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Embriologia do Sistema Nervoso

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1 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
As primeiras indicações do desenvolvimento do sistema nervoso aparecem durante a terceira 
semana, já que a placa neural e o sulco neural (centro) se desenvolvem no aspecto posterior do 
embrião trilaminar. A notocorda e o mesênquima paraxial induzem o ectoderma subjacente a se 
diferenciar na placa neural. 
 
 
 
 
O tubo neural se origina a partir do sulco neural e se diferencia no SNC, e a crista neural dá origem 
às células que formam a maior parte do SNP e SNA. 
 
A neurulação (formação da placa neural e do tubo neural) começa durante a quarta semana (22-
23 dias) na região do quarto ao sexto pares de somitos. Nesse estágio, os dois terços craniais da 
placa e do tubo neural até o quarto par de somitos representam o futuro encéfalo, e o terço 
caudal da placa e do tubo representa a futura medula espinhal. 
 
A fusão das pregas neurais e a formação do tubo neural começa no quinto somito e prossegue 
nas direções cranial e caudal até que somente pequenas áreas do tubo permaneçam abertas em 
ambas as extremidades. O lúmen do tubo neural se torna o canal neural, o qual se comunica 
livremente com a cavidade amniótica. Abertura cranial (neuroporo rostral) se fecha 
aproximadamente no 25° dia e o neuroporo caudal se fecha aproximadamente no 27° dia. Esses 
neuroporos se fecham e coincidem com o estabelecimento da circulação vascular para o tubo 
neural. 
 
As paredes neuroprogenitoras da parede do tubo neural se espessam para formar o encéfalo e a 
medula espinal. O canal neural forma o sistema ventricular do encéfalo e o canal central da 
medula espinal. 
 
 
2 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
 
 
 
 
MEDULA ESPINAL 
É desenvolvida da parte caudal da placa neural e da eminência caudal. O tubo neural caudal ao 
quarto par de somitos se desenvolve na medula espinal. As paredes laterais do tubo neural se 
espessam, reduzindo gradualmente o tamanho do canal neural até somente um minúsculo canal 
central da medula espinal existir. 
 
Inicialmente, a parede do tubo neural é composta por um neuroepitélio espesso, colunar e 
pseudoestratificado. Essas células neuroepiteliais constituem a zona ventricular (camada 
ependimária), que dá origem a todos os neurônios e células macrogliais (macróglia) da medula 
espinhal. As células macrogliais estão em maior número na família das células neurogliais, que 
incluem astrócitos e oligodendrócitos. Logo, a zona marginal composta pelas partes externas das 
células neuroepiteliais se torna reconhecível. Essa zona se torna gradualmente a substância 
branca da medula espinhal conforme os axônios se desenvolvem dos corpos das células nervosas 
da medula espinhal, dos gânglios espinhal e do encéfalo. 
 
 
3 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
 
 
 
Algumas células neuroepiteliais em divisão na zona ventricular se diferenciam nos neurônios 
primordiais (neuroblastos). Essas células embrionárias formam uma zona intermediária (camada 
do manto) entre as zonas ventricular e marginal. Os neuroblastos se tornam neurônios conforme 
desenvolvem processos citoplasmáticos. 
 
As células de suporte do SNC, chamadas glioblastos (espongioblastos), diferenciam-se das células 
neuroepiteliais, principalmente após cessar a formação dos neuroblastos. Os glioblastos migram 
da zona ventricular para as zonas intermediária e marginal. Alguns glioblastos se tornam 
astroblastos e posteriormente astrócitos, enquanto outros se tornam oligodendroblastos e 
finalmente oligodendrócitos. Quando as células neuroepiteliais cessam a produção de 
neuroblastos e glioblastos, diferenciam-se em células ependimárias, que formam o epêndima 
(epitélio ependimário) o qual recobre o canal central da medula espinhal. A sinalização SHH 
controla a proliferação, a sobrevivência e a padronização das células neuroepiteliais progenitoras 
regulando os fatores de transcrição GLI. 
 
 
4 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
 
 
 
A microglia (células microgliais), que está disseminada por toda a substância branca e cinzenta da 
medula espinhal, são pequenas células derivadas das células mesenquimais. A microglia invade o 
SNC mais tarde no período fetal após os vasos sanguíneos entratem no SNC. A microglia se origina 
na medula óssea e faz parte da população de células fagocíticas mononucleares. ÚNICA CÉLULA 
DE ORIGEM MESODÉRMICA 
 
 
 
 
 
5 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
Com o espessamento das paredes laterais da medula surgem às placas alares e placas basais, 
dorsais e ventrais, respectivamente. Essas placas são separadas pelo sulco limitante. As lâminas 
alares são unidas por uma delgada placa do teto, dorsalmente, e as lâminas basais, por uma 
delgada placa do soalho, ventralmente. 
 
As placas alares formam os cornos dorsais cinzentos (funções aferentes) e as placas basais, os 
cornos cinzentos ventrais e laterais (funções eferentes). O sulco limitante se estende por toda a 
medula espinhal e até o encéfalo médio, cranialmente. 
 
Além do corno dorsal e do corno ventral, existe o corno intermediário, nas porções torácica e 
lombar superior da medula espinhal, contendo neurônios da parte simpática do sistema nervoso 
autônomo. 
 
Externamente, a medula espinhal embrionária encontra-se delimitada por uma camada fibrosa 
de prolongamentos de células gliais, a membrana limitante externa, formada inicialmente pelos 
prolongamentos das células ependimárias, os quais posteriormente se retraem. 
 
 
GÂNGLIOS ESPINAIS 
Os neurônios unipolares nos gânglios espinhais derivam de células da crista neural. O 
prolongamento periférico das células do gânglio espinhal vão através dos nervos espinhais para 
terminações nervosas sensoriais em estruturas somáticas ou viscerais. Os prolongamentos 
centrais penetram a medula espinhal e constituem as raízes dorsais dos nervos espinhais. 
 
 
 
6 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
 
 
 
MENINGES ESPINHAIS 
As meninges são formadas pela dura-máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter é proveniente 
do mesênquima que circunda o tubo neural. E a Pia-máter e a aracnóide são derivadas das células 
da crista neural. 
 
O líquido cerebroespinhal (LCE) embrionário começa a se formar durante a 5ª semana, produzido 
pela tela corióide dos ventrículos laterais, 4º ventrículo e 3º ventrículo. Através das aberturas 
mediana e lateral, o LCE passa para o espaço subaracnóide. É absorvido pelas vilosidades 
aracnóideas, que são protusões da aracnóide nos seios venosos da dura-máter. 
 
 
 
 
 
Mudança de Posição da Medula Espinal: No embrião, a medula espinhal estende-se por todo o 
comprimento do canal vertebral, mas a coluna vertebral e a dura-máter crescem mais 
rapidamente, e a extremidade caudal da medula espinhal coloca-se gradualmente em níveis 
relativamente mais altos. No recém-nascido, a medula termina na vértebra L3; e no adulto, na 
 
7 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
borda inferior da primeira vértebra lombar. Abaixo de L2, uma extensão filiforme da pia-máter 
dá origem ao filamento terminal, que se fixa ao periósteo da primeira vértebra coccígea. As raízes 
nervosas inferiores à extremidade terminal da medula espinhal, o cone medular, formam um 
feixe de raízes nervosas, a cauda equina. A dura-máter continua fixada à coluna vertebral até o 
cóccix. 
 
 
 
 
 
MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS 
Na medula espinhal, as bainhas de mielina começam a se formar durante o período fetal tardio e 
continuam a fazê-lo durante o primeiro ano pós-natal, pelos olidendrócitos (no SNC) e células de 
Schwann (no SNP). 
 
 
ENCÉFALO 
A junção do encéfalo posterior com o encéfalo médio é conhecida como istmo rombencefálico. 
 
 
 
Flexuras Encefálicas 
Surgem entre a quarta e oitava semanas. São elas: 
 
8 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
1) Flexura mesencefálica (figura 5): na região do mesencéfalo; direcionada ventralmente. 
2) Flexura cervical (figura 5): na junção do rombencéfalocom a medula espinhal; direcionada 
ventralmente. 
3) Flexura pontina (figura 5): entre o metencéfalo e o mielencéfalo; direção oposta das duas 
anteriores. 
 
Telencéfalo 
Logo após o aparecimento das vesículas ópticas (diencéfalo), um segundo par de divertículos 
aparece, mais dorsal e rostralmente, as vesículas telencefálicas (Figura 6), primórdios dos 
hemisférios cerebrais, cujas cavidades formam os ventrículos laterais. Gradualmente, vão se 
formando o pólo frontal e o pólo temporal, e posteriormente o pólo occipital começa a ser visto 
(Figuras 7 e 8). A expansão dos hemisférios não é uniforme, e a região entre os pólos frontal e 
temporal fica deprimida, constituindo a ínsula. 
No período fetal ocorrem várias mudanças, as mais perceptíveis são: 
1) União dos hemisférios cerebelares, com a visualização do verme na parte mediana; 
2) Os hemisférios continuam seu crescimento, cobrindo, gradualmente, o diencéfalo e o 
mesencéfalo, e posteriormente uma parte do cerebelo (Figuras 7 e 8); 
3) Os pólos frontal e temporal vão se unindo, cobrindo a ínsula, assim no nascimento, só uma 
fossa lateral indica sua presença; 
4) Sulcos aparecem na superfície dos hemisférios (Figuras 7 e 8); 
5) As flexuras cervical, pontina e mesencefálica tornam-se menos evidentes; 
6) Os hemisférios acabam se encontrando na linha média, achatando suas superfícies mediais. 
Portanto, no feto, ocorre a diferenciação das principais partes do encéfalo e um grande 
crescimento deste (aumento de várias centenas de vezes em volume). 
Depois do nascimento, o peso dobra durantes os primeiros nove meses de vida, e em torno dos 
seis anos atinge 90% do peso do adulto. Isso ocorre pela produção de células da glia, formação 
de dentritos e mielinização dos axônios. 
As comissuras conectam áreas correspondentes dos hemisférios cerebrais. São elas: lâmina 
terminal, comissura anterior (une os lobos temporais direito e esquerdo) (Figura 8), comissura do 
hipocampo (une os pilares direito e esquerdo do fórnice), corpo caloso (une os hemisférios 
cerebrais direito e esquerdo) (Figura 8). 
A partir da oitava semana, as vias aferentes e eferentes desenvolvem-se sobre a área insular, 
formando sinapses com o diencéfalo (Figura 7), por meio dos núcleos da base, dando origem a 
uma espessa camada fibrosa, a cápsula interna, que separa o núcleo caudado (telencéfalo), 
medial, do tálamo (diencéfalo), lateral; e, o putame (telencéfalo) do pálido (diencéfalo). 
 
9 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
A parede dos hemisférios cerebrais é composta de quatro camadas: ventricular, subventricular, 
intermediária e marginal (fibras aferentes e neurônios dispersos). 
As células da camada ventricular migram pela superfície formando a camada intermediária. 
Células da zona intermediária migram para a zona marginal e dão origem às camadas corticais, 
essa migração é conduzida principalmente pelas células da glia radial, que através de um 
prolongamento pioneiro (eixo condutor), as células vão subindo gradativamente e estendendo 
um prolongamento como uma cauda; por isso a substância cinzenta se localiza na periferia, e os 
axônios caminham centralmente para formar o grande volume de substância branca, o centro 
medular. 
No início do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios cerebrais é lisa; 
contudo, com o crescimento, há o surgimento de sulcos e giros, que promove aumento da 
superfície do córtex sem necessitar de grande aumento do tamanho do crânio (Figuras 9 e 10). 
Os primeiros sulcos surgem nas áreas filogeneticamente mais antigas, como o sulco do cíngulo e 
o sulco do hipocampo do córtex límbico, o sulco calcarino do córtex visual e o sulco central das 
áreas motoras e sensoriais. 
Após o nascimento, dificilmente surgem novas células neurais, mas as células já existentes 
desenvolvem mais prolongamentos, estabelecendo sinapses com outras células, o que é 
responsável pela grande capacidade de aprendizagem do cérebro. Durante o primeiro ano de 
vida, um neurônio cortical estabelece cerca de 100.000 sinapses com outros neurônios. Nesse 
contexto, a formação da bainha de mielina das fibras nervosas é muito importante, já que facilita 
a condução do impulso nervoso. O processo de mielinização não está totalmente completado até 
os 20 anos. 
Atividade funcional do cérebro: Os primeiros indícios de atividade cerebral são percebidos com 
cinco ou seis semanas e consistem em movimentos de extensão ou flexão do colo e da região 
torácica. Eles vão progredindo gradualmente, sendo que todos os padrões motores parecem 
estar presentes no início do segundo trimestre. 
 
Diencéfalo 
Com o fechamento do neuroporo rostral, aparecem duas evaginações laterais, de cada lado do 
encéfalo anterior, as vesículas ópticas, primórdios das retinas e dos nervos ópticos. Elas 
identificam o diencéfalo. As evaginações medianas que deixam o encéfalo anterior são a glândula 
pineal (Figuras 8 e 11) e a neuro-hipófise. Uma característica marcante do diencéfalo é o tálamo 
dorsal, uma intumescência bilateral que aparece com aproximadamente cinco semanas. 
Composto pelo epitálamo, tálamo e hipotálamo (Figura 11). O tálamo é separado do epitálamo 
pelo sulco epitalâmico, e do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico. 
 
10 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
Os tálamos se encontram e se fundem na linha mediana que cruza o terceiro ventrículo – a adesão 
intertalâmica. 
O hipotálamo contém os corpos mamilares. 
O epitálamo é formado pela glândula pineal. 
A cavidade do diencéfalo é o 3º ventrículo (Figura 11). 
Obs: No prosencéfalo não há subdivisão em lâminas alares e basais, porque o sulco limitante se 
estende cefalicamente somente até o encéfalo médio. 
A hipófise origina-se de duas fontes: 
1) Divertículo hipofisário (bolsa de Rathke) (Figura 12): evaginação do teto ectodérmico do 
estomodeu; originará a adenoipófise ou lobo anterior (parte glandular). 
2) Divertículo neuroipofisário (Figura 12): invaginação do neuroectoderma do diencéfalo; 
originará a neuroipófise ou lobo posterior (parte nervosa). 
 
Mesencéfalo 
É a parte do encéfalo que sofre as menores modificações durante o desenvolvimento. Na parte 
ventral (tegmento) (Figura 13), com um desenvolvimento intenso da formação reticular, observa-
se uma continuação da estrutura rombencefálica, enquanto a parte dorsal, constituída pelos 
colículos superiores e inferiores (Figura 13), pode ser considerada uma continuação das regiões 
prosencefálicas. Os colículos se originam das lâminas alares e o tegmento se origina das lâminas 
basais. Os colículos superiores estão relacionados com os reflexos visuais, e os inferiores, com os 
reflexos auditivos. O tegmento contém os núcleos do terceiro nervo craniano. O núcleo do quarto 
nervo craniano aparece no istmo rombencefálico. 
No período fetal, forma-se uma grande massa de fibras descendentes na região ventral, 
constituindo o pedúnculo da base. Essas fibras são corticoespinhais (piramidais) e 
corticonucleares. 
Os pedúnculos da base juntamente com a substância negra e o tegmento, formam os pedúnculos 
cerebrais direito e esquerdo (Figura 13). 
Cavidade: aqueduto cerebral (Figura 13) (liga o 3º ventrículo ao 4º ventrículo). 
 
Metencéfalo 
As paredes do metencéfalo formam o cerebelo e a ponte, enquanto que sua cavidade forma a 
parte superior do 4º ventrículo. 
 
Cerebelo 
 
11 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
Origina-se de espessamentos dorsais das placas alares do metencéfalo. No início do período fetal, 
os dois hemisférios cerebelares se unem dorsalmente, formando uma porção mediana, o verme. 
As partes laterais se expandem e começam a adquirir fissuras antes da metade da vida pré-natal. 
Comparativamente ao córtex cerebral, o córtex cerebelar se forma pela migração de células da 
zona matricial, formando as camadas sobrepostas (Figura 14). As células emigradas dispõem-se 
inicialmente em uma compacta camada cortical (camada granulosa externa), que de modo 
contrárioao córtex cerebral, ainda se prolifera na vida pós-natal. Essa intensa proliferação da 
camada granulosa externa é responsável pelo aumento da superfície do cerebelo. No sexto mês 
de vida intra-uterina. 
O cerebelo se liga ao mesencéfalo, à ponte e ao bulbo, pelos pedúnculos cerebelares superior, 
médio e inferior, respectivamente, que são constituídos por feixes de fibras. A mielinização dos 
pedúnculos segue a ordem de formação, começando pelo inferior durante o segundo trimestre, 
depois pelo superior e, termina, com o médio, pouco antes do nascimento. 
É formado pelo vestibulocerebelo (arquicerebelo), constituído pelo lobo floconodular; pelo 
espinocerebelo (paleocerebelo), constituído pela parte cranial do corpo; e, pelo pontocerebelo 
(neocerebelo), constituído pela parte caudal do corpo (Figuras 14 e 15). 
O cerebelo possui dois tipos de substância cinzenta: os núcleos (denteado, globoso, emboliforme 
e fastigial) e o córtex cerebelar. 
É o centro para controle do equilíbrio e da postura. 
Cavidade: 4º ventrículo (Figura 15). 
 
Ponte 
Reenvia sinais que ligam a medula espinhal e o córtex cerebral com o cerebelo. Contém os 
núcleos pontinos (Figura 15), cocleares e vestibulares, os núcleos sensitivos do nervo trigêmio e 
núcleo do nervo facial. 
Cavidade: 4º ventrículo (Figura 15). 
 
Mielencéfalo 
As paredes do mielencéfalo formam o bulbo, enquanto que sua cavidade forma a parte inferior 
do 4º ventrículo (Figura 16). 
O teto do encéfalo posterior se torna romboidal, devido à separação das lâminas alares, coberto 
dorsalmente por uma fina lamela, o véu medular, para a qual os vasos sanguíneos se invaginam, 
formando os plexos coróides (Figura 16). Assim as lâminas alares e basais ficam dispostas no 
assoalho do encéfalo posterior (Figura 16). Consequentemente, as áreas motoras (lâminas basais) 
são mediais às sensitivas (lâminas alares). 
 
12 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
 
Bulbo 
Porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal. 
Cavidade: porção inferior do 4º ventrículo, possuindo a forma rombóide. 
Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, devido à flexura pontina (Figura 16). 
Contém os núcleos gráceis, medialmente, e os núcleos cuneiformes, lateralmente (Figura 16) – 
áreas isoladas de substância cinzenta, formadas devido à migração dos neuroblastos das placas 
alares para a zona marginal. 
O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso, 
derivados de células da lâmina basal. 
Pirâmide (Figura 16): área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal. 
Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, batimentos cardíacos, movimentos 
reflexos e outras funções. 
 
 
FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
Derivado de células da crista neural. As fibras motoras que saem da medula começam a aparecer 
por volta da 4ª semana, formando a raiz nervosa ventral. A raiz nervosa dorsal é formada pelos 
prolongamentos centrais dos neurônios do gânglio espinhal. A raiz nervosa ventral mais os 
prolongamentos periféricos das células do gânglio espinhal formam o nervo espinhal (misto). O 
nervo espinhal divide-se em: 
1) Ramo primário ventral: inervação dos membros e da parte ventrolateral da parede do corpo; 
formam os plexos nervosos principais (braquial e lombossacro). 
2) Ramo primário dorsal: divisão menor; inerva a musculatura axial dorsal, as vértebras, as 
articulações intervertebrais posteriores e a parte da pele das costas. 
Os nervos cranianos (Figuras 1 e 2; Quadro 1) se formam durante a 5ª e 6ª semana de 
desenvolvimento, com exceção do nervo olfatório e do nervo óptico, todos os outros nervos 
cranianos se originam do tronco encefálico. O corpo celular dos neurônios motores estão 
localizados nos núcleos cranianos no tronco encefálico, enquanto o corpo celular dos neurônios 
sensoriais estão localizados em gânglios sensoriais fora do encéfalo. 
 
Nervos cranianos somáticos eferentes: 
Seus axônios estão distribuídos para os músculos derivados dos miótomos da cabeça: 
1) Nervo hipoglosso (NC XII): inerva os músculos da língua. 
 
13 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
2) Nervo abducente (NC VI): inerva o músculo reto lateral do olho. 
3) Nervo troclear (NC IV): inerva o músculo oblíquo superior do olho. 
4) Nervo oculomotor (NC III): inerva os músculos superior, inferior, retos mediais, oblíquo inferior 
e levantador da pálpebra do olho. 
 
Nervos dos arcos faríngeos: 
1) Nervo trigêmeo (NC V): nervo do primeiro arco faríngeo, é o principal nervo sensitivo da 
cabeça, inerva também os músculos da mastigação. 
2) Nervo facial (NC VII): nervo do segundo arco faríngeo, inerva os músculos da expressão facial. 
3) Nervo glossofaríngeo (NC IX): nervo do terceiro arco faríngeo, inerva o músculo estilofaríngeo, 
as glândulas parótida e lingual posterior, fibras gustativas para a região posterior da língua. 
4) Nervo vago (NC X): nervo do quarto e sexto arcos faríngeos, inerva o coração, intestino anterior 
e médio, os músculos cricotiróideo, constritores da faringe e da laringe. 
5) Nervo espinhal acessório (NC XI): inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio. 
 
Nervos sensoriais especiais: 
1) Nervo olfatório (NC I): responsável pela olfação. 
2) Nervo óptico (NC II): responsável pela visão. 
3) Nervo vestibulococlear (NC VIII): constituído por dois feixes de fibras sensoriais: nervo 
vestibular: responsável pelo equilíbrio; nervo coclear: responsável pela audição. 
 
Desenvolvimento do Sistema Nervoso Autônomo 
Derivado de células da crista neural. A aferência do sistema nervoso autônomo possui dois 
neurônios: um pré-ganglionar e um pós-ganglionar. 
As células derivadas das cristas neurais não somente permanecem nos gânglios espinhais, mas 
também migram para outras áreas periféricas e se tornam células-fonte para a formação de todo 
o sistema nervoso autônomo, cujos derivados além de inervar os órgãos acomodados nas 
cavidades corporais e suas coberturas (pleura, peritônio, etc.) também formam paragânglios 
(medula da glândula supra-renal), melanócitos e diferentes células especializadas. Formam os 
gânglios paravertebrais e o tronco simpático. 
Dividido em: 
 
Sistema Nervoso Simpático: os neurônios pré-ganglionares originam-se dos segmentos 
toracolombares (T1-L2) da medula espinhal; os gânglios simpáticos formam: (a) os troncos 
 
14 LARISSA RODRIGUES SANTOS 
simpáticos (Figura 3), em cada lado dos corpos vertebrais; (b) os gânglios pré-aórticos, 
ventralmente à aorta; (c) plexos simpáticos dos órgãos, localizados perto dos órgãos. 
Sistema Nervoso Parassimpático: neurônios pré-ganglionares originam-se do tronco encefálico e 
dos segmentos sacrais da medula espinhal (S2-S4); os gânglios parassimpáticos estão localizados 
próximos aos órgãos inervados. Fibras pré-ganglionares craniais originam-se do tronco encefálico 
e emergem dos nervos cranianos oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago (Figura 3). As fibras 
pós-ganglionares originam-se de alguns gânglios da cabeça (ciliar, pterigopalatino, ótico e 
submandibular), ou nos gânglios terminais da parede das vísceras torácicas e abdominais (nervo 
vago). 
 
O sistema nervoso entérico (SNE) origina-se do vago e do sacro e constitui a divisão maior e mais 
complexa do sistema nervoso periférico, contendo mais neurônios do que a medula espinhal. 
Todos os componentes do SNE originam-se de precursores que migram para o intestino do vago 
e/ou da crista neural sacra.

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