Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Educação e Saúde – CES Unidade Acadêmica de Educação – UAS Bacharelado em Nutrição Componente Curricular: Parasitologia Humana Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça Doença de Chagas – Trypanosoma cruzi O que é? É uma doença de evolução crônica, debilitante, que determina no homem quadros clínicos com características e consequências muito variadas. Ela está intimamente relacionada às más condições das moradias, pois essas favorecem a nidificação dos triatomíneos, conhecidos vulgarmente como “barbeiros”. Formas evolutivas: Hospedeiro Definitivo: Homem Hospedeiro Intermediário: Triatomíneos (barbeiros) (Triatomae infestans (eliminado 2006); Triatoma brasiliensis (Caatinga); Triatoma sórdida (Cerrado); Panstrongylus megistus (Mata Atlântica); Rhodnius prelixus (Norte – Açaí)) Habitat: Silvestre (animais); Peridomiciliar (galinheiro); Domiciliar (casa de taipa). Forma Infectante para o Hospedeiro Definitivo (HD): Tripomastigota metaciclicas (presente nas fezes dos HI). Forma Infectante para o Hospedeiro Intermediário (HI): Tripomastigota sanguínea (presente no sangue do HD). Características biológicas do barbeiro: são hematófagos (se alimentam de sangue), hábitos noturnos, picadas pelo o pescoço, pois o barbeiro é atraído por CO2, possuem estágios de ovo e ninfas, barbeiro adulto tem o sistema reprodutor ativo e maduro. Principal forma de transmissão no NORTE do país é a ORAL, pois lá há um consumo exacerbado de açaí in natura. O Açaí não é pasteurizado e por esta infectado com barbeiro e dejeções o humano acaba se contaminando. Principal forma de transmissão no NORDESTE é VETORIAL pela picada do Triatoma brasiliensis. Núcleo Cinetoplasto Tripomastigota Epimastigota (Intestino do barbeiro) Amastigota Membrana Odulante Flagelo Flagelo Núcleo Cinetoplasto Membrana Odulante Núcleo Cinetoplasto Rudimento do flagelo Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Educação e Saúde – CES Unidade Acadêmica de Educação – UAS Bacharelado em Nutrição Componente Curricular: Parasitologia Humana Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça CICLO BIOLÓGICO: O triatomíneo pica e defeca ao mesmo tempo o homem eliminando tripomastigotas metaciclicas, estas ao entrarem na corrente sanguínea se transforma em tripomastigota sanguínea. Nisso os magrofagos fagocitam essas tripomastigotas sanguíneas transformando-as em amastigotas, que se reproduzem até romperem os macrófagos. Algumas amastigotas são fagocitadas novamente e outras vão para a corrente sanguínea onde se transformam em tripomastigota sanguínea. Com até 15 dias depois o homem infectado irá produzir anticorpos fazendo com que essas tripomastigotas se “escondam” dentro das células (tecidos). As tripomastigotas sanguíneas são ingeridas pelos Triatomíeos (barbeiros) em uma nova picada, transformando-se em epimastigotas no intestino do vetor (barbeiro) onde se multiplicam e tornam tripomastigotas metaciclicas que serão eliminadas nas fezes dando início a um novo ciclo. TRANSMISSÃO Via vetorial – Triatomíneo ao picar o hospedeiro dejeta das fezes com a forma evolutiva Tripomastigota metacíclia (forma infectante para o ser humano). Ao coçar os dejetos com a forma evolutiva entra no organismo e começa a dar início seu ciclo biológico. Via oral – Alimentos como o açaí, cana de açúcar, carnes de animais exóticos (gambás, tatus) ficam contaminadas com as dejeções do barbeiro e ao alimentar- se dessas fontes o ser humano pode ser infectar oralmente. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Educação e Saúde – CES Unidade Acadêmica de Educação – UAS Bacharelado em Nutrição Componente Curricular: Parasitologia Humana Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça Via transplacentária: Contaminação oral através do líquido amniótico, transmissão hematogênica no trabalho de parto. Leite materno em mulher que estão na fase aguda da doença, sangramento dos mamilos na amamentação. Outras: transfusão sanguínea e por transplantes de órgãos em acidentes de laboratório. INFECTADOS: De 100% dos infectados, 40% desenvolvem a doença e 60% são assintomáticos. Desses 40%, 30% possuem problemas cardíacos e 10% desenvolvem problemas digestivos. SINTOMAS: Forma Aguda- Alta parasitemia: quando há tripomastigotas sanguíneas no sangue em bastante quantidade. Sinal de romanã. Miocardite. Febre (pouco elevada), mal-estar geral, cafaléia, astenia, edema, hipertofia de linfonodos, hepatoesplenomegalia. Forma Crônica – Tripomastigotas sanguíneas que entram em tecidos cardíacos e digestivos e penetram na forma de amastigota. Mais amastigotas nos tecidos e menos tripomastigotas sanguíneas. Baixa parasitemia. Cardíaca: síndrome de arritmias, síndrome de insuficiência cardíaca, síndrome tromboembólica, cardiomegalia. Digestiva: síndrome do megaesôfago, síndrome de megacólon. DIAGNÓSTICO: Fase Aguda - Exame de sangue a fresco, esfregaço corado, gota espessa, concentrado de strout, microhemático. Fase Crônica - Hemocultura de parasito, xenodiagnóstico invivo e invitro, Xeocultura (+ eicaz). Diagnóstico de Transmissão Vertical (congênita) – parasitológico; igG anti-Tcruzi 6º a 9° mês do recém-nascido. TRATAMENTO Benzonidazol – na doença congênita e fase crônica recente PROFILAXIA Nutricionista: Educação sanitária, vigilância alimentar (detecção e inativação do Trypanosoma cruzi em alimentos). Melhoria habitacional; combate do barbeiro; controle de doadores de órgãos e sangue; peridomiciliar organizado e limpo.
Compartilhar