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Trabalho PPB PARTE2 Versão 02

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
Curso de Graduação em Psicologia
Marcos Nunweiler Grande Junior - N636CD9
Cibele Martins Meireles - N6835J4
Douglas Braga Moraes Haro – F25BGH0
Anangelica Maia – F27ACG7
Ricardo Gaede Nogueira – N6151E9
“ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS DO ESTRESSE NA QUALIDADE DE VIDA: um estudo com jovens adultos”.
São José dos Campos – SP
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
Curso de Graduação em Psicologia
Marcos Nunweiler Grande Junior - N636CD9
Cibele Martins Meireles - N6835J4
Douglas Braga Moraes Haro – F25BGH0
Anangelica Maia – F27ACG7
Ricardo Gaede Nogueira – N6151E9
“ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS DO ESTRESSE NA QUALIDADE DE VIDA: um estudo com jovens adultos”.
Trabalho de Pesquisa apresentado à disciplina PPB – Processos Psicológicos Básicos do curso de Psicologia da Universidade Paulista, sob a orientação da Prof.ª. Esp. Camila Iana Ribeiro de Almeida Lamm.
São José dos Campos – SP
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	03
1.1 OBJETIVOS	03
1.1.1 Objetivo Geral	03
1.1.2 Objetivos Específicos	03
1.2 JUSTIFICATIVA	04
2 METODOLOGIA	05
2.1 PARTICIPANTES	05
2.2 INSTRUMENTOS	06
2.3 APARATOS DE PESQUISA	06
2.4 PROCEDIMENTOS	06
2.5 RESSALVAS ÉTICAS	07
3 RESULTADOS	08
4 DISCUSSÃO	11
5 CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
APÊNDICE - Questionário Sociodemográfico	16
ANEXO I - Escalas	20
ANEXO II - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido	21
ANEXO III - Fichas de APS	26
1 INTRODUÇÃO
O estresse é uma reação natural do organismo, em que o corpo reage frente à situações desconfortáveis, ameaçadoras ou em momentos de alta irritabilidade, provocados pela vida cotidianas. Tais situações podem ser interpretadas de maneira subjetiva ou individual, provocando o aumento na produção de hormônios como a adrenalina, cortisol e norepinefrina que quando liberados no corpo causam desequilíbrio químico e emocional, podendo até desenvolver doenças crônicas como a ansiedade ou a depressão.
De acordo com Selye, um austro-húngaro que realizou experimento em laboratórios e avaliações sobre o estresse, determinou sobre 3 estágios : Alerta, resistência e exaustão. Conforme os estágios evoluem, os danos causados no organismo do indivíduo se agravam.
Um nível elevado de estresse entre as fases da vida, está na faixa etária de 20 a 30 anos de idade. É uma fase de transição, de busca da independência e desenvolvimento da maturidade, a qual o indivíduo anseia por autonomia.
Portanto, diante de todas as situações que podem causar estresse e sua influência no organismo humano, se faz necessário que esse fenômeno seja mais conhecido para que possamos identificá-lo para conseguir vencê-lo da melhor forma possível. O intuito desse trabalho é promover essa identificação, pesquisando pessoas de 20 à 30 anos, e avaliando o quanto a qualidade de suas vidas é afetada pelo estresse causando prejuízos para sua memória.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Entender como o estresse altera a capacidade de memorizar interferindo na qualidade de vida.
1.1.2 Específicos
· Buscar definições sobre o que é estresse, seus níveis e possíveis danos na saúde de uma pessoa. 
· Descrever o funcionamento da memória e de que forma o estresse influencia.
· Fazer uma correlação entre os impactos na memória pelo estresse e a qualidade de vida.
· Analisar de que maneira a psicologia pode contribuir para o equilíbrio emocional diante do estresse e contribuir para a qualidade de vida.
1.2 Justificativa
De acordo com Lipp, fundadora da IPCS, “Vivemos um momento de grandes mudanças e todas as mudanças geram stress.”. Assim destaca-se o stress como uma reação do organismo diante de situações adversas, que merece ser observada com atenção pois exige um esforço emocional do indivíduo para atingir sua homeostase.
O aprofundamento desse tema é de grande relevância, pois a partir dele pode-se criar e melhorar métodos que ajudam a manter o equilíbrio do corpo em estado de stress. A pesquisa abordará o funcionamento do stress e detalhará como a memória e a dificuldade de atenção são afetadas. Além disso, vamos correlacionar o stress como sendo um fator de piora na qualidade de vida.
Com o avanço do tempo, o stress começou a ficar cada vez mais comum na vida das pessoas. A “correria” dos dias e extrema competitividade fez com que pessoas ficassem cada vez mais estressadas, desenvolvendo problemas físicos, mentais e sociais que pioram sua qualidade de vida (LIPP, GLOBALIZAÇÃO E MUDANÇAS: O STRESS DO NOVO MILÊNIO). Explorar esse tema significa poder ampliar o conhecimento sobre como diminuir as consequências causadas por essa doença, assim, melhorando a qualidade de vida do indivíduo.
2 METODOLOGIA
Inicialmente convidou-se voluntários na faixa etária de 20 a 30 anos de ambos os sexos, atividade profissional e estado civil não determinado a responder uma pesquisa. Em seguida, realizou-se uma avaliação quantitativa com 23 questões na qual: a) 13 perguntas são baseadas na Escala de Percepção de Estresse, EPS-13(em anexo), uma medida global de estresse que se propõe avaliar o grau em que um indivíduo julga as situações da sua vida como estressantes. A escala mede, por meio da interpretação do voluntário, sua ação, sentimentos e estado físico diante de situações cotidianas. As 13 questões que compõem a escala apresentam opções de respostas que variam de zero a quatro (0=nunca; 1=quase nunca; 2=às vezes; 3=quase sempre; 4=sempre). As questões com conotação positiva (4,5,6,7,9 e 10) tem sua pontuação somada invertida, de acordo com cálculo: 4-(R4), 4-(R5), 4-(R6), 4-(R7), 4-(R9), 4-(R10). Após a reversão todos os itens devem ser somados. O escore, obtido com a soma de todos os itens, é utilizado como medida de estresse; b) 8 perguntas, numa escala de 1 a 7, baseadas no questionário de lapso de memória, QLM(em anexo), para medir a frequência média de esquecimento em situações habituais do cotidiano, relacionando–o com a intensidade do estresse; c) 2 perguntas baseadas no instrumento WHOQOL-bref(em anexo), através das quais o indivíduo avaliará sua qualidade de vida e satisfação com a memória considerando o impacto do estresse e lapso de memória em sua vida. Medido através das respostas 1 =muito ruim, 2=ruim, 3=nem ruim nem boa, 4=boa e 5=muito boa.
Nosso questionário foi elaborado com questões fechadas, em que o voluntário escolhe sua resposta entre as opções sugeridas. Este tipo de pergunta, embora restrinja a liberdade das respostas, facilita a tabulação e análise do resultado.
2.1 PARTICIPANTES
Participarão desse estudo 5 voluntários residentes na área central urbana de São José dos Campos e Jacareí. 
O único critério exigido será que todos tenham entre 20 a 30 anos.
Os voluntários serão convidados a participar da pesquisa via aplicativo multiplataforma de mensagem instantânea.
2.2 INSTRUMENTOS
Escala de Percepção de Estresse EPS-13, Avaliação da Qualidade de Vida “WHOQOL-bref”, Questionário de Lapso de Memória QLM.
2.3 APARATOS DE PESQUISA
Usamos computadores, smartphones, artigos científicos online para elaboração do trabalho e buscamos as escalas na internet para usar elaboração do questionário.
2. 4 PROCEDIMENTOS
Esta pesquisa foi feita por estudantes do 2° semestre do curso de Psicologia da Universidade Paulista UNIP, sendo parte das atividades da disciplina de Processos Psicológicos Básicos, sob orientação da Prof.ª. Esp. Camila Iana Ribeiro de Almeida Lamm.
O desenvolvimento deste trabalho se dividirá em duas etapas: 
A primeira etapa consistirá no desenvolvimento do tema, objetivos e metodologia da pesquisa, bem como a composição de um questionário destinado a ser aplicado aos participantes voluntários.
A segunda etapa se iniciará após a validação da orientadora dos itens da primeira etapa, e consistirá na aplicação do questionário aos voluntários selecionados, na apresentação e análise dos dados coletados, e na elaboração das conclusões do trabalho.
Devido às consequências da pandemia do COVID-19, que ocorre no momento da elaboração desta pesquisa, foidecidido que o contato com os candidatos a participação, e a aplicação do questionário, ocorrerão de forma remota, através da internet.
A obtenção do consentimento livre e esclarecido dos candidatos começará com uma explicação clara, pelos pesquisadores, sobre:
- A natureza e o propósito da pesquisa;
- Como as informações coletadas serão utilizadas;
- A garantia de sua anonimidade;
- O direito de retirar seu consentimento, e não mais participar da pesquisa, a qualquer momento; 
Após esse processo serão entregues aos participantes uma via eletrônica do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, contendo todas as informações explicadas anteriormente, além das informações de contato do pesquisador e da instituição responsáveis. Este termo deverá ser lido e assinado pelos candidatos que desejarem participar, e também pelo pesquisador responsável. Os entrevistadores também irão se dispor a responder quaisquer dúvidas que os participantes venham a ter sobre o questionário e a pesquisa. 
A aplicação do questionário será através da internet, utilizando-se a plataforma Google Forms.
Os dados coletados pelo questionário serão apresentados e analisados neste trabalho, conforme os objetivos específicos estabelecidos.
2.5 RESSALVAS ÉTICAS
Esta pesquisa segue as diretrizes éticas estabelecidas pela Resolução n°466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que regula as pesquisas científicas envolvendo seres humanos no Brasil, e pela Resolução CNS n°510/16, que complementa a Resolução CNS n°466/12, sobrepondo-a nas questões particulares das pesquisas do campo das Ciências Humanas e Sociais, envolvendo seres humanos. 
Dentre as normas da Resolução CNS n°510/16 são especialmente relevantes para este trabalho o Capítulo II, que define os princípios éticos em Ciências Humanas e Sociais, explicitando as nossas responsabilidades éticas na elaboração deste trabalho, e o Capítulo III, que regulamenta o processo de consentimento e assentimento livre e esclarecido, estabelecendo métodos adequados para a obtenção e registro de consentimento, determinando as informações às quais o participante deve ter conhecimento neste processo, e, finalmente, delineando os direitos do participante em relação a pesquisa.
3. RESULTADOS
Foram convidados a participar da pesquisa cinco (100%) jovens adultos, os quais aceitaram de forma voluntária. A média geral de idade foi de 23,6 anos, prevaleceu o sexo feminino 3 (60%) do total de participantes. Em relação à situação conjugal, 4 (80%) são solteiros e não possuem filhos. No que tange ao grau de escolaridade 1 (20%) é pós graduação. Quanto a atividade profissional 3 (60%) possuem regime de trabalho. 100% dos voluntários não possuem doença psicológica e não fazem nenhum tratamento (tabela 1).
	Tabela 1 . Características sócio demográfica jovens adultos n(5) 
	idade média 
	23,6
	sexo
	 
	fem
	3
	60%
	masc
	2
	40%
	estado civil
	 
	solteiro
	4
	80%
	casado
	1
	20%
	filhos
	 
	 
	não
	4
	80%
	sim
	1
	20%
	escolaridade
	 
	ensino médio completo
	3
	60%
	cursando superior
	1
	20%
	pos graduação
	1
	20%
	exerce atividade profissional
	 
	 
	não
	2
	40%
	sim
	3
	60%
	tem alguma doença psicológica diagnosticada
	 
	 
	não
	100%
	está atualmente fazendo algum tratamento psicológico
	
	 
	não
	100%
O total da interpretação, realizada por cada voluntário quanto às situações da sua vida como estressante, por meio da escala de estresse percebido, seguindo o score de 0 a 52, sendo esse o limite máximo, apresentou valor médio abaixo dos 50% (26), apesar de 2 (25%) dos voluntários atingirem valores superior à média. (Tabela 2).
	 Tabela 2. Apuração Escala Estresse Percebido n (5) 
	 
	Score
	voluntário 1
	37
	voluntário 2
	20
	voluntário 3
	31
	voluntário 4
	12
	voluntário 5
	18
	média
	26
	No que se refere à apuração do QLM, o qual tem o score de 1 a 56, demonstrou que todos os voluntários apresentaram uma frequência média de esquecimento em situações do cotidiano inferior aos 50% (28) (Tabela 3).
	Tabela 3. Apuração Lapso de Memória n(5) 
	 
	Score
	voluntário 1
	22
	voluntário 2
	21
	voluntário 3
	21
	voluntário 4
	25
	voluntário 5
	24
	Média
	28
	Quando comparado os escores atingidos por cada voluntário quanto ao nível de estresse percebido e o lapso de memória, não se pode afirmar que exista uma relação única entre eles, uma vez que, quando analisado, considerando todos os participantes, o voluntário 4 atingiu o menor score de estresse percebido e o maior em lapso de memória (Tabela 4).
	
Tabela 4. Comparação do estresse percebido e o lapso de memória.
	 
	Estresse percebido 
	Lapso de memória
	voluntário 1
	37
	22
	voluntário 2
	20
	21
	voluntário 3
	31
	21
	voluntário 4
	12
	25
	voluntário 5
	18
	24
	Quando analisado à avaliação de qualidade de vida de cada voluntário, observa-se uma classificação positiva dos voluntários com score de estresse mais baixo, e a não interferência do lapso de memória para essa classificação (Tabela 5).
	Tabela 5 - Avaliação da qualidade de vida comparando com o estresse percebido e o lapso de memória.
	 
	ruim
	nem boa nem ruim
	boa
	muito boa
	Estresse percebido 
	Lapso de memória
	voluntário 1
	x
	 
	 
	 
	 
	37
	22
	voluntário 2
	 
	 
	 
	x
	 
	20
	21
	voluntário 3
	 
	x
	 
	 
	31
	21
	voluntário 4
	 
	 
	 
	 
	x
	12
	25
	voluntário 5
	 
	 
	 
	x
	 
	18
	24
	Quando analisado a avaliação quanto à satisfação com a memória, observa-se que a classificação dada por cada voluntário tem uma maior relação com o estresse percebido do que com o lapso de memória (Tabela 6).
	Tabela 6 - Satisfação com a memória, lapso de memória e estresse percebido.
	 
	Nem satisfeita nem insatisfeita
	Satisfeita
	Lapso de memória
	Estresse percebido 
	 
	
	
	
	
	voluntário 1
	x
	 
	22
	37
	voluntário 2
	 
	 
	x
	21
	20
	voluntário 3
	x
	 
	21
	31
	voluntário 4
	 
	 
	x
	25
	12
	voluntário 5
	 
	 
	x
	24
	18
	Em relação à forma como o questionário foi administrado, 100% foi encaminhado pelo google forms não havendo nenhum registro de dificuldade pelo voluntário em acessá-lo ou respondê-lo.
4. DISCUSSÃO
Nossa pesquisa teve como objetivo avaliar o nível de estresse experimentado em jovens adultos, com idade média de 23 anos, e seu impacto na memória e na qualidade de vida dos voluntários. 
	Uma das abordagens adotadas para definição de estresse é a biológica, ou seja, diante de um estímulo ou de situações de carga excessiva ou nociva quais são as alterações fisiológicas provocadas no sistema biológico. “A resposta não específica do corpo a qualquer exigência” (Selye, 1979, p. 34).
	A escala de estresse percebido assume a perspectiva teórica de que “a pessoa interage ativamente com o meio ambiente, apreciando os acontecimentos como potencialmente ameaçadores ou desafiantes à luz dos recursos de coping disponíveis” (Cohen 1983, p.386). Dessa forma os resultados demonstraram que se tratando dos sentimentos de nervoso e estresse, bem como a inabilidade para lidar com as mudanças que a vida apresenta como a incapacidade de controlar o tempo, foram situações apreciadas pelos voluntários como mais ameaçadoras, os quais não possuíram recurso cognitivo e comportamental suficiente para enfrentarem tais situações (Tabela 7 e Tabela 8). 
	
	Tabela 8 Apuração Questionário Lapso de Memória n(5)
	Perguntas
	Voluntário 1
	Voluntário 2
	Voluntário 3
	Voluntário 4
	Voluntário 5
	14. Ao sair de casa é costume esquecer-se de trazer certas coisas consigo e ter que voltar para buscar?
	2
	2
	1
	4
	4
	15. É costume confundir direita e esquerda, quando fornece indicações de direção?
	2
	2
	1
	1
	2
	16. É costume voltar a fazer uma coisa que já tinha feito há instantes, como verificar se a janela está fechada?
	5
	3
	6
	5
	2
	17. É costume esquecer-se de dar recados ou de lembrar alguma coisa a alguém?
	4
	1
	3
	2
	4
	18. Ao entrar na sala, cozinha ou noutro compartimento da sua casa ou do local de trabalho costuma esquecer-se do que iria fazer?
	2
	5
	2
	2
	3
	19. É costume ter dificuldades em encontrar um objetoque acabou de guardar?
	2
	1
	2
	4
	2
	20. É costume ler alguma coisa e ao fim perceber que não
prestou atenção tendo de ler tudo novamente?
	3
	4
	4
	5
	4
	21. Costuma esquecer-se do que lhe foi pedido há minutos atrás, sendo necessário relembrá-lo?
	2
	3
	2
	2
	3
	
	22
	21
	21
	25
	24
	
	As questões apresentadas na EPS demonstram o quanto os voluntários acham suas vidas imprevisível, incontrolável, sobrecarregada e ainda o nível de estresse experimentado. (Cohen etal. 1983; Cohen & Williamson, 1988), 
	 Diante de uma situação de estresse, o organismo entra em um processo de ativação, o qual interfere nos sentidos cognitivos e emocionais (Pina, 2004), como também a atividade intelectual desorganiza-se e aumenta a dificuldade, qualitativa e quantitativa, de atenção e concentração. Esses fatores são atributos de suma importância para a memória sensorial, estágio inicial do processo de memorização. Uma vez que, algo interfere na interpretação ou entendimento do estímulo a informação se perde, pois não houve atenção e concentração suficiente para significá-la e encaminhá-la para a memória de curto prazo. (Feldman, 2015).	O cortisol liberado pelo corpo em situações de estresse pode também prejudicar a recuperação da informação aprendida recentemente, pouco mais de uma hora. (Wolf, 2009).
	Embora a literatura e artigos científicos nos apresentem relações de causa e efeito entre o estresse e a memória, o teste aplicado QLM para realização dessa pesquisa não foi suficiente para demonstrar essa relação.
A qualidade de vida é entendida como um estado bem - estar mental, social e físico. O estresse, segundo Rios (2006), interfere na qualidade de vida, pois modifica a maneira como o indivíduo interage com o meio nas diversas áreas da sua vida. A pesquisa nos mostrou que existe uma relação inversa entre o estresse percebido e qualidade de vida, de forma que, na medida em que os valores do estresse percebido aumentam, a classificação quanto à qualidade de vida é mais negativa, ou vice-versa.
4. CONCLUSÃO
Concluímos com esse trabalho que o estresse percebido não se demonstrou como fator preponderante para o lapso de memória, mas sim influenciou diretamente na avaliação de qualidade de vida dos entrevistados, quer positivamente quanto negativamente, como também quanto ao nível de satisfação com a memória.
Sendo o ser humano um indivíduo biopsicossocial, o qual tem seu comportamento e processos mentais construídos a partir da sua interação com o meio e é influenciado pelos fatores hereditários, psicológicos e socioculturais, é de muita significância a capacidade que ele desenvolve de ressignificação, “do que ele fez com o que fizeram dele”. Esse processo deve ser contínuo, através do qual virá a “força” ou não para resolver as situações difíceis e estressantes propostas pela vida, com mais ou menos serenidade. 
Isso não significa que o estresse esteja longe do indivíduo “forte e com inteligência emocional”, todos são suscetíveis a ele, até porque o estresse passageiro e curto nos ativa para realizarmos coisas desafiadoras, o que deve ser considerado “maligno” é o estresse longo e perseverante.
As psicologias, em toda sua abrangência de conhecimentos epistemológicos, oferecem muitas ferramentas para o ser humano se conhecer, compreender seu comportamento e psique, saber quais características próprias o favorece e não favorece. Nesse sentido, a figura da(o) psicóloga(o) pode contribuir muito, ajudando o ser humano nesse processo de autoconhecimento e fortalecimento emocional. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 466, de 12 de dezembro de 2012. Trata sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jun. 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 510, de 7 de abril de 2016. Trata sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em ciências humanas e sociais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 maio 2016.
FLECK, Marcelo PA et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.34, n.2, p.178-183, abr. 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000200012&lng=pt&nrm=iso>
GUERRIERO, Iara Coelho Zito; MINAYO, Maria Cecilia. A aprovação da Resolução CNS nº 510/2016 é um avanço para a ciência brasileira. Saude soc., São Paulo , v. 28, n. 4, p. 299-310, Dec. 2019. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902019000400299&lng=en&nrm=iso>
Lipp, Marilda EN. O stress está dentro de você. São Paulo: Contexto; 2000.
LUFT, Caroline Di Bernardi et al. Versão brasileira da Escala de Estresse Percebido: tradução e validação para idosos. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 41, n.4, p.606-615, Ago. 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102007000400015&lng=en&nrm=iso>.
PINTO, A. C. Questionário de lapsos de memória (QLM): Dados psicométricos e análise dos efeitos da idade e sexo sobre a frequência de lapsos. Psychologica, v.4, Universidade de Coimbra, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 1990. Disponível em <https://sigarra.up.pt/fpceup/en/pub_geral.show_file?pi_doc_id=17197>
APÊNDICE I – QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO
Agradecemos por ter aceitado o convite para participar dessa pesquisa, que tem por objetivo avaliar a influência dos níveis de estresse na memória de um indivíduo jovem adulto.
A fim de realizar a pesquisa, foram utilizadas para a elaboração das perguntas, as escalas de estresse percebido (Luft 2007), o questionário de lapso de memória descrito em um estudo da Universidade de Psicologia do Porto (Pinto 1990) como também o instrumento abreviado de avaliação de qualidade de vida encontrado na publicação do artigo Aplicação da versão em português "WHOQOL-bref" (Fleck 2000).
Para tanto solicitamos que você preencha as informações solicitadas neste questionário de forma breve e mais honestamente possível, observando sua vida nos últimos 30 dias.
Dados pessoais:
Data:____/____/____
Idade _________________ Sexo ____________________ 
Estado Civil ______________________ Filhos ( ) sim ( ) não, quantos?________
Cidade em que mora __________________________________________________
Escolaridade_________________________________________________________
Profissão ___________________________________________________________
Tem alguma doença psicológica diagnosticada?____________________________
Qual?_______________________________________________________________ 
Está atualmente fazendo algum tratamento psicológico? ( ) sim ( ) não 
Qual?_______________________________________________________________ 
Com o objetivo de mensurar o estresse percebido em jovens adultos, fazemos perguntas a respeito dos seus sentimentos e pensamentos durante os últimos 30 dias (último mês). Responda cada questão, indicando a frequência com que você sentiu ou pensou a respeito de cada situação abaixo.
		
	Nunca
	Quase
Nunca
	Algumas
vezes
	Com
Frequência
	Muitas
Vezes
	1. No último mês, com que frequência se sentiu aborrecido com algo que ocorreu inesperadamente?
	0
	1
	2
	3
	4
	2. No último mês, com que frequência se sentiu incapaz de controlar as coisas que são importantes na sua vida?
	0
	1
	2
	3
	4
	3. No último mês, com que frequência se sentiu nervoso ou estressado?
	0
	1
	2
	3
	4
	4. No último mês, com que frequência enfrentou com sucesso coisas aborrecidas e chatas?(1)
	0
	1
	2
	3
	4
	5. No último mês, com que frequência sentiu que estava a enfrentar com eficiência mudanças importantes que estavam a ocorrer na sua vida? (1)
	0
	1
	2
	3
	4
	6. No último mês, com que frequência se sentiu confiante na sua capacidade para lidar com seus problemas pessoais? (1)
	0
	1
	2
	3
	4
	7. No último mês com que frequência sentiu que as coisas estavam a correr como queria?(1)
	0
	1
	2
	3
	4
	8. No último mês, comque frequência reparou que conseguia fazer todas as coisas que tinha que fazer?
	0
	1
	2
	3
	4
	9. No último mês com que frequência se sentiu capaz de controlar as suas irritações?(1)
	0
	1
	2
	3
	4
	10. No último mês com que frequência sentiu que as coisas lhe estavam indo bem?(1)
	0
	1
	2
	3
	4
	11. No último mês, com que frequência se sentiu irritado(a) com coisas que aconteceram e que estavam fora do seu controle?
	0
	1
	2
	3
	4
	12. No último mês, com que frequência foi capaz de controlar o seu tempo?
	0
	1
	2
	3
	4
	13. No último mês, com que frequência sentiu que as dificuldades se acumulavam ao ponto de não ser capaz de ultrapassá-las?
	0
	1
	2
	3
	4
LUFT, Caroline Di Bernardi et al. Versão brasileira da Escala de Estresse Percebido: tradução e validação para idosos. Rev. Saúde Pública, São Paulo,v. 41, n.4, p.606-615, Ago. 2007. 
É comum uma pessoa ter falha de memória. Num momento esquecemos onde deixamos as chaves de casa, noutro esquecemo-nos do item que compraríamos no supermercado. Essas falhas de memória ocorrem mais a algumas pessoas do que a outras podendo ser mais frequentes devido a preocupações e cansaço da vida cotidiana.
Abaixo cito algumas situações do dia a dia que usualmente ocorrem falhas de memória. Ficaria muito grata se lesse e respondesse, numa escala de 1 a 7, a frequência com que nos últimos 30 dias as falhas de memória ocorreram com você, em cada situação.
	
	
	Nunca
	Raramente
	Poucas vezes.
	Às vezes.
	Várias vezes
	Muitas vezes
	Sempre
	14. Ao sair de casa é costume esquecer-se de trazer certas coisas consigo e ter que voltar para buscar?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	15. É costume confundir direita e esquerda, quando fornece indicações de direção?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	16. É costume voltar a fazer uma coisa que já tinha feito há instantes, como verificar se a janela está fechada?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	17. É costume esquecer-se de dar recados ou de lembrar alguma coisa a alguém?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	18. Ao entrar na sala, cozinha ou noutro compartimento da sua casa ou do local de trabalho costuma esquecer-se do que iria fazer?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	19. É costume ter dificuldades em encontrar um objeto que acabou de guardar?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	20. É costume ler alguma coisa e ao fim perceber que não prestou atenção tendo de ler tudo novamente?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	21. Costuma esquecer-se do que lhe foi pedido há minutos atrás, sendo necessário relembrá-lo?
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
PINTO, A. C. Questionário de lapsos de memória (QLM): Dados psicométricos e análise dos efeitos da idade e sexo sobre a frequência de lapsos. Psychologica, v.4, Universidade de Coimbra, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 1990.
Considerando as respostas anteriores, responda:
	
	Muito ruim
	Ruim
	Nem ruim nem boa
	Boa
	Muito boa
	22. Como você avalia sua qualidade de vida?
	1
	2
	3
	4
	5
	
	Muito
satisfeito
	Insatisfeito
	Nem satisfeito nem insatisfeito
	Satisfeito
	Muito satisfeito
	23. Quão satisfeito você está com sua memória?
	1
	2
	3
	4
	5
FLECK, Marcelo PA et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.34, n.2, p.178-183, abr. 2000.
Escalas 
Perguntas de 1 a 13 - Escala de estresse percebido EPS-13. (Versão brasileira da Escala de Estresse Percebido: tradução e validação para idosos) 
Perguntas de 14 a 21 - Questionário de Lapsos de Memória (QLM).
Perguntas 22 e 23 - Perguntas baseadas no instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida WHOQOL-bref.
Computação dos escores da escala de estresse percebido
· Os itens 4,5,6,7,9 e 10 são positivos e por essa razão devem ter a pontuação revertida.
· Calculo: 4-(R4), 4-(R5), 4-(R6), 4-(R7), 4-(R9), 4-(R10).
· Após a reversão todos os itens devem ser somados.
· O escore, obtido com a soma de todos os itens, é utilizado como medida de estresse.

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