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Ana Luiza Bittencourt FILOSOFIA E ÉTICA Hegel - “a filosofia é a ave de Minerva que alça seu voo logo ao cair da tarde” > a filosofia vem sempre depois da história; depois das mudanças; - “o indivíduo é filho de sua época” > necessidade da análise de um contexto histórico; - “é necessário viver o agora. O futuro está entregue à contingência” > o futuro é incerto - Hegel foi um filósofo idealista alemão (1770 – 1831); - Principal obra: Fenomenologia do Espírito *Espírito = consciência Sistema (todas as partes estão relacionadas) - Toda filosofia é sistemática = a filosofia é um método de conhecimento e todo método possui sistemas. Ex.: religião, moral, o Direito > todos influenciam a sociedade - Todo sistema humano pode ser enquadrado em algum sistema; - “O saber só é efetivo e só pode ser exposto como ciência ou como sistema” Dialética Hegeliana - Para toda tese existe uma antítese = sempre houve e sempre haverá contradições na sociedade: TESE + ANTÍTESE = SÍNTESE - Essa dialética (contradição) é o que move o mundo (estrutura a realidade). Ideia de constante mudança. - Filósofo que trabalhou muito a questão da importância da dialética na construção da história > todas as grandes mudanças/transformações na humanidade vem do oposto de ideias (de contradições) > se todos pensassem da mesma forma a sociedade não mudaria, além de que todas as nossas ideias estão em constante mudança > a dialética move o mundo - *Toda decisão de um juiz é uma síntese Crítica de Hegel a Kant - Kant é muito voltado para o dever ser, e não para o Ser > para Hegel, Kant se afastou da busca da realidade. - Outra crítica diz respeito a sua divisão em razão teórica e razão prática (dicotomia). Fenomenologia do Espírito - É necessária a consciência do mundo para transformar o próprio mundo = é preciso entender como funciona a sociedade; que existe o outro para assim mudar o mundo Espírito: consciência - Espírito em si: primeira percepção que se tem ao nascer. Todas as pessoas alcançam. - Espírito em outros: segundo estágio. A percepção do outro (sociedade). - Espírito em absoluto: último estágio. Consciência em si para si (como uma consciência coletiva). Quando você usa sua razão para viver em sociedade em estado de harmonia > nem todos alcançam esse último estágio Filosofia Política de Hegel - O indivíduo social = o ser humano precisa viver em sociedade > é um ser gregário - O Estado é a forma absoluta da consciência humana. - O Estado é a síntese de todas as contradições da sociedade = o estado tem que abarcar todas as contradições = se todos podem manifestar seu pensamento, o estado precisa resumir isso e adotar um posicionamento que vise promover a harmonia em sociedade, por mais que não agrade a todos - Princípio que o estado brasileiro deve seguir = supremacia do interesse público = o interesse público prevalece sobre o particular A dialética do Senhor e do escravo - É uma imagem da relação com o outro. Na história sempre ocorreu essa dialética (dominador e dominado). - O senhor depende que o escravo o reconheça como tal (objeto). Porém com o tempo os papéis se invertem, pois o senhor se torna dependente do escravo; - O escravo ao trabalhar encontra a si mesmo e supera sua condição de consciência submetida > o escravo se torna um ser para si; - Aquele que se julga o dominador e que pensa que o dominado depende dele, na verdade é o dominado. Quem domina depende daquele que é dominado. Direito - Direito não é conjunto de normas – não se pode adotar uma visão meramente formal; deve-se adotar uma leitura histórica = o direito exprime valores da sociedade - Não existe direito separado da moralidade; - Crítica ao contratualismo - O direito vem de uma convivência em sociedade. Vem da eticidade (moralidade objetiva) – através da análise de normas morais de um povo. - Nosso comportamento enquanto parte da sociedade influencia na formação das leis dessa mesma sociedade. - A constituição é o “ethos” de um povo; é orgânica; viva, pois precisa se adequar às demandas da sociedade. - Direito de emergência: direito à vida; - Pode-se usar de todos os meios possíveis para garantir esse direito, inclusive criar exceções à Lei; - Hegel era um crítico à pena de morte
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