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Sistema Digestório e Glândulas Endócrinas

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Sistema Digestório 
O sistema digestório consiste em 
cavidade oral, esôfago, estomago, 
intestino delgado e grosso e suas 
glândulas associadas. Sua função é 
obter as moléculas necessárias para 
manutenção, o crescimento e as 
demais necessidades energéticas do 
organismo a partir dos alimentos 
ingeridos. 
Todos os componentes apresentam 
certas características estruturais em 
comum. Trata-se de um tubo oco 
composto por lúmen circundado por 
uma parede formada por 4 camadas 
distintas: mucosa, submucosa, 
muscular e serosa. 
 
CAVIDADE ORAL 
Revestida por um epitélio pavimentoso 
estratificado, queratinizado ou não. 
Língua 
Massa se músculo estriado esquelético 
revestida por uma camada mucosa cuja 
estrutura varia de acordo com a região. 
 
FARINGE 
Região de transição entre a cavidade 
oral e os sistemas digestório e 
respiratório. Revestida por epitélio 
pavimentoso estratificado não 
queratinizado na região contínua ao 
esôfago e por epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado 
contendo células caliciformes nas 
regiões próximas a cavidade nasal. 
 
DENTES E ESTRUTURAS ASSOCIADAS 
Em humanos adultos existem 32 dentes 
permanentes. Cada dente tem uma 
porção que se projeta acima da gengiva 
(a coroa) e uma ou mais raízes abaixo 
da gengiva. 
Dentina 
Composta principalmente por fibrilas 
de colágeno tipo I, glicosaminoglicanos, 
fosfoproteinas e sais de cálcio. 
 
Esmalte 
O esmalte é o componente mais duro do 
corpo humano, consistindo em cerca de 
96% de mineral, cerca de 1% de matéria 
orgânica e 3% de água. 
O esmalte consiste em colunas alongadas – 
prismas do esmalte – que estão unidas 
entre si pelo esmalte interprismático. 
Tanto os prismas quanto o esmalte 
interprismático são formados por cristais 
de hidroxiapatita; eles diferem apenas na 
orientação dos cristais. Cada prisma se 
estende por toda a espessura da camada 
de esmalte e tem um trajeto sinuoso; o 
arranjo dos prismas em grupos é muito 
importante para as propriedades 
mecânicas do esmalte. 
Polpa dental 
A polpa dental consiste em tecido 
conjuntivo frouxo. Seus principais 
componentes são odontoblastos, 
fibroblastos e uma matriz que contém 
fibrilas finas de colágeno e diversos 
glicosaminoglicanos. 
A polpa é um tecido altamente 
vascularizado e inervado. Vasos sanguíneos 
e fibras nervosas mielinizadas penetram o 
dente pelo forame apical e ramificam-se. 
Algumas fibras nervosas perdem suas 
bainhas de mielina e estendem-se por uma 
curta distância no interior de túbulos 
dentinários. As fibras pulpares são 
sensíveis à dor, única modalidade sensorial 
reconhecida pelo dente. 
Periodonto 
O periodonto compreende as estruturas 
responsáveis por manter o dente nos ossos 
maxilar e mandibular. Ele consiste em 
cemento, ligamento periodontal, osso 
alveolar e gengiva. 
 
ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular cuja função 
é transportar o alimento da boca para o 
estômago. De modo geral, o esôfago 
contém as mesmas camadas que o resto 
do sistema digestório. A mucosa esofágica 
é revestida por um epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. Na lâmina 
própria da região próxima do estômago 
existem grupos de glândulas, as glândulas 
esofágicas da cárdia, que secretam muco. 
Na submucosa também existem grupos de 
glândulas secretoras de muco, as glândulas 
esofágicas, cuja secreção facilita o 
transporte de alimento e protege a 
mucosa. 
ESTÔMAGO 
O estômago é responsável pela digestão 
parcial dos alimentos e pela secreção de 
enzimas e hormônios (funções exócrinas e 
endócrinas). No estômago são identificadas 
quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e 
piloro (ou antro). 
MUCOSA 
A mucosa gástrica é formada por epitélio 
glandular, cuja unidade secretora é tubular 
e ramificada e desemboca na superfície, 
em uma área denominada fosseta gástrica. 
Em cada região do estômago, as glândulas 
apresentam morfologia característica. 
Todo o epitélio gástrico está em contato 
com o tecido conjuntivo frouxo (lâmina 
própria), que contém células musculares 
lisas e células linfoides. Separando a 
mucosa da submucosa adjacente, existe 
uma camada de músculo liso, a muscular 
da mucosa. 
 
 
 
PILORO 
O piloro (do grego, porteiro) contém 
fossetas gástricas profundas, nas quais as 
glândulas pilóricas tubulosas simples ou 
ramificadas se abrem. Comparada à região 
da cárdia, a região pilórica apresenta 
fossetas mais longas e glândulas mais 
curtas. Essas glândulas secretam muco, 
assim como quantidades apreciáveis da 
enzima lisozima. A região pilórica contém 
muitas células G, intercaladas com células 
mucosas. Estímulo parassimpático, 
presença de aminoácidos e aminas no 
lúmen, bem como distensão da parede do 
estômago, estimulam diretamente a 
atividade das células G, que liberam 
gastrina, a qual, por sua vez, ativa a 
produção de ácido pelas células parietais. 
 
INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado é o sítio terminal de 
digestão dos alimentos, absorção de 
nutrientes e secreção endócrina. 
Camada mucosa 
A parede do intestino delgado apresenta 
várias estruturas que ampliam sua 
superfície, aumentando assim a área 
disponível para absorção de nutrientes. 
Quando observado a olho nu, o 
revestimento do intestino delgado 
apresenta uma série de pregas 
permanentes, plicae circularis, em forma 
semilunar, circular ou espiral, que 
consistem em dobras da mucosa e da 
submucosa. 
 
 
CÉLULAS ENDÓCRINAS DO INTESTINO 
Além das células já discutidas, o intestino 
contém células amplamente distribuídas 
com características do sistema 
neuroendócrino difuso. 
VASOS E NERVOS 
Os vasos sanguíneos que nutrem o 
intestino e removem os produtos da 
digestão penetram a camada muscular e 
formam um grande plexo na submucosa. 
Da submucosa, ramos se estendem 
atravessando a muscular da mucosa, a 
lâmina própria e penetram as vilosidades. 
Cada vilosidade recebe, de acordo com seu 
tamanho, um ou mais ramos que formam 
uma rede capilar na lâmina própria logo 
abaixo do epitélio. Na extremidade das 
vilosidades, uma ou mais vênulas surgem 
dos capilares e percorrem a direção 
oposta, alcançando as veias do plexo 
submucoso. 
 
 
 
INTESTINO GROSSO 
O intestino grosso é constituído por: ceco, 
cólon ascendente, cólon transverso, cólon 
descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. 
A camada mucosa não tem pregas, exceto 
em sua porção distal (reto), nem 
vilosidades. As criptas intestinais são 
longas e caracterizadas por abundância de 
células caliciformes e um pequeno número 
de células enteroendócrinas. 
 
 
APÊNDICE 
O apêndice é um divertículo do ceco; é 
caracterizado por um lúmen relativamente 
irregular, pequeno e estreito devido a 
abundantes nódulos linfoides em sua 
parede. Embora sua estrutura geral seja 
similar à do intestino grosso, ele contém 
menos glândulas intestinais, sendo estas 
menores. Além disso, não contém tênias 
do cólon. 
RENOVAÇÃO CELULAR NO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
 As células epiteliais de todo o sistema 
digestório são constantemente 
descamadas e repostas por novas células 
formadas por meio da divisão de células-
tronco, as quais estão localizadas na 
camada basal do epitélio esofágico, no 
istmo e no colo das glândulas gástricas, na 
porção inferior das criptas do intestino 
delgado e no intestino grosso. 
Glândulas Endócrinas 
HORMÔNIOS 
Hormônios são moléculas que agem como 
sinalizadores químicos. São liberados por 
células especializadas chamadas 
endócrinas, porque secretam “para 
dentro”, ao contrário das células de 
glândulas exócrinas, cuja secreção é levada 
por meio de ductos excretores a uma 
cavidade ou à superfície do corpo. Células 
endócrinas comumente se unem formando 
glândulas endócrinas, nas quais se 
organizam geralmente sob forma de 
cordões celulares. 
HIPÓFISE 
A hipófise ou pituitária é um pequeno 
órgão que pesa cerca de0,5 g no adulto e 
cujas dimensões são cerca de 10 × 13 × 6 
mm. Localiza-se em uma cavidade do osso 
esfenoide – a sella turcica –, que é um 
importante ponto de referência 
radiológico. A hipófise se liga ao 
hipotálamo, situado na base do cérebro, 
por um pedículo que é a ligação entre a 
hipófise e o sistema nervoso central. Ela 
tem origem embriológica dupla: nervosa e 
ectodérmica. 
A glândula é revestida por uma cápsula de 
tecido conjuntivo, contínua com a rede de 
fibras reticulares que suporta as células do 
órgão. 
SITEMA HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO 
Em virtude de sua origem embriológica e 
de seu sistema portahipofisário, a hipófise 
mantém com o hipotálamo importantes 
relações anatômicas e funcionais. Por essa 
razão esse conjunto de estruturas é 
denominado sistema hipotálamo-
hipofisário. Há no sistema hipotálamo-
hipofisário pelo menos três locais em que 
são produzidos diferentes grupos de 
hormônios: Peptídios produzidos por 
agregados de neurônios secretores 
situados no hipotálamo, nos núcleos 
supraópticos e paraventriculares. Os 
hormônios produzidos nos corpos celulares 
desses neurônios são transportados ao 
longo dos seus axônios e acumulados nas 
terminações destes axônios, situadas na 
pars nervosa da neuro-hipófise. Quando 
estimulados, esses neurônios liberam a 
secreção, que se difunde pelo meio 
extracelular e entra em capilares 
sanguíneos da neuro-hipófise. Esses 
capilares originam vênulas e veias que 
acabam distribuindo os hormônios pelo 
corpo Peptídios produzidos por neurônios 
secretores dos núcleos dorsomediano, 
dorsoventral e infundibular do hipotálamo. 
Esses hormônios são levados ao longo dos 
axônios até suas terminações na eminência 
mediana, onde são armazenados. Quando 
liberados, os hormônios entram nos 
capilares que formam o plexo capilar 
primário na eminência mediana e são 
transportados para a pars distalis por vasos 
que comunicam o plexo capilar primário 
com o plexo secundário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÕES DOS HORMÔNIOS NA NEURO-
HIPÓFISE 
A vasopressina, ou hormônio antidiurético, 
é secretada quando a pressão osmótica do 
sangue aumenta. O estímulo de 
osmorreceptores situados no hipotálamo 
anterior promove a secreção em neurônios 
do núcleo supraóptico. Seu efeito principal 
é aumentar a permeabilidade dos túbulos 
coletores do rim à água. Como 
consequência, mais água sai do lúmen 
desses túbulos em direção ao tecido 
conjuntivo que os envolve, onde é coletada 
por vasos sanguíneos. Assim, a 
vasopressina ajuda a regular o equilíbrio 
osmótico do ambiente interno. 
 
ADRENAIS 
As adrenais são duas glândulas achatadas 
com forma de meialua, cada uma situada 
sobre o polo superior de cada rim. Em 
humanos podem também ser chamadas 
suprarrenais, porque se situam sobre os 
rins. O tamanho das adrenais varia com a 
idade e as condições fisiológicas do 
indivíduo, e as duas glândulas de um adulto 
pesam cerca de 10 g. Cortando-se o órgão 
a fresco, nota-se que ele é encapsulado e 
dividido nitidamente em duas camadas 
concêntricas: uma periférica espessa, de 
cor amarelada, denominada camada 
cortical ou córtex adrenal, e outra central 
menos volumosa, acinzentada, a camada 
medular ou medula adrenal. 
 
 
 
 
 
 
 
CÓRTEX ADRENAL 
As células do córtex adrenal têm a 
ultraestrutura típica de células secretoras 
de esteroides em que a organela 
predominante é o retículo endoplasmático 
liso. As células do córtex não armazenam 
os seus produtos de secreção em grânulos, 
pois a maior parte de seus hormônios 
esteroides é sintetizada após estímulo e 
secretada logo em seguida. Os esteroides, 
sendo moléculas de baixo peso molecular e 
solúveis em lipídios, podem difundir-se 
pela membrana celular e não são 
excretados por exocitose. 
 
 
 
 
 
HORMÔNIOS DO CÓRTEX E SUAS AÇÕES 
Os hormônios secretados pelo córtex, em 
sua maioria, são esteroides, hormônios 
lipídicos formados pelas células a partir do 
colesterol. A síntese de colesterol é feita 
principalmente a partir de acetilcoenzima A 
e ocorre no retículo endoplasmático liso 
em vários locais do corpo, especialmente 
no fígado. 
 
CONTROLE DE SECREÇÃO DOS 
HORMÔNIOS DO CÓRTEX 
O controle inicial da secreção pelo córtex 
adrenal ocorre pela liberação de hormônio 
liberador de corticotropina (CRH) na 
eminência mediana da hipófise. Esse é 
transportado para a pars distalis da 
hipófise, onde estimula as células 
corticotróficas a secretarem hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), também 
chamado de corticotropina, que estimula a 
síntese e a secreção de hormônios no 
córtex adrenal. 
MEDULA ADRENAL 
A medula adrenal é composta de células 
poliédricas organizadas em cordões ou 
aglomerados arredondados, sustentados 
por uma rede de fibras reticulares. Além 
das células do parênquima, há células 
ganglionares parassimpáticas. Todas essas 
células são envolvidas por uma abundante 
rede de vasos sanguíneos. 
Controle de secreção e ações dos 
hormônios da adrenal 
Ao contrário das células do córtex, que não 
armazenam esteroides, as células da 
medula armazenam os seus hormônios em 
grânulos. Epinefrina e norepinefrina 
podem ser secretadas em grandes 
quantidades em resposta a intensas 
reações emocionais (p. ex., susto, pânico). 
A secreção dessas substâncias é mediada 
pelas fibras pré-ganglionares que inervam 
as células da medula. Vasoconstrição, 
hipertensão, alterações da frequência 
cardíaca e efeitos metabólicos, como 
elevação da taxa de glicose no sangue, 
resultam da secreção de catecolaminas na 
circulação sanguínea. Esses efeitos são 
parte da reação de defesa do organismo 
frente a situações de emergência. Durante 
atividade normal da medula, pode haver 
secreção contínua de pequenas 
quantidades desses hormônios. 
 
 
 
 
ILHOTAS DE LANGERHANS 
As ilhotas de Langerhans são micro-órgãos 
endócrinos localizados no pâncreas, onde 
são vistos ao microscópio como grupos 
arredondados de células de coloração 
menos intensa, incrustados no tecido 
pancreático exócrino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIREOIDE 
A tireoide é uma glândula endócrina que se 
desenvolve a partir do endoderma da 
porção cefálica do tubo digestivo. Sua 
função é sintetizar os hormônios tiroxina 
(T4) e tri-iodotironina (T3), que regulam a 
taxa de metabolismo do corpo. Situada na 
região cervical anterior à laringe, a 
glândula tireoide é constituída de dois 
lóbulos unidos por um istmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese e armazenamento de hormônios 
nas células foliculares 
A tireoide é a única glândula endócrina que 
acumula o seu produto de secreção em 
grande quantidade. O armazenamento é 
feito no coloide, e calcula-se que na 
espécie humana haja quantidade suficiente 
de hormônio dentro dos folículos para 
suprir o organismo por cerca de 3 meses. 
Liberação de T3 e T4 e suas ações no 
organismo 
As células foliculares da tireoide captam 
coloide por endocitose. O coloide é então 
digerido por enzimas lisossômicas, e as 
ligações entre as porções iodinadas e o 
restante da molécula de tireoglobulina são 
quebradas por proteases. Dessa maneira, 
T4, T3, di-iodotirosina (DIT) e 
monoiodotirosina (MIT) são liberadas no 
citoplasma. T4 e T3 cruzam livremente a 
membrana basolateral da célula e se 
difundem até os capilares sanguíneos. T4 
(tiroxina) é mais abundante, constituindo 
cerca de 90% do hormônio circulante da 
tireoide, porém T3 é três a quatro vezes 
mais potente. 
Controle da produção de hormônios 
tireoidianos 
Os principais reguladores da estrutura e 
função da glândula tireoide são o teor de 
iodo no organismo e o hormônio 
tireotrópico (TSH ou tireotropina) 
secretado pela pars distalis da hipófise. A 
membrana celular da porção basal das 
células foliculares é rica em receptores 
para TSH. De modo geral, o TSH estimula a 
captação de iodeto circulante,produção e 
liberação de hormônios da tireoide, 
enquanto o iodo plasmático tem ação 
inibitória. 
PARATIREOIDES 
 São quatro pequenas glândulas, que 
medem 3 × 6 mm e têm peso total de cerca 
de 0,4 g. Localizam-se mais comumente 
nos polos superiores e inferiores da face 
dorsal da tireoide, geralmente na cápsula 
que reveste os lobos dessa glândula. Mais 
raramente, podem situar-se no interior da 
tireoide ou no mediastino, próximo ao 
timo. Esta última localização se deve ao 
fato de as paratireoides e o timo se 
originarem de esboços embrionários muito 
próximos entre si. Cada paratireoide é 
envolvida por uma cápsula de tecido 
conjuntivo. Dessa cápsula partem 
trabéculas para o interior da glândula, que 
são contínuas com as fibras reticulares que 
sustentam os grupos de células secretoras. 
 
 
 
 
 
 
 
Células da paratireoide 
O parênquima da paratireoide é formado 
por células epiteliais dispostas em cordões 
separados por capilares sanguíneos. Há 
dois tipos de células na paratireoide: as 
principais e as oxífilas. As células principais 
predominam amplamente sobre as outras, 
têm forma poligonal, núcleo vesicular e 
citoplasma fracamente acidófilo; essas 
células são secretoras do hormônio das 
paratireoides, o paratormônio. Na espécie 
humana, as células oxífilas aparecem por 
volta dos 7 anos de idade e a partir daí 
aumentam progressivamente de número. 
São poligonais, maiores e mais claras que 
as células principais. A função dessas 
células é desconhecida. 
Ações do paratormônio e sua interação 
com a calcitonina 
O hormônio da paratireoide ou 
paratormônio é uma proteína com massa 
molecular de 8.500 Da. O paratormônio se 
liga a receptores em osteoblastos. Essa 
ligação é um sinal para essas células 
produzirem um fator estimulante de 
osteoclastos que aumenta o número e a 
atividade dessas células, promovendo 
assim a reabsorção de matriz óssea 
calcificada e a liberação de Ca 2+ no 
sangue. 
 
 
GLÂNDULA PINEAL 
Também chamada epífise, é uma pequena 
glândula que mede 5 por 8 mm e pesa 
cerca de 150 mg. Localiza-se na 
extremidade posterior do terceiro 
ventrículo, sobre o teto do diencéfalo, com 
o qual está conectada por um curto 
pedúnculo. A pineal é revestida 
externamente pela pia-máter, da qual 
partem septos de tecido conjuntivo 
(contendo vasos sanguíneos e fibras 
nervosas não mielinizadas) que penetram a 
glândula, dividindo-a em lóbulos de formas 
irregulares. Na pineal predominam dois 
tipos celulares, pinealócitos e astrócitos. 
Em cortes corados por HE, os pinealócitos 
são vistos com um citoplasma levemente 
basófilo e grandes núcleos de perfil 
irregular ou lobados contendo nucléolos 
bastante evidentes. Constituem 95% das 
células da pineal. A impregnação por sais 
de prata mostra que os pinealócitos têm 
numerosas e longas ramificações com as 
extremidades dilatadas. Essas células 
produzem melatonina, um derivado de 
serotonina, e alguns peptídios ainda mal 
definidos. 
Inervação 
Os axônios perdem seus envoltórios de 
mielina quando penetram a pineal e 
terminam entre os pinealócitos, 
estabelecendo sinapses com alguns deles. 
As terminações axonais contêm um grande 
número de pequenas vesículas que contêm 
norepinefrina. Os pinealócitos e os 
terminais nervosos simpáticos também 
contêm serotonina. 
Papel da pineal no controle de ciclos 
biológicos 
 A pineal está envolvida no controle dos 
biorritmos circadianos, isto é, que duram 
cerca de 24 horas, relacionados com o ciclo 
de sono e vigília. Além disso, está envolvida 
também com eventos relacionados com a 
estação do ano. A pineal responde a 
estímulos luminosos que são recebidos 
pela retina, transmitidos ao córtex cerebral 
e retransmitidos à pineal por nervos do 
sistema simpático. A escuridão provoca 
secreção de melatonina e de vários 
peptídios, cuja quantidade na circulação, 
portanto, varia muito durante um ciclo 
diário de 24 horas. Essas moléculas, por 
sua vez, promovem mudanças rítmicas nas 
atividades secretoras de vários órgãos. A 
pineal é importante também no controle 
do desencadeamento da puberdade.

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