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DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

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DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS - COLITE ULCERATIVA E  DOENÇA DE CRONH  
A Colite ulcerativa é uma doença idiopática caracterizada por um processo inflamatório  crônico que acomete predominantemente as camadas mucosas e submucosas do  intestino grosso. 
A Doença de Crohn é uma doença inflamatória grave do trato gastrointestinal. Ela afeta  predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso  (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. 
Na Dietoterapia das doenças inflamatórias intestinais, é importante se atentar que o  tratamento nutricional possa auxiliar com aporte correto de nutrientes e alívio dos  sintomas. 
Na fase ativa A dieta deve ser hipercalórica, pelo aumento das necessidades energéticas  em decorrência da inflamação (30 a 35 kcal/kg/dia), hiperprotéica (1,5 a 2,0g/kg/dia),  hipolipídica (menos de 20% das calorias totais) e normoglicídica com restrição de  carboidratos simples e alimentos que causam flatulência. O teor de fibras insolúveis e  resíduos (lactose, por exemplo) deve ser restrito e a alimentação deve ser fracionada em  seis a oito refeições ao dia, contendo pouco volume. 
A suplementação de multivitamínico é importante devido o paciente ter uma dieta restrita nesse período. 
Na fase ativa, a via oral é a primeira escolha para administração de dieta nos pacientes  com DII. Em princípio, cogitar-se-á o uso de nutrição enteral, quando o paciente  apresentar necessidades calórico-proteicas aumentadas que não podem ser alcançadas  com a via oral mesmo quando se associam suplementos nutricionais. Em relação a  nutrição parenteral deve ser considerado apenas nos casos em que o suporte nutricional  esteja contra indicado ou não tenha obtido sucesso. 
Fase de remissão: ter uma dieta individual, adequada ao estado nutricional do paciente,  com a introdução de fibras e lactose gradativamente. 
Reposição da vitamina C, zinco, vit. D e Cálcio. 
Suplementação com ácidos graxos ômega 3 (3 a 15 g/dia ou 10-20 ml). O uso Probióticos tem seu efeito benéfico nas DII, devido estar relacionado à redução  de proliferação de bactérias patogênicas, tornando o ambiente intestinal menos  antigênico, levando à diminuição das citocinas pró-inflamatórias 
Fazer testes de intolerância alimentar.
Alimentos recomendados e evitados nas DIIs de acordo com a atividade da doença
	Alimentos Fase Ativa 
Fase Ativa 
Fase Remissão 
Fase Remissão 
Consumir 
Evitar 
Consumir 
Evitar
	Vegetais 
	Cenoura, chuchu,  abóbora, batatas, aipim,  inhame. Todos sem  casca e cozidos.
	Todos os outros,  principalmente os  verdes crus ou  cozidos.
	Todos. 
	Os que á  flatulência, se o  paciente não  tolerar.
	Leguminosas 
	Caldos. 
	Grãos. 
	Todos. 
	Colocar carnes,  bacon e linguiças como temperos.
	Frutas 
	Banana, maçã e Pêra s/casca, goiaba e  pêssego sem casca e sem  caroços. 
	Todas as outras,  inclusive as secas.
	Todas. 
	Evitar excessos de  açaí e coco.
	Cereais 
	Brancos ou refinados 
	Integrais. 
	Todos. 
	Nenhum, em  princípio.
	Leite e  
derivados
	Leites de soja light,  Iogurte de soja light,  Leites baixo teor de  lactose desnatados ou  semidesnatados e  queijos brancos magros  (avaliar tolerância). 
	Leite de vaca  comum integral,  iogurte comum  queijos amarelos. 
	Todos os  desnatados ou  light. 
	Evitar excessos  dos gordurosos.  Pode se restringir  lactose se  intolerância ou  flatulência  
excessiva. 
	Gorduras 
	Creme vegetal, azeite e  óleo vegetal em pouca  quantidade – preferir  assar, grelhar ou  cozinhar os alimentos.
	Excessos 
	Todos. 
	Excessos de  gorduras e frituras. 
	Carnes e Ovos 
	Carnes magras, frango  sem pele, peixe (filé),  ovo (gema – 03 vezes na  semana), banquete de  peru light.
	Carnes gordas,  linguiças,  
defumados,  
vísceras, embutidos,  frutos do mar 
	Todos. 
	Ingerir os muito  gordurosos com  moderação. 
	Açúcar e doces 
	Adoçantes e gelatina  diet.
	Açúcar, mel,  melado. 
	Todos. 
	Excessos.
49 
	Temperos 
	Alho, cebola, sal e ervas  naturais em pouca  quantidade, molho de  tomate feito em casa  (sem pele e sem  semente) ou polpa de  tomate. 
	Pimenta, tempero  prontos, mostarda,  catchup, shoyu,  molho de tomates  pronto.
	Alho, cebola sal  e ervas naturais  em maior  quantidade.
	Pimenta, tempero  prontos, mostarda,  catchup, shoyu. 
Fonte: Tárrago, C. P. et al. Nutr Hosp 2008 
REFERÊNCIAS 
Diretrizes de consenso para o manejo da doença inflamatória  intestinal. Arq. Gastroenterol. , São Paulo, v. 47, n. 3, pág. 313-325, setembro de  2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 28032010000300019&lng=en&nrm=iso>. acesso em 26 de outubro de  2020. https://doi.org/10.1590/S0004-28032010000300019 
MAHAN, L. K.; ESCOT T. STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia.  14° ed. São Paulo: Elsevier, 2018. 
OLIVEIRA, Carina et al. Suporte Nutricional na Doença de Crohn. Acta Portuguesa de  Nutrição, n. 10, p. 44-48, 2017. 
PÉREZ TÁRRAGO, C.; PUEBLA MAESTU, A.; MIJÁN DE LA TORRE, A. Tratamiento  nutricional en la enfermedad inflamatoria intestinal. Nutrición hospitalaria, v. 23, n. 5, p. 418- 428, 2008. 
SILVA, Alice Freitas da et al . Relação entre estado nutricional e atividade inflamatória em pacientes com  doença inflamatória intestinal. ABCD, arq. bras. cir. dig., São Paulo , v. 23, n. 3, p. 154-158, Sept. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 67202010000300005&lng=en&nrm=iso>. access on 23 Nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102- 67202010000300005. 
VIEIRA, ANDREA; DE CAMPOS, TÉRCIO. Características e diagnóstico diferencial das  doenças inflamatórias intestinais.

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