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Fichamento La aristocracia medieval - Joseph Morsel

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Julia Duques dos Santos – 136.423 – Noturno 
 Fichamento I de História Medieval 
MORSEL, Joseph. La aristocracia medieval. Valência: Universitat de Valência, 2008. 
P. 205-265. 
 Joseph Morsel é um historiador francês graduado pela École Normale 
Supérieure de Saint-Cloud. Atualmente leciona na Universidade Sorbonne abordando 
seus principais recortes como estudos alemães e germânicos e história social e 
política da Idade Média. 
• A sociedade medieval é agrária. A terra é o bem mais precioso, ocupa o 
primeiro lugar na produção de riquezas e na vida coletiva, para entender o 
contexto social medieval, é necessário estudar a fundo a relação entre os 
dominantes e os que exploram a terra. (p. 205) 
• Houve uma reorganização no sistema de produção europeu durante o século 
X. O surgimento de igrejas e castelos fora dos antigos centros dominiais 
marcou essa passagem. (p. 205) 
• O ato de cultivar terra era visto como algo além de uma produção, era visto 
como uma atividade cosmogônica. Para analisar esse período, é necessário 
considerar aspectos materiais e ideológicos. (p.206) 
• O controle dos espaços medievais, acontecia por meio de diferentes práticas e 
discursos que se diferenciavam de contexto para contexto. (p. 206) 
• O modelo de possessão de terra é chamado de modelo germânico, segundo 
antropólogos. Determinadas pelo ato de doação, a possessão de terras, cria 
uma lealdade entre as partes, a fim de manter alguns direitos dos antigos 
proprietários, essa ação é conhecida como economia de oblação. (p. 207) 
• Inicialmente na sociedade feudal, a divisão relevante é entre céu e terra e 
posteriormente entre espaços cultivados e não cultivados. A organização 
agrária significa a organização do espaço e de todo o sistema feudal, além da 
organização de acesso as terras a partir de práticas próprias para cada espaço. 
(p. 208) 
• Mesmo que aparentemente os bens possam ser vendidos, sua doação nunca 
é absoluta. Os dotes eram concebidos como a constituição de um laço social. 
• Os aspectos centrais de posse de terras no período medieval são: 
1. A duração da posse 
2. Conservação da terra 
3. A terra não poderia ser pública e privada 
• Podemos concluir que para ter a terra, era necessário guardar a terra. No 
período medieval, a possessão da terra se efetua através dos dependentes: a 
terra pertence ao senhor (leigo ou eclesiástico) porque é explorada para ele ou 
em seu nome. (p.208) 
• A dominação do Ocidente medieval era baseada nas relações sociais, apesar 
de que ainda houvesse o uso da força bruta esta não era usada regularmente, 
pois, quando um senhor ataca outro senhor ele coloca em xeque a sua própria 
dinâmica de relação de dominação sobre o outro. (p. 209) 
• Em terras para a Igreja não havia a sucessão de posses de terras e nem 
divisões. Nos restantes das terras leigas, cada geração era responsável pela 
guarda de suas terras. (p. 211) 
• Isso resultou na fragmentação de terras de famílias laicas, espalhadas pela 
Europa. Tal processo foi visto como uma forma de combater a disparidade 
entre dependentes e senhores. Além de assegurar a mobilidade de bens, 
pessoas e alianças de poder. (p. 211) 
• O poder senhorial era dividido e ao invés de dispor de um senhor que 
comandasse seus dependentes, o que se tinham eram vários senhores, cada 
um responsável por uma pequena parte de terra. (p. 213) 
• Mediante essa situação, surgem punições como endividamento, emigrações 
forçadas, vendas de terras ou alugar temporariamente suas terras. (p. 215) 
• Pode-se observar que coerção por meio da força não foi muito utilizada. 
Entretanto podemos ver o desaparecimento da coplantação. (p.216) 
• Contudo a conquista e cristianização das terras muçulmanas da Espanha e 
Sicília foram construídas uma relação senhorial embasada na força. (p.216) 
• Em grande parte da Europa, a principal consequência foi a “señorialización” no 
século XVIII. (p. 216) 
• Dependentes campesinos eram raros, mas por meio de arrendamento ou 
parcerias, haviam tentativas de restabelece-los. Entretanto, o arrendamento 
não se firmava por meio de documentos, ou seja, o senhor ainda seria dado 
como proprietário absoluto daquela terra. (p.216) 
• Não parece haver uma relação entre a concessão de terras e a exigência de 
um juramento por fidelidade. (p. 219) 
• Eram necessárias ações para determinar poder senhorial local. Uma solução 
comum foi a construção de torre ou casa fortificada. A prática se tornou tão 
comum que era possível encontrar várias construções em um mesmo 
povoado. (p. 221) 
• Essas construções eram, ao mesmo tempo, lugares de residência e de 
produção. (p. 221) 
• O crescimento dos espaços cultivados junto ao crescimento demográfico e um 
sistema de produção extensiva resultou na redução das massas florestais, 
resultando em reservas privadas para os senhores. (p. 222) 
• Houve descrédito do trabalho manual no Ocidente medieval, baseada na ideia 
do pecado original. Isso serviu para estabelecer uma diferença e distância 
entre o senhor e o processo de trabalho. (p. 225) 
• Na segunda metade do século X, o Ocidente possui regiões de grande 
importância, zonas de influência que geraram profundas transformações 
sociais e econômicas, como o surgimento de aldeias e povoados, linha 
cronológica que nasceu na Idade Média e não foi alterada até a Revolução 
Industrial. (p. 226) 
• Com a organização da produção trabalhista, a comunidade passou a organizar 
e ordenar o espaço útil. (p. 230) 
• Os habitantes faziam parte de um sistema comunitário, com a apropriação de 
terrenos particulares eram submetidos a cooperação social para seus recursos 
ou local para mercado fosse utilizado por todos. (p. 231) 
• A intervenção senhorial no processo produtivo foi se tornando cada vez mais 
indireta e a presença dos senhores nos campos menos visível. (p. 232) 
• As terras passaram a serem divididas em lotes, concebidos para 
arrendamentos temporários, exceto por uma pequena parte que continuava 
como posse do senhor. (p. 232) 
• A redução das reservas está ligada diretamente as relações de produção. (p. 
234) 
• No arrendamento era disponibilizado pelo senhor, o terreno, uma parte das 
sementes e os campesinos pagam um tributo, em dinheiro ou em plantações 
em meio de seus trabalhos. Já a parceira, o senhor disponibilizavam a terra, 
metade das sementes e meios de trabalho, contribuindo com a metade da 
colheita e manutenções. (p.236) 
• Morsel faz uma comparação entre senhores e burgueses, abordando que os 
burgueses provedores de terras, alugam para campesinatos e se apropriam da 
produção deles, segundo autor, isto seria igual a qualquer sistema senhorial. 
(p. 237) 
• Com o início da produção e crescimento de aldeias e povoados, há uma 
necessidade que o campesinato produza ainda mais para garantir seu 
consumo próprio. (p. 240) 
• O aumento da dependência desenvolvida a partir do século XII e no século XIII 
é muitas vezes classificado como sendo dependências pessoais, uma forma 
de servidão. (p. 241) 
• Novamente, Morsel analisa a relação entre o sistema senhorial e a burguesia, 
o exemplo citado pelo autor é do controle pelas ordenações administrativas ou 
administradores diretos ao recorrer a uma força assalariada, onde Morsel 
aponta como uma relação de domínio do trabalho e domínio social. (p.242) 
• O surgimento de divisões de trabalho era especializado por regiões. Haviam 
regiões altamente especializadas em produtos específicos e outras regiões, 
normalmente mais urbanizadas, com uma produção muito mais intensa e 
diversificada. (p. 243) 
• Resultando na comercialização diferenciada entre regiões urbanizadas e pouco 
urbanizadas. (p. 243) 
• A renda senhorial constitui um instrumento de reprodução do poder senhorial 
que produz um enriquecimento a cada senhor. (p. 252) 
• Logo, a renda senhorial dependia de um volume material, que manteria o 
sistema. (p.254) 
• Um dos principais problemas está ligado à constante elevação do nível de 
renda, as regiões que não tinham a redução da influência senhorial e das taxas 
de tributação. (p .255) 
• O que marca a mutação feudal, é o aumento da punição, considerado uma 
degradação do campesinato. (p. 255) 
• A longo prazo a multiplicação do número de fontes de renda e a diversificação 
dos aparelhos de renda passa pelo período carolíngio. (p. 257) 
• O termo “vilão” sofreu mudanças ao longo dos séculos XI e XII. (p. 259) 
• Inicialmente usado como sinônimo para aldeão, a literatura medieval da época 
cria a separação entre senhor e o vilão, mudando o sentido da palavra como 
alguém que estava condenado a ser explorado pelo seu senhor. (p. 260) 
• A dominação senhorial possuía uma estrutura produtiva que controlava as 
comunidades por meio social. Ainda que houvesse peculiaridades de sua 
composição, era possível observar características das influências senhoriais, 
em uma relação que passa de senhor para burguês. (p. 262)

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