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A IMPOTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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23
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCAÇÃO INFANTIL
GIOVAVA VANESSA PIRES- 4129798840
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
são pedro-sp
2020
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Autora¹
Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços)
RESUMO
O ato de brincar é necessário para que as crianças possam verdadeiramente reaver o significado de cada atividade. Na maior parte das situações estas práticas são subestimadas, pois muitos adultos acham que a brincadeira em si, acontece apenas por diversão, mas ao contrário, é uma das formas mais prazerosas e em alguns sentidos mais eficazes de aprender. Uma criança não é compartimentada, sendo assim, não é possível separar o sentido de ser criança do brincar. Brincando se aprende a viver, é desta maneira que as crianças estabelecem as primeiras interações sociais. A brincadeira, essencialmente quando realizada com materiais lúdicos, ou até mesmo a brincadeira com a imaginação que auxilia no desenvolvimento da criatividade e na construção do raciocínio. Justamente por todas as características listadas, nota-se a importância didática dos jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil e a necessidade de estabelecer um novo olhar sobre as metodologias lúdicas, afinal como diz o ditado, “é brincando que se aprende”. Conforme afirma Piaget, cada nova capacidade adquirida por meio do lúdico, traz uma nova necessidade de aprendizado. A literatura mostra que brincar faz parte do desenvolvimento infantil e para a criança a brincadeira não é apenas um passatempo, mas tem como fim assimilar a realidade, através de resolução de conflitos, da compreensão de necessidades não satisfeitas ou da simples inversão de papéis. Neste cenário professor é na realidade o mediador do processo de ensino-aprendizagem e tem um papel importante no uso do lúdico como ferramenta de trabalho pedagógica. Desta forma se estabelece a identidade emocional, social e intelectual. A brincadeira é vista na literatura da educação como um recurso que tem por finalidade estimular o desenvolvimento infantil e desta maneira, pode proporcionar objetos e meios facilitadores para a aprendizagem escolar. Assim, o que se pode concluir é que, utilizar a brincadeira como um recurso escolar na educação infantil é aproveitar uma motivação própria das crianças para tornar a aprendizagem mais atraente. 
Palavras-chave: Brincar. Brinquedos. Lúdico. Aprendizagem. Educação.
INTRODUÇÃO
Brinquedo, brincadeira e jogo são termos que podem se confundir, não somente no que diz respeito ao conceito de cada um, mas também considerando que a sua utilização varia também de acordo com o idioma utilizado. Bomtempo e Cols (1986), Kishimoto (1994), Brougère; Wajskop (1997) e Baptista da Silva (2003) discutem as dificuldades existentes na definição dessas palavras, segundo os autores, cada idioma possui particularidades na utilização das mesmas, o que as faz diferirem entre si. A palavra em português que indica a ação lúdica infantil é caracterizada pelos verbos brincar e jogar, sendo que brincar indica atividade lúdica não estruturada e jogar, atividade que envolve os jogos de regras propriamente ditos.
Segundo Vygotsky (1991), a brincadeira, mesmo sendo livre e não estruturada, possui regras. Para o autor, até mesmo o faz-de-conta possui regras que conduzem o comportamento das crianças. Por exemplo, uma criança que brinca de ser a mãe das suas bonecas assume comportamentos e posturas conhecidas por ela como sendo próprias da figura materna. Por isso Vygotsky (1991) entende o brincar como parte essencial para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois faz parte dos processos de simbolização e de representação e levam ao pensamento abstrato.
Brincar é direito da criança, assegurado pela constituição e previsto em documentos legais nacionais e internacionais, como na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Declaração dos Direitos da Criança, a Constituição Federal e a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), todos asseguram o direito à recreação, ao lazer e a brincar.
Considerando a relevância do brincar na infância, é preciso avaliar o peso que possui no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças e como isso pode ser utilizado com eficácia como um recurso educacional.
A matrícula na Educação Infantil passou a ser obrigatória para todas as crianças de 4 e 5 anos em 2013 e esta etapa é o início do processo educativo e normalmente, o primeiro contato da criança com uma socialização estruturada. Navarro (2009) alega que o brincar é uma prática social do universo infantil e para que seja mais prazerosa é necessário ter um brinquedo, um ambiente, uma história, um colega. Desta forma, na escola para ser utilizado como ferramenta pedagógica o professor tem o papel de mediador com o objetivo de fazer do brincar algo criativo e estimulante, assegurando oportunidades de aprendizagens variadas.
Apesar desta fase da aprendizagem (no início da educação infantil) ser vista como um processo espontâneo é necessário um contexto educativo intencional para que o conhecimento seja sistematizado. Portanto, cabe ao educador organizar, planejar e mediar às situações de aprendizagem para garantir o desenvolvimento pleno da criança. Para que as práticas pedagógicas relacionadas ao brincar-aprender, aconteçam e sejam eficazes, foram estabelecidos na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil, sendo eles:
- Conviver: com crianças e adultos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.
- Brincar: cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
- Participar: ativamente desde o planejamento, até o desenrolar das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, decidindo e se posicionando.
- Explorar: movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
- Expressar: como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
- Conhecer-se: para construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.
Atualmente é preciso também, compreender a evolução da sociedade no âmbito da tecnologia e aproveitar de maneira lúdica esse novo conhecimento. Diante do exposto até o momento é possível afirmar que não é o brincar por brincar, visto que a intencionalidade e organização nas brincadeiras são necessárias para que atendamao contexto de aprendizado.
Tendo em vista a necessidade de uma exposição conceitual, será feita uma análise de estudos e pesquisas já produzidos sobre a ludicidade para esclarecer a importância desse direito essencial ao desenvolvimento e formação das crianças.
CRIANÇA E INFÂNCIA – A MUDANÇA DE PERCEPÇÃO AO LONGO DO TEMPO
Antigamente, no período grego clássico, Platão define a criança como um ser inferior (Platão, 2010, p.302). Nesta época o sentido da família era social e não sentimental. A criança era um objeto que poderia ser substituído por outro com melhores condições. Até os sete anos a criança era considerada incapaz, pois não dominava as palavras. Após passar a fase de mortalidade, a criança passava ocupar o espaço no mundo adulto, na família e no trabalho.
Essa visão mudou a partir do século XVIII, onde o/s cuidados com a criança mudam devido à interferência dos poderes públicos, da escola e da igreja.
Nesse período se iniciam os primeiros estudos em psicologia sobre o funcionamento da mente da criança para melhor adaptar os métodos educacionais. A partir daí a infância passou a ser vista como uma fase peculiar da vida. 
Esses conceitos continuaram a evoluir e, hoje fazem parte dos documentos oficiais dos governos. No Brasil, por exemplo, há concepções sobre a infância e a criança em dois documentos oficiais do MEC.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil – DCNEI, parecer 022/1998, afirma que: 
São seres humanos portadores de todas as melhores potencialidades da espécie:
*inteligentes, curiosas, animadas, brincalhonas em busca de relacionamentos gratificantes, pois descobertos entendimento, afeto, amor, brincadeira, bom humor e segurança trazem bem- estar e felicidade;
*encantadas, fascinadas, solidárias e cooperativas desde que o contexto ao seu redor, e principalmente, nós adultos/educadores, saibamos responder, provocar e apoiar o encantamento, a fascinação, que levam ao conhecimento, à generosidade e à participação (BRASIL, 1998).
As atuais DCNEI consideram a criança como:
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentimentos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2010, p. 14).
O princípio que deve nortear a ação educativa é o fato de a criança ser um indivíduo que constrói ao longo da vida conhecimento e cultura.
A RELAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE BRINCAR E APRENDER
Segundo Brougére (1997) a brincadeira enquanto método pedagógico permite que a criança siga o curso da natureza humana, pois a criança aprende de forma natural e a partir de coisas que ela conhece.
Muitas pessoas tendem a pensar que aprender é somente cumprir conteúdos, mas se enganam, pois é na verdade uma sucessão de metodologias e recursos que preservam cada etapa do desenvolvimento da criança. É exatamente sob esse espectro que o lúdico se torna importante diante desse novo olhar para a educação infantil. 
Educar significa, portanto, proporcionar situações de cuidados. Brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança e o acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. ” (RCNEI,1998, p.23)
	
	Brincar melhora sua concentração e aumenta a sua imaginação. Segundo Vygotsky (1998), não se trata apenas de um passatempo, mas de um processo de aprendizagem significativa. Assim, é necessário oferecer situações lúdicas que favoreçam experiências afetivas, sociais, motoras e cognitivas, elevando seu nível de interesse com a brincadeira, sua imaginação e seu aprendizado.
Respeitando as brincadeiras, o educador poderá desenvolver novas habilidades no repertório de seus alunos. Bomtempo (1997) sugere que as intervenções não específicas por parte dos professores podem oferecer várias possibilidades e também estimular a criatividade das crianças. A mesma autora também afirma que a intervenção do professor não deve, de forma alguma, podar a imaginação criativa da criança, mas sim orientar para que a brincadeira espontânea apareça na situação de aprendizagem. Alves (2001) resume isto apontando para a simplicidade do tema afirmando que, “Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar” (p. 21).
	É através do jogo simbólico, segundo Piaget, a segunda fase do jogo na infância, se expressando nas brincadeiras. Esta expansão da imaginação define mentes criativas, eloquentes, independentes e inteligentes. 
	Como destaca Brougére, o brinquedo e o brincar incorporam os conhecimentos sobre a criança ou, ao menos, as representações largamente difundidas que circulam nas imagens que nossa sociedade é capaz de segregar. (2000, p. 98)
	Assim é possível afirmar que, brincar na infância, permite descobertas físicas e emocionais. Vygotsky afirma que o jogo e as brincadeiras contribuem para que os conteúdos e conhecimentos sejam consolidados, facilitam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração, estimulando a capacidade de discernimento, com ambientes desafiadores e possibilitando a conquista de estágios mais avançados de raciocínio.
BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO
Estando relacionado à aprendizagem ou simplesmente à diversão e distração, tudo faz parte do universo infantil. O brincar é de suma importância para o desenvolvimento da infância e nas interações da criança com o mundo.
Há alguns conceitos de brinquedo, brincadeira e jogos que serão evidenciados a seguir:
· Brinquedo – é o objeto em si, consiste no incentivo material que ganha sentido de acordo com as vivências da criança que com ele interage, imagina, cria, representa e constrói conhecimentos sociais durante a infância.
· Brincadeira – Tem uma concepção ampla e que vai além do uso do brinquedo. A brincadeira pode ser individual ou coletiva e ter ou não regras. 
O brincar tem mais flexibilidade nas regras, pois elas podem ser mudadas quando necessário, ou simplesmente pode se estabelecer o brincar sem traçar regra alguma. Segundo Vygostky: 
[...] a brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é a outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de um problema, sob a orientação de um adulto ou um companheiro mais capaz. (VYGOSTKY,1989, p. 130) 
No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a brincadeira é tida como algo fundamental para o desenvolvimento da criança, pois através dela se desenvolvem: imaginação, atenção, imitação, memória e a socialização (BRASIL, 1998, p. 22).
· Jogo – esta é uma atividade mais estruturada e com regras. São atribuídos ao jogo vários sentidos, tais como: o prazer, a descontração, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as regras, o caráter fictício ou representativo e sua limitação no tempo e no espaço. (KISHIMOTO, 2009, p, 23).
Piaget fala do jogo em três dimensões: como exercício (imitação), de maneira simbólica (faz-de-conta) e o jogo de regras (relações sociais e interpessoais). Quando a criança chega ao estágio das regras, substitui o símbolo e se enquadram nas relações sociais, que, para Piaget, é a prova concreta do desenvolvimento da criança.
Segundo Oliveira:
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de seruma mãe boa, forte e confiável. (OLIVEIRA, 2000, p. 19).
	
	É assim que a criança se expressa e se comunica com o mundo ao seu redor, brincando.
A PEDAGOGIA DO LÚDICO
	
	“É brincando que se aprende”. A partir da afirmação deste dito popular é possível considerar a importância da dimensão lúdica como ferramenta pedagógica. Conforme afirma Navarro (2009), ao dizer que o brincar como prática do universo infantil para ser prazeroso é necessário ter um brinquedo, ambiente, história ou amigo. Neste sentido, o educador tem que ser o mediador, para que o brincar realmente estimule e oportunize aprendizagens reais.
	Partindo desse princípio, Froebel introduziu os jogos e brinquedos no trabalho pedagógico infantil, foi a criação dos jardins da infância. Havia distinção entre os jogos e brinquedos. Sendo respectivamente baseado nos dons e deveriam ser orientados por um adulto e o outro relacionado ao simbolismo, para que a criança pudesse se expressar livremente. Assim, Froebel coloca o brincar como uma das principais atividades do desenvolvimento humano, sobretudo nos primeiros anos de vida.
... A criança que brinca sempre, com determinação autoativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto-sacrifício para a promoção de seu bem e dos outros... O brincar, em qualquer tempo, não é trivial, é altamente sério e de profunda significação” (Kishimoto, 1999, apud Froebel, p.23)
Luria, Leontiev e Vygotsky (1977), afirmam que as interações e o processo de aprendizagem da criança têm início muito antes da escola. Portanto, ao chegar na escola, ela já tem experiências e aprendizagens adquiridas em outros meios sociais que convive.
É papel do educador adequar cada atividade a fase de desenvolvimento da criança, para que não seja inócua.
	Para ser eficaz, o lúdico tem que ser significativo, do ponto de vista pedagógico e também do ponto de vista da criança. 
	
A importância do brincar para a criança.
	
	Para compreender o desenvolvimento intelectual da criança e o quanto o lúdico colabora nesse processo é necessário aprender sobre cada fase da criança. 
	O docente tem a responsabilidade de oportunizar situações que estejam 
de acordo com o nível de desenvolvimento cognitivo da criança. 
	Piaget dividiu o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Sensório-motor (0 a 24 meses) – aumento das capacidades sensoriais e motoras. As primeiras ações dos bebês são por reflexo e pouco a pouco, assumem um controle intencional sobre a suas ações motoras. No início desse estágio, os objetos só existem se são vistos ou tocados, não há o senso de permanência. No final desse estágio, a criança já é capaz de criar representações mentais dos objetos ou ações. 
Pré-operatório (2 a 7 anos) – neste estágio as crianças desenvolvem o pensamento representativo e iniciam a comunicação verbal.
Nesse estágio, as crianças aprimoram o seu desenvolvimento conceitual e linguístico.
Operatório-concreto (7 a 12 anos) – Além de ideias e memória, eles conseguem realizar operações com essas ideias e memórias com os objetos concretos. Não há abstração.
Operatório-formal (12 anos em diante) – Aí se inicia o raciocínio lógico e sistemático. As estruturas cognitivas chegam ao nível máximo. 
	Com base nos fundamentos do desenvolvimento de Piaget, é possível analisar a relação da criança com a ludicidade. 
	Kishimoto (2010, p. 1) afirma que a criança explora o mundo através do brincar. É desta forma que expressa e compreende os significados, visto que o brincar é a principal atividade diária de uma criança. É assim que a criança expressa plenamente. Essas dimensões devem constar do projeto pedagógico de toda escola de educação infantil e ser colocado em prática. 
	As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (2010) expõem em seu 9º artigo que: “As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e as brincadeiras [...]”.
Segundo Wantanabe e Lima (2012, p. 29) ”A ludicidade é parte do cotidiano da criança, constitui-se um dos primeiros elementos das culturas da infância.” Sendo assim, pode-se afirmar com convicção que é por meio da brincadeira que as crianças interagem entre si e com o mundo em que vivem.
	Finalmente, pode-se afirmar que as práticas pedagógicas devem garantir todas essas experiências lúdicas e o projeto pedagógico deve contemplar a diversidade de possibilidades de conhecimento para as crianças.
 
O brincar e a criança digital.
	Ao longo dos anos e principalmente com o avanço da tecnologia, a forma de brincar mudou.
	Atualmente é comum que as crianças escolham brinquedos tecnológicos. Isso atesta que a forma de brincar tem se desenvolvido.
	Antigamente, grande parte dos brinquedos e das brincadeiras eram criados e confeccionados pelas próprias crianças. Isso exigia criatividade. Porém, paralelamente, no aspecto pedagógico, era raro o uso de jogos e, brinquedos. Ne cenário atual entretanto, 
	A dificuldade atual é saber moderar, dosar o tempo que a criança tem acesso à tecnologia em detrimento de outras atividades, pois o uso em excesso limita a exploração dos sentidos e até mesmo o contato social físico, que são fatores imprescindíveis no desenvolvimento infantil.
De modo geral, pais e educadores foram habituados a olhar a criança como alguém que recebe cultura. A cibercultura infantil, participativa, altera essa tradicional percepção quando diz que a criança é produtora e difusora de informações e valores, que cria e divulga suas invenções, que é agente ativo e propulsor de cultura (COSTA, 2009). Certa transição entre esses entendimentos tem, também, uma história e está associada a certos modos de como a infância foi tratada em épocas distintas (MANSON, 2001).
As mídias estão em todo lugar, uma realidade que não dá para negar ou desprezar. É preciso saber conviver e aproveitar o que essa tecnologia nos oferece positivamente. A internet oferece uma gama 	infinita de possibilidades de comunicação e soluções de problemas para o dia a dia corrido dos dias atuais. 	
O que é preciso fazer é cuidar da forma como são utilizados esses recursos tecnológicos. 
	Sobre os cuidados Boff salienta:
“O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude . Portanto, abrange mais que um momento 34 de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro” (BOFF, 1999, p. 33)
	A tecnologia é muito eficiente como recurso pedagógico e pode ser um excelente apoio dos docentes, visto que oportuniza a pesquisa, possibilita que a turma tenha com orientação e supervisão “viajar” a qualquer lugar do mundo através de filmes, historinhas e sempre que surge uma dúvida ou necessidade, podem ser utilizados meios de pesquisa em tempo real.
	Ressalta-se, porém, que as atividades com as mídias não substituem os brinquedos tradicionais. Boff (1999) afirma que, o mundo virtual criou um novo ambiente para o ser humano, fechado em si mesmo, onde não há o contato físico e social. É esse o aspecto preocupante em relação às tecnologias e as crianças.
“Longe da ideia de que o computador viria substituir o professor, seu uso vem, sobretudo, reforçar o papel do professor na preparação, condução e avaliação do processo de ensino e aprendizagem” (PCN, 1998, p.45).
Fisicamente, o prejuízo para a criança que fica exposta por muito tempo ao celular e computador é grande. Principalmente o risco da obesidade infantil. Não há interesse em movimentar o corpo, pois diante do celular e do computador, o ambiente é cômodo, e ao mesmo tempo a criança se alimenta (mal).
	São esses aspectos negativos que os pais e a escola têm que estar atentos. Orientação e controle em todas as atividades que os pequenos desenvolvem, principalmente na internet, são imprescindíveis para prevenir problemas no futuro. Segundo Boff (1999), o mundo virtual criou um novo ambientepara o ser humano, fechado em si mesmo, onde não há o contato físico e social. É esse o aspecto preocupante em relação às tecnologias e as crianças.
	Mas, como todas as coisas que nos cercam, tudo na medida certa e com controle, assume um aspecto positivo, principalmente para os pequenos. Em relação ao aprendizado, as crianças adquirem a habilidade autodidata ao ter contato com esses dispositivos, sendo capazes de abstrair com facilidade o funcionamento e ainda são capazes de orientar os adultos no uso dos aparelhos e das mídias. Há muitas atividades e jogos que trabalham o raciocínio lógico e estratégias para todas as idades.
Entretanto, tudo na medida certa, há o lado positivo, principalmente para os pequenos. Há muitas atividades e jogos que trabalham o raciocínio lógico e estratégias para todas as idades.
A DIVERSIDADE DE JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
A ludicidade permite à criança participar de tarefas de aprendizagem com motivação. Segundo Kishimoto (1999), o jogo tem duas funções: a lúdica, que proporciona diversão e prazer, e a educativa, onde desenvolve habilidades e aprende. Portanto, é preciso oferecer aos pequenos situações desafiadoras que permitam seu desenvolvimento psicomotor, por meio de atividades lúdicas e recreativas, com práticas voltadas para o movimento corporal e a interação social.
 	Os jogos e brinquedos são interpretados atualmente como “objetos” que são imprescindíveis no aprendizado das crianças. Deixaram de ser apenas distrações e fazem parte da sala de aula de todas as escolas, se apropriando de um espaço pedagógico muito importante. 
	Nesse âmbito, vemos um investimento muito grande, por parte dos empresários, em desenvolver brinquedos e jogos diferentes e sofisticados, buscando atender as necessidades e interesses das crianças e, claro, um comércio cada vez maior. Os estudiosos se concentraram em mostrar a importância dos jogos e brinquedos para a criança de uma forma geral.
	Temos uma grande variedade de jogos e brinquedos, materiais pedagógicos e um universo de brincadeiras que podem ser realizadas com esses materiais ou não. Para a brincadeira, não é preciso necessariamente ter vínculo com um objeto. Podem ser brincadeiras ligadas à música, por exemplo, ou apresentações artísticas e encenações.
	Quando falamos em jogos, sempre temos uma diversidade, como jogos de caneta e papel, de cartas, de dados, de tabuleiros, musicais e interativos. Alguns tipos de jogos são indicados para os alunos da educação infantil, mas quando falamos do aspecto pedagógico, os jogos lúdicos (na perspectiva piagetiana) são os mais indicados para estimular o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças.
	Piaget propõe uma forma de jogo em cada fase de desenvolvimento da criança:
- Jogos de exercício sensório-motor – de 0 a 2 anos – nessa fase a criança está desenvolvendo suas habilidades sensoriais e motoras. Os jogos são de reconhecimento do próprio corpo, de reconhecimento de pessoas e objetos e do treino de movimentos que estimulem o caminhar e suas variações.
- Jogo simbólico – de 2 a 6 anos – é a fase onde a criança atribui simbolismo aos objetos. São jogos que envolvem a imaginação e a imitação;
- Jogos de regras – de 7 a 12 anos – é a fase onde a criança consegue conservar informações, mesmo que elas se modifiquem. São jogos com regras regulamentadas, que asseguram a reciprocidade dos meios empregados (Rau, 2007). 
	Os brinquedos podem ser classificados em brinquedos artesanais, industrializados e pedagógicos.
	Os brinquedos artesanais são os brinquedos feitos à mão e com histórico cultural. São as bonecas de pano, as pipas, o bilboquê e toda sorte de brinquedos que podem ser feitos artesanalmente. Utilizam materiais domésticos, como retalhos de pano, copinhos, restos de costura etc. Eles estimulam a criatividade e a imaginação da criança, pois dão sentido aos objetos que são descartados e reutilizados em forma de brinquedo.
	Nesta categoria de brinquedos artesanais, podemos colocar também aqueles produzidos com madeira, que normalmente se constituem de peça única, já que na produção artesanal cada brinquedo fica diferente do outro.
	Os brinquedos industrializados são os brinquedos produzidos em série por uma indústria. Atualmente, são muito bem elaborados e causam um interesse muito grande tanto em crianças como em adultos devido à perfeição na sua confecção. Normalmente são feitos de plástico e metal.
	Inseridos na classificação de brinquedos industrializados, temos os brinquedos tecnológicos, tablets, computadores, notebooks, vídeo games etc. 
	Atualmente vemos uma grande utilização desse tipo de brinquedo/aparelho em crianças de pouca idade, antes mesmo dos dois anos de idade. São brinquedos que oferecem opções virtuais de jogos, brincadeiras e vídeos (educativos ou não). No âmbito pedagógico tem seu valor, segundo Gomes (2013, p. 155) “alguns aplicativos podem ajudar no desenvolvimento das capacidades cognitivas, auxiliando no aprendizado de cores, formas, na coordenação motora e no processo de alfabetização”.
	As crianças são tão dinâmicas, interativas e velozes quanto as mídias que utilizam. Assim, Gomes (2013, p 152), aponta que “[...] a escola não pode ficar à margem do avanço tecnológico, sendo que o uso crítico e construtivo das Tecnologias de Informação e Comunicação deve ocorrer o quanto antes, ou seja, a partir da Educação Infantil”. 
	Embora os limites no uso das tecnologias pelas crianças tenham que ser impostos, é indiscutível que se trata de um recurso lúdico eficiente para a prática pedagógica.
	Os brinquedos pedagógicos são confeccionados em plástico, madeira ou pano. Podem ser industrializados ou feitos artesanalmente. São os mais utilizados em sala de aula, pois já são criados e elaborados na concepção da aprendizagem. Muitos deles são reversíveis, se constituem, conforme Kishimoto:
[...] placas de madeira podem formar um castelo, uma bicicleta, um carro, sendo que em instantes, tudo pode ser desmanchado e reconstituído, levando a criança a compreender que o mais importante não é uma bonita produção artística e, sim, o envolvimento durante o trabalho, porque o conhecimento está na ação e não nos objetos. (KISHIMOTO, 1999, p. 34)
	
	O que é significante, segundo a autora, é que a criança compreenda que o seu envolvimento e a sua interação com os colegas durante o uso do brinquedo ou durante a brincadeira, é o que mais importa e não a qualidade artística do que fez. O que vale é a experiência, a realização da atividade e a diversão.
	É muito importante ressaltar que quando há a oportunidade da criança construir seu brinquedo, seguem-se diversas formas de estímulos e aprendizado, como a criatividade, o planejamento para a construção do brinquedo, decisão sobre a escolha do material, habilidades motoras e artísticas na montagem do brinquedo e o sentido simbólico que será atribuído a ele durante a brincadeira. 
	As brincadeiras podem ser livres ou planejadas. A criança desenvolve habilidades nas duas formas de brincar. 
	Nas brincadeiras livres, as crianças brincam pelo prazer de brincar. É quando ela mesma define qual é a brincadeira, o como vai brincar e com quem. Dessa forma, a criança desenvolve a autonomia, expressa seus sentimentos e se adapta às regras sociais do meio em que vive.
	No ambiente escolar, é necessário que o professor destine um tempo para o livre brincar. Segundo Dornelles:
[...] É importante também que se garanta um tempo para o livre brincar, pelo prazer de brincar. Que meninos e meninas brinquem e cuidem de si e do outro nas suas brincadeiras. Que eles/as possam brincar entendendo que, quem está a fim de brincar, tem seu direito garantido para fazê-los. (DORNELLES, 2001, p. 108)
	Já as brincadeiras planejadas devem ser direcionadas e mediadas pelo professor, pois há intencionalidade educativa. Podem ser utilizados diversos recursos e materiais didáticos na brincadeira planejada, inclusive brinquedos que darão suporte à brincadeira. Segundo Kishimoto (2006, p. 36) “quando as situações lúdicas são intencionalmentecriadas pelo adulto com vista a estimular certos tipos de aprendizagens, surge a dimensão educativa”.
	Diante da importância da utilização dos recursos lúdicos na educação infantil (jogos, brinquedos e brincadeiras), é necessário que haja planejamento para as ações, tornando a aprendizagem significativa. 
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
Brincar, brincadeiras, brinquedos, jogos e crianças são conceitos associados. Não há como definir um sem a participação do outro.
	O brincar é uma forma privilegiada da criança entender o mundo. É a linguagem que vem desde o nascimento, na interação bebê e mãe, onde os gestos e expressões firmam a relação entre eles.
	Na Educação Infantil a criança tem o primeiro contato com a realidade fora da instituição familiar e com o contexto pedagógico. São suas primeiras experiências e precisam ser significativas e prazerosas. É nesse momento, onde se inicia a educação formal, que as atividades despertam na criança o gosto pela leitura, pelas artes, pela matemática e pelo estudo da natureza e da sociedade. Porém, isso acontece somente se houver o estímulo adequado, fazendo do ambiente escolar e das atividades ali realizadas fonte de prazer e conhecimento.
	O trabalho baseado no lúdico promove o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas, auxiliando no desenvolvimento de várias habilidades com motivação e efetivo aprendizado.
	As crianças em idade pré-escolar aprendem pela experiência e pelas relações que estabelecem na escola. O brincar é uma fonte completa e inesgotável de possibilidades de experiências e interações. 
	É por meio do brincar que a criança aprende a interagir, construir e reconstruir relações sociais, cooperar entre si, desenvolver e acatar regras estabelecidas pelo grupo, ampliar a imaginação e a criatividade.
	Propiciar a prática pedagógica numa postura lúdica é favorecer o desenvolvimento da criança em sua globalidade, construindo sua identidade social e pessoal, desenvolvendo sua linguagem e expressão oral e escrita, ampliando seu vocabulário e sua oralidade, cultivando relações nas interações entre os pares e, durante a prática lúdica, reconhecendo limites de espaço e tempo, promovendo o respeito à diversidade e efetivando o seu aprendizado.
	É por todas essas características e benefícios que o brincar faz parte dos documentos oficiais como eixo norteador das práticas pedagógicas da Educação Infantil. Assim sendo, todas as linguagens trabalhadas nessa fase do desenvolvimento da criança, devem ser baseadas no brincar, com atividades planejadas e mediadas pelo professor.
	Além de todos esses aspectos descritos, o brincar tem sua significação cultural, como objeto de conhecimento. Os brinquedos, brincadeiras e jogos são produções culturais, constituem um patrimônio cultural produzido ao longo da história de um povo e transmitido de geração a geração, contribuindo para que a criança conheça sua cultura, se aproprie e se torne protagonista dela.
	O professor é o motivador, o mediador e o organizador de todas essas práticas pedagógicas. São as práticas bem conduzidas pelo professor que motivam os alunos a participarem e aprenderem com entusiasmo. 
Por essa razão, o professor deve estar preparado para desenvolver seu planejamento norteado pela prática do lúdico. Assim como, a escola deve estar preparada e organizada no sentido de favorecer tais atividades, propiciando espaços para o desenvolvimento das atividades tanto em sala de aula como no ambiente externo e material pedagógico de qualidade e suficiente para atender a todas as idades.
Em suma, a importância do brincar para a efetivação da aprendizagem com qualidade na educação infantil é indiscutível. Não só é necessária, como deve ser o elemento norteador de todo o trabalho pedagógico nessa fase da infância. É preciso profissionais comprometidos com a educação, que se atualizem e estejam preparados para lidar com essa característica tão importante do processo de aprendizagem. A escola tem que estar preparada estruturalmente e administrativamente, conduzindo um planejamento baseado no lúdico e oferecendo espaços adequados, material de qualidade e formação permanente para que o professor possa conduzir o processo de ensino com excelência.
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