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CARBÚNCULO HEMÁTICO antraz, pústula maligna, carbúnculo bacteriano e febre esplênica Doença infecto contagiosa aguda caracterizada por morte súbita com exsudação de sangue pelos orifícios naturais do cadáver devido a deficiência de coagulação do sangue, ausência de rigor mortis e presença de esplenomegalia · Etiologia Bacillus anthracis Bacilo, Gram +, anaeróbica, imóvel, encapsulada, formadora de esporos Esporos ovais, localização central (não alteram o formato bacilar), altamente resistente as condições de dissecação, frio e calor por até 15 anos · Epidemiologia Distribuição mundial (esporos no solo), todos os vertebrados são sensíveis, herbívoros são mais sensíveis que outras espécies, passados/carnívoros/repteis mais resistentes. Surtos ocorrem após alteração climática (menos de 15°C) Infecção natural: digestiva, respiratória e cutânea Disseminação: alimentos de origem animal, córregos, aves e carnívoros. Óbito 2-76 horas, baixa morbidade e alta mortalidade · Patogenia Ingestão ou inalação dos esporos Penetram na mucosa integra ou com defeitos Atingem LN regionais – Proliferação (linfadenite) Disseminação na corrente sanguínea Retenção no baço – centro de disseminação Septicemia Produz 3 toxinas: Fator 1 – Edema, Fator 2: Antígeno protetor e Fator 3: fator fatal. Consequências: edema, hemorragias, lesões nos tecidos, morte resultante de choque e insuficiência renal aguda. · Sinais clínicos BOVINOS E OVINOS: Forma superaguda: evolução de 1-2horas, febres, tremores, dispneia, congestão das mucosas, convulsão e morte, hemorragias pelos orifícios naturais. Forma aguda: evolução de até 48horas, febre, depressão, apatia, taquicardia e taquipneia, estase ruminal, mucosas congestas e hemorrágicas, diarreia, edemas na garganta e esterno. EQUINOS: Forma aguda: evolução de 48-96 horas, ingestão causa enterites e cólica, picadas de inseto causam tumefação edematosa, febre, depressão e morte. SUINOS: Forma agua e subaguda, febre, anorexia, edema de garganta e face, petéquias na pele, espuma sanguinolenta na pele e na boca. · Patologia Liquido sanguinolento (espumoso) nos orifícios, ausência de rigor mortis, carcaça incha em posição de cavalete, esplenomegalia, equimose na maioria dos órgãos, deficiência na coagulação sanguínea, gás (crepitação) e material gelatinoso no tecido subcutâneo (em equinos), lesões locais (edema de garganta, congestão e consolidação dos pulmões. · Diagnóstico Sinais clínicos e patológicos (presuntivo), laboratorial (remeter sangue, fluidos orelha ou canela) (esfregaço para coloração e evidenciação da bactéria) (cultivo) (inoculação em camundongos) · Diagnóstico diferencial BOVINOS E OVINOS: Clostridioses, choque por raio, leptospirose aguda, hemoglobinúria bacilar, tristeza parasitária, intoxicações agudas por plantas toxicas EQUINOS: Anemia infecciosa aguda, cólicas, intoxicações, choque por raio, insolação SUINOS: Peste suína clássica e africana, edema laringeano maligno, salmonelose e hipertermia maligna. · Tratamento Antibioticoterapia: Penicilina 10,000 UI/kg/BID, Estreptomicina 8 a 10g/dia, Oxitetraciclina 5mg/kg/dia por 5 dias. · Profilaxia Notificação aos órgãos oficiais, vacinação anual em todo o rebanho, quarentena e destruição de cadáveres, excreções e equipamentos (fogo ou enterrar profundo com cal), uso de repelentes ou inseticidas, desinfecção de instalações (formalina 49%, hidróxido de sódio 5-10%), desinfecção de mãos ou partes que tiveram contato com animais contaminantes.
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