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ATIVIDADE DE FARMACOLOGIA GERAL – 4º SEMESTRE – UNINOVE VERGUEIRO MARIANA MARQUES – T29 ATIVIDADE DE ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Farmacocinética da Morfina: A morfina é um analgésico forte, usado para o tratamento da dor intensa. A intoxicação (overdose) com morfina pode causar morte por insuficiência respiratória. É um princípio ativo natural. Por conter uma amina terciária em sua estrutura, a morfina é uma base fraca que e vai se encontrar parcialmente ionizada em pH fisiológico. 1- Quais são as vias de administração da morfina? R: As possíveis vias de administração da morfina são: oral, retal, subcutânea, intramuscular, intravenosa, epidural, intratecal e até por inalação 2- Classifique as vias de administração da morfina em enterais e/ou parenterais? R: Vias de administração enterais: oral e retal Vias de administração parenterais: subcutânea, intramuscular, intravenosa, epidural, intratecal e inalação 3- Qual das vias de administração da morfina vai apresentar o efeito no sistema nervoso central mais rapidamente? R: A vias de administração da morfina que vai apresentar o efeito no sistema nervoso central de forma mais rápida é a intravenosa e a inalação 4- Qual a biodisponibilidade via oral da Morfina? R: A biodisponibilidade via oral varia de 25% à 40% 5- Qual a biodisponibilidade intravenosa da Morfina? R: A biodisponibilidade da via intravenosa é de 100% pois o fármaco é injetado diretamente no sistema vascular 6- PP, 55 anos, é uma paciente portadora de câncer terminal, com dor crônica, bem controlada com morfina VO, 120mg a cada 12 horas. Na última visita PP se queixou de dificuldade de deglutição e não foi capaz de engolir as cápsulas de morfina. Por esse motivo, apresentava dor lombar intensa. Ela foi internada e foi decidido então trocar a sua dose de morfina para IV. Calcule a dose de morfina por hora que ela deve receber por infusão para manter o bom controle da dor. R: A dose de morfina por hora que ela deve receber por infusão é de 3,3 mg/h. ATIVIDADE DE FARMACOLOGIA GERAL – 4º SEMESTRE – UNINOVE VERGUEIRO MARIANA MARQUES – T29 7- MP, 85 anos, encontra-se internado no hospital onde recebe uma infusão IV de 2 mg de morfina por hora para controle da dor. Por solicitação do paciente e com o consentimento da família o paciente vai ser transferido para uma clínica de repouso para cuidados paliativos. Toda sua medicação IV deve ser convertida para VO. Calcule a dose de morfina que deve ser administrada a cada 6 horas para o controle da dor. R: A dose de morfina administrada a cada 6 horas é de 36mg. 8- A morfina apresenta um metabólito inativo? A) Sim, morfina-3-glicuronida B) Não 9- A morfina apresenta um metabólito ativo? A) Sim, morfina-6-glicuronida B) Não 10- Existe variabilidade farmacocinética da morfina entre indivíduos? A) Sim. Existe uma variabilidade farmacocinética da morfina que é clinicamente significativa. B) Sim, porém ela não é clinicamente significativa. C) Não Farmacocinética do Dolutegravir: O Dolutegravir é um anti-retroviral usado no tratamento do HIV. A falha em administrar corretamente a terapia anti- retroviral pode causar o aparecimento de resistência do vírus ao tratamento. 11- O Dolutegravir pode ser administrado com antiácidos a base de carbonato de cálcio? E com leite? A) Sim, o antiácido ou o leite ajudam a proteger o estômago. B) Não, o cálcio presente no leite ou em antiácidos diminuem a absorção via oral do dolutegravir. Farmacocinética da Cefalexina A cefalexina é um antibiótico usado no tratamento de diversas infecções. A falha em administrar corretamente a cefalexina pode causar o aparecimento de resistência bacteriana. ATIVIDADE DE FARMACOLOGIA GERAL – 4º SEMESTRE – UNINOVE VERGUEIRO MARIANA MARQUES – T29 12- A cefalexina pode ser administrada com alimentos em geral? E com leite? A) Sim, não existe interação entre a cefalexina e o alimento. B) Não, a comida diminui a absorção via oral da cefalexina. Farmacocinética da varfarina A varfarina é um fármaco anticoagulante. A dose de varfarina deve ser regulada com atenção. Um aumento do efeito da varfarina pode causar hemorragias enquanto a perda do seu efeito pode causar eventos tromboemboliticos. A dose de varfarina deve ser ajustada para obter um INR (tempo de prótrombina) entre 2,0 e 3,0. A varfarina é um fármaco perigoso. Ela foi inicialmente desenvolvida como um raticida. CASO CLÍNICO: O Sr. CPJ de 55 anos, apresenta fibrilação atrial e está em tratamento profilático contra um possível AVC usando 5 mg de varfarina, via oral, uma vez por dia. O seu LDL-Colesterol está acima dos valores de referência apesar da dieta e tratamento com estatinas, por isso existe a indicação de tratamento com 90 mg de fenofibrato, via oral, uma vez por dia. 13- Qual é a porcentagem de ligação à proteína plasmática da varfarina? R: A porcentagem de ligação é de 99% 14- Qual é a porcentagem de ligação à proteína plasmática do fenofibrato? R: A porcentagem de ligação é de 99% 15- Qual é o risco que o paciente corre ao associar Varfarina e Fenofibrato? A) Nenhum. Não existe risco de associar varfarina e fenofibrato B) O risco é a potencialização dos efeitos da varfarina, ou seja, o paciente está em risco de hemorragia C) O risco é a perda dos efeitos da varfarina, ou seja, o paciente está em risco de hipercoagulopatias. D) O risco é a perda dos efeitos do fenofibrato, ou seja, o paciente está em risco de hipercolesterolemia. 16- Qual é a explicação farmacocinética que justifica o risco associado com a interação entre varfarina e fenofibrato. R: A explicação farmacocinética que justifica o risco associado com a interação entre varfarina e fenofibrato é que esses fármacos ao serem administrados juntos, o fenofibrato pode deslocar a varfarina da albumina, ou seja, aumentar seu efeito devido à maior quantidade de varfarina circulante ATIVIDADE DE FARMACOLOGIA GERAL – 4º SEMESTRE – UNINOVE VERGUEIRO MARIANA MARQUES – T29 17- Qual a conduta medicamentosa que deve ser tomada neste caso? A) Não administrar fenofibrato e manter a varfarina. B) Iniciar o fenofibrato e ajustar a dose de varfarina até obter um INR entre 2,0 e 3,0. C) Suspender a varfarina e usar apenas o fenofibrato Farmacocinética da Loperamida A loperamida é um fármaco opióide (como, por exemplo, a morfina, a heroína, o fentanil e a metadona). Entretanto a loperamida não tem ação central e por isso ela tem apenas indicação como antidiarreico devido a seu efeito periférico de constipação. A dose usual de loperamida para a indicação de antidiarreico é de 2 mg. CASO CLÍNICO: JRP é um paciente com histórico de abuso de drogas. Ele deu entrada no hospital com um quadro típico de intoxicação opioide (sedação, insuficiência respiratória, constipação, náusea e vômito). Seu acompanhante diz que ele vem usando doses altas doses (48 comprimidos de 2 mg de uma só vez) de loperamida para aliviar sua dependência química. Neste último episódio, além da dose maciça de loperamida, o paciente também administrou dois comprimidos de 300 mg de quinidina. 18- Explique por que a loperamida na dose de 2 mg apesar de ser um fármaco opioide não tem ação no sistema nervoso central. R: Não possui ação no SNC pois a loperamida quando se encontra em baixas concentrações é transportada por difusão facilitada ou transporte ativo (transportadores), onde a velocidade de saída de loperamida do SNC através da glicoproteína-P é maior que a velocidade de entrada no SNC por difusão e assim, o fármaco não tem ação no sistema nervoso central 19- Porque a associação de loperamida com quinidina pode promover efeitos de sedação e depressão respiratória, típicos de uma intoxicação opioide? R: Pois a quinidina é um inibidor da glicoproteína-P, assim, ao ligar-se vai inibir o transporte realizado pelaglicoproteína P (auxilia na saída de loperamida para fora do SNC), causando aumento na concentração do fármaco dentro do SNC causando os efeitos de sedação e depressão respiratória, característicos de uma intoxicação opioide 20- Explique porque uma dose elevada de loperamida pode promover efeitos centrais de opioides, mesmo sem a administração de qualquer outro fármaco. Dica de resposta: O transporte de fármacos através de membrana plasmática por difusão simples segue uma cinética de primeira ordem enquanto a passagem através de transportadores (como a glicoproteína-P) segue uma cinética Michaeliana. R: Quando administrada em elevadas concentrações, o transporte ativo mediado pelo glicoproteína P fica saturado (torna-se totalmente ocupado a medida que a concentração de moléculas a serem transportadas aumenta), por outro lado, a difusão simples não sofre alteração, dessa forma, a velocidade de entrada da fármaco no SNC tende a tornar- se maior do que a velocidade de saída, fazendo com que a loperamida seja capaz de penetrar o SNC e causar efeitos centrais