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FEBRE AFTOSA

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FEBRE AFTOSA
ETIOLOGIA:
Virus da família Picornaviridae, gênero Aphtovirus. Picornavirus(pequeno,RNA+) envelopado com capsídeo icosaédrico. Replicação ocorre no citoplasma, namucosa de orofaringe.
PATOGENIA: 
Para que ocorra a replicação dos picornavÍrus a primeira fase do ciclo replicativo é a interação dos vírions com os receptores celulares, que são determinantes no tropismo tecidual, tendo influência na patogenia da doença. O vírus da Febre Aftosa é internalizado por endocitose e a penetração do genoma ocorre a partir da vesícula endocítica acidificada. Este vírus se liga aos receptores através de loops específicos, localizados na VP1. Foi provado que a sequência R-GD (arginina – glicina – asparagina) é responsável pela ligação às moléculas de integrina que atuam como receptores para este vírus. 
SINTOMAS: 
O sinal clínico mais conhecido da doença é o surgimento de vesículas (aftas) na região da boca e pés. Em bovinos, verifica-se salivação excessiva, dificuldade para alimentar-se, febre, inquietação, redução na produção de leite, dor nos tetos ao amamentar ou ordenhar, e emagrecimento. Nos ovinos e caprinos, os sinais clínicos na boca ocorrem com menor frequência, sendo observado febre e severa laminite (processo inflamatório que afeta o casco). Em suínos os sintomas incluem dificuldade para mastigar e engolir, febre, inquietação e laminite. Nesses animais, os sinais na boca são menos visíveis, mas podem surgir lesões na língua e focinho.
EPIDEMIOLOGIA: 
A febre aftosa é a enfermidade de animais que mais produz perdas econômicas Num país como o Brasil, com o maior rebanho bovino mundial (170 milhões de cabeças), com o terceiro maior mercado de produção de suínos e em sexto lugar na produção de leite, a ocorrência da doença é devastadora.
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA: 
A transmissão do vírus da febre aftosa ocorre por contato direto de animais susceptíveis com animais infectados e por contato indireto com fômites ou subprodutos contaminados.
Fonte de infecção: Toda secreção ou excreção de animais contaminados pelo vírus, bem como alimentos, água ou fômites. 
Vias de eliminação: sangue, leite, sêmen, secreções respiratórias.
Contaminação direta: contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen.
Indireta: água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal.
Porta de entrada: Oral, oro-nasal (inalação, ingestão) ou abrasão de pele ou mucosas.
Susceptíveis: Os bovinos, ovinos, suínos e caprinos são susceptíveis. Também são susceptíveis os camelídeos (camelos, lhamas, alpacas, guanacos e vicunhas) e as espécies de animais silvestres de cascos fendidos, como capivaras, elefantes e outros animais de zoológico.

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