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Tumores cutâneos Tatiane Lira – MED UFPE · · Vão ser abordados os tumores malignos e benignos, principalmente os que derivam de céls específicas da pele. · Os tumores cutâneos derivam de que tipo celular? · Ceratinócitos: ○ Derivam das céls basais. ○ Tumores malignos: carcinomas espinocelulares ou escamosos. · Céls basais: ○ Estão na área + inferior, próximo à membrana basal. ○ Tumores malignos: basaliomas ou carcinomas basocelulares. · Melanócitos: ○ Céls que produzem melanina. ○ Se localizam na membrana justabasal. ○ Tumores malignos: melanomas. · Outras linhagens: vasos, nervos, histiócitos, céls de Langerhans, músculo, tec. adiposo, mastócitos, linfócitos. · Tumores malignos cutâneos + comuns: · Carcinoma basocelular. · Carcinoma espinocelular. · Melanoma. · Sarcomas. · Linfomas. · Tumores anexiais malignos. · … · Tumores benignos cutâneos + comuns: · Queratoses seborreicas. · Dermatose papulosa nigra. · Hemangioma. · Granuloma piogênico. · Lipoma. CÂNCER DE PELE NÃO-MELANOMA · CPNM é a malignidade + comum em humanos. · CBC 80% e CEC 20%. · Não trazem mortalidade na mesma frequência e gravidade mas a morbidade é muito grande (requer cirurgia, pode ter sequela estética a depender da área). · Nos EUA, estima-se que 1 em cada 5 pessoas terá CPMN. · Esforços preventivos objetivam reduzir incidência, mortalidade e morbidade. · Fatores de risco: · Ambientais: ○ A cumulativa é quem leva sol numa frequência muito alta (ex.: trabalha no sol todo dia) e intermitente é quem passa um tempo sem levar sol e torra num fds/feriado (causando queimadura). ○ Os últimos 4 têm relação c/ CEC principalmente de mucosa e semimucosa. ○ HPV participa muito de carcimoma genitais (lesões de carcinoma indolente). ○ Tabagismo tem relação c/ carcinomas de cavidade oral. · Genéticos: relacionados ao fenótipo ○ Pele clara, olhos claros, cabelo ruivo ou loiro → reduzem a produção natural contra RUV e têm maior risco de CPNM. · Síndromes genéticas. · Transplantados de órgãos: principalmente renal (que usam imunossupressores: tacrolimus, sirolimus, corticoide de longa data, ciclosporina). · Tto quimioterápico. · AIDS. · Feridas crônicas que não cicatrizam: até lesões de eczema de estase, c/ úlcera de estase (que fere cronicamente e o estímulo de cicatrização constante leva à predisposição). · Cicatrizes de queimadura de longa data. Carcinoma basocelular · Deriva das céls não queratinizadas que originam a camada basal da epiderme. · CBC nodular: · Clássico, apresentação + comum. · Pápula ou nódulo. · Superfície perolada: meio brilhosa. · Pode ter tendência a ulceração central. · Presença de telangiectasias (pequenos vasos na superfície da lesão). · Bordas cilíndricas: cresce de forma arredondada p/ periferia. Lesão menor, + papulosa, perto do sulco nasogeniano; c/ dermatoscópio, se observa telangiectasia central arboriforme, fundo róseo; lesão pequena, brilhosa, eritematosa/rósea na área do supercílio esquerdo. C/ tendência à ulceração central, borda arredondada. Pode ser pigmentado: parcialmente (tem um pouco de glóbulos pigmentares mas não perde as características gerais) ou totalmente (DD c/ melanoma). · De forma geral, tem crescimento indolente (demora anos p/ crescer: às vezes pcte só nota quando a lesão está maior ou a queixa é lesão que não cicatriza, fere quando lava/enxuga o rosto). · Tumor maligno + frequente: 75% dos CPNM (1.000.000 casos / ano nos EUA). · Neoplasia maligna de melhor prognóstico. · + comum em idosos (> 50a) e no sexo masculino. · Áreas fotoexpostas (então principal localização anatômica é face). · Raro no negro. · Não há precursores conhecidos: não deriva de lesão pré-neoplásica. · Capacidade de crescimento contínua: às vezes pcte tem impressão que cicatrizou na superfície porque deixou de ulcerar ou sangrar, mas na profundidade continua expandindo (às vezes infiltrando tec. adjacentes, inclusive ossos). · Regressão espontânea improvável: cresce indefinidamente se não tratar/remover (maior perigo é invasão local). · Quase nunca desenvolve metástases: 1:1.000 a 35.000; requer grande negligência; lesões faciais podem levar à metástase linfonodal e até pulmonar de longo prazo. · Localização: ○ Cabeça e pescoço (90%). ○ ⅔ superiores da face e nariz (20%): zona H → acomete fronte, área pré-auricular, até próximo a área mandibular, área malar e infra orbital, dorso nasal e área supra-labial. ○ Menos comum no tronco e extremidades. ○ Não surge em mucosa de forma primária (apenas acomete por contiguidade). · CBC superficial: · Nas lesões de tronco e extremidades, tem-se aspecto clínico eritêmato-escamoso. · Tende a crescer radialmente (p/ lateralidade). · Pode infiltrar de longo prazo. · Não pruriginosa, tende a ser fixa, crescimento lento e gradual. · Pode tratar de forma não-cirúrgica: medicações tópicas. · DD: psoríase, eczema. · CBC esclerodermiforme: · Tem esclerose. · Aspecto cicatricial, parede lesão de queimadura. · É difícil de delimitar clinicamente (por isso há indicação de cirurgias c/ checagem intraoperatória de margem histológica). · DD: esclerodermia (afeta tec. conjuntivo provocando espessamento/endurecimento da pele). · Forma terebrante: · + úmidas, ulceradas e agressivas. · Lesão grande, pode ser pigmentada. · Tendem a acontecer em longo prazo. · Podem evoluir c/ metástase regional. · Outras formas são: plano-cicatricial, pigmentado, basoescamoso ou metatípico. · A biópsia confirma o diagnóstico e o tto depende de localização, tamanho e profundidade da lesão. Perguntas: Qual desses não é CBC? C → é um nevo intradérmico, s/ brilho, cor se aproxima + da pele, pcte + jovem, s/ tanto fotodano. Qual desses é CBC? B → pcte c/ fotodano crônico, lesão arredondada, bem delimitada, uniforme, tendência a ulceração central, brilhosa. A é nevo azul, C é queratose seborreica (aspecto rugoso e + seco) e D é nevo melanocítico congênito. Carcinoma espinocelular · Ou CA de céls escamosas ou CA epidermoide. · Derivada dos queratinócitos suprabasais (camada espinhosa). · Potencial de doença metastática bem maior. · Pode afetar diferentes regiões da pele. · Também envolve mucosa de epitélio escamoso (boca, esôfago, vagina). · Pode se desenvolver a partir de lesões precursoras: · Queratoses actínicas: ○ Padrão de alteração celular displásica envolvendo superfície - s/ ultrapassar membrana basal -, que não envolve toda espessura da epiderme. ○ Proliferação de queratinócitos aberrantes. ○ Devido exposição prolongada ○ Lesões pequenas mal delimitadas, descamativas, em base eritematosa, de superfície áspera (hiperceratóticas). ○ Face, áreas calvas, pescoço, dorso de mãos e antebraços, orelhas. ○ Não existe pcte c/ 1 QA, observa grande área de múltiplos focos de cancerização. ○ Tem que tratar todo o campo de cancerização como medida preventiva (na maioria das vezes são medidas destrutivas locais: cauterização química c/ ácido, eletrocirurgia, medicações tópicas*, criocirurgia, curetagem). *5-fluorouracil 1-2% ou 5% (efurix; quimioterápico tópico, antimitótico), imiquimod 5% em creme (imunomodulador, agonista toll-like do receptor tipo 7 → estimula o linfócito a reconhecer a cél alterada e destruir a lesão) → em ambos, durante o tto, existe piora da lesão (como se tivesse + irritada, pode sangrar, fazer crosta: é a defesa do pcte trabalhando ali) → se não piorar, tto não ta funcionando. ○ Risco de QA → CEC é de 1 em cada 1.000 / ano. Grandes campos de QA (difícil delimitar quantas lesões tem); lesões eritematosas, um pouco acastanhadas, tendem a ser + secas (por ter componente queratinócito). · Doença de Bowen: ○ É o CEC in situ (superficial, não ultrapassou membrana basal). ○ Padrão de alteração celular displásica envolvendo todo epitélio. ○ Geralmente lesão única. ○ Placa achatada rósea, bem delimitada, aspecto eritêmato-descamativo. ○ Principalmente em cabeça, pescoço e pernas. ○ DD c/ CBC superficial, Tinea corporis, eczema numular, QA, psoríase e ceratose seborreica. ○ Ttos podem ser locais (já citados anteriormente), não necessariamente cirúrgicos. ○ Risco de DB → CEC éde 5-10% (invasividade* de forma lenta e gradual; mas + agressivos do que os que surgem da QA). *Ultrapassa membrana basal e faz blocos de céls queratinizadas na derme. · Eritroplasia de Queyrat, líquen escleroatrófico genital, cicatrizes de queimaduras, úlcera de Marjolin. · CEC invasivo: · Lesão que pode, em diversos graus, ulcerar/infiltrar/ficar sangrante. · Pode ser um pouco + espiculado, tem componente queratinizado (tende a ser + "seco" e ter + descamação). · Evolução: ○ Lesão tão antiga e agressiva e o queratinócito já está tão desdiferenciado que não se identifica descamação e componente de queratina morfologicamente. ○ Observa grandes nódulos ou tumores exofíticos e úmidos. ○ Precisa de HP p/ diferenciar se é CEC ou de outra linhagem. · Área do lábio inferior é sítio importante p/ CEC: ○ Por ser projetado e servir de anteparo de exposição ao sol. ○ No Br, + visto em homens (mulheres usam + batons, que acabam protegendo do ponto de vista físico). ○ Começa c/ lesão que tende a ficar exulcerada, fissurada, que sangra, arde e não cicatriza fácil. ○ Lesão infiltrativo-vegetante. ○ Pode infiltrar e assumir aspecto tumoral → desenvolver lesão nodular + intensa. ○ Tem risco de metástase + alto que em outros sítios. ○ Muito comum derivar de lesão precursora: queilite actínica (é a QA do lábio). · O diagnóstico é confirmado pela biópsia e tto se baseia em tamanho, tempo de evolução e localização da lesão. Tto de CPNM · Excisão cirúrgica: de forma tridimensional · Margem de 4mm: 98% CBCs não-morfeiformes < 2cm. · Margem de 6mm: CBC esclerodermiforme, CEC de alto risco (> 2cm, pouco diferenciado). · Curetagem c/ eletrocoagulação: · Em lesões pequenas em áreas de baixo risco (tronco, braço, dorso). · Taxas de cura 97% em CBCs < 1cm. · CECs bem diferenciados e < 1cm. · Útil em quem tem múltiplas lesões (não da p/ fazer várias excisões de cara). · Criocirurgia: · Tto c/ nitrogênio líquido (congela a lesão). · Lesões de baixo risco. · Cirurgia micrográfica de MOHS: · Alto curto, na maioria das vezes não tem acesso prática. · Demarca contorno da lesão e divide em vários quadrantes. · Vai retirando aos poucos (tipo uma pizza). · C/ checagem intraoperatória das margens cirúrgicas do ponto de vista tridimensional. · Consegue preservar maior parte de pele sã possível e retirar toda lesão c/ confirmação histológica. · Recorrência de apenas 1% em 5a. · CBCs recorrentes, morfeiformes/esclerodermiformes, pouco delimitados, de alto risco. · Radioterapia: restrita aos pctes que não têm condição cirúrgica ou lesões não completamente excisadas ou recorrentes. · Terapia fotodinâmica: aplica sensibilizante na pele lesional, oclui por 2-3h e irradia LED vermelho que ativa a medicação a destruir a lesão (liberam porfirinas → estimulam liberação de radicais superóxidos → destruição do tecido tumoral). · Tto medicamentoso: · Em lesões superficiais e pctes em graus muito avançados, com grande probabilidade de óbito. · 5-fluorouracil em creme a 5%. · Imiquimod em creme a 5%. MELANOMA · Tumor maligno derivado dos melanócitos, que tem a pele como local primário. · Incidência e mortalidade vem crescendo nas últimas décadas → frequência e diagnóstico vem aumentando. · Ocorre independente da idade, mas geralmente em adultos jovens. · Predominantemente no tronco em homens e pernas/quadril nas mulheres. · Morte por melanoma ocorre em idades + jovens do que por outros tumores sólidos. · Alto potencial de produzir metástases. · Detecção precoce é um objetivo importante no manejo do melanoma. · Fatores de risco: · Predisposição genética (pesa +): locus CDKN2a → relacionado a 2 genes de supressão tumoral: p16 e p14 ARF (envolvido na síndrome do melanoma familial); além de xeroderma pigmentoso, albinismo. · Fatores ambientais: grande exposição solar (principalmente na infância e intermitente provocando queimaduras; pesa menos se é cumulativa). · Fatores individuais: grande n° de nevos melanocíticos, presença de nevos atípicos (síndrome do nevo displásico), fototipos baixos, história pessoal de melanoma. · Aspecto clínico: · Lesão pigmentada única ABCDE, em áreas fotoexpostas (especialmente as c/ exposição intermitente). · Assimetria: uma metade diferente da outra. · Bordas irregulares: contorno mal definido. · Cor variável: várias colorações; preto, azul, marrom escuro e claro, fundo eritematoso-avermelhado, acinzentado, róseo, tom + branco (+ claro que pele adjacente). · Diâmetro: > 0,5cm. · Evolução: mudança c/ o tempo do aspecto (tamanho, formato, cor) ou do sintoma local. · Exame clínico: · Dermatoscopia: ○ Auxilia p/ definir se a lesão pigmentada é benigna, suspeita (acompanha ou remove) ou altamente suspeita (remove). ○ Observa rede pigmentar atípica (parece rendilhado na superfície). ○ Estrias na periferia. ○ Glóbulos ou pontos atípicos irregularmente distribuídos. ○ Vasos sanguíneos irregulares. ○ Estruturas de regressão (aspecto branco cicatricial). ○ Véu azul-esbranquicado. · Mas o diagnóstico definitivo é histopatológico. Melanoma extensivo superficial · 30-50a. · + comuns: 70% dos casos. · Cerca de ½ vem de nevos pré-existentes. · Mácula pigmentada ou placa levemente elevada c/ mistura de cores e bordas irregulares. · Lesão c/ área pigmentada acinzentada central, eritema de fundo. Melanoma nodular · 6a década de vida. · 15-30% dos casos. · Qualquer sítio: tronco, cabeça e pescoço. · Nasce como um nódulo, tende a ter uma profundidade de acometimento maior: cresce verticalmente. · Ve grande lesão papulosa ou nodular bem enegrecida (preto-azulado). · DD: nevo, CBC pigmentado. Lentigo maligno melanoma · 7a década de vida. · 15% dos casos. · Pcte c/ muito fotodano: nariz e bochechas. · Melanoma in situ na maioria das vezes. · Cresce radialmente, as vezes é difícil delimitar. · A lesão é grande, tem pigmento, bordas irregulares, área eritematosa, área enegrecida-acastanhada. · Estima que 5% deles evoluam p/ melanoma invasivo. Melanoma lentiginoso acral · 7a década de vida. · Incomum: 7-10% dos casos. · + comum em pctes c/ fototipo alto. · Unhas, palmas e plantas. · Lesão plana, marrom a negra, c/ bordas irregulares. · Podem haver nódulos ou pápulas. · DD: pequeno trauma, pigmentação exógena. · Qualquer lesão suspeita dessas de melanoma, deve fazer biópsia excisional* c/ margens estreitas: *A lesão deve ser removida por completo, c/ margem de até 2-3mm. · É importante enviar dados p/ patologista: idade, sexo, sítio anatômico (tronco, cabeça e pescoço). · O resultado do anatomopatológico vem c/ microestadiamento: define o tto, ampliação de margem, necessidade de linfonodo sentinela e exames, frequência de seguimento clínico. · O laudo HP vem c/ os seguintes índices: ○ Tipo histológico do melanoma. ○ Fase de crescimento (radial ou vertical). ○ Classificação de Clark: níveis de invasão (in situ/intraepidérmico, derme papilar superior, derme papilar, derme reticular, hipoderme). ○ Índice de Breslow: principal fator prognóstico; indica profundidade do melanoma (afere da camada granulosa ao último bloco de cél tumoral e define a espessura em milímetros). ○ Índice mitótico: n° de mitoses por milímetro quadrado. ○ Infiltrado inflamatório linfocitário peritumoral/intratumoral. ○ Invasão vascular linfática: n° de linfonodos envolvidos e metástases; se for cirurgia secundária → linfonodo sentinela. ○ Invasão vascular sanguínea. ○ Invasão perineural. ○ Ulceração: se é ulcerado ou não. ○ Regressão tumoral: se tem fibrose. ○ Satelitose microscópica. ○ Margens cirúrgicas. ○ Marcadores imuno-histoquímicos (proteína S-100 e HMB-45): identifica natureza da linhagem celular. · Prognóstico: · Quanto + precoce o diagnóstico, melhor a sobrevida do pcte. · Tto: · Excisão primária da lesão. · HP define espessura da m de segurança e outros dados prognósticos no microestadiamento. · Ampliação de margens tridimensionais: · Biópsia de linfonodo sentinela: casos + avançados; 1° linfonodo de drenagem. · Linfadenectomias: se vier positivo. · Quimioterapia: em casos metastáticos. · Imunoterapia (interferon-alfa): em casos metastáticos.· Terapia-alvo: ttos oncológicos que melhoram prognóstico do pcte e podem até curar melanoma metastático; mas medicações são bem caras. · Radioterapia: metástase óssea e cerebral. · A incidência de um 2° melanoma é de 2-5% em 5-20a do diagnóstico inicial: · Revisar local que removeu. · Visualizar a pele como um todo. · Acompanhamento de 4/4m nos primeiros 3a por dermatologista e oncologista. · Acompanhamento anual pelo resto da vida. · É importante identificar recorrência potencialmente curáveis ou novos cânceres primários. · Conclusões p/ cânceres de pele: · Reconhecer os fatores de risco. · Incentivar o autoexame da pele. · Estimular visitas ao dermatologista pelo menos 1x ao ano (principalmente pcte c/ fotodano, história familiar de melanoma, múltiplos nevos). · É importante a detecção precoce. · Prevenção: · Horários de exposição ao sol controlados. · Uso de protetores solares. · Chapéus c/ abas > 10cm. · Evitar queimaduras solares. QUERATOSES SEBORREICAS · Tumores frequentes. · > 40a. · Não acomete mucosas. · Não há malignização. · Aspecto papilomatoso, acastanhado, um pouco rugoso e descamativo, bem delimitado. · Remove só se incomodar o pcte. · Tendem a se acumular c/ o passar dos anos: · Sinal de Leser-Trelat: · Surgimento abrupto de múltiplas pode fazer pensar num fenômeno paraneoplásico. · Manifestação paraneoplásica: ○ Adenocarcinoma de estômago, cólon, mama. ○ Linfomas, leucemia e melanoma. DERMATOSE PAPULOSA NIGRA · Queratose seborreica c/ lesões pequenas, às vezes pediculadas. · Acometendo face e pescoço. · Mulheres negras > 4a década de vida. · Benignas, s/ risco de malignização. · Remove se pcte quiser: lazer, eletrocoagulação. ACROCÓRDONS · Pequenos pólipos pedunculados de superfície irregular e macia. · Pescoço, área inframamária, axilas, virilha (acontecem muito áreas de traumas, especialmente dobras). · Ve + em mulheres, pctes c/ síndrome metabólica. · Pode ser removido: cauterização e retirada tangencial. · S/ risco de malignidade mas tem incômodo de traumatizar. LIPOMA · Tumor benigno do tec. adiposo. · Por ser + profundo, praticamente não há alteração de superfície. · Lesões c/ aumento de volume local, palpáveis, indolores, macias, elásticas. · Adultos 40-50a. · Lesões benignas, os pequenos não são indicados remover. GRANULOMA PIOGÊNICO · O nome correto é hemangioma capilar lobular. · Lesão adquirida: derivada de vasos, acontece muito após pequenos traumas. · Pele e mucosa de adultos jovens. · Início súbito. · Em bochechas, pálpebras, extremidades e dentro de malformações capilares. · Aspecto angiomatoso. · Séssil ou pedunculado, c/ colarete no contorno um pouco descamativo. · Variante: granuloma gravídico (quando surge na gestante). · Complicações: sangramento e ulceração. · DD: melanoma amelanótico, CEC. · Tto: eletrocoagulação, excisão cirúrgica, crioterapia (mas sempre enviar material p/ HP). HEMANGIOMA DA INFÂNCIA · Tumor + comum da infância: · 10-12% em crianças < 1a. · 30% nos RN c/ muito baixo peso ao nascimento (< 1.000g). · + comum no sexo feminino (3-7:1). · É um tumor derivado de vasos. · Lesão avermelhada, angiomatosa (ao nascimento pode se apresentar apenas como mácula eritematosa sutil e depois vão ganhando volume e cor). · Lesões únicas em 80% dos doentes. · Pele da cabeça, pescoço e tronco. · Tamanho variável. · Fica + perceptível no 1°m de vida. · Pode nascer c/ hemangioma ou c/ lesão precursora: mancha anêmica, eritematosa ou equimótica, c/ telangiectasias. · Tipos: superficiais, profundos, combinados (dependendo da extensão requerem ou não tto). · Fase de crescimento: 6-10m. · Tamanho máximo: 1a. · Regressão total ou parcial: · 50% até 5a. · 90% até 10. · Complicações: · Ulceração (+ comum). · Sangramento. · Comprometimento da respiração, visão. · Tto: de casos extensos · Propanolol: já no 1°m de vida; tem poder anti-angiogênico, reduzindo efeito proliferativo.
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