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DIREITO ADMINISTRATIVO II

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LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (revisão)
· LICITAÇÕES
I) FUNDAMENTO LEGAL
· Arts. 22, XXVII; 37, XXI; 173, §1º, III, CF: a administração pública é o titular.
· Nos contratos administrativos temos uma relação desequilibrada a favor do Estado. O Estado tem prerrogativa porque é coletividade.
· Lei 8.666/93
· Lei 10.520/02
· Lei 13.303/16(prevalece para as empresas estatais)
II) CONCEITO E OBJETIVOS DA LICITAÇÃO
· Art. 3º, lei 8.666/93 (objetivos)
Conceito: aquisição de bens e serviços pela administração pública.
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.  
III) PRINCÍPIOS
· Competitividade (art. 3º, §1º, I)
§ 1o  É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;    
· Isonomia (art. 3º, §2º)
§ 2o  Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
· Vinculação ao instrumento convocatório (art. 41)- um dos princípios mais importantes na licitação
Art. 41.  A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
· Procedimento formal (art. 4º)
Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
· Julgamento objetivo (art. 45)
Art. 45.  O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
IV) OBJETO
· Art. 2º: a doutrina entende que esse rol é exemplificativo.
Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
V) CONTRATAÇÃO DIRETA: EXCEÇÃO
· Licitação dispensada (art. 17)
· Dispensa de licitação ou licitação dispensável (art. 24) - cai muito em prova-Discricionariedade do gestor público. É possível de ser dispensada. MUITO IMPORTANTE (rol taxativo) – 
· I,II (dispensa pelo valor)
· III,IV (situações emergenciais)Ex: atual situação atual de pandemia
IV- OBSERVAÇÃO IMPORTANTE – PRAZO: prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; (tem jurisprudência que permite prorrogação)
· V (licitação deserta) - quando teve o processo licitatório e prazo para apresentar proposta e nenhuma empresa se interessou, assim se a administração não tiver tempo hábil para fazer outra licitação, pode contratar diretamente, no entanto tem que justificar o motivo de não poder realizar outra situação. 
Diferente de LICITAÇÃO FRACASSADA que é quando não tem proposta classificada, ou seja, teve o prazo de abertura de propostas, as empresas as enviaram só que a administração pública não conseguiu aprovar nenhuma por questões de preços ou outros motivos. NESSA MODALIDADE DE LICITAÇÃO NÃO CABE DISPENSA!!!!!
Assim, a administração poderia dar um novo prazo para as empresas apresentarem suas propostas ou realizar uma nova licitação.
· X
· XVII
· XXIII
· Inexigibilidade de licitação ou licitação inexigível (art. 25) –inviabilidade de competição– Não há discricionariedade pois não faz sentido licitar. MUITO IMPORTANTE (rol exemplificativo)
· I (fornecedor exclusivo)
· II (contratação de serviços técnicos c/c artigo 13)
· III (artista consagrado)
VI) MODALIDADES DE LICITAÇÃO
· Art. 22 c/c 23 lei 8666/93
Art. 22.  São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.GRANDE VULTO
I - para obras e serviços de engenharia: acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais)
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).
 Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. MÉDIO VULTO
I - para obras e serviços de engenharia:  até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:  até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais 
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. BAIXO VULTO
I - para obras e serviços de engenharia: até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais); 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:   até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
 Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
* Pregão: lei 10520/02
· aquisição de bens e serviços comuns (ex: materiais de papelaria para escola)
· qualquer valor
VII) PROCEDIMENTO
· Fase interna: FASE MAIS IMPORTANTE
requisição do objeto → estimativa de valor → autorização de despesa → designação da comissão de licitação(mínimo de 3 servidores) → minutas do instrumento convocatório e do contrato → outras exigências da fase interna
· Fase externa (regra geral):
edital (art. 41) → habilitação (art. 27) → julgamento e classificação (arts. 45 e 48) → homologação e adjudicação (art. 43, VI)
Art. 41.  A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
§ 1o  Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedidoaté 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.
§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes.
Art. 27.  Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal. 
Art. 45.  O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
§ 1o  Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:                  (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.                     (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 2o  No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.
§ 3o  No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes considerados qualificados a classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior.  
§ 4o  Para contratação de bens e serviços de informática, a administração observará o disposto no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo  2o e adotando obrigatoriamente o tipo de licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.                 (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5o  É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.
§ 6o  Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a quantidade demandada na licitação
Art. 48.  Serão desclassificadas:
I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação.
§ 1º  Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:      
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela administração, ou                 (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
b) valor orçado pela administração.            (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta.               (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.                       (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 43.  A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:
VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.
VIII) SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)
· Art. 15, II + Decreto 7892/2013
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
II - ser processadas através de sistema de registro de preços;
· Concorrência ou pregão
· Não é modalidade de licitação
· Ata de registro de preços
IX) ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO
· Art. 49- Lembrar do Princípio da Autotutela-a administração pública pode revogar os atos que ache inconvenientes ou inoportunos e anular atos ilegais.
· Lembrar que se a licitação estiver viciada, automaticamente o contrato administrativo também estará, pois o vício na licitação, vicia o contrato.
Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1o  A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2o  A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3o  No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4o  O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.
X) RECURSOS ADMINISTRATIVOS
· Art. 109
Art.109.Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;           (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;
II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
III- pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato.
§ 1o  A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "e", deste artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.
§ 2o  O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.
§ 3o  Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 4o  O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.
§ 5o  Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.
§ 6o  Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade de "carta convite" os prazos estabelecidos nos incisos I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis. 
· Recurso hierárquico, representação e pedido de reconsideração – cabem em algumas fases da licitação
· CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
I) CARACTERÍSTICAS
· Formalismo moderado (art. 60, parágrafo único): porque tem todo um procedimento, toda uma formalidade.
· Bilateralidade
· Personalíssimo (intuito personae)
· Desequilíbrio: por conta das cláusulas exorbitantes
· Instabilidade
II) CLÁUSULAS EXORBITANTES
Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
· Alteração unilateral (art. 58, I)
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; - art 65,I,a,d
Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.
· Rescisão unilateral (art. 58, II)
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;- art 78
· Fiscalização (arts 58, III e 67)
III - fiscalizar-lhes a execução;
Art. 67.  A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
· Aplicação de sanções (arts. 58, IV e 87)
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)
· Ocupação provisória (art. 58, V)
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
SERVIÇOS PÚBLICOS
I) EVOLUÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
· Histórico:
· França
· EUA
· Globalização jurídica
II) CONCEITO 
· Concepção ampla (Brasil)
· Elementos:
· Subjetivo
· Material
· Formal
III) FUNDAMENTO LEGAL
· Lei 8987/95 – Concessão e Permissão
· Lei 13.460/17 – Defesa do usuário do serviço
· Lei 13.726/18 – Simplificação do atendimento aos usuários
IV) PRINCÍPIOS
· Princípio da Continuidade
· necessidade absoluta:deveria ser resguardada
· necessidade relativa
· inadimplemento do usuário (art. 6º, §3º, lei 8987/95): ex.: não pagar a conta de luz. Pode cortar a luz do usuário? Pode, desde que o usuário seja previamente notificado.
· direito de greve dos servidores estatutários:
· viabilidade da exceptio non adimpleti contractus (art. 78, XIV e XV, lei 8666/93)
· Princípio da Igualdade 
· uniformidade, neutralidade
· Princípio da Mutabilidade ou Atualidade
· art. 6º, §2º, lei 8987/95
· Princípio da Generalidade ou Universalidade
· art. 6º, §1º, lei 8987/95
· Princípio da Modicidade: relacionado ao bom serviço público
· art. 11, lei 8987/95
V) CLASSIFICAÇÃO
· Quanto aos destinatários:
· Serviços públicos uti universi (gerais ou coletivos):
· Serviços públicos uti singuli (individuais ou singulares)
Obs: Formas de remuneração: 
· taxa
· tarifa
· imposto
· Quanto à titularidade federativa:
· Federais
· Estaduais
· Distritais
· Municipais
· Comuns
· Quanto à essencialidade:
· Serviços essenciais (ou de necessidade pública)
· Serviços não essenciais (ou de utilidade pública)
· Quanto à titularidade:
· Serviços públicos próprios
· Serviços públicos impróprios
VI) MODALIDADES DE EXECUÇÃO
· Direta
· Indireta
VII) APLICAÇÃO DO CDC
· Tese restritiva
· Serviços individuais remunerados por tarifas
· STJ, Resp 493.181: serviços de saúde prestados por hospitais públicos – não incidência do CDC
CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
I) INTRODUÇÃO
· Estado
· Outorga (descentralização por serviço)
· Delegação (descentralização por colaboração)
· Concessão
· Comum – lei 8.987/95
· Especial (PPP) – lei 11.079/04
· Permissão – lei 8.987/95
II) CARACTERÍSTICAS
	CONCESSÃO
	PERMISSÃO
	CARACTERÍSTICAS COMUNS
	- contrato administrativo
	- delegação de serviçospúblicos
	- mesmo regime jurídico (lei 8987/95)
	DIFERENÇAS
	- PJ ou consórcio de empresas
	- PF ou PJ
	- concorrência
	- qualquer modalidade
A administração pública também é chamada de poder concedente.
Quem vai firmar o contrato na concessão é o concessionário e na permissão, o permissionário.
III) CONCESSÃO COMUM
· Conceito: o poder público (poder concedente) delega a execução de serviços públicos a um terceiro(cocessionário).
· Fundamento legal: art. 21, XI e XII e art. 175, CF; lei 8.987/95
· Autorização legislativa: (lembrar do artigo 175) majoritariamente entende-se pela desnecessidade de lei específica para autorizar as concessões.
· Remuneração do concessionário
· tarifa- oriunda de um contrato, artigo 9º
· receitas alternativas- artigo 11
· Licitação: art. 15
· Contrato administrativo
· prazo determinado- 
· subcontratação / subconcessão (art. 25 e 26)
· Encargos do poder concedente (art. 29)
· Encargos da concessionária (art. 31)
· Interrupção por inadimplemento
· Gratuidade
· Extinção da concessão (art. 35),II c/c art.37; III c/c38, IV c/c art.39
· Reversão dos bens (art. 36)
· Responsabilidade civil (art. 37, §6º, CF)- responsabilidade objetiva
IV) CONCESSÃO ESPECIAL (PPP)
· Conceito
· Fundamento legal: lei 11.079/04 (atualizações: leis 13.334/16 e 13.800/19)
· Modalidades
· PPP Patrocinada
· PPP Administrativa
· Características
	CONCESSÃO COMUM
	CONCESSÃO ESPECIAL - PPP
	- Lei 8.987/95
	- Lei 11.079/04
	- Contraprestação facultativa
	- Contraprestação obrigatória
	- Tarifa + receitas alternativas
	- Tarifa + contraprestação estatal ou somente esta
	- riscos suportados pela concessionário (exceto os extraordinários)
	- repartição objetiva de riscos 
	- valor mínimo: não há
	- valor mínimo: R$ 10 milhões
	- prazo: lei do poder concedente
	- prazo: > 5 < 35 anos
	- objeto: serviços públicos
	- objeto: serviços públicos e/ou administrativos
· Licitação: tem a modalidade concorrência; quando a remuneração paga for superior a 70% do contrato, precisa de uma autorização legislativa.
· Sociedade de Propósito Específico (SPE): o objetivo de facilitar o controle e a gestão da PPP, a lei 11.079 prevê a criação de uma nova pessoa jurídica sob qualquer voltagem societária, em que deverá haver uma segregação patrimonial contábil e jurídica entre esta sociedade e a empresa licitante vencedora.
· Fundo Garantidor de Parcerias (FGP): é instituído pela administração pública com objetivo de prestar garantia de pagamento e situações decorrentes da parceria público privado.Ele tem um patrimônio separado, e a lei determina um valor de até 6 milhões de reais.
· Responsabilidade Civil.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
I) FUNDAMENTOS DA INTERVENÇÃO ESTATAL NA PROPRIEDADE
· Função social da propriedade
· Interesse público
II) Modalidades de intervenção:
· Restritivas ou brandas: aquelas em que o Estado intervém na propriedade privada, em um bem móvel ou imóvel, ou em algum direito inclusive, só que não retira totalmente a propriedade daquele bem do seu dono. Ex.: ocupar imóvel para eleição municipal.
· Supressivas ou drásticas: retira totalmente a propriedade do particular.
III) DETALHAMENTO:
	
	SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
	REQUISIÇÃO OU REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
	OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
	LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
	TOMBAMENTO
	BASE LEGAL
	D.3365/41- Art. 40
	Art.5º,XXV,CF
	D.3365/41-Art.36
	Art. 5º, XXIII CF, ART. 170,III
	D.25/1937
	CONCEITO
	Refere-se ao direito real sobre a propriedade particular justificada em razão do interesse público. A servidão não altera a propriedade do bem,somente cria restrições à sua utilização.
	É uma intervenção autoexecutória, em que a autoridade competente poderá usar de propriedade particular em situações de anormalidade no caso de iminente perigo público.
	Ocorre usualmente quando a administração pública tem a necessidade de ocupar imóvel privado para nele depositar equipamentos e materiais, destinados a realização de obra pública ou de serviços públicos.
	É uma restrição no uso da propriedade imposta por ato normativo e portanto de forma genérica e abstrata. Alei pode impor obrigações positivas (de fazer) ou negativas (de não fazer) ou então mistas.
	O tombamento de um bem encontra fundamento na proteção do patrimônio cultural brasileiro, ele pode ser voluntário ou compulsório, provisório ou definitivo,conforme a manifestação da vontade ou eficácia do ato.Pode alcançar bens privados ou bens públicos.O tombamento é diferente do registro. Este trata de bens imateriais e tem como fundamento o decreto 3551/2000.
	OBJETO
	Bens imóveis
	Bens móveis, imóveis e serviços particulares.
	Bens imóveis
	Bens móveis, imóveis e serviços.
	Bens imóveis e móveis, inclusive bens públicos além de bens privados.
	EXEMPLOS
	Passagem de fios, gasodutos, ambulância.
	Requisições de hospitais, hotéis,ginásios, carros.
	Local para eleição, alojamento de obras, estacionamentos de máquinas.
	Altura de prédios, obrigatoriedade de construção de garagens em edifícios, rodízio de veículos.
	Casa de Santos Dummont, Maracanã, Pão de Açúcar, Museu em Petrópolis.
	INSTITUIÇÃO
	Acordo(prioritariamente), por sentença judicial, por usucapião(art.1379) e por lei apesar de ter divergência doutrinária.
	Com base na autoexecutoriedade.
	Por meio da autoexecutoriedade do poder público.
	Mediante lei ou outro ato normativo.
	Geralmente por regular processo administrativo assegurado contraditório e ampla defesa com a posterior inscrição do imóvel tombado no livro do tombo.
	EXTINÇÃO
	Via de regra a servidão é perpétua, mas se houver desaparecimento do bem ou incorporação ao patrimônio público, ela é extinta.
	Ocorre quando o perigo desaparecer.
	Ao término da utilização do bem envolvido.
	Mediante lei ou algum ato normativo.
	Ocorre se o imóvel não existir, ex: calamidade pública. Mas via de regra é perpétuo.
	INDENIZAÇÃO
	Não cabe, exceto se o particular comprovar que teve um dano com a servidão.
	Somente ulterior se houver dano.
A parte prejudicada tem 5 anos para entrar com a ação contra o Estado.
	Somente se houver dano, por meio de ação própria.
	Não gera dever de indenizar, a não ser em situações gravíssimas.
	Não gera indenização via de regra, exceto em caso de comprovação de prejuízo. Prazo de 5 anos.
	Quanto ao procedimento:
· De ofício: voltado para bens públicos.
· Voluntário: bem privado com consentimento do proprietário.
· Compulsório: não tem consentimento do proprietário e então precisa de processo administrativo.
Em relação aos efeitos:
· Provisório: quando o proprietário é notificado que o imóvel vai ser tombado e antes da inscrição no livro do tombo.
· Definitivo: quando já concluiu o processo administrativo.
	Quanto à abrangência:
· Individual: relacionada a um bem determinado.
· Geral: tem por objeto um conjunto de bens.
	Quanto ao alcance:
· Total: quando todo o bem é tombado.
· Parcial: parte do bem é tombado.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
DESAPROPRIAÇÃO
I) CONCEITO: é intervenção do Estado na propriedade alheia transferindo-a de forma compulsória e originária para o seu patrimônio, com fundamento no interesse público e após o devido processo legal, normalmente mediante indenização.
II) MODALIDADES
	
	Desapropriação por interesse público
	Desapropriação urbanística ou sancionatória
	Desapropriação rural
	Expropriação confiscatória
	Base legal
	Art. 5º, XXIV
	Art. 182, §4º CF(não atendeu a função social)/Lei 10.257/01
	Art.184 CF/ Lei 8629/93 (não atendeu a função social)
	Art. 243 CF
	Finalidade
	Interesse público por conveniência ou oportunidade
	
	Reforma agrária
	Reforma agrária e programas de habitação popular
	Competência 
	Todos os entes federados
	Município ou Distrito Federal em sua competência municipal
	União
	União
	Indenização
	Prévia, justa e em dinheiro
	
	Prévia e justa- prazo para pagamento até 20 anos- pode receber a partir do 2º ano do título
	Não tem
III) OBJETO
· Desapropriação por interesse público:
· Bens públicos podem ser desapropriados, é necessário uma autorização legislativa. O STF tem um entendimento que só pode decima pra baixo.
IV) PROCEDIMENTO
· Fase Declaratória: o poder público vai declarar para a sociedade o porque dessa desapropriação, por meio de decreto.Feito pelos entes federados. No decreto precisa individualizar o bem. ANEEL,DNIT podem desapropriar, mas não por meio de decretos, e sim por meio de portaria.( Somente desapropriação por interesse público). 
· Efeitos da fase declaratória: a partir do decreto, o poder público já tem autorização para ingressar no bem.
· Outro efeito é a caducidade, o poder público tem 5 anos para finalizar o decreto por desapropriação por utilidade pública, e de 2 anos no caso de desapropriação por interesse social.
· Fase Executória: efetivação da desapropriação. O poder público tenta um acordo com o proprietário.Finalizado com a assinatura do acordo.
V) AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO
· Imissão provisória na posse: A partir do decreto, se não conseguir de forma amigável, o poder público terá 120 dias para conseguir a desapropriação provisória.
	Artigo 15, Decreto 3365
· Defesa do réu: não pode tratar do mérito, somente questões processuais e indenização.
· Direito de extensão: o proprietário do bem pode justificar que a parte remanescente tem um valor ínfimo de mercado ou que a parte é pequena, e pode requerer o direito de extensão, assim o proprietário pode pedir a desapropriação total e não parcial.
· Indenização: fixado pelo juízo da causa, paga por meio de RPV
· Desistência: O autor, que é o estado pode desistir e não precisa da anuência do réu, mas somente até antes da indenização. Se não quiser mais o imóvel, mas já tiver desapropriado, deverá devolver o imóvel do mesmo jeito que encontrou.
· Transferência da propriedade: 1ª corrente: a transferência vai acontecer quando houver a inscrição da sentença no RGI.
· 2ª corrente: a transferência se dá com o pagamento da indenização.
Prevalece a 2ª corrente.
VI) DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA
Na desapropriação por zona teríamos uma abrangência diária contida ao imóvel desapropriado necessária ao desenvolvimento de obras públicas ou zonas que se valorizarem de forma extraordinária em decorrência da realização do serviço.
VII) RETROCESSÃO
Devolução do bem.
Tredestinação: outra destinação ao bem, diferente do que o poder público daria inicialmente.
Tredestinação Lícita- quando o interesse continua sendo público.
 x
Tredestinação Ilícita- quando o interesse afeta o público.
Prescrição: ações de natureza real(10 anos),ações de natureza pessoal(5 anos)
VIII) DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
Ocorre quando o poder público não observa o devido processo legal. O particular pode ingressar com uma ação indenizatória com este fundamento de que o poder público não se valeu do processo legal e requerer uma indenização ou a devolução do bem. Art. 35 do Decreto 3365.
Prazo para o particular ingressar com a ação: 15 anos.
Caso Concreto - Aula 4: 
a)Não, pois o contrato tem eficácia entre as partes, neste caso foi desapropriação, então o locatário deve sair. Quando o imóvel é desapropriado, o contrato será desfeito, pois perde o objeto.
b)Sim,pois tinha uma expectativa de ficar no local por mais alguns anos.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ORDEM ECONÔMICA
I) FUNDAMENTO LEGAL
· Arts. 173 e 174, CF
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Exploração direta da atividade econômica pelo Estado, isso é uma forma de intervir na economia, pois a regra geral é não intervir na economia. Ex: Quando cria uma empresa pública ou uma sociedade de economia mista. É uma forma excepcional. Pois o objetivo do Estado não é aferir lucro.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Versa sobre o Estado regulador, que emite normas em algum sentido. Uma forma de regular e editar normas.
II) HISTÓRICO
· Estado Liberal
· Estado Social de Direito
· Estado Democrático
Primeiramente tivemos um modelo de estado liberal, Estado abstencionista, ou estado mínimo, só ocorria quando realmente necessário. Ex. direitos individuais e direito da propriedade. Como a livre iniciativa.
No Estado Social de Direito, a partir da 2° guerra mundial, ware fire states, percebeu que no modelo anterior não funcionasse como deverão ser, visando os melhores resultados, passa a intervir na economia (como as estatais), e idealizando como poderia intervir começou as estatais 
No Estado Democrático, ele é um estado regulador, mas não no modelo anterior que era mais forte, mas agora no modelo de fiscalizar e/ou regular, o Estado delega a terceiros e particulares algumas atividades ou prestação de serviço público, estando assim mais presente através das agências reguladoras e pelas terceirizações. Esse modelo foi espelhado no EUA. E vai de encontro do Estado Democrático. Ex: ANTT, ANT, ANATEL etc.
III) PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA
· Art. 170, CF (incisos e caput)
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
Os princípios estão presente nos 9 incisos, mas também os dois princípios no caput do artigo:
valorização do trabalho humano – voltados as questões aos direitos sociais, proteção ao trabalhador, ao princípio da dignidade da pessoa humana 
livre iniciativa – Liberdade para desenvolvimento da atividade econômica pelo individuo. 
I - soberania nacional;
Estado soberano, a nação que pretende se afirmar no campo político e econômico e para isso necessário ter uma economia forte e estável, até pelo peso que representa as outras nações quando em tratativas e desse modo se avalia o poder econômico de um Estado.
II - propriedade privada;
É um direito fundamental e visto como de interesse individual, tudo que foi tratado nas últimas duas aulas e esse interesse individual poderá e deverá ser relativizado em prol do coletivo e do interesse estatal.
III - função social da propriedade;
É um direito fundamental e visto como de interesse individual, tudo que foi tratado nas últimas duas aulas e esse interesse individual poderá e deverá ser relativizado em prol do coletivo e do interesse estatal.
IV - livre concorrência;
E na verdade um desdobramento da livre iniciativa, ou seja, da liberdade de desenvolver uma atividade econômica, garante as empresas para competirem de forma justa. (lei n° 12.259/2011, que vai no sentido da livre concorrência e CADE), temos normas que regulam e asseguram a livre iniciativa e livre concorrência que evita venda casada, prática anti - concorrenciais, anti - trust, carteis, acordo de preços. 
V - defesa do consumidor;
Temos o CDC, visando resguardar os direitos dos consumidores, por estarem em desvantagens com relação as empresas. Temos ainda, convenções de varsósia e montreal tem regras mais específicas (extravio de bagagens em viagens internacionais). O STF se posicionou pelo princípio da especialidade, ou seja, deve-se aplicar as convenções. 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
A questão ambiental está em voga dentro da temática do desenvolvimento sustentável intergeracionais, muitas empresas visam atender a defesa do meio ambiente, para obter os selos de qualidade, atender normas específicas ambientais.
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
Melhor distribuição de renda, oportunidades iguais de trabalho e acesso a educação respeitando as individualidades regionais (ex. nordeste), pois sabemos que tem diferenças em nossas regiões.Voltado a ordem econômica, não pode, por regra, geral ter diferença em tratamento, porém fica mitigado quando visa o desenvolvimento de determinada região. Um benefício específico a alguma região do nordeste visando a redução de desigualdade social. 
VIII - busca do pleno emprego;
Voltado para os direitos sociais assegurado na CRFB/88, e o estado como regulador e como incentivador ele pode e deve estimular a economia para gerar emprego a população de forma formal, buscando sair as pessoas da informalidade. 
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Hoje já tem tratamento diferenciado, como previsto na LC n°123/2006 que trata de regras voltadas as micro empresas e empresas de pequeno porte, como licitações que essas empresas têm vantagens na análise de propostas e na forma de desempate.
IV) ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO
Existem duas formas para o Estado intervir na economia:
· Intervenção Direta (art. 173, CF)
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. (atenção)
SENDO PREENCHIDOS esses requisitos poderá intervir, segue os incisos que expõem o que deveria vir no estatuto 
Essa intervenção não é feita pelo Estado diretamente, através da União, mas sim é feita pelas empresas estatais (empresas públicas e/ou sociedade de economia mista).
Como questão prevista em provas. Pode o estado intervir na economia? Sim, pode intervir atendendo o caput do artigo 173, CRFB/88, ou seja, deverá atender imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo e no estatuto deverá atender os requisitos previsto nos incisos do artigo citado, especificamente no seu §1°. E essa intervenção não é feita diretamente pela União e sim através das empresas estatais. 
Outro ponto, que durante muito tempo não tinha esse estatuto (O ESTATUTO É A LEI QUE FOI EDITADA) previsto no §1°, (o estatuto veio regulado por uma lei de 2016 que visava direcionar sobre as suas regras, como conselhos, como adquiri bens e serviços e demais regras). Então na Lei n° 13303/2016 que veio fazer parte do ordenamento jurídico com prazo 24 meses para adequar ao estatuto (Lei n° 13.303/2016) 
· Intervenção Indireta (art. 174, CF): funções de fiscalização, incentivo e planejamento
 Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
O Estado na forma da Lei, trata da intervenção indireta como estado regulador, exerce fiscalização, fomento, incentivo. O particular exerce a atividade econômica e o estado somente fiscaliza, fomenta, incentiva. O Estado não exerce a atividade econômica.
V) MEIOS DE INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA
· Planejamento
· diagnósticos e prognósticos
· princípio da eficiência
· planejamento fiscal (LRF)
· planejamento urbanístico (Plano Diretor)
· leis orçamentárias
Na empresa privada é voltada para o planejamento, que é muito presente no dia a dia. Fica o desafio aos órgãos públicos a aplicação da eficiência dentro do planejamento. E nesse sentido teremos os diagnósticos (o que tem de errado) e prognósticos (o que se pode fazer para melhorar); a eficiência nas atividades desempenhadas; planejamento fiscal (orçamentário); planejamento urbanísticos (nos municípios); as leis orçamentárias. (negrito = explicação do tópico) 
· Regulação
· funções normativa, executiva e judicante
· controle de preços
· regulação por incentivos
· acordos decisórios ou substitutivos (acordos extrajudiciais/ mediação/arbitragem)
Função de regular as atividades do Estado (geralmente pelas agências reguladores ou dentro dos próprios órgãos). Assim sendo, utiliza-se os subtópicos acima. (negrito = explicação do tópico)
· Fomento
· incentivos estatais
Outra forma, temos por meio de fomento, que são os incentivos estatais por meio de incentivos tributários, financeiros. Lembrar do 3° setor (organizações sociais e OSCIPS) , ceder bens públicos de forma temporária, ceder servidores. Está voltado essas ações para o fomento, com intuito de diminuir desigualdades e incentivar a economia. (negrito = explicação do tópico)
· Repressão ao abuso do poder econômico
· proteção da concorrência (lei 12.529/2011)
· CADE (Conselho de Administração de Defesa Econômica)- tanto investigando quanto prevenindo
· condutas anticoncorrenciais
Porque é importante a repressão ao abuso do poder econômico, pois evita as condutas anticoncorrenciais, deverá ter a livre iniciativa, porém tudo deve ter um limite e/ou uma regulamentação. Não pode o particular fazer o que bem quer, então limita-se esse poder, como exemplo: a formação de cartel (combinar preços).
Lei n° 12.529/2011 - Art. 1º Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. O SBDC é associado ao CADE.
O CADE zela pela livre concorrência no mercado. É uma autarquia, vinculado ao Ministério da Justiça. CADE tem a função de regulamentar e reprimir cartel, venda cassada e ainda pode investigar e pode aplicar sanção administrativa na ordem econômica. (negrito = explicação do tópico)
· Exploração direta da atividade econômica
· Estado empresário
· EP e SEM
O Estado intervir diretamente na economia por meio das estatais. Falamos aqui do Estado empresário em que nesse momento que exerce atividade econômica ficam concorrendo com a iniciativa privada mas tem regras características de direito público e ora de direito privado. (negrito = explicação do tópico)
AULA 5
A) Sim, o importante é que atenda o interesse da coletividade e público. 
Trata-se de uma tredestinação lícita, porque continua atendendo a coletividade. 
Porém, a título de conhecimento, se emprestasse o imóvel a um particular ou fora do interesse da coletividade, teríamos a tredestinação ilícita, que é vedada.
B) Não pode requerer o imóvel o antigo proprietário, é o que chamamos ou poderia chamar de retrocessão. 
A retrocessão é a devolução do bem desapropriado ao patrimônio do particular e só cabe quando a tredestinação for ilícita. 
Nesse caso a tredestinação foi lícita.
AULA 6
A) Sim, é possível instituir a servidão administrativa por meio judicial, com base no artigo 40, Decreto Lei 3.365/41, mas preferencialmente, é feita através de uma acordo e não sendo possível faz-se por meio judicial.
B) Em relação ao concessionário declarar o bem por utilidade pública, não pode fazer, somente o ente federado por fazer. Mas o ente federado, através de decreto, pode fazer.
	Entretanto, no que tange a execução dos atos materiais pelo concessionário e de acordo com o caso em tela, a construção dos dutos subterrâneos para a passagem dos fios de energia, os concessionários podem executar.
AULA 7
A) A conduta não é lícita e é uma infração prevista no artigo 36, lei 12.529/2011.
B) É procedente o argumento da prescrição, pois na lei tem um prazo de 3 anos para proferir julgamento e no caso ficou pendente de julgamento por 4 anos ( anos 2009 a 2013), conforme o artigo 46, §3º, lei 12.529/2011.

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