Buscar

Teoria da Empresa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EMPRESA COMERCIAL
	A atividade que consistente em pôr em circulação as mercadorias, adotando esse mecanismo, se deu o nome de comércio, tendo como figuras centrais as pessoas que servem de intermediárias entre os produtores e consumidores, isto é, pessoas que adquirem dos produtores aquilo que eles possuem e colocam esses bens à disposição dos consumidores, trocando-os sempre por dinheiro. Mais tarde, essas atividades se estenderam até a prestação de serviços, sendo cobradas importâncias superiores às realmente gastas.
	A tais pessoas, que servem de prestadoras de serviços ou de intermediárias entre produtores e consumidores, do ato de intermediação procurando auferir lucros, já que as mercadorias são adquiridas por um preço menor e vendidas por um maior, se deu e ainda se dá o nome de comerciantes.
	Inicialmente, um só indivíduo podia realizar os atos necessários para a circulação das mercadorias, servindo de intermediário entre o produtor e o consumidor. Desenvolvendo-se o tráfico de mercadorias, tornou-se indispensável à existência de mais de uma pessoa para a realização das atividades intermediárias, nascendo daí as sociedades empresárias em que, segundo a concepção primitiva dos Códigos, várias pessoas “negociavam em comum” 
	Por outro lado, dado o crescimento dos negócios, os comerciantes individuais e as sociedades empresárias passaram a necessitar de uma organização em que se unissem capital e trabalho, para atender às demandas do comércio. Nasceu, aí, a empresa comercial, organismo formado por uma ou várias pessoas com a finalidade de exercitar atos de manufatura ou circulação de bens ou prestação de serviços. A empresa já era conhecida no campo econômico, consistindo na organização de capital e trabalho com a finalidade da produção ou circulação de bens ou prestação de serviços.
Direito Comercial: é o conjunto de regras jurídicas que regulam as atividades das empresas e dos empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, mesmo que esses atos não se relacionem com as atividades das empresas.
 O Nome Comercial como o Nome que Obriga o Comerciante – Não se utiliza, apenas, o nome comercial para distinguir a responsabilidade do comerciante ou dos sócios que fazem parte das sociedades comerciais. 	Também tem ele a finalidade de ser o nome com o qual o comerciante ou sociedade se assina comercialmente, assumindo obrigações e exercendo direitos. Assim, se de uma sociedade fazem parte os sócios Ernesto Sobreira e Jaime Brandão, adotando a firma Sobreira & Brandão, todos os compromissos da sociedade serão assumidos debaixo dessa firma. Apesar de possuir o sócio Ernesto Sobreira responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais, não pode ele com o seu nome próprio assumir obrigações pela sociedade, como também a sociedade não responde pelas obrigações assumidas com o nome individual do sócio. Do mesmo modo, nas sociedades que usam denominação, as obrigações serão assumidas debaixo dessa denominação, não sendo facultado aos sócios ou administradores usar de expressão diversa da denominação. O comerciante individual se obrigará com a firma que usar, seja o seu nome patronímico completo, seja abreviado.
	A atual Lei da Propriedade Industrial não trata do nome comercial ou empresarial, terminologia utilizada pela Lei nº 8.934, de 1994, nem mesmo repetindo o dispositivo do art. 119 da Lei nº 5.772, de 1971, o qual estabelecia que o nome comercial e o título de estabelecimento gozariam de proteção por meio de legislação própria. A proteção ao nome empresarial encontra-se assegurada pelo art. 33 da Lei nº 8.934, de 1994, decorrendo automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou das respectivas alterações, sendo vedado o arquivamento de atos de empresa mercantil com nome idêntico ou semelhante aos já existentes (art. 35, inciso V). O Dec. nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, que regulamentou a Lei nº 8.934, de 1994, estabeleceu que a proteção ao nome empresarial restringe-se à unidade federativa em que houver sido efetuado o arquivamento do ato constitutivo ou de alterações que impliquem mudança de nome (art. 61, § 1º), autorizando, entretanto, a extensão da proteção a outras unidades da Federação mediante requerimento (§ 2º), na forma da Instrução Normativa nº 116, de 22 de outubro de 2011, do Departamento Nacional de Registro de Comércio (atual Departamento de Registro Empresarial e Integração).
	Processo de Registro de Firma ou Razão Social – O art. 32, inciso II, da Lei nº 8.934, de 1994, estabelece os atos que estão sujeitos a registro nas Juntas Comerciais, concedendo prazo de trinta dias da respectiva assinatura para arquivamento dos atos constitutivos, alterações contratuais e demais atos previstos em suas alíneas, a cuja data retroagirão os efeitos do registro (art. 36). Na hipótese de inobservância do prazo, o art. 36 estabelece que o arquivamento somente terá eficácia a partir do despacho que o conceder.
EMPRESÁRIO UNIPESSOAL
	A empresa não é um sujeito de direitos e obrigações. É uma atividade e, como tal, pode ser desenvolvida pelo empresário unipessoal ou pela sociedade empresária. Quer dizer, pela pessoa natural do empresário individual, ou pela pessoa jurídica contratual ou estatutária da sociedade empresária.
	Sob a epígrafe empresário estão compreendidos tanto aquele que, de forma singular, pratica profissionalmente atividade negocial, como a pessoa de direito constituída para o mesmo fim. Ambos praticam atividade econômica organizada para a produção, transformação ou circulação de bens e prestação de serviços. Ambos têm por objetivo o lucro.
	O CC não define a empresa. O conceito de empresa é estritamente econômico. Seu art. 966 considera empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Está conceituando o empresário unipessoal.
	No art. 982, traz a sociedade empresária, conceituando-a como aquela que tem por objeto o exercício de atividade própria do empresário.
	Não é empresário quem desempenha profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que conte com o concurso de auxiliares, exceto se referido exercício profissional constituir elemento de empresa.
	Seguindo a linha traçada pelo diploma civil, alocamos em segmentos distintos os dois tipos de empresário.
Caracterização do empresário unipessoal: Ser empresário não significa, simplesmente, praticar atividade negocial. A condição de empresário reclama a congregação de alguns requisitos básicos, porque se trata de qualificação profissional.
	Caracteriza-se o empresário unipessoal pela reunião de cinco elementos: Capacidade Jurídica; ausência de impedimento legal para o exercício profissional da empresa; regime jurídico peculiar regulador da insolvência; e registro.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
 	A Lei nº 12.441/11, mediante a inserção no CC do art. 980-A e seus parágrafos, institui a empresa individual de responsabilidade limitada conferindo personalidade jurídica ao empresário unipessoal titular da totalidade do capital social (art. 44, inciso VI, do CC), observados três requisitos: capital social integralizado; valor do capital social não inferior a 100 vezes o maior salário mínimo vigente no país; nome empresarial acrescido da expressão EIRELI.
	A pessoa natural que constituir empresa nessas condições somente poderá figurar em uma única empresa dessa espécie.
	Essa modalidade empresarial também poderá resultar da concentração das quotas de outra espécie societária num único sócio, sendo irrelevantes as razões ensejadoras da concentração.
	No caso da sociedade limitada, não se aplica a exigência do sócio remanescente titular de todas as quotas reconstituir a pluralidade social, no prazo de 180 dias, desde que requeira, junto ao RPEM, a transformação do registro da sociedade para empresa individual de responsabilidade limitada ou, simplesmente, de empresário individual.
	Quando constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza,poderá lhe ser atribuída a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, desde que vinculados à atividade profissional
 	
REGISTRO OBRIGATÓRIO
	O primeiro e um dos principais deveres do empresário é a oficialização de sua condição mediante a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM). É obrigatória a inscrição, diz o art. 967 do CC, antes do início da atividade.
	Para resumir esse assunto, temos que não é empresário, para o efeito de exercício dos direitos inerentes a tal condição, quem não é registrado, mas não é suficiente que o seja. Nem o empresário irregular nem o empresário fictício. A prática profissional é imprescindível para converter em realidade a presunção gerada pelo registro. A qualidade de empresário é igual a exercício profissional da empresa + registro.
	
PERDA DA QUALIDADE EMPRESARIA
Além da morte (já que mors omnia solvit), perde-se a condição jurídica de empresário individual: pela interdição; pela falência; pela desistência; e pela revogação da autorização para o menor.
NOME EMPRESARIAL
	Se o nome civil significa a pessoa natural, como símbolo singularizador, o nome empresarial significa o empresário. O nome empresarial individualiza e assinala a espécie de responsabilidade patrimonial do empresário ou sociedade empresária. Todo empresário assina documentos, sob um nome empresarial, que constitui sua firma, a distingui-lo de outrem. É a designação pela qual é conhecido.
	O direito brasileiro adotou o sistema suíço para regulamentar o nome empresarial. Caracteriza-o, formalmente, o princípio da regulamentação, pelo qual o nome tem sua proteção jurídica condicionada ao registro, que se faz na Junta Comercial. Em termos substanciais vige o princípio da veracidade, ou seja, o nome deve indicar quem realmente exerce o comércio, com clareza, quem responde pelos encargos sociais.
	A alteração do nome empresarial pode ser voluntária ou obrigatória, ou vinculada. Neste último caso, determinada pela retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome constava da firma, ou ainda, pela alienação do estabelecimento. Tanto a firma como a denominação serão alteradas em caso de transformação da sociedade ou de lesão a direito de outrem.
	Há duas espécies de nome empresarial: Firma e Denominação. Firma individual é o nome usado pelo empresário individual. Firma social ou razão social designa a sociedade contratual, quer dizer, a sociedade em nome coletivo, a sociedade em comandita simples e, em caráter opcional, a sociedade limitada e a comandita por ações. A denominação é o nome da sociedade anônima ou companhia e, também em caráter opcional, da sociedade limitada e da comandita por ações.
FIRMA
	A firma é constituída pelo nome civil do empresário, nada impedindo que seja abreviado ou, ainda, acrescido de elemento distintivo. Assim, o nome empresarial do livreiro Elias Rosa poderá ser seu patronímico ou a abreviatura “E. Rosa”, ou, ainda, “Elias Rosa – Livreiro”. Se já existir nome idêntico, cabe adotar designação mais precisa de sua pessoa ou atividade, por exemplo, “Elias Rosa – Livreiro Jurídico”.
	O sistema da veracidade adotado no Brasil obsta à adoção de pseudônimo ou de denominação. Não valem, pois, os apelidos (Tico, Sinhô, Cuca etc.) e os hipocorísticos (Chico por Francisco, Tonico por Antonio, Zé por José, Tião por Sebastião etc.). É que o pseudônimo e o hipocorístico ocultam o nome, quando o propósito é precisamente o contrário, isto é, fazer coincidir nome civil e nome empresarial, no interesse de terceiros.
	Pelo princípio da novidade, não poderão coexistir, na mesma unidade federativa (estado-membro), dois nomes empresariais semelhantes ou idênticos. Se a firma ou a razão social que se pretende adotar for idêntica ou semelhante a outra já registrada, deverá ser modificada e aditada de designação distintiva.
NOME DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
	A sociedade empresária, conforme o tipo societário, pode ter uma razão social ou uma denominação.
	A sociedade em nome coletivo, se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo e companhia, abreviado ou por extenso. O aditivo e companhia poderá ser substituído por expressão equivalente, tal como e filhos ou e irmãos, entre outras. Os nomes dos sócios poderão figurar de forma completa ou abreviada, admitida a supressão de nomes. Havendo mais de um patronímico, um deles não poderá ser abreviado ou suprimido.
Exemplos: Fernanda Pimenta & Irmãos
Vitor Fazzio e Cia.
ESTABELECIMENTO
	A empresa é conceito jurídico que expressa à idéia de atuação econômica organizada. Opõe-se, via de conseqüência, à idéia de trabalho desestruturado, assistemático. Dessa forma, não é a produção em si de riquezas que permite compreendê-la; um jurista que, em sua biblioteca, trabalha na confecção de um parecer, pelo qual será remunerado, não é uma empresa; o garimpeiro que, sozinho com sua bateia, recolhe preciosos diamantes, vendendo-os por valores altíssimos, não atua empresarialmente. Fica claro, portanto, que não é a produção e circulação onerosa de bens ou a prestação de serviços que dá a caracterização da empresa, embora seja um dos seus elementos componentes. Na empresa, essa produção, circulação ou prestação se conformam numa arquitetura maior, definida em termos conceituais (perspectiva estática) e práticos (perspectiva dinâmica), que é o empreendimento não eventual, desenvolvido para que sejam auferidas vantagens pecuniárias (ou traduzíveis em pecúnia), a bem de seu titular: o empresário ou a sociedade empresária, ainda que, nesta última hipótese, esteja implícita a ideia da distribuição das vantagens, a título de lucro, entre sócios ou acionistas.
	Ou seja, Entende-se por estabelecimento empresarial o conjunto de bens (como máquinas, marca, tecnologia, imóvel ,etc.) que o empresário ou sociedade empresária reúne para a exploração da atividade econômica.
TRESPASSE
	Chama-se de trespasse a transferência onerosa do estabelecimento empresarial. Como estabelecimento empresarial é um complexo de bens ao qual se atribui certa organização, é variável o objeto da cessão (trespasse). Nos casos mais simples, é a loja: a livraria, o restaurante, o supermercado. Mas pode haver o trespasse de várias unidades, enfeixadas numa só; por exemplo, uma instituição financeira estrangeira que deixa de atuar no Brasil pode trespassar toda a sua operação (agências, postos de atendimento bancário, centrais de compensação etc.) para outra instituição financeira. Uma sociedade que explora diversas atividades negociais pode abandonar uma delas, trespassando os estabelecimentos por ela responsáveis; ilustro: uma indústria de alimentos, que não se interesse mais pelo setor de atomatados (extrato de tomate, molho, ketchup etc.), pode trespassar as unidades responsáveis para uma outra sociedade. A dinamicidade do mercado demanda atenção do jurista para qualificar cada situação, certo que alguns desafiam uma compreensão clássica do conceito. É o que se passa com a prática de ceder a carteira de clientes (contratos de trato sucessivo) em sociedades nas quais as instalações físicas tenham menos importância, a exemplo de planos de saúde e afins.

Continue navegando