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1 Aula 5: Mantenedores e recuperadores de espaço 1. Relação distal dos 2º molares em plano terminal reto, degrau mesial e distal; 2. Ausência de curva de Spee; 3. Presença (mais ideal) ou ausência de diastemas e espaços primatas nos arcos tipo 1 e tipo 2 de Baume. → A manutenção destas características de normalidade determina: - Função mastigatória; - Oclusão; - Fonação; - Articulação; - Manutenção do perímetro do arco dentário. PRINCIPAIS FATORES QUE DETERMINAM PERDA DE NORMALIDADE: - Cárie dentária (perda parcial do tecido dentário e perda total da unidade dentária); - Restaurações incorretas; - Traumatismos (a instalação de mantenedor de espaço nesta região com finalidade apenas de preservação de espaço, raramente se faz necessária, após os quatro anos) Obs.: A região anterior é a que menos ocorre a perda de espaço, quando se coloca os mantenedores/recuperadores de espaço são colocados por razões estéticas e funcionais. Obs.: Os mantenedores serão necessários principalmente quando o traumatismo ocorrer nos estágios iniciais de formação do permanente. Nos estágios finais de formação do germe do permanente não será tão fundamental o uso. INFANTIL II Características da normalidade: 2 - Anquiloses dos dentes decíduos (a ausência do ligamento periodontal impede o crescimento normal e é comum na região de molares decíduos); - Anomalias congênitas; - Erupção ectópica; - Dentes supranumerários; - Hábitos bucais. Perdas precoces de dentes decíduos para prevenir possíveis más oclusões Aparelhos mantenedores de espaço → São dispositivos que se destinam a preservar o perímetro do arco para que os dentes sucessores erupcionem de maneira correta. EM TODAS SITUAÇÕES CLÍNICAS COLOCO O MANTENEDOR DE ESPAÇO? - NÃO DIAGNÓSTICO: 1. Avaliar se o espaço clínico referente ao dente perdido não diminuiu e consequentemente o perímetro do arco foi preservado; 2. Quanto mais tempo da perda é decorrido, mais espaço é perdido. Obs.: Nos primeiros meses imediatos a perda dentária acontece a maior perda de espaço. 3. Observar se as relações molar e canino estão preservadas; Mantenedores de espaço: 3 4. A melhor conduta clínica é confeccionar o mantenedor antes da exodontia e instalar no ato desta. → Análise da dentição mista, para avaliação da discrepância dentária; → Avaliação das radiografias (periapicais e panorâmica) para verificar a presença/ausência dos dentes permanentes sucessores e seu estágio de calcificação (estágio de Nolla); → Lembrar que idade dentária (estágio de calcificação) é mais importante que a idade cronológica; → Na maioria das vezes só as radiografias periapicais são suficientes para o diagnóstico, no entanto, as panorâmica são pedidas quando se tem alguma dúvida sobre os estágios de formação do lado oposto (ou restante da boca). → Considera-se um dente prematuramente perdido quando esta perda acontece antes que o seu sucessor tenha alcançado o 6º estágio de Nolla (começa a erupção do dente permanente). → Quando alcança de dois a três quartos de raiz formada, irrompe na cavidade bucal (8º estágio de Nolla) não é necessário colocar mantenedor. → Atentar para os casos onde há infecção com consequente perda óssea. Quando a perda óssea acontecer antes da formação de três quartos de raiz, o mantenedor deve ser colocado, ainda que por menos tempo. Estágios de Nolla: 4 OBJETIVOS DOS MANTENEDORES DE ESPAÇO: - Substituir um ou mais dentes decíduos; - Preservar o espaço destinado aos dentes permanentes; - Impedir impacção e/ou desvios durante a irrupção dos mesmos; - Manter o perímetro do arco dentário. TIPOS DE MANTENEDORES DE ESPAÇO: - Fixos ou removíveis; - Funcionais ou não funcionais. * Mantenedores de espaço do tipo funcionais são aqueles que além de manter o espaço para o permanente, ainda preenchem as funções do dente normal, ou seja, permite com que a fonação não seja atrapalhada, não haja extrusão do antagonista. Mantenedores de espaço fixos não funcionais: 1. Banda alça: - Indicações: espaço da perda não é muito extenso, perda principalmente unilateral de 2º molar decíduo, com 1º molar íntegro, ou perda do 1º molar decíduo (em dentes posteriores). - Composto: por um banda ortodôntica e uma alça que é feita por um fio resistente (0,8 ou 0,9) que é soldada na banda; - Quando há ausência congênita: avaliar se é preferível manter o espaço até que uma prótese ou um implante possam ser colocados, ou permitir que o espaço seja fechado. - Desvantagens: não impede extrusão do antagonista; Não é indicado em áreas extensas. 5 2. Coroa alça: - Vantagens: impede a extrusão do antagonista; - Quando o dente vizinho tem uma cárie grande/fratura é bem indicado esse tipo de mantenedor. 3. Fio ortodôntico colado: - Desvantagem: Possibilidade de a resina descolar 4. Arco lingual: - Indicações: espaço da perda extenso, principalmente perda bilateral de 2º molar decíduo, inferior com 1º molar permanentes em condições de ser bandados; - Os mantenedores agem de forma passiva, não fazem força sobre o dente; - Desvantagens: não estabelece estética e nem função. CONFECÇÃO DO ARCO LINGUAL DE NANCE: 1. Bandagem dos segundos molares decíduos; 2. Moldagem de transferência; 3. Vazamento modelos de gesso com bandas transferidas; 4. Confecção do arco e soldagem (em laboratório); 5. Cimentação e depois exodontia (quando possível, para garantir que não haja perda de espaço nenhum); 5 Botão de Nance: - Indicação: manutenção de espaço nas regiões de caninos e molares superiores; 6 - Equivale ao arco lingual, só que sendo na maxila; - Desvantagem: não restabelece estética nem função. Pode provocar lesão no palato. CONFECÇÃO DO BOTÃO DE NANCE: 1. Bandagem dos 1º molares permanentes superiores; 2. Moldagem de transferência; 3. Vazamento do modelo com gesso pedra; 4. Passo laboratorial; 5. Instalação na boca. Mantenedores de espaço fixos funcionais: 1. Botão de Nance com dente de estoque: Mantenedores de espaço removíveis funcionais: - Indicações: Manutenção de espaço em qualquer região do arco, em especial na região anterior; Reestabelece a função evitando a extrusão do antagonitsta; - Desvantagens: depende completamente da colaboração do paciente; Facilidade de fratura e perda; Possibilidade de interferir na erupção do permanente. CONTROLE CLÍNICO E ÉPOCA DE REMOÇÃO DO MANTENEDOR DE ESPAÇO: - Comparecimento ao consultório a cada três meses, para avaliar condição de higienização, possibilidade de interferência com o tecido mole é cimentação das bandas; - Deve ser mantido na boca, até que o dente permanente entre em contato com o antagonista. Para evitar que o espaço mesial possa permitir inclinação do posterior adjacente. 7 → Caracteriza-se por obter (recuperar) espaço no arco dentário, para erupção do dente permanente; → Com a realização de pequenos movimentos dentários; → No sentido de desenvolver um dente que sofreu migração para mesial à sua posição correta; → Avaliação da radiografia panorâmica: - Se tem presença de germe permanente; - Grau de inclinação para mesial do dente que precisa ser movimentado para disal (geralmente o 1º molar permanente); - Avaliar condições na região posterior do dente a ser distalizado: grau de proximidade com o 2º molar, estágio de erupção do 2º molar, proximidade com estrutura anatômica como ramo da mandíbula; - Olhar para o lado oposto. TIPOS DE APARELHOS QUE PODEM SER USADOS COMO RECUPERADORES DE ESPAÇO: 1. Recuperadores funcionais com mola digital: 2. Recuperadoresde espaço com parafuso expansor: 3. Placa labioativa (PLA) ou bumper: * Só pode ser usado na mandíbula. Recuperadores de espaço: 8 4. Aparelho extra bucal com Arco facial: Detalhe: força de baixa intensidade e número de horas reduzido. O uso de mantenedores e recuperadores de espaço na clínica infantil é uma indispensável ferramenta para manutenção do perímetro do arco dentário. Conclusões:
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