda de acordo com o livro-base, o IHGB interpretava que “[...] a história era a principal 
ferramenta para destacar as virtudes e honras da pátria brasileira” (livro-base, p. 66), excluindo-se 
desse processo grupos que não fossem ligados a elite monárquica, incluindo escravos, indígenas e 
imigrantes. 
 
Questão 3/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto: 
 
“Estamos abrindo as cortinas do passado, criando as condições para aprimorarmos 
a democratização do Estado e da sociedade. Possibilitando o acesso às informações 
sobre os fatos políticos do país reencontramos nossa história, formamos nossa 
identidade e damos mais um passo para construir a nação que sonhamos: 
democrática, plural, mais justa e livre.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MEMÓRIAS REVELADAS. Institucional. 
http://www.memoriasreveladas.gov.br/index.php/institucional. Acesso em 18 jun. 2019. 
 
Considerando a passagem de texto e os embates em torno da memória e da 
ditadura e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve 
história da história no Brasil sobre a memória e a reparação histórica das vítimas 
do regime militar, assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A O Brasil caminha a passos lentos no que se refere à condenação dos culpados por crimes durante 
o regime militar. 
Você acertou! 
Comentário: Conforme o livro-base, “[...] O Estado brasileiro tem uma tímida política de memória, que 
prioriza a reparação às vítimas da repressão, mas não uma efetiva justiça para os culpados [...]” (livro-
base, p. 261). Diferente do Brasil, Argentina e Chile já avançaram nesse processo de condenação dos 
responsáveis por crimes políticos e de Estado (livro-base, p. 261). Além disso, no Brasil o “[...] não 
reconhecimento pelas Forças Armadas de sua dívida histórica, envolta em silêncio dos oficiais” (livro-
base, p. 261), pesa negativamente na balança da memória e da reparação. Atualmente, predomina no 
ambiente acadêmico leituras que consideram a “[...] presença de outros segmentos da sociedade civil que 
compuseram o regime militar, entre industriais, latifundiários e até setores da imprensa liberal” (livro-base, 
p. 261). Por fim, o livro-base apresenta como tímida a política de memória e reparação histórica das vítimas 
da ditadura. Sobre isso, ler o livro-base, p. 261. 
 
B Países vizinhos ao Brasil, como Argentina e Chile, também apresentam uma política tímida de 
justiça para as vítimas das ditaduras locais. 
 
C As Forças Armadas do Brasil cooperam incansavelmente com a sociedade civil para sanar 
dívidas históricas que remontam ao regime militar. 
 
D Atualmente a memória histórica predominante no meio acadêmico reconhece apenas o caráter 
militar do golpe de 1964 e da ditadura. 
 
E O Brasil tem uma louvável política de reparação histórica às vítimas da ditadura, especialmente 
os desaparecidos políticos. 
 
Questão 4/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto:“Os projetos de colonização do interior, até então, esbarravam, no IHGB, no 
consenso axiomático de que o indígena era um ente degenerado. Como fundar um 
contrato social com seres degenerados, como interiorizar a civilização contornando-
se as ‘ruínas de povos’, como trazer à ‘comunhão brasileira’ tantos ‘inimigos 
internos’?” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, 
Saúde, Manguinhos, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 282. 
 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o trabalho coletivo do 
IHGB, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A incorporou o nativo como símbolo da nação, no contexto de construção da identidade 
nacional. 
 
B reconheceu a inferioridade do indígena e condenou a consolidação do projeto europeu de 
civilização. 
 
C considerou o indígena como mais uma etnia digna de cidadania, junto com escravos 
africanos e imigrantes europeus. 
 
D defendeu etnias do interior e condenou etnias do litoral, respeitando, contudo, suas 
particularidades religiosas. 
 
E construiu um discurso histórico de redução da humanidade indígena e, paralelamente, 
exaltação dos padrões europeus. 
Você acertou! 
Comentário: De acordo com o livro-base o IHGB tinha função de “[...] narrar o processo civilizador 
na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus” (livro-base, p. 
67). O trecho do texto citado no elemento-base afirma que o IHGB considera o indígena como um 
empecilho (“seres degenerados”) para esse processo civilizatório, portanto, não podendo ser símbolo 
da nação. Ainda de acordo com o livro-base, o IHGB interpretava que “[...] a história era a principal 
ferramenta para destacar as virtudes e honras da pátria brasileira” (livro-base, p. 66), excluindo-se 
desse processo grupos que não fossem ligados a elite monárquica, incluindo escravos, indígenas e 
imigrantes. 
 
Questão 5/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Atente para a citação: 
 
“Essa interação entre o ‘eu’, interior e particular a cada um, e o ‘outro’, o além de 
mim, é o que denominamos de alteridade. Esse conceito parte do pressuposto de 
que todo indivíduo social é interdependente dos demais sujeitos de seu contexto 
social, isto é, o mundo individual só existe diante do contraste com o mundo do 
outro.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Conceito de alteridade. 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceito-alteridade.html. Acesso em: 28 maio 2019. 
 
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: 
uma breve história da história no Brasil sobre a questão da alteridade durante o 
processo de colonização, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A Os primeiros cronistas do período colonial brasileiro valeram-se da alteridade para 
compreender e respeitar as populações nativas e, em seguida, os escravos africanos que 
vieram para o Brasil. 
 
B O choque cultural ocorrido com a chegada dos europeus a América representou o primeiro 
passo em direção à convivência pacífica e harmônica entre esses diferentes povos. 
 
C Existia uma preocupação dos primeiros cronistas em entender o “outro”, representando-o 
sempre como humano e, por isso, abriam mão da perspectiva do “eu”, no caso, a cultura 
europeia. 
 
D No processo de colonização, Pero Magalhães de Gandavo e os demais cronistas viam o 
outro como incivilizado e bestial, e usavam essa percepção como justificativa para a 
exploração. 
Você acertou! 
Comentário: De acordo com o livro-base “[...] A crueldade do processo civilizatório procurava 
demonstrar a bestialidade do outro, para que a conquista, a subjugação e a exploração parecessem 
aos olhos deste como um ato de civilidade” (livro-base, p. 39). Com isso, notamos a redução do 
“outro” para garantir a exploração. Isso demonstra que não havia uma preocupação em entender a 
cultura nativa, ou seja, praticar a alteridade, e a superioridade europeia passa a ser entendida como 
um elemento primordial para garantir a exploração desses povos. O resultado desse processo 
histórico foi o genocídio dos povos indígenas. 
 
E A superioridade europeia foi representada de maneira secundária, ocupando pequenos 
espaços nos documentos históricos do século XVI, quando se inicia a colonização. 
 
Questão 6/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a citação: 
 
“De um lado, o fanatismo religioso, o sebastianismo, a visão messiânica de um líder 
com forte apelo popular, a quem se atribuem poderes sobrenaturais, derrotado e 
visto como injustiçado. Do outro, a força de uma milícia cruel e sanguinária, que se 
julga garantida pela razão e pela lei, munida, nas palavras de Euclides, do 
‘argumento único, incisivo, supremo e moralizador — a bala’. [...] mais de 120 anos 
depois, o valor da obra de Euclides não está nas explicações geográficas, climáticas, 
raciais ou científicas, todas elas ultrapassadas. Está na explicação para a tragédia do 
Brasil.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUROVITZ, Hélio. Euclides da Cunha em tempos de Lula e Bolsonaro. Época, 27 jun. 2019 
<https://epoca.globo.com/euclides-da-cunha-em-tempos-de-lula-bolsonaro-23766946>. Acesso em: 30 jun. 2019. 
 
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: 
uma breve história da história no Brasil sobre a contribuição de Euclides da 
Cunha para as interpretações do Brasil, é correto afirmar que: 
Nota: 0.0 
 
A as contribuições de Euclides da Cunha restringem-se às interpretações da natureza 
brasileira, sobre a qual fez uma detalhada explanação conceitual. 
 
B Euclides da Cunha entendia a violência do Estado como necessária para manter longe os 
líderes messiânicos que enganavam populares pobres. 
 
C o messianismo de Antônio Conselheiro é um fenômeno exclusivo de movimentos populares 
do século XIX, como Canudos. 
 
D a atualidade da obra de Cunha permanece por causa do entendimento do Brasil como um 
país unificado geográfica e politicamente. 
 
E A partir da obra de Euclides da Cunha é possível notar sérios problemas que afligem o 
Brasil atual: violência do Estado e visão messiânica de líderes políticos. 
Comentário: O elemento-base reforça a ideia de que atualmente o Brasil é um país marcado pela 
tragédia, representada pela presença de líderes messiânicos, no caso de Canudos o líder do arraial 
Antônio Conselheiro, e pela violência vertical do Estado. Cunha, de acordo com o livro-base: “[...] 
produz um livro para vingar a injustiça praticada pelo exército e pelo Estado republicano” (livro-
base, p. 116). Como o próprio elemento-base apresenta, as contribuições de Cunha estão além de 
elementos geográficos e naturais, englobando a realidade política brasileira. Além disso, Cunha 
criticava a postura do Estado republicano, já que “[...] condenou a ação do Exército da República e 
do progresso, que levaram a própria barbárie ao sertão” (livro-base, p. 118). O elemento-base reforça 
a concepção do messianismo como uma categoria que pode ser utilizada para interpretar a realidade 
brasileira atual, não sendo exclusiva de Canudos. Cunha considerava o Brasil um país de opostos, tal 
qual a política atual. No caso de Cunha, a oposição era entre monarquia e república e litoral/sertão. 
Sobre isso, consulte o livro-base, p. 115. 
 
Questão 7/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Atente para a citação: 
 
“[Oliveira] Vianna via na ciência da eugenia um caminho para a construção de um 
tipo legitimamente brasileiro, que pudesse estar no caminho da evolução pela 
mistura das raças inferiores com as superiores. Vianna acreditava que as raças 
inferiorespoderiam ser aprimoradas com o cruzamento crescente com a raça 
ariana.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MAIA, S. K.; ZAMORA, M. H. O Brasil e a lógica racial: do branqueamento à produção de subjetividade 
do racismo. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 265-286, maio/ago., 2018. p. 278. 
 
Considerando a citação, que trata da produção de Oliveira Vianna, e os conteúdos 
do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil, 
é correto afirmar que Vianna: 
Nota: 0.0 
 
A defendia a segregação entre as raças para evitar a mestiçagem e os cruzamentos que 
poderiam deteriorar ainda mais a nação. 
 
B fundamentava sua historiografia em posições francamente racistas e eugênicas, 
relegando o negro a uma posição de inferioridade biológica. 
Comentário: Conforme o elemento-base, Vianna defendia o cruzamento entre raças com a 
finalidade de aprimorar as raças inferiores. De acordo com o livro-base, ele defendia a eugenia 
“[...] isto é, a teoria do embranquecimento da sociedade brasileira, uma vez que na visão do 
autor os demais elementos atravancavam o desenvolvimento do país [...]” (livro-base, p. 155), 
reduzindo assim o negro e o indígena e valorizando o branco europeu. Vianna construiu sua 
historiografia influenciado pelas teorias científicas do século XIX, nitidamente racistas e 
eugênicas. Sobre isso ler o livro-base, p. 152. 
 
C foi influenciado por uma corrente romântica da histórica, desvinculada de qualquer 
embasamento pretensamente científico. 
 
D discordava da ciência do século XIX, já que propunha um modelo democrático de 
organização da vida social. 
 
E ao defender a mistura das raças valorizava os elementos negros e indígenas, 
considerados superiores aos demais. 
 
Questão 8/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia o excerto de texto: 
 
“É esta província mui abastada de mantimentos de muita substância e menos 
trabalhosos que os da Espanha. Dão-se nela muitas carnes [...] melhores algodões 
que em outra parte sabida, e muitos açúcares tão bons como na Ilha da Madeira. 
Tem muito pau de que se fazem as tintas. Em algumas partes dele se dá trigo, 
cevada, e vinho muito bom [...] porque lhe não falta ferro, aço, cobre, ouro, 
esmeralda, cristal [...].” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SOUZA, G. S. Tratado descritivo do Brasil em 1587. Rio de Janeiro: Companhia da Editora Nacional, 
1938. p. 2. 
 
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre os textos de Gabriel 
Soares de Souza, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A Gabriel Soares de Souza busca descrever as novas terras e chamar a atenção do rei para as 
riquezas presentes na nova possessão portuguesa. 
Você acertou! 
Comentário: De acordo com o livro-base “[...] a intenção de Souza foi descrever a região da nova 
terra a fim de revelá-la aos portugueses e chamar a atenção do rei e da corte para a colônia” (livro-
base, p. 42,43). Assim, por mais que o autor cite a Espanha seu enfoque central no excerto é a América 
Portuguesa. Como o texto faz referência a metais preciosos e foi escrito no contexto do mercantilismo 
a Coroa demonstrou interesse. O texto é bastante detalhado, chegando a citar uma variedade de 
matérias e produtos. Conforme o livro base “[...] Para Souza a nova província era muito abastada de 
mantimentos e, assim, ter-se-ia menos trabalho para se viver da terra” (livro-base, p. 43), ou seja, 
Soares destaca a fertilidade do solo. 
 
B Gabriel Soares de Souza compara as riquezas do território brasileiro com as da América 
Espanhola, enfatizando a descrição desta, para qual deu mais atenção. 
 
C Ao limitar os exemplos de matérias-primas para a exploração, o texto não agradou a Coroa 
portuguesa, mesmo contendo nele referências a metais preciosos. 
 
D As crônicas de Gabriel Soares de Souza são exemplos das limitações da produção 
historiográfica do século XVI, pois descartam informações sobre a realidade local. 
 
E O cronista chama a atenção para as dificuldades que os portugueses encontrariam, se 
optassem por colonizar o território, por causa da pouca produtividade do solo. 
 
Questão 9/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Leia a passagem de texto: 
 
“A teoria da história tem por objetivo analisar o que sempre foi a base do 
pensamento histórico em sua versão científica e que, sem a explicitação e a 
explicação por ela oferecidas, nunca passaria de pressupostos e de fundamentos 
implícitos.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UnB, 
2001. p. 14. 
 
Conforme a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia 
brasileira: uma breve história da história no Brasil, a historiografia brasileira 
apresenta algumas fases. Tendo em vista a consolidação da ciência histórica no 
Brasil, relacione os historiadores abaixo às suas obras e ideias: 
 
1. Sérgio Buarque de Holanda 
2. Fernand Braudel 
3. Afonso Taunay 
 
( ) Autor do ensaio Raízes do Brasil. 
( ) Francês, foi professor da prestigiada École Pratique des Hautes Études. 
( ) Autor de História do café no Brasil, obra de 15 volumes. 
( ) Desenvolveu o conceito de homem cordial para compreender o comportamento 
nacional. 
( ) Defendia a busca da totalidade histórica por parte da pesquisa historiográfica 
recorrendo a interdisciplinaridade. 
 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 1 – 2 – 3 – 1 – 2 
Você acertou! 
Comentário: A sequência correta é: 1 – 2 – 3 – 1 – 2. Segundo o livro-base: [1] Sérgio Buarque de Holanda: 
escreveu o “[...] ensaio histórico Raízes do Brasil” (livro-base, p. 162). Sua obra trata do “[...] homem cordial, 
a própria síntese do comportamento nacional, não necessariamente bondoso, mas passional” (livro-base, p. 
163). [2] Fernand Braudel: “[...] Em 1937, ele se tornou professor da École Pratique des Hautes Études, em 
Paris” (livro-base, p. 192). Além disso, Braudel defendia que os historiadores “[...] precisariam buscar apreender 
a realidade histórica como um todo [...] o autor orientava os futuros pesquisadores brasileiros a recorrem à 
interdisciplinaridade” (livro-base, p. 193). [3] Afonso Taunay: escreveu a obra “[...] entre 1939-1943, publicou 
também sua famosa obra História do café no Brasil, em 15 volumes” (livro-base, p. 198). 
 
B 1 – 3 – 2 – 1 – 3 
 
C 2 – 1 – 3 – 1 – 1 
 
D 2 – 1 – 3 – 3 – 2 
 
E 3 – 2 – 1 – 2 – 1 
 
Questão 10/10 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva 
Atente para a citação: 
 
“Mas, as viagens científicas brasileiras também teriam monumentos para estudar: 
os obeliscos assentados no Pará, as construções e ruínas provenientes da presença 
holandesa no Brasil, e mesmo vestígios de civilização, como as estátuas indígenas 
descobertas na embocadura do rio Negro.” 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, 
Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 277. 
 
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: 
uma breve história da história no Brasil sobre o Instituto Histórico e Geográfico 
Brasileiro (IHGB), é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A o IHGB reconhecia como fontes unicamente documentos orais, desprezando os outros 
modelos. 
 
B a busca do IHGB pelos monumentos nacionais reforçava a perspectiva de história ligada 
também à prática da arqueologia. 
Você acertou! 
Comentário: O IHGB nasceu buscando se adequar aos padrões da metodologia histórica ligada à 
escola alemã, quando, no século XIX, a históriaassumiu seu caráter científico (livro-base, p. 67). 
Nesse sentido, o documento escrito e registros arqueológicos serão considerados a base para a 
produção da cientificidade historiográfica (livro-base, p. 68). O IHGB tinha função de “[...] narrar o 
processo civilizador na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões 
europeus” (livro-base, p. 67), reduzindo as demais culturas e etnias. 
 
C A descoberta de monumentos reforçaria os argumentos do IHGB que centralizavam a 
identidade nacional no indígena. 
 
D O IHGB vinculava-se à influência de escolas norte-americanas que exportavam seu modelo 
cientificista para o mundo. 
 
E O cientificismo do IHGB eximia-se de qualquer perspectiva que estivesse ligada a uma 
escala evolutiva civilizacional.

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