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Infecções das Vias Aéreas Superiores

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Essa aula é direcionada às doenças nos 
adultos. 
 
Conceitos: 
• Vias aéreas superiores: cavidade nasal, 
seios da face, nasofaringe, orofaringe, 
laringofaringe e laringe; 
• Resfriado: é uma doença muito comum, 
que afeta principalmente o nariz e faz 
sintomas leves, não tem uma alta 
morbimortalidade e é autolimitado. 
• Gripe: é uma doença sistêmica, que 
pode se tornar grave e matar. A 
infecção pode ser pelo Influenza. 
• Rinite: é uma inflamação da mucosa 
nasal, que gera prurido, obstrução, 
espirro e rinorréia. Pode ter várias 
causas: alérgica, viral, tóxica ou 
inflamatória. 
 
Resfriado comum: 
• Doença benigna e autolimitada; 
• Síndrome clínica; 
• Vários tipos de vírus; 
• Doença aguda mais comum do mundo; 
• Adultos – 2-3x/ano; 
• Crianças – 5-7x/ano; 
• Fardo econômico (as pessoas deixam de 
trabalhar e tem que usar remédios – o 
que gera grande custo); 
• Etiologia – mais de 200 vírus; 
o Rinovírus (cerca de 100 
subtipos): 30-50% dos casos; 
o Coronavírus: 10-15% dos casos; 
o Influenza e parainfluenza 
também podem gerar. 
o Todos os vírus causam a mesma 
clínica – não é possível 
diferenciar; 
• Não gera quadro sistêmico; 
 
 
• Transmissão: 
o Contato com as mãos da pessoa 
infectada; 
o Pequenas gotículas (espirro e 
tosse); 
o Grandes gotículas (contato 
interpessoal); 
o Superfícies contaminadas; 
o Recomendações – lavar as mãos, 
cobrir a boca e o nariz ao 
espirrar e tossir; 
o A higiene não é feita por muitas 
pessoas, então o resfriado 
termina sendo muito comum; 
 
• Fatores comuns: 
o Exposição a crianças que vão 
para creches e escolinhas; 
o Estresse psicológico (baixa a 
imunidade); 
o Sedentarismo; 
o Pouco sono; 
o Doenças crônicas; 
o Desnutrição; 
o Imunossupressão; 
o Tabagismo; 
• Manifestações clínicas: 
o Dependem da resposta 
imunológica de cada um – mais 
intenso ou menos intenso; 
o Febre é incomum em adultos e 
quando ocorre é baixa; 
o Rinite, congestão nasal, 
odinofagia, tosse, mal estar leve 
e conjuntivite; 
o Queda do estado geral (paciente 
toxemiado) não acreditamos que 
seja resfriado, é mais provável 
que seja gripe por influenza ou 
covid (sars-cov-2); 
o É um paciente com bom estado 
geral; 
o Não se encontra pus na 
orofaringe, caso encontre é uma 
faringoamigdalite (que pode ser 
uma complicação do resfriado 
comum); 
 
• Evolução típica: 
o Prurido nasal e rinorréia; 
o O resfriado comum gerado por 
vírus pode gerar secreção 
purulenta (amarela ou verde). A 
secreção amarela ou verde não é 
patognomônico de infecção 
bacteriana; 
o Espirros, mal estar e cefaleia; 
o Tosse, que pode ser produtiva 
pela secreção de vias 
respiratórias altas; 
o Se a tosse vier acompanhada de 
crépitos, há acometimento de via 
baixa – pulmões (já não é 
resfriado); 
o Incubação: 24-72 horas; 
o Duração: 3-10 dias; 
o Pode durar mais tempo se o 
paciente tiver comorbidades 
(ex.: doenças respiratórias); 
• Diagnóstico: 
o CLÍNICO; 
o História + exame físico 
(conjuntivite, edema de mucosa 
nasal, congestão nasal, 
enantema em orofaringe); 
o Não necessita de exames 
complementares (radiologias ou 
culturas). *Hoje se faz PCR. 
 
• Diagnóstico diferencial: 
o Rinite alérgica (tosse e dor de 
garganta); 
o Faringite (odinofagia mais 
intensa e costuma poupar o 
nariz); 
o Sinusite (sintomas adicionais); 
o Gripe (febre mais alta, maior 
acometimento do estado geral, 
cefaleia e mialgia). 
 
• Complicações: 
o Sinusite (viral); 
o Comprometimento do trato 
respiratório inferior (pneumonia 
viral); 
o Otite; 
o Exacerbação de asma, DPOC ou 
outras doenças de base. 
 
• Tratamento: 
o Doença autolimiada; 
o Sintomas leves – pode não ser 
necessária terapia; 
o Orientar paciente (retorno se 
não houver melhora no tempo 
esperado ou se piorar); 
o Se necessário – tratamento 
sintomático apenas; 
 
• Tratamento sintomático: 
o Analgesia para dor 
(paracetamol, dipirona e AINES); 
o Associação de anti-histamínicos 
e descongestionantes (melhor 
do que cada componente 
isoladamente); 
o Cromoglicato sódico – spray 
nasal; 
o Xaropes, spray nasal, solução 
salina e expectorantes possuem 
benefício incerto; 
o Antibióticos, antivirais e 
vitaminas não possuem 
benefício; 
o Anti-inflamatórios não devem 
ser indicados para idosos, 
pessoas com insuficiência renal 
e hepática, pois pode exacerbar 
doença de base; 
o Anti-histamínico melhora o 
sintoma de inflamação; 
o Lavar com solução salina sempre 
é bom. 
 
*Corticoide spray – melhora sintoma, mas na 
rinite viral não deve ser usado só na alérgica. 
Na viral é melhor anti-histamínico. 
 
Sinusite/rinossinusite: 
 
• Inflamação na cavidade nasal e seios 
paranasais; 
• Doença comum (por ano: 1 em cada 7 
adultos); 
• Causa mais comum: vírus! Por isso 
dizemos que SINUSITE É UMA DOENÇA 
VIRAL; 
• Geralmente em associação com 
resfriado comum ou evolução do 
mesmo; 
• Principal desafio: diferenciar de 
infecção bacteriana; 
• 0,5% das sinusites agudas (não 
crônicas ou recorrentes) são 
bacterianas; 
• Existe infecção bacteriana, mas não é 
tão comum; 
• Tipos: viral, bacteriana não complicada 
e bacteriana complicada; 
• Aguda: < 4 semanas; 
• Subaguda: 4-12 semanas; 
• Crônica: >12 semanas; 
• Recorrente: 4 ou mais episódios de 
aguda/ano; 
• Subaguda, crônica e recorrente tem que 
fazer outros exames e não suspeita só 
de viral; 
 
• Fatores de risco: 
o Idosos (faixa etária mais 
acometida- 45 a 64 anos); 
o Tabagismo; 
o Viagem aéreas (muda a pressão 
dos seios da face); 
o Exposição a mudança de pressão 
atmosférica; 
o Natação; 
o Asma e alergias respiratórias; 
o Doenças odontológicas; 
o Imunodeficiência; 
 
• Fisiopatologia: 
o Grande maioria é viral (rinovírus, 
influenza e parainfluenza); 
o Rinite viral acomete de forma 
secundária os seios da face; 
o Sinusite é uma complicação da 
rinite viral. Causa inflamação, 
edema, obstrução e acaba 
acometendo de forma 
secundária os seios da face; 
o Sinusite bacteriana 
(complicação de um quadro viral, 
rinite alérgica ou obstruções 
nasais e a bactéria infecta uma 
cavidade previamente 
inflamada); 
 
 
 
Azitromicina (macrolídeo) cobre os primeiros 
patógenos dessa lista em rinossinusite 
bacteriana! 
 
• Manifestações clínicas: 
o Congestão nasal, obstrução 
nasal e secreção purulenta; 
o Dor em face, sensação de 
“pressão em face” e piora ao 
abaixar a cabeça; 
o Febre, fadiga, tosse, hiposmia ou 
anosmia, pressão em ouvidos, 
cefaleia, halitose; 
o Edema e dor em seios da face a 
palpação (exame físico 
inespecífico); 
o Diagnóstico clínico!! Não precisa 
de exame no caso do agudo; 
o Os sintomas de viral e bacteriana 
se sobrepõe. Não existem 
critérios clínicos para distinguir 
com segurança, por isso é difícil 
diferenciar a bacteriana da viral 
(no caso da aguda). Entretanto, o 
curso das duas é diferente! A 
viral é autolimitada e se durar 
mais tem melhora. A bacteriana 
dura mais que 10 dias e os 
sintomas são mais intensos; 
o VIRAL = autolimitada, resolução 
em 7-10 dias. Pode durar mais, 
com melhora. Febre é incomum e 
se ocorrer, melhora no início do 
quadro e depois melhora; 
o BACTERIANA = >10 dias e os 
sintomas podem ser mais 
intensos (ex.: febre há uma 
semana, com piora); 
 
• Complicações: 
o Apenas etiologia bacteriana 
(raras); 
o A infecção se estende além dos 
seios da face; 
o Podem alcançar o SNC, órbita e 
tecidos adjacentes; 
 
 
 
A infecção pode gerar abcesso, celulite, 
meningite – só pelas bactérias gera 
complicações. 
Celulite é uma inlamação do tecido celular 
subcutâneo adjacente ao seio da face. 
 
• Diagnóstico: 
o Não existe indicação de exames 
de imagem em sinusite aguda 
não complicada clinicamente 
diagnosticada (apenas se faz em 
suspeita de complicações); 
o Os exames para uma sinusite 
aguda não complicada já 
diagnosticada não muda a 
conduta;o Geralmente os achados são 
inespecíficos, como nível hidro-
aéreo, edema de mucosa e 
bolhas nos seios da face. Esses 
podem ocorrer em pacientes 
assintomáticos ou em 
resfriados; 
o TC é melhor do que radiografia, 
já que a última possui baixa 
sensibilidade e especificidade; 
o Pode pedir se há suspeita de 
abcesso ou celulite, por exemplo, 
ou se há recorrência ou 
cronicidade; 
 
 
 
Nível hidro-aéreo: tem liquido e ar em uma 
cavidade que só deveria ter ar. 
 
• Diagnóstico e avaliação inicial: 
o Rinossinusite aguda (RSA) não 
complicada – CLÍNICO! Nesse 
caso os critérios são - <4 
semanas de secreção purulenta 
+ obstrução nasal, dor/pressão 
na face ou ambos + outros 
sintomas, como anosmia, 
pressão nos ouvidos, tosse e 
cefaleia; 
o RSA não complicada viral é <10 
dias e os sintomas não estão 
piorando (ou já apresenta 
melhora); 
o RSA não complicada bacteriana 
é > 10 dias ou sintomas mais 
intensos, evolução com piora 
(“dupla piora”); 
 
Dupla piora – piora no começo e melhora e 
depois piora de novo → muito comum em 
infecções bacterianas. 
 
o RSA bacteriana complicada pode 
haver cefaleias persistentes, dor 
periorbital, alteração da visão, 
alterações oculares, paralisia de 
nervos cranisnos, alteração do 
estado mental, meningismo e 
sinais de HIC. Nesse caso tem 
que fazer exames 
complementares de imagem e 
microbiologia (cultura); 
 
 
 
 
Algoritmo para fazer avaliação do paciente. 
Pode fazer antibiótico nesses casos quando 
chega a conclusão que é bacteriana. A 
bacteriana não complicada pode ser 
autolimitada, mas na maior parte das vezes é 
melhor USAR ANTBIOTICO para não deixar 
piorar a situação. 
 
• Tratamento: 
o RSA viral (autolimitada e 
tratamento sintomático); 
o RSA bacteriana (pode ser 
autolimitada, mas na prática 
recomenda-se ATB para todos); 
 
Descongestionantes nasais podem fazer efeito 
rebote – melhora depois piora muito. 
 
• Tratamento da RSA viral: 
o Analgésicos/antipiréticos 
(paracetamol, dipirona, AINES); 
o Irrigação nasal com solução 
salina (pode reduzir necessidade 
de drogas); 
o Corticóides nasais (curto prazo, 
melhora sintomática); 
o Descongestionantes nasais, anti-
histamínicos, mucolíticos 
(melhora subjetiva, sem 
evidências); 
 
• Tratamento de RSA bacteriana: 
o Terapia sintomática + avaliar 
ATB (a avaliação da necessidade 
de atb deve existir pois o quadro 
pode ser autolimitado e os 
pacientes imunocompetentes, 
com quadro não complicado e 
bom follow-up não precisarão 
tomar. Entretanto na VIDA REAL, 
geralmente não fazemos a 
observação, já indicamos o atb); 
o Em caso de observação 
(ausência de melhora em 7 dias 
ou qualquer piora → ATB e, caso 
haja sinais de complicação, 
INVESTIGAR); 
o Antibiótico empírico (não há 
indicação de cultura se não 
complicada); 
o Se melhorar com o atb – tratar 
por 5 a 7 dias; 
o Em caso de piora ou ausência de 
melhora - afastar suspeita de 
complicação e tratar com a 
segunda linha de atb); 
o Corticoides sistêmicos podem 
ser polêmicos. Pode oferecer 
melhora clínica, mas há efeitos 
colaterais; 
 
Tem que pensar os efeitos colaterais no 
corticoide sistêmico! 
 
 
 
Pode usar amoxicilina ou amoxicilina com 
clavulonato. 
Se o paciente tem alergia a penicilina usa 
outra terapêutica. 
 
Otite média aguda: 
• Infecção/inflamação do ouvido médio 
(fluido em ouvido médio e inflamação 
da sua mucosa); 
• Uma das causas mais frequentes de uso 
de atb (80% até os 6 anos); 
• Mais comum em crianças; 
• Complicações graves são raras, mas 
podem acontecer; 
 
É comum a criança chegar com muita dor no 
ouvido, fazer a otoscopia e já indicar o atb. 
 
 
 
Ocorre no ouvido médio – entre o tímpano e a 
parte interna. 
Ouvido interno tem comunicação com as vias 
aéreas superiores – então pode evoluir disso. 
Compromete a drenagem, por isso fica cheio 
de fluido. 
É MAIS COMUM A ETIOLOGIA BACTERIANA NA 
OTITE MÉDIA AGUDA! 
 
 
 
Tímpano normal: coloração rosa e brilhante. 
A clínica chama muita atenção. 
Otoscópio (exame do ouvido médio – vê a 
membrana timpânica). 
 
 
 
Processo inflamatório das vias aéreas → 
complicação → otite 
 
• Fisiologia e etiologia: 
o Em crianças, a tuba é mais 
facilmente obstruída; 
o Rinite alérgica, outras IVAS; 
o OMA é geralmente infecção 
bacteriana (por S. Pneumoniae, 
H. Influenzae, estreptococo, S. 
aureus, M. catarrhalis); 
o Infecção viral muitas vezes é o 
evento inicial; 
o Pode ser fúngica; 
 
As bactérias que infectam as vias aéreas 
geralmente são as mesmas. 
A infeção viral pode ser o evento inicial e 
depois gerar a infecção bacteriana no ouvido. 
 
*INFLAMAÇÃO DAS VIAS AEREAS 
SUPERIORES pode gerar sintomas em ouvido 
médio, como pressão, sem estar com otite. 
 
• Manifestações clínicas: 
o Geralmente precedido de quadro 
de outra IVA ou rinite alérgica; 
o Otalgia, diminuição da acuidade 
auditiva, dor leve, moderada ou 
intensa – geralmente unilateral; 
o Se rompimento da membrana 
timpânica, há alívio da dor e 
otorréia; 
o Febre e desequilíbrio; 
Obstrução
Retenção de 
fluido
Supuração 
da secreção 
retida
o Complicações: febre alta, dor 
retroauricular intensa e paralisia 
facial; 
 
• Diagnóstico: 
o Clínica + otoscopia (na ausência 
de otoscópio é só pela clínica); 
o Abaulamento da membrana 
timpânica; 
o Eritema e enantema em 
membrana timpânica; 
o Opacidade; 
o Nível hidro aéreo; 
o Redução de mobilidade com o 
otoscópio pneumático; 
o Bolhas (miringite bolhosa); 
o A membrana timpânica que 
rompeu pode se recuperar; 
 
 
 
Membrana não brilhante ou transparente. 
Nível hidro-aéreo e há abaulamento. 
 
 
Vermelha com acúmulo de secreção. 
Não consegue ver os ossinhos. 
 
 
 
Qualquer bactéria pode fazer essas bolhas – 
miringite bolhosa. 
 
 
 
• Tratamento: 
o Alívio sintomático (como 
analgesia para a dor); 
o Antibioticoterapia (primeira 
escolha – amoxicilina + 
clavulanato, 875/125 mg, 12/12 
h, 7-10 dias. Com ausência de 
melhora, reavaliar); 
o Falha inicial: dose aumentada de 
amoxicilina + clavulanato por 
mais de 10 dias e quinolonas 
respiratórias, cmo levofloxacino 
e moxifloxacino); 
o Se rompeu a membrana 
timpânico coloca atb tópico. 
 
 
 
Faringite Aguda 
• Uma das doenças mais comuns da 
prática clínica; 
• A maior parte é viral e autolimitada; 
• Grande sobreposição de sintomas com 
faringite bacteriana (principal é a 
estreptococos do grupo A); 
• Etiologias mais graves (HIV); 
• Complicações potencialmente graves 
(como a obstrução de vias aéreas, que é 
AGUDA, ou PANDAS, glomerulonefrite e 
febre reumática, que são TARDIAS); 
• Pode evoluir para a faringoamigdalite; 
• Pico na infância e adolescência (50% 
dos casos antes dos 18 anos); 
• Após 40 anos a incidência reduz; 
• Pode ter causa infecciosa ou não 
infecciosa, como alérgica, tabagismo e 
exposição ao ar seco; 
 
• Faringite aguda infecciosa: 
o Dor de garganta que piora ao 
deglutir; 
o Linfadenopatia das cadeias 
cervicais anteriores, 
principalmente, onde os 
linfonodos se apresentam 
aumentados, com características 
fibroelásticas, móveis (não 
fusionados) e dolorosos; 
o Febre, cefaleia e astenia; 
o Geralmente não é possível 
determinar a etiologia pela 
clínica; 
o Principais patógenos: vírus e 
estreptococos do grupo A; 
o Quando há muito pus na 
garganta é mais comum que seja 
bactéria; 
 
• Faringite aguda infecciosa viral: 
o Causa mais comum (25-45% dos 
casos); 
o Adenovírus, rinovírus e 
coronavírus; 
o Enterrovírus, influenza, 
Parainfluenza e VSR; 
o Associação com outros sinais de 
IVAS (geralmente começa com 
os sinais de IVAS): fadiga, 
obstrução nasal, tosse, coriza, 
conjuntivite, espirros, 
rouquidão, otalgia e desconforto 
em seios da face; 
o Febre baixa (exceção: Influenza, 
que pode fazer febre alta), 
adenopatia discreta e úlceras 
orais; 
o Exantemaviral; 
 
 
 
EXANTEMA VIRAL = Máculas planas, que não 
alteram a textura da pele. 
 
• Streptococcos do grupo A: 
o Causa bacteriana mais frequente 
(5-15%); 
o Início abrupto de odinofagia, 
febre, edema orofaríngeo, 
exsudato tonsilar e adenopatia 
proeminente (cervical anterior); 
o Petéquias no palato; 
o Rash escalartiniforme; 
o Não costuma ser precedido de 
quadro nasal, já começa na 
garganta; 
o Garganta mais edemaciada e 
com mais pus; 
 
 
 
Enantema da mucosa, exsudato em tonsilas. 
 
 
 
Rash Escalartiniforme = Máculo-papular, 
micro-pápulas e pele áspera. 
 
 
• Complicações supurativas do 
Streptococcos do Grupo A: 
o Abcesso/celulite de orofaringe; 
o Otite; 
o Sinusite; 
o Fascite necrotizante; 
o Meningite/abcesso cerebral; 
o Tromboflebite de jugular; 
 
• Complicações não supurativas do 
Streptococcos do Grupo A: 
o Febre reumática; 
o Artrite reativa; 
o Escarlatina; 
o Síndrome de choque tóxico; 
o Glomerulonefrite (geralmente 
não previnível por atb); 
o PANDAS (resposta imunológica 
em crianças, com alterações 
cognitivas, distúrbios de 
comportamento e sintomas de 
autismo); 
 
Faringite mesmo bacteriana costuma ser 
autolimitada, o problema são as complicações. 
 
• Faringite aguda infecciosa – outros 
agentes: 
o Outras bactérias; 
o HIV agudo, gonorreia e sífilis; 
o EBV, CMV (mononucleose e 
síndrome mono like); 
 
• Avaliação: 
o Excluir complicações; 
o Identificar agentes tratáveis; 
o Diferenciar entre vírus e 
estreptococo do grupo A 
(suporte x atb); 
o Suspeita forte de quadro viral – 
não é necessário teste para 
estreptococo e terapia de 
suporte (melhora em 5-7 dias); 
o Sintomas compatíveis com 
estreptococo e ausência de 
síndrome viral – teste 
microbiológico (teste rápido), 
overlap de sintomas clínicos. 
Geralmente não é recomendado 
tratar sem confirmação 
microbiológica; 
o Na dúvida de quem testar? 
Exsudato tonsilar, adenopatia 
cervical anterior, febre e 
ausência de tosse; 
 
 
 
 
 
 
Quando há suspeita de infecção bacteriana a 
literatura manda fazer teste rápido para 
estreptococo. Se confirmar, aí começa o atb. 
Na vida real, não tem esse teste rápido, se acha 
que é bactéria já indica o atb. 
 
• Seguimento: 
o Quadro presumido viral com 
ausência de melhora em 5-7 
dias: reavaliar e considerar 
outras causas; 
o Estreptococo deve melhorar 
após 24-72 horas de terapia, 
caso haja ausência de melhora 
deve-se considerar outras 
causas ou complicações; 
o Outras causas: mononucleose, 
HIV, agentes resistentes e 
infecções secundárias; 
 
• Tratamento – estreptococo: 
o Reduzir intensidade e duração 
dos sintomas; 
o Prevenir complicações 
supurativas; 
o Prevenir complicações não 
supurativas (como febre 
reumática); 
o Prevenir transmissão; 
 
 
 
Penicilina para tratar estreptococo do tipo A, 
que pode ser na forma de Benzetacil em dose 
única. Amoxicilina pode ser uma opção 
também. 
 
*Febre reumática – é muito mais comum em 
criança e adolescente jovens. Em adultos é 
mais artrite pós estreptocócica. Essa doença é 
uma reação imunomediada. Penicilina 
benzatina é a droga de escolha para evitar a 
febre reumática nas crianças. 
 
Referências: 
CECIL 
MEDICINA DE EMERGÊNCIA DO HC 
 
Pesquisar: febre reumática, escarlatina e 
síndrome do choque tóxico. 
Anotações da aula de ATB 
 
Betalactâmicos – contra a parede celular 
bacteriana. Maioria bactericida. 
 
Inibe a síntese proteica bacteriana, 
funcionamento dos ribossomos. 
Dois atb com vias diferentes – efeitos 
sinérgicos. 
Atb são antibacterianos. 
Aminoglicosídeos – inibe a síntese proteica 
bacteriana, bloqueio da unidade 30s. 
Contra tuberculose, primeiramente. 
Os aminoglicosídeos agem em bac gram 
negativas (de forma muito boa). Ex. 
gentamicina e amicacina. 
Dois efeitos colaterais – ototoxica e nefrotóxica 
(surdez e insuf. Renal, principalmente em 
idosos). 
Os tópicos ainda são bem usados. 
As drogas mais novas que são mais usadas são 
as cefalosporinas de 3ª geração (aperfeiçoada, 
menos toxica, melhor farmacocinética). 
 
Tetraciclinas – eram muito usados. Inibe a 
síntese proteica bacteriana. Tratamento de 
clamídia é bom (desse tipo de dst). Pega bem 
gram +. Espectro de ação: gram +. 
 
Os aminoglicosídeos e tetraciclina agem da 
mesma forma (mesmo mecanismo de ação)– 
mas um pega mais gram +e outra mais gram -
. Servem para inf diferentes. Subunidade 30s 
os dois. 
 
Inibe síntese proteica inibindo a subunidade 
50 s – inibe: oxasolidononas, 
estreptocogaminas, cloramfenicol, 
macrolídeos e lincosamida. 
Clorofenicol era muito usado no passado – 
para febre tifóide (infecta o intestino, gera 
febre). Efeitos colaterais de náuseas e alt 
neurais. 
 
Aminoglicosídeo é mais usado em UTI quando 
é oral (sistêmicos). 
 
Macrolideos – azitromicina, eritromicina e 
claritromicina. Azitromicina é bom para alguns 
patógenos de pneumonia. Ta sendo muito 
usado e por isso a azitromicina pode ficar 
selecionando as bacs resistentes. GRAM + 
 
Claritromicina + amoxicilina – usada para h 
pilory. 
 
Ceftriaxone + azitromicina = pneumonias 
hospitalares. 
 
Lincosaminas – lincomicina e clindamicina. 
Clindamicina pega gram + e pega anaeróbio. 
Muito boa para abcesso pulmonar, infecções 
de pele, é muito bem tolerado. 
 
SEMPRE ATENTO AS ALERGIAS DOS 
PACIENTES. 
 
Quando um bac sintetiza o DNA, precisa 
espiralar pela dna-girase (topoisomerase). Foi 
descoberto um atb que inibe a dna-girase que 
é as quinolonas. 
 
Quinolonas – ciprofloxacina, 
Quinolonas (1º) e Fluoroquinolonas (2º). 
Amoxicilina para tratar pneumococo é melhor 
do que Levofloxacina (pq ela é muito eficaz, 
muito forte e muito mais para coisas mais 
graves). 
 
Quinolonas respiratórias são boas para 
pneumonias mais graves. 
 
Timidina é sintetizada pela via do ac fólico pela 
bac. Bloquear a síntese das purinas nas duas 
fases – as sulfonamidas e a trumetoprim. 
 
Trimetropim gram -, principalmente e coli. 
 
Sulfadiazina – tópico para queimaduras. 
 
Sulfas servem para tratar bac, fungos e 
protozoários (pela via do ác. fólico). Sulfa é 
bem alergênico. 
 
Metronidazol – anaeróbicas. 
 
Inibe o ácido micórico a parede celular – 
isoniazida, etambutol e pirazinamida. 
Inibe a RNA pol – rifampicina. 
Tuberculose = rifampicina, isoniazida, 
etambutol e pirazinamida.

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