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qn - glan adrenal

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questões norteadoras - BMF 08/10 
gândula adrenal 
• Descreva a localização anatômica da suprarrenal. 
As duas glândulas suprarrenais, cada uma localizada em cima de cada rim no espaço retroperitoneal, 
apresentam formato de pirâmide achatada. No adulto, cada glândula suprarrenal tem de 3 a 5 cm de altura, 
2 a 3 cm de largura, um pouco menos de 1 cm de espessura, massa variando de 3,5 a 5 g e apenas 
metade do seu tamanho ao nascimento. Durante o desenvolvimento embrionário, as glândulas suprarrenais 
se diferenciam em duas regiões distintas de ponto de vista estrutural e funcional: um córtex da glândula 
suprarrenal grande, perifericamente localizado, que compreende 80 a 90% da glândula, e uma pequena 
medula da glândula suprarrenal, localizada centralmente. Uma cápsula de tecido conjuntivo reveste a 
glândula. As glândulas suprarrenais, assim como a glândula tireoide, são altamente vascularizadas. 
• Descreva a vascularização e inervação da glândula suprarrenal. 
As glândulas adrenais recebem várias artérias que entram por vários pontos ao seu redor. Os ramos dessas 
artérias formam um plexo subcapsular do qual se originam três grupos de vasos arteriais: (1) artérias da cápsula; 
(2) artérias do córtex, que se ramificam repetidamente entre as células da camada cortical e que acabam formando 
capilares sanguíneos que deságuam em vasos capilares da camada medular; e (3) artérias da medula, que 
atravessam o córtex e se ramificam, formando uma extensa rede de capilares na medula. Há, portanto, um 
suprimento duplo de sangue para a medula, tanto arterial (diretamente pelas artérias medulares) como venoso 
(pelos capilares derivados das artérias do córtex). O endotélio capilar é fenestrado e muito delgado, havendo uma 
lâmina basal contínua abaixo do endotélio. Os capilares da medula, juntamente com vasos capilares que proveem o 
córtex, formam as veias medulares que se unem para constituir as veias adrenais ou suprarrenais. Essas veias em 
geral deságuam na veia cava inferior do lado direito ou na veia renal do lado esquerdo. 
• Como é a divisão histológica da suprarrenal? 
As adrenais são duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada 
rim. Em humanos podem também ser chamadas suprarrenais, porque se situam sobre os rins. O tamanho das 
adrenais varia com a idade e as condições fisiológicas do indivíduo, e as duas glândulas de um adulto pesam cerca 
de 10 g. Cortando-se o órgão a fresco, nota-se que ele é encapsulado e dividido nitidamente em duas camadas 
concêntricas: uma periférica espessa, de cor amarelada, denominada camada cortical ou córtex adrenal, e outra 
central menos volumosa, acinzentada, a camada medular ou medula adrenal. Essas duas camadas podem ser 
consideradas dois órgãos distintos, de origens embriológicas diferentes, apenas unidos anatomicamente. O córtex 
tem origem no epitélio celomático, sendo, portanto, mesodérmico, enquanto a medula se origina de células da crista 
neural, isto é, tem origem neuroectodérmica. As duas camadas apresentam funções e morfologia diferentes, embora 
seu aspecto histológico geral seja típico de uma glândula endócrina formada de células dispostas em cordões 
cercados por capilares sanguíneos. Uma cápsula de tecido conjuntivo denso recobre a glândula e envia delgados 
septos ao interior da adrenal. O estroma consiste basicamente em uma rede rica de fibras reticulares, as quais 
sustentam as células secretoras. 
• Relacione os tipos celulares com os seus respectivos produtos hormonais. 
Os hormônios secretados pelo córtex, em sua maioria, são esteroides, hormônios lipídicos formados pelas 
células a partir do colesterol. A síntese de colesterol é feita principalmente a partir de acetilcoenzima A e 
ocorre no retículo endoplasmático liso em vários locais do corpo, especialmente no fígado. 
A maior parte do colesterol utilizado pelas células do córtex adrenal é originada do plasma e convertida em 
uma molécula mais complexa, a pregnenolona. As enzimas associadas à síntese de progesterona e de 
desoxicorticosterona a partir de pregnenolona estão no retículo endoplasmático liso; as enzimas que, por 
sua vez, convertem desoxicorticosterona em aldosterona situam-se nas mitocôndrias – um claro exemplo de 
colaboração entre duas organelas celulares. Os esteroides secretados pelo córtex podem ser divididos em 
três grupos, de acordo com suas ações fisiológicas principais: glicocorticoides, mineralocorticoides e 
andrógenos. A zona glomerulosa secreta o principal mineralocorticoide, a aldosterona, importante hormônio 
que contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio e de água no organismo, e consequentemente dos 
níveis de pressão arterial. A aldosterona age principalmente nos túbulos contorcidos distais dos rins e 
também na mucosa gástrica, nas glândulas salivares e sudoríparas, estimulando a absorção de sódio pelas 
células desses locais. Os glicocorticoides, dentre os quais um dos mais importantes é o cortisol, são 
secretados principalmente pelas células da zona fasciculada e em menor grau por células da zona reticulada. 
Os glicocorticoides regulam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, exercendo, portanto, ações 
no organismo inteiro. Os glicocorticoides também suprimem a resposta imune. O sistema de defesa do 
organismo e o córtex adrenal estão, portanto, associados, porque o cortisol tem propriedades anti-
inflamatórias por inibição de atividade dos leucócitos, por supressão de citocinas e também por ação 
imunossupressora. Alguns glicocorticoides também apresentam atividade mineralocorticoide, porém de 
maneira mais fraca que a aldosterona. A zona reticulada produz andrógenos (principalmente 
deidroepiandrosterona) e, em menor grau, mineralocorticoides.

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