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Maria Seiane Farias – medicina IESVAP – – Portaria Nº 2.436, de 21 de outubro de 2017: Aprova a PNAB, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS. Atenção básica (= Atenção Primária à Saúde – APS): conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária; Principal porta de entrada; Centro de comunicação da RAS; Ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede; Coordenadora do cuidado; Ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas; Ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas; Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS. Princípios: Equidade Universalidade Integralidade Diretrizes: Regionalização e Hierarquização; Ordenação da rede; Resolutividade; Longitudinalidade do cuidado; Territorialização; População adscrita; Participação da comunidade; Cuidado centrado na pessoa. Principais mudanças na PNAB 2017: Estratégia Saúde da família / Equipe de Atenção Básica (entrou na nova PNAB): diferença entre as equipes; Agentes Comunitários de Saúde: cálculo em aberto para a quantidade de ACS, pop/750; novas atribuições: aferindo a pressão, glicemia, curativos básicos – MS ofertou e capacitou todos em técnico de enfermagem; Integração de AB e Vigilância; Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica: novo nome; Vinculo / território: o usuário pode ser atendido em qualquer UBS, com o sistema de referência e contra referência; Oferta nacional de serviços essenciais (consulta, vacina) e ampliados (retirada de verruga); Gerente de Atenção Básica: profissional de nível superior e de preferência da área da saúde. Histórico: República Velha – Modelo sanitarista: viu-se a necessidade de políticas que melhorassem as condições de saúde por causa da “sujeira” que afastava os estrangeiros; o Oswaldo Cruz o Campanhas de vacinação – Revolta da vacina, reforma urbana e vacinação obrigatória; o Pequenos grupos pontuais – RJ; Era Vargas: criação de centros de saúde; modelo médico assistencial privatista; Ditadura militar: descaso com a saúde pública, aumentou os índices de doenças infectocontagiosas; o Educação bancária: depósito do conhecimento na mente dos alunos, sem criticidade; Década de 70: movimento popular em saúde / educação popular em saúde; o Reforma sanitária, grupos se reuniram para reivindicar melhores condições de saúde; o Pedagogia Freiriana: libertadora (emancipação do homem), conscientizadora (indivíduo critico) autônoma (torna o sujeito protagonista); Criação da constituição federal e do SUS; PNEPS-SUS criado na portaria de 2013; PNEP (Política Nacional de Educação Popular em Saúde) – SUS: Pratica político-pedagógica: o Ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde; o Diálogo entre a diversidade de saberes: Saberes populares Ancestralidade Incentivo à produção individual e coletiva de conhecimentos Inserção destes no SUS Objetivos específicos: o Promover o diálogo e a troca entre práticas e saberes populares; o Fortalecer a gestão participativa nos espaços do SUS; o Reconhecer e valorizar as culturas populares; o Fortalecer os movimentos sociais populares o Incentivar o protagonismo popular no enfrentamento dos determinantes e condicionantes sociais de saúde; o Apoiar ações de Educação Popular na Atenção Primária em Saúde; o Contribuir com a educação permanente dos trabalhadores de saúde; o Assegurar a participação popular no planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações e estratégias para a implementação da PNEPS-SUS. Princípios: o Diálogo, para compartilhamento de conhecimentos; o Amorosidade, ampliação do diálogo através da empatia, construção do vínculo; o Problematização, reflexão crítica; o Construção compartilhada do conhecimento; o Emancipação; o Compromisso com a construção do projeto democrático e popular. Eixos estratégicos: o Participação, controle social e gestão participativa; o Formação, comunicação e produção de conhecimento: capacitação dos profissionais; o Cuidado em saúde; o Intersetorialidade e diálogos multiculturais. Metodologia participativa: o Técnicas pedagógicas participativas: Técnicas vivenciais; Técnicas com atuação; Técnicas audiovisuais; Técnicas visuais; o Técnicas aprofundadas na Educação Popular: Círculos de cultura; Técnica de oficinas; Indicadores de saúde: são ferramentas que servem para monitorar, auxiliar as ações e decisões dos gestores, através deles é possível identificar áreas de risco, auxiliar as equipes e direcionar as atividades e o planejamento em saúde; Características dos indicadores: Validade; Confiabilidade; Sensibilidade; Especificidade; Mensurabilidade; Relevância; Custo-efetividade. Tipos de indicadores: Demográficos: Permite conhecer as características de uma determinada população e sua evolução ao longo do tempo no território. o População total; grau de urbanização; taxa bruta de natalidade; taxa de fecundidade. Socioeconômicos: mesmo conceito de demográficos. o Taxa de analfabetismo; escolaridade; Renda; PIB per capita; taxa de desemprego; Mortalidade: Representa a intensidade com que os óbitos por uma determinada doença ocorrem numa certa população. o Mortalidade infantil; Morbidade: Tem a finalidade de medir a ocorrência de doenças, lesões e deficiências na população. o Sarampo; parasitoses; taxa de internação hospitalar Fatores de risco e de Proteção: Medem os fatores de risco e proteção que predispõe à doenças e agravos ou, protegem das doenças e agravos. o Prevalência de diabetes melito; de fumantes; aleitamento materno; Recursos: Servem para monitorar e avaliar a empresa, por meio de seus colaboradores, processos, programas e metas. o Leitos de UTI no SUS; n° de profissionais de saúde por hab.; n° de leitos hospitalares por hab; Cobertura: Servem para monitorar e avaliar as ações de serviços de saúde. o Partos hospitalares; crianças vacinadas; consultas médicas; consultas pré-natal; Fontes de Informação: Sistemas de informações do Ministério da Saúde; o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) – declaração de óbito, geralmente preenchida pelo médico; o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) – declaração de nascido vivo; o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) – ficha de notificação e a de investigação; emite um boletim de surtos; o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) – laudo para solicitação de autorização de internação hospitalar; o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS); o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES); o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI); o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB); o e-SUS Atenção Primária (e-SUS APS) – cadastro individual, domiciliar, mapa de procedimentos; IBGE Programa Previne Brasil; Foi lançado em novembro de 2019 e muda a forma como o Governo Federal distribui recursos aos municípios para cuidar de mais brasileiros no SUS; LEMA: “Agora, ganha mais quem cuida mais da saúde dos brasileiros”; A distribuiçãoatende aos critérios de: o N° de pessoas cadastradas e acompanhadas; o Nas melhores condições de saúde da população o Na adesão de programas estratégicos; Os recursos do NASF e PMAQ estão unificados; fica a cargo do gestor decidir como utiliza os recursos; Financiamento federal de custeio da APS: I. Capitação ponderada: O cálculo será baseado no quantitativo da população cadastrada por ESF e EAB, considerando os critérios de vulnerabilidade socioeconômica – contempla pessoas cadastradas no programa bolsa família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou de benefício previdenciário no valor de até dois salários mínimos – perfil demográfico – pessoas cadastradas de até 5 anos e com 65 ou mais – e classificação geográfica; II. Pagamento por desempenho: O cálculo considera os resultados de indicadores alcançados pelas equipes credenciadas e cadastradas no SCNES; III. Incentivo para ações estratégicas: considera as especificidades e prioridades em saúde, os aspectos estruturais das equipes e a produção em ações estratégicas em saúde; ele custeia os programas: Programa Saúde na Hora; Equipe de Saúde Bucal (eSB); Unidade Odontológica Móvel (UOM); Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF); Programa Academia da Saúde e etc. o Os recursos serão transferidos na modalidade fundo a fundo, de forma regular e automática aos municípios; Indicadores para pagamento em 2020: A apuração dos indicadores será feita quadrimestralmente; Infraestrutura da UBS: Deve se adequar ao quantitativo de pessoas cadastradas no território, leva em consideração: a densidade demográfica (2.000 a 3.500 pessoas); composição, atuação e tipos de equipes; o perfil da população (vulnerabilidade de algumas comunidades) Deve haver a presença de espaços físicos e ambientes adequados destinados a uso de estudantes e dos profissionais, para uso da educação permanente em saúde; Ações e serviços de saúde realizados; tem como eixos: Vigilância em Saúde; Atenção e Cuidados Centrados na Saúde do Adulto e do Idoso; Atenção e Cuidados Centrados na Saúde da Criança e do Adolescente; Procedimentos na APS; Atenção e Cuidados Relacionados à Saúde Bucal. Carteira de serviços de saúde do MS* Ambiência (projeto arquitetônico) da UBS: Recepção sem grades; Identificação dos serviços existentes – painel com os serviços ofertados; Escala dos profissionais – horários e serviços nos dias da semana; Horários de funcionamento e sinalização de fluxos; Conforto térmico e acústico; Espaços adaptados para as pessoas com deficiência – cadeiras de roda, piso antiaderente, rampas; Equipamentos adequados, recursos humanos capacitados, e materiais e insumos suficientes. Ambientes da UBS: Área de recepção; Local para arquivos e registros – SAME; Sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea; Sala de administração e gerência; Banheiro público e para funcionários; Consultório médico e de enfermagem; Sala de vacinas; Área para assistência farmacêutica; Sala de inalação coletiva; Sala de procedimentos; Sala de coleta/exames; Sala de curativos; Sala de expurgo – ambiente destinado a limpeza e guarda de materiais e roupas usados na assistência do paciente; Sala de esterilização; Sala de observação; Sala de atividades coletivas; Consultório odontológico. Funcionamento da UBS: Carga horária mínima: 40 horas/s, 5 dias da semana, nos 12 meses do ano; População Adscrita: 2.000 a 3.500 pessoas; Até 4 equipes por UBS; Monitorar a satisfação de seus usuários; Tipos de UBS: Unidade Básica de Saúde; Unidade Básica de Saúde Fluvial; Unidade Odontológica Móvel. Tipos de equipes: Equipe de Saúde da Família (eSF): o Equipe mínima: um médico, um enfermeiro, auxiliar ou técnico em enfermagem; o Estendida: ACE e a equipe de saúde bucal – dentista e o técnico de saúde bucal; o 40 h/semanais; 5 dias/semana Equipe da Atenção Básica (eAB): o Mínima: médico, enfermeiro e auxiliar ou técnico de enfermagem; o Estendida: equipe de saúde bucal, ACE e ACS; o 40 horas/sem; até 3 profissionais por categoria, cada um com no mínimo 10h/sem; Equipe de Saúde Bucal (eSB): o Modalidade I: 1 dentista e 1 técnico ou auxiliar de saúde bucal; o Modalidade II: 1 dentista, 1 técnico e 1 auxiliar de saúde bucal ou 2 técnicos; Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB): equipe de apoio multiprofissional e interdisciplinar; Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS): ACS e um enfermeiro supervisor chefe; 40 h/sem; Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): o Maioria dos serviços são realizados no município sede, até 4 embarcações de pequeno porte; Região da Amazônia Legal e Pantaneira; o levam o atendimento as populações; o Mínima e estendida: iguais as da eSF; o Atendimento no mínimo de 14 dias mensais, com carga horária a 8h/d; o Quando as equipes são estendidas pode haver: Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): UBS adaptada em uma embarcação; a equipe é igual a eSF + um químico e 2 profissionais de nível superior; Equipe de Consultório na Rua (eCR): moradores de rua; 30 h/sem; profissionais escolhidos pelo gestor, com o assistente social; Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): Atribuições dos profissionais da atenção básica: Atribuições Comuns a todos os membros das Equipes: Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação; Cadastrar e manter atualizado os dados de saúde; Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita, para garantir a atenção à saúde, por meio de: o Vigilância em saúde; o Garantia de atendimento da demanda espontânea; o Prevenção de doenças e agravos; o Ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local; Participar do acolhimento dos usuários, com o: o Atendimento humanizado; o Classificação de risco; o Estabelecimento do vínculo. Responsabilizar-se pelo acompanhamento da população e nos cuidados preventivos, permitindo a longitudinalidade do cuidado; Manter a coordenação do cuidado; Realizar a gestão das filas de espera; Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória; Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/emergência; Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio Participar de reuniões de equipes; Articular e participar das atividades de educação permanente e educação continuada; Realizar ações de educação em saúde; Participar do gerenciamento dos insumos; Promover a mobilização e a participação da comunidade na gestão da UBS; Acompanhar o Programa Bolsa Família, e outros programas sociais; Atribuições do Médico: Realizar a atenção à saúde dos usuários; Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar; Realizar consultas clínicas; Pequenos procedimentos cirúrgicos; Atividades em grupo na UBS, domicilio e outros espaços Seguir protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para pessoas em condições crônicas; Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção; Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE junto da equipe; Ferramentas do processo de trabalho na atenção básica:
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