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Semiologia do Sistema Cardiovascular Exame físico: 1. Inspeção 2. Palpação do precórdio e do Ictus córdis 3. Ausculta do precórdio 4. Avaliação dos pulsos 5. Estimativa da PVC e refluxo hepato julgular 6. Aferição da pressão arterial 7. Eletrocardiograma Mediastino: Precórdio: É a projeção do coração sobre a região anterior do tórax. Delimitados pelos limites: superior direito, superior esquerdo, inferior direito e inferior esquerdo; dentre dos quais ocorrerão todas as modificações cardíacas. 1. Inspeção • Inspeção do tórax • Inspeção do precórdio • Inspeção das extremidades A inspeção do tórax será realizada com o paciente em desnudo; primeiramente em ortostase e depois em decúbito dorsal. Em ortostase avaliaremos o tipo de tórax do paciente se ele é típico ou atípico: ele será típico quando o diâmetro anteroposterior for menor que o latero lateral. Em ortosase também avaliaremos o biotipo do paciente pelo ângulo de charpy: igual a 90°: medilíneo menor que 90°: brevilíneo maior que 90°: longilíneo Já em pacientes em decúbito dorsal avaliaremos a presença de abaulamento, retrações, circulação colateral, lesões elementares, cicatrizes cirúrgicas ou algum tipo de pulsação anormal. Na inspeção do precordio verificaremos se o ictius cordis é visível. Ictus córdis: choque do ventrículo esquerdo na parede anterior do tórax du....=rante a contração isovolumétrica do ventrículo esquerdo. Ele é visível em pessoas emagrecidas, homens, dentre outros Na inspeção das Extremidades, podem ser observados edemas, cianose ou baqueteamento; isso indica a existência de alguma patologia. 2. Palpação • Palpação do precórdio • Palpação do ictus cordis Na palpação do precórdio é sente-se o Frêmito (sensação tátil de vibração) ➢ Localização: mãos espalmadas nos limites do precordio ou nos focos da ausculta ➢ Intensidade: leve, moderada ou intensa ➢ Situação do ciclo cardíaco: quando a pulsação da aorta coincidir com o frêmito estar no sistólico, se não estar no diastólico. Na palpação do ictus cordis: ➢ Localização: geralmente localizada no 5° ou 6° espaço intercostal, dependendo do biotipo. ➢ Intensidade: palpação feita pelos dedos indicadores e médio. ➢ Ritmo: rítmico ou arrítmico ➢ Frequência: Normal- 50 a 100 bpm Bradicardia- menor que 50bpm Taquicardia: maior que 100bpm ➢ Propulsão: Normal ou Propulsivo. Quando a pulsa é sinal de alguma patologia como a hipertrofia ventricular. ➢ Extensão: Normal, circunscrito e difuso. ➢ Mobilidade: Manobra de Pachot. 3. Ausculta ➢ Foco Aórtico: localizado no 2° espaço intercostal direito, mais fidedigno para verificar a frequência cardíaca. (Base- semilunar) ➢ Foco Pulmonar: localizado no 2° espaço intercostal esquerdo, mais fidedigno para analisar desdobramentos. ➢ Foco Aórtico Acessorio: localizado no 3°espaço intercostal esquerdo, melhor para problemas da válvula aórtica ➢ Foco Tricúspide: localizado na base do apêndice xifóide a esquerda. ➢ Foco Mitral: localizado no 5°espaço intercostal da linha hemiclavicular a esquerda. Mesmo lugar do ictus cordis. A Ausculta de B1 e B2 é realizada nas posições de decúbito dorsal, decúbito lateral esquerdo e geno palmar. B1: O barulho é ocasionado pelo fechamento da válvula tricúspide e mitral. É mais audível em foco do ápice, e faz o barulho de “TUM”. Marca o início da sístole ventricular. B2: Ocasionado pelo fechamento da válvula aórtica e pulmonar. Marca o início da diástole. Mais audível no foco da base e simboliza o “TA”. Desdobramentos da B2: Quando o intervalo do fechamento das válvulas aórtica e pulmonar são maiores que o normal. Pode ter causas fisiológicas – depois de grandes esforços físicos pelo aumento do retorno venoso- ou causas Patológicas – quando tem comunicação interventricular B3: Causado pelo impacto na parede anterior de um ventrículo durante o enchimento ventricular rápido. Marca o início da diástole, com o barulho “TU”. Causa fisiológica – em crianças, esforço físico, febre etc.- e a causa patológica – Insuficiência cardíaca congestiva ou tireotoxicose, por exemplo B4: Ocorre no fim da diástole. Causado pelo impacto do sangue impulsionado pelo átrio contra uma massa pré existente no ventrículo (esvaziamento incompleto do ventrículo). “TU”. Causado por cardiopatias e hipertrofia concêntrica. Sopros: Estenose ou dilatação da válvula Turbilhonamento do sangue (geralmente ele é laminar) Sopro • Localização: qual foco da ausculta • Intensidade • Situação no ciclo cardíaco: Sístole entre B1 e B2. Diástole entre B2 e B1. • Formato: crescente ou decrescente. • Irradiação: Ápice- irradia para a área dorsal e axilar. Base- irradia para pescoço, fúrcula e linha hemiclavicular. • Timbre Sopros: Base(semilunares): Sístole- estenose Diástole- insuficiência Ápice(atrioventricular): Sístole- insuficiência Diástole- estenose 4. Avaliação dos pulsos Inspeção: • Lesões elementares • Massas e pulsações • Temperatura (dorso da mão) • Umidade (palma da mão) • Elasticidade – pregueamento da pele com o dedo indicador e polegar. Passo importante: presença de ulceração. ➢ Localização: varia de pulso para pulso ➢ Frequência: pulso por minuto Normal-50 a 100 bpm Bradisfigmia- menor que 50 Taquisfigmia-maior que 100 ➢ Ritmo: regular e irregular ➢ Estado da parede: parede lisa- fisiológica. Parede tortuosa- patológica, geralmente aterosclerose ➢ Tensão: pulso duro (quando tem hipertensão arterial sistêmica- identifica-se quando aperta o pulso e ele continua pulsando) pulso mole (quando aperta o pulso e para de pulsar) ➢ Amplitude: medida de 1 a 4 cruzes. ➢ Simetria: palpar concomitantemente os dois lados do pulso Localizações dos pulsos: Pulso carotídeo: borda anterior do músculo esternocleidomastóideo ao nível da cartilagem cricóidea. Sentida com o paciente em decúbito dorsal, sentado ou em pé. Pulso Braquial: Medial tendão do bíceps braquial. Sentido com o paciente em decúbito dorsal e sentado. Pulso Radial: Pulso superficial por isso não deve ser feita pressão. Sentido com o paciente em decúbito dorsal e sentado. Pulso Tibial Posterior: Região retro maleolar medial. Sentido com o paciente em decúbito dorsal com as pernas levemente flexionada porque a artéria tibial posterior tem origem na artéria poplítea então o paciente deve fazer a flexão para não comprimir a artéria poplítea e por isso facilitar. Pulso Pedioso: Lateral do tendão extensor longo. Sentido com o paciente em decúbito dorsal e perna levemente flexionada. Pulso superficial. 5. Pressão Venosa Central (PVC) Reflete a pressão no átrio direito. • Turgência da veia jugular externa direita • Elevar a 45° • Identificar o ponto de maior ondulação da veia jugular • Colocar uma régua nesse porte e a outra no ângulo de louis • Colocar as réguas perpendiculares entre si. Observação: veia ondula e artéria pulsa. Veia é mais visível do que palpável. Observação: Refluxo Hepato Jugular Colocar o paciente em decúbito dorsal com a cabeça flexionada para esquerda e elevada 45°. Feito isso, deve ser feita uma compressão no hipocôndrio direito e assim deve comprimir os vasos sinusoidais hepáticos e aumentar a pressão nesses órgãos fazendo com que aumente o retorno venoso para o átrio direito. O coração saudável consegue compensar este retorno venoso, porém o coração com alguma patologia não consegue. Normal: Até 3 cm acrescentado com o valor PVC anteriormente aferido. 6. Aferição da Pressão Arterial • Perguntasbásicas: Se está de bexiga básica? Se é hipertenso? Se faz uso de medicamentos? Se fez exercício físico? • Posicionar o paciente. • Estimular a PAS • Realizar a aferição da PAS e PAD Sentado, pernas descruzadas e apoiadas no chão, encostados na cadeira, dorso estendido em uma superfície plana, com a palma da mão voltada para cima ao nível do coração e não pode falar durante. ➢ Palpar artéria braquial e colocar o esfigmomanômetro de 2 a 3 cm acima da fossa cubital. Palpar a artéria radial e insuflar o manguito, quando parar de sentir a artéria radial o valor encontrado no manguito em mmHg é o valor da pressão sistólica. Depois quando for fazer o procedimento normal sufla o manguito de 20 a 30 mmHg acima da PAS. Observação: Hiato auscultatório Deve -se medir até 30 a 40 mmHg depois da última aferição pois pode ocorrer um hiato auscultatório, ou seja, uma parada momentânea da ausculta dos sons é muito comum em pacientes idosos. 7. Eletrocardiograma Identifica a diferença de potencial entre os eletrodos colocados nos pacientes. ➢ Derivações Bipolares: D1, D2, D3. Esse é o triangulo de Einthoven. No centro do triangulo vai se encontrar o polo negativo das derivações unipolares AVR, AVL, AVF. ➢ Derivações Precordiais: V1, V2, V3, V4, V4, V5, V6. V1: 4° espaço intercostal da linha paraesternal direita V2: 4° espaço intercostal da linha paraesternal esquerda V3: Entre V2 e V4 V4: 5° espaço intercostal da linha hemiclavicular esquerda, coincide com o ictus cordis e o foco da ausculta mitral. V5: 5° espaço intercostal da linha axilar anterior esquerda. V6: 5° espaço intercostal da linha axilar média esquerda Exemplo de ECG: Sobre o segmento ST deve-se avaliar se ele esta nivelado com a linha de base do ECG, se estiver com um quadrado acima chama-se supranivelamento do segmento ST muito comum em pacientes com IAM. Caso esteja com um quadrado abaixo da linha de base chama-se infradesnivelamento do segmento ST muito comum em pacientes com com hipocalemia. Número de quadrados para cima na onda R e o número de quadrados para baixo na onda S, esse valor deve colocado no eixo cardíaco e calcular a força resultante. • Verificar se a onda P precede o complexo VRS em todas as derivações • Avaliar se a onda P der positivo em D1, D2 e aVF e negativo em aVR. • Frequência do eletro que varia de 50 a 100 bpm -normal- Essa frequência é feita calculando quantos quadrados existem entre o quadrado QRS. 1500÷número de quadrados= frequência.
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